sexta-feira, dezembro 22, 2006

Plano de Recuperação da TM e da sua Nau Catrineta

Haói marinheiros.

Eu sei que a nossa nau está encalhada e a cair aos bocados e que nós estamos desfalcados. Portanto como timoneiro, vou propor um plano de acção para a salvar (e a nós) da derrocada final.

Tenho aprendido muito com este Governo do País das Maravilhas que é Portugal (o maior Pai Natal do mundo mas a pior assistência social, a maior arvore da Europa mas a pior qualidade de ensino, etc.) que tem preparado as coisas para um futuro melhor (para todos os tachistas e gays da cor deles).

1º - Pedimos um empréstimo ao Banco XX tendo como promessa a publicidade gerada pelo ponto 2. Com esse dinheiro contratamos uns especialistas na criação de antiguidades que vão tratar a nossa nau transformando-a numa relíquia do séc XVI.

2º - Compramos uns jornalistas (unica maneira de escreverem noticias, senão só sabem escrever baboseiras sobre Futebol e Floribelas) e a Bobo-né (qué do Ministério da Cultura!!! - compramos a gaja através da promessa de uma reportagem na "Hola" espanhola) e criamos uma campanha de intoxicação em que a nau é a famosa "Nau Catrineta" que foi recuperada do fundo da ribeira do Jamor (com financiamento do Banco XX) onde foi afundada depois de uma luta feroz com os mouros (definidos como os antecedentes e inspiradores do Bin-Ladem - a associação ao terrorismo dá sempre dividendos).

3º - Depois de chamada a atenção, criamos uma empresa (em que os gestores dessa empresa somos nós) que toma conta do património (a nau), comprando-a (com um empréstimo do Banco YY) (tal como fez o Governo criando uma empresa para gerir o património do estado e vendendo-lhe a Penitenciária de Lisboa - vai buscar dinheiro para o orçamento e a empresa fica logo endividada - mas isso é problema futuro dela e não deste governo - adivinhem a cor dos gestores dela).

4º - Com o dinheiro recebido pagamos parte ao Banco XX e compramos mais uns Chefes de Redacção para intensificar a campanha.

5º - Criamos uma empresa para recuperação da Nau Catrineta (em que, por acaso, os gestores também somos nós) que pede subsídios ao Ministério da Cultura para a sua recuperação (com a ajuda da Bobo-né). Contratamos os mesmos gajos que contratámos em 1) mas agora para a recuperação.

6º - Criamos uma fundação para a gestão da Nau Catrineta (a presidente será obviamente a Bobo-né e do Conselho de Administração farão parte as "tias e tios" associados às revistas cor-de-rosa velho - publicidade com fotos na Nau, passagens de modelos, etc.).

7º - Piramo-nos para um paraíso fiscal quando a merda que fizemos for descoberta (se o for).

É isto, mais ou menos, que este governo está a fazer ao País.


Um Natal de merda para todos os governantes filhos da puta, gestores públicos, chulos e gays que andam a afundar a nossa Nau, mas que já compraram os iates (com os nossos €€€) para se pirarem.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Boas Festas


É pouco provável que este blog volte a ser actualizado em 2006. Assim, tendo em conta a profunda convicção religiosa e a fé inabalável que norteia o(s) escriba(s) desta coisa, desejo a todos os biliões de leitores desta merda um simpático natal e um exuberante ano de 2007.
Como prenda ofereço esta imagem de umas santinhas em adoração, retirada da colecção particular de um bispo que não posso dizer o nome.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Bom, já que a quadra assim o exige aqui vão algumas propostas para prendas no sapatinho


Um poster do José Cid; o último disco de compilações do Marco Paulo; o discurso da tomada de posse do Cavaco; um cão de porcelana; um Marques Mendes; o livro do Santana Lopes em braille; o fato de treino do Sócrates; um electrodoméstico assinado pelo major Valentim; um artigo de opinião do Nuno Rogeiro; um frasquinho de água benta benzida pelo papa; uma senhora de Fátima com uma mama de fora; as cuecas do Paulo Portas; uma t-shirt do Alberto João; o DVD com os melhores espectáculos do Zé Cabra; uma citação do Zeca Camarinha; uma imperial bem tirada; um bilhete a baixo custo para a estância de Guantánamo; um poster daquele gajo do Irão; um autocolante pelo não ao aborto; um autocolante pelo sim ao aborto; um aborto; a Elsa Raposo; a Odete Santos; um pacote de vinho branco Camillo Alves; um cotonete; uma pílula de cianeto; o busto do Bush esculpido em bosta de vaca louca; uma vaca louca; uma vacina para a gripe; a última embalagem de viagra do Pinto da Costa; uma bica à italiana; um pêlo da barba do Manel Alegre; um pintelho da Ferreira Leite; um busto do Durão Barroso esculpido em bosta de porco com brucelose; um cubo de gelo; os discursos do Louçã lidos pelo Padre Melícias; os discursos do padre Melícias lidos pelo Francisco Louçã; uma gravação pirata do natal dos hospitais; o episódio nº 234450087 dos morangos com açucar; um cheque careca; um tubo de pomada para as hemorróidas; uma opinião do prof. Marcelo, um comentário do Pacheco Pereira, um vómito do Luís Delgado, tudo bem embrulhado em papel não reciclável; uma cena marada; uma hóstia; um peixinho da horta; uma foto do governo em exercício; uma embalagem de botox; uma lipoaspiração; um poster da Maria Cavaco; e acima de tudo, bem... acima de tudo aqui vai a maior prenda que podem oferecer.













segunda-feira, dezembro 11, 2006

À atenção do pessoal que procura emprego

Isto de facto é um achado. Um gajo faz uma promessa no meio de um aperto qualquer, problema de saúde, dívida ao fisco, vitória do Benfica, morte da sogra, enfim, tudo problemas graves da vida. Promete ir a Fátima a pé ou ao pé coxinho se o seu desejo se realizar, mas depois... depois é uma seca, pá, a gente já conseguiu o nosso desejo, pá, o Benfica ganhou, a sogra finou-se, o Joãozinho curou a gripe, a dívida ao fisco já prescreveu, fónix pá, agora tenho de ir a pé até Fátima para cumprir a promessa, que seca meu, a Nossa Senhora deve estar a pensar que eu tenho 20 anos e a pica toda, que se lixe isto tudo, vou mas é contratar este gajo, pago-lhe uma nota, é certo, mas o tipo é que vai gastar as solas dos sapatos, mas ainda pode gozar o passeio visitando as tascas que encontrar no caminho, que não são poucas.
Mas há muitas áreas a explorar neste negócio, por exemplo, um gajo é acusado de uma falcatrua qualquer, comprou árbritos de futebol, traficou droga, abotoou-se com dinheiro do estado. Pagará então a alguém para ser julgado e condenado por ele, e é bem capaz de sair mais barato do que subornar juízes, inspectores da PJ, ou presidentes de Câmara. O tipo cumprirá a pena em lugar do criminoso, sairá mais cedo por bom comportamento, e continuará o negócio em liberdade. É claro que é preferível ter mais gente envolvida neste esquema, pois enquanto uns cumprem pena, outros trabalham em marketing promocional. Um negócio destes é uma mina, digo-vos eu.
E pode-se entrar numa de franchise com os americanos, que são especialistas nesta área. Pagam a outros para fazerem o seu trabalhinho sujo, limpezas étnicas e eliminação de políticos indesejáveis, por exemplo. Que o digam os israelitas e alguns regimes sul americanos.
E para quem estiver interessado neste negócio existe uma vaga em aberto por morte do ditador Pinochet. Tomem este exemplo e vejam lá se não valeu a pena!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Querido Pai Natal:

Antes de mais quero dizer-te que é primeira carta que te escrevo em mais de meio século de vida, e tenho sobejas razões para só agora o ter feito. É que até hoje eu nunca tinha acreditado em ti! Achava que a imagem de um velhote simpático, com cara de aguardente, vestido de vermelho e de garrafa de Coca-Cola em punho, que uma vez por ano passeia de trenó e distribui presentes às criancinhas só poderia ser um produto imaginado por algum esquizofrénico incurável, serial killer ou viciado em drogas duras. Mas felizmente as provas da tua existência estão aí a dar-me bofetadas e peço-te humildemente desculpa por só ter acordado agora. Pois se as estatísticas indicam que Portugal é um dos países com menos subornos, eu humildemente concluo que se isto é verdade então o Pai Natal também existe. Eu sei que não tenho sido muito bom na minha vida, cometi alguns pecados, uns piores que outros é certo, como borrar-me de riso sempre que o Santana Lopes aparecia na televisão, ou peidar-me quando o Barroso botava discurso, ou ainda assinar pactos com o Diabo sempre que o Bagão Félix opinava sobre o aborto. É claro que estes e outros do género foram os meus pecados menores, dos maiores nem falo, Paulo Portas, Sócrates, Cavaco, Bush e o Papa são muitos grãos de areia para a minha camioneta como deves calcular. Só queria que adoptasses este humilde servidor que tarde de mais vem pedir acolhimento no teu seio sem pedir nada em troca, a não ser um pequenino favor que acredito poderes cumprir:
Por favor arranja lá maneira da PJ, Ministério Público e comunicação social deixarem de chatear a respeitável família Loureiro, chiça pôrra todos os dias vem a público merda que envolve estes senhores, qualquer dia dá algum badagaio ao sr. Major e depois como é? Lá se vai a estatística pela pia abaixo, o país a descer no ranking mundial dos subornos, e eu a deixar de acreditar no Pai Natal. Promete que me fazes esse favor, eu sei que não te custa nada, a gente depois tem uma conversinha em privado está bem?

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Fujam que vem aí o TLEBS!

A sonda Voyager registou sinais preocupantes vindos do espaço sideral que, depois de descodificados, analisados, depurados e censurados por reputados cientistas financiados pelo prof. Mariano Gago, deram como certa uma eminente invasão extraterrestre dissimulada em nova gramática para a língua portuguesa. É claro que os estudantes do Burkina Faso, do Butão e de Vanuatu ficaram loucos de contentamento pois a invasão será circunscrita ao esfíncter mais ocidental da Europa, vulgo Portugal. Está prevista uma formatação desregrada das mentes das criancinhas sem recurso a qualquer lobotomia, o que, valha-nos isso, só prova o quanto estamos atrasados em invasões e formatações. Os sintomas serão ligeiros de ínicio, apenas alguns vómitos e diarreias, e isto quando em presença de algum resumo gramatical produzido por uma editora de livros escolares que só pensa no lucro. Mas a coisa vai mesmo agravar-se, confessou-nos a dra Maria José Nogueira Pinto, pois as criancinhas quando crescerem terão tendência para a produção em massa de abortos clandestinos, a sua forma de expressão será ao ritmo do hip-hop, e as suas fezes serão cor de laranja.
Um cientista anónimo com direito a bolsa de estudo do ME para investigação de casos de regressão intelectual em Fornos de Algodres foi mais longe, e confessou que daqui a aproximadamente 5 anos, ou seja em 2011 quando o salário mínimo chegar aos extraordinários 500 euros, as criancinhas apanhadas pelo TLEBS (Tratamento Lento para Estudantes Básicos e Sedentários) serão na ordem dos 5 milhões, isto se nada for feito com urgência de modo a travar esta invasão. Sabe-se que o Ministro da Defesa já contactou os EUA para uma urgente substituição da língua portuguesa pela inglesa, com sotaque de Dallas, Texas, mas os americanos estão demasiado preocupados com o sotaque do Schwarzenegger, e com o treino do Rambo para pacificar o Iraque. Sendo assim, o governo do eng. Sócrates está sózinho neste imbróglio pois até o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, marimbou-se no assunto e já adquiriu uma casinha nos Alpes Suiços, não vá o diabo tecê-las.
Mas o que nos vale é a veia reformadora, patriótica e determinada deste governo. Assim, em menos de nada o Ministério da Educação criou o TAMEEPETLEBS (Tribunal de Adjudicação de Manuais Escolares aos Editores Para Esclarecimento do TLEBS), e nomeou para seu mentor e executante o antigo ministro Pina Moura, que acumulará estas funções com as que detém na Iberdrola mais salários e mordomias q.b.. Sabe-se que o Exército e a Protecção Civil poderão intervir em caso de urgência, ajudando à ostracização dos contaminados, e a sua posterior recuperação para o IEBSMPT (Incremento da Economia Baseada em Salários de Merda e Profissões da Treta). Quanto aos professores, prevê-se uma formação intensiva em TRECTLEBSMESF (Tecnologia Rápida e Eficaz de Combate ao TLEBS Mas É Só a Fingir), e mais aulas de substituição com recurso a reclusos em liberdade condicional.
No entanto esta invasão extraterrestre é ouro sobre azul para os grandes empresários, pois se em 2011 milhões de atrasados mentais irão inundar o mercado de trabalho, o salário mínimo nacional poderá evoluir ainda mais a partir dos anunciados 500 euros até aos 200 euros em 2012. Quem assim se confessa é o eng. Van Zeller da CIP, entre duas tacadas de golfe.
Mas o que nos vale é a UGT que sem demoras condenou esta posição por não defender o interesse dos trabalhadores e da Fundação Mario Soares, e se a CIP não mudar a sua opinião o secretário-geral da UGT, João Proença, nunca mais jogará golfe com o eng. Van Zeller, pelo menos enquanto chover.
Se estas medidas não travarem o TLEBS, o melhor mesmo é bazarmos daqui para fora quanto antes, seguindo o exemplo desses outros valorosos portugueses que dão pelo nome de Cristiano Ronaldo, Luís Figo ou Roberto Leal. Haja Deus!

Estou estupefacto...

Àtão não foram sérios? Andaram este tempo todo a rebolar-se de riso enquanto contavam os mortos? E nós aqui a acreditar que eles távam a levar aquilo à séria, ora pôrra... assim quem é que vai acreditar neles quando invadirem outro país qualquer?
Francamente...

Vou ser rico!!!

Nada melhor que uma boa notícia para variar. Qual Euromilhões, qual quê!
Vou mas é recorrer a estes tipos e pronto!
Vou ser rico, olarilas!

terça-feira, dezembro 05, 2006

sábado, dezembro 02, 2006

Time-mail do futuro?

Aqui há tempos recebi alguns "time-mails" de uma pessoa que vim a descobrir ser o meu neto que, foi às velharias e ligou o meu velho computador. Apesar de para ele o modo de trabalhar ser anedótico (quase como se nós voltassemos à Idade Média) ele conseguiu por a trabalhar o Windows e por qualquer razão o outlook também trabalhou e ele tem enviado mails que me chegam através de um "time-vortex".
O ultimo é um mail (ou o equivalente no futuro) que circula em grande força e que se tem paralelismos com a situação actual.


Guerra Intestina - luta entre duas facções do mesmo país - definição do Dicionário.

POIS É ESTA A SITUAÇÃO QUE OCORRE EM PORTUGAL.


Senão vejamos: dum lado (facção "alpha") temos um conjunto de "governantes", e "gestores" de grandes empresas (que se trocam periódicamente) que só fazem MERDA (daí o "intestina") que ou lhes dá benefícios imediatos (aliviando a tripa) ou a médio/longo prazo, quando sairem dos tachos onde estão e forem ocupar outros (a tal rotação do poder - estranha maneira de pronunciar o "f"); do outro lado (facção "zheta") temos o chamado "Zé Povinho" que continua a ser o mais atrasado da Europa (mesmo a super-alargada), com os piores níveis de educação/formação, ordenados, assistência à saúde, segurança social, justiça, etc. e que continuam parvamente a pensar que o voto resolve a situação, porque aquele "senhor" até é tão bem falante e diz que vai fazer tantas coisas boas.
Modos de ataque dos "alphas":


Diminuição das hipóteses de assistência à saúde - não se estará mais ou menos directamente a matar pessoas?


Diferenciação da justiça social entre as duas facções - não se estará mais ou menos directamente a prejudicar gravamente os que estão por baixo?


Obrigação das pessoas da facção "zheta" a arrastarem-se para o emprego, mesmo que se saiba que já não conseguem, em muitos casos, efectuar o trabalho atribuído (estão a ver um bombeiro, policia, militar, enfermeiro, etc., aos 65 anos a conseguir fazer o seu trabalho?) - não se estará mais ou menos directamente a acelerar a sua morte?


Diferenciação gritante nas condições de reforma entre as facções, em que uma se pode reformar ao fim de 12 anos de "trabalho" enquanto que outra só depois de 36 - ou seja uma pode-se reformar ao fim de 1/3 do tempo da outra - não se estará mais ou menos directamente a matar pessoas?


Conclusão - ESTAMOS EM GUERRA

Toma consciência disto e deixa as drogas que os "alphas" inventam - adormecimento por telenovelas, por debates pseudo esclarecedores mas em que frouxos jornalistas fazem perguntas combinadas aos que estão/estiveram no governo e eles dizem o que deviam fazer, mas não fizeram (e a MERDA do jornalista não denuncia isto).

E o que nos resta? Que armas temos? As leis são feitas pelos da facção "alpha", quem as aplica faz parte dessa facção ou está comprada por ela, quem podia denunciar o que está mal (comunicação social - jornalistas) está completamente VENDIDO e, no final,quem deveria perseguir e prender quem não cumpre as leis, quando não está corrompido, não lhe são dadas as condições mínimas para actuar.

E o que nos resta? Quando não existe capacidade para levar a cabo uma guerra convencional, então - GUERRILHA.

ACEITEM DE UMA VEZ POR TODAS - Estamos em Guerra, querem-nos matar, portanto olho por olho e dente por dente.
O médico deu-te 3 meses de vida - poê as coisas em ordem e cumpre o teu dever cívico - faz-te acompanhar de alguns da facção "alpha".Mudaste o oleo do carro - aproveita e não destruas a natureza deitando-o na sargeta.

Deita-o sobre outra sargenta do tipo mercedes, alfa, BMW, etc. pertencente a um alpha.

Sê inventivo e destroi os "alphas" - ESTAMOS EM GUERRA.


OK - Parece que a coisa se agravou ainda mais lá para o futuro.
Mas nós por cá ainda tudo bem, né?
Deixemo-nos estar nas calmas que isto vai melhorar, né?

Tripulantes cuidado que a merda é tanta que, mesmo no Cesto da Gávea nos podemos afogar.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Coitado do homem, tudo lhe acontece

Para compensar a perda do cartão de crédito e do lugar na Administração do Metro do Porto, proponho um peditório público para ajudar o homenzinho, que tem sido tão injustiçado.
Cá por mim ofereço desde já o meu contributo em charutos havanos, tão ao gosto do senhor major.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Tenham um bom fim de semana

Apesar da chuva e do vento, sabem sempre bem umas loirinhas...

Mentecaptos

A mentecapcia é uma doença que só ataca quem a quer. Há quem deseje ser na vida um mentecapto, nem que seja só por algumas horas, alguns dias, ou, caso mais patológico, alguns anos. A oportunidade de alguém se tornar um mentecapto perfeitamente consciente tem a ver com as oportunidades de segurança futura do dito mentecapto. Nota-se mais a mentecapcia em doentes com sede de poder. O mentecapto está consciente da sua doença e da forma como ela é aproveitada pelos estudiosos mundiais da mentecapcia. O mentecapto, não se sabe se por causa da doença ou por outra razão qualquer, é por norma, uma marioneta, um brinquedo de feira. A particularidade mais visível de um mentecapto é a sua capacidade de mentir mesmo consciente que os outros sabem que ele mente. É a fase mais grave da doença, pois há mentecaptos que espalham credibilidade. O mentecapto acha sempre que os seus actos são os melhores do mundo, mesmo se são quase sempre cópias de atitudes de outros mentecaptos. Por isso é que se diz que a mentecapcia é uma doença contagiante e sem cura.
Infelizmente, hordas de mentecaptos têm-se espalhado indiscriminadamente por todo o mundo, mas é no mundo dito civilizado que a doença mais se faz notar.
E a mentecapcia faz parelha com filhadaputice.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Revolução no ensino!

(Clique para aumentar)

Portugal prepara-se para alterar substancialmente o programa de Geografia para o ensino secundário. Com provas dadas nos States, este novo manual de Geografia vai permitir aos alunos portugueses aspirarem a um alto cargo na cena política mundial e, quiçá, ascenderem à presidência da "nação mais poderosa" do mundo.

Marca registada

sexta-feira, novembro 17, 2006

quinta-feira, novembro 16, 2006

Andamos todos enganados

Afinal andamos todos enganados. E eu que ando aqui há cinco anos e meio a tentar poupar uns tostões para comprar uma playstation para os putos quando afinal até podia comprar um carrito novo, um home cinema com uma porrada de colunas para ver filmes do steven segal, uma lingerie provocante para a Maria, e uma viagem à serra nevada porque a da estrela já é muita pirosa. Ele há gajos muito inteligentes que descobrem estas coisas, esse tal Pedro Portugal é uma cabecinha, olá se é!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Eu não acredito nisto

Pôrra, pá, finalmente esta merda bateu mesmo no fundo, pá, já não se pode comprar um carrinho jeitoso para fazer inveja aos vizinhos e vêm logo estes gajos lixar o esquema, pá...
E depois estes coitados é que pagam as favas, pá, não há direito...
Mas isto sim, é uma calamidade, e logo no glorioso, pá.
Já ninguém consegue ter mão nisto...

segunda-feira, novembro 06, 2006

quarta-feira, outubro 25, 2006

Futebolês

Dizem entendidos na matéria que a pégada ecológica de cada português corresponde a 2 campos de futebol. Ou seja, cada indígena consome o equivalente a 2 campos de futebol em recursos naturais. Sem querer entrar aqui em especulações e desculpas várias sobre esta conclusão, direi que o campo de futebol passou a ser, para além da função para que é destinado, a medida universal da desgraça. Quanta floresta ardeu este ano em Portugal? É pá, pouca coisa, prái uns 80.000 campos de futebol. E a desflorestação do Amazonas? É pá, por dia são queimados cerca de 10000 campos de futebol. E o furacão, pá, quantos campos de futebol devastou? E quantos campos de futebol de gente já se lixaram no Iraque, pá?
Já não basta o futebol ser o encómio do mau cheiro proveniente da latrina infecta frequentada pelos grunhos que supostamente o dirigem, para agora ser tomado à letra de uma unidade de medida da tragédia. Mas não fica por aqui a influência do vil desporto no quotidiano luso-larvar. Expressões como aquela gaija tem umas pernas que até parece um defesa central, ou então preguei-lhe uma borralhada na tromba que até parecia o Petit a jogar à bola, e ainda esta afinfei-lhe com dois penáltis nas nalgas que a gaija até viu estrelas!
Pois é, o futebol serve para tudo, esse desporto infame. E não é por acaso. Os seus dirigentes, praticantes, detractores e lacaios mais não fazem do que pôr-se mesmo a jeito. Ele é o apito dourado, ele é o jogador merdoso que bota discurso nas conferências de imprensa, ele é o treinador incompetente que mais não faz do desculpar-se a si e culpar os árbitros pela derrota, ele é os discursos inflamados de dirigentes cuja honestidade até faz a Mafia parecer uma creche. Assim com tanta mediatização e publicidade não nos podemos admirar que as citações futebolísticas substituam os hectares, os sopapos e o sexo anal. A pouco e pouco a colonização linguística vai criando os seus alicerces, e não tardará muito para que chamemos árbitro a um qualquer filho da puta do governo, os comentários do professor Marcelo sejam classificados de livres indirectos, os discursos de Marques Mendes de jogo rasteiro e rente à relva, e porque não Paulo Portas leva cartão amarelo porque fez falta por trás.
E deixo aqui o desafio (mais um termo tirado ao futebolês) para que me esclareçam quantos campos de futebol separam os ricos dos pobres e quantos Amazonas de campos de futebol conseguem medir a corrupção. Não preciso de mais nada. E quem vai ganhar as próximas eleições é o Gabriel Alves.

terça-feira, outubro 17, 2006

Afonso Henriques

Este filho da puta foi o principal responsável da nossa desgraça. Que mal tinha a mamã andar metida com um galego e defender a união do condado portucalense com a Galiza? Se este cabrão não tivesse nascido a gente faziamos parte todos juntinhos da União Ibérica, ou da Espanha ou bardamerda e prontos! E gente nem sequer dava por isso, porque éramos todos da mesma igualha, tão a ver? E estas merdas já não tinham razão de existir, pôrra, olhem-me só o carnaval que faz parte desta jagunçaria...

Pós e Contas...


A triste figura que este senhor fez ontem à noite na RTP1 quase me fez simpatizar com o ministro António Costa e a sua proposta para as finanças das autarquias. Do que ouvi fiquei com a sensação de que os presidentes de câmara deste país são pessoas honestas, impolutas, incorruptíveis, enfim, uns autênticos anjinhos. Ao ouvir os autarcas do Algarve Macário Correia (Tavira) e José Apolinário(Faro) a defenderem a continuação da construção desenfreada como sintoma de desenvolvimento de uma região até pensei estar a assistir a um episódio do Gato Fedorento. Ataques pessoais e acusações recíprocas de mentirosos entre o ministro e o presidente da Associação Nacional de Municipios foi o ver se te avias. Às tantas já não se sabia o que se discutia e para quê.
Conclusão: para ser um espectáculo perfeito de televisão só faltava a moderadora fazer strip-tease.
O ministro António Costa nem precisa de se esforçar para rebater as "idéias" destes autarcas. Basta deixá-los falar à vontade e em público, para nosso gáudio e para nossa desgraça também.

terça-feira, outubro 10, 2006

Auto-Estima

Sempre achei a auto-estima uma coisa de gays. Tem algum jeito alguém amar-se a si próprio? Que figura tem um marmanjo a fazer músculo em frente ao espelho? E uma gaja a fazer boquinhas e a compor o cabelinho? Gayzada, já se vê. É por isso que não acredito na auto-estima. Portugal é um país de machos, heróis, valentões e valentins, e não precisa de se olhar ao espelho para promover o seu orgulho. Basta chafurdar na sua própria merda.
Mas andam por aí uns artistas para quem a auto-estima é uma coisa que faz muita falta cá pelo burgo. E citam exemplos: na Austrália, por exemplo, é normal um pessoa esperar 10 horas numa urgência para engessar uma perna e ninguém se queixa. E que a burocracia é coisa de bradar aos céus. E a Austrália é só o terceiro país em termos de qualidade de vida! Mesmo assim os australianos têm uma auto-estima do tamanho do continente deles, o que não é de admirar sendo eles descendentes de cadastrados que os bifes deixaram por lá, e que para matarem os apetites se engachavam uns nos outros. Gays, portanto, com uma auto-estima do caraças.
E falam nos belgas, com uma administração pública super desorganizada, com uma burocracia que faz inveja à Austrália, com os gajos a não saberem se são flamengos ou outra coisa qualquer, e quem não sabe falar uma língua não se safa nessa região, com uma equipa de futebol de merda, enfim, um ror de enormidades. Mas não é que estes belgas têm uma auto-estima do camandro? E alguém duvida que estes tipos e tipas arrebimbam pela bitola da picolhagem? Afinal o que querem os defensores da auto-estima? Que os portugas passem a adorar-se ao espelho como se fossem os melhores do mundo, e depois vão pedir subsídios para os WC´s onde pára a fufaria e paneleiragem da União Europeia? Mas o problema é que esta merda corre o perigo de descambar por cá, e os sinais já são muito preocupantes.
Ir a uma urgência médica em Portugal consome, em média, quatro horas da vida de um cidadão. Ora tendo em conta as 10 horas de espera na Austrália, as coisas não estão muito boas por cá, pois com comparações destas a auto-estima tem tendência a propagar-se.
Pôrra, pá, se um dia tiver que esperar 10 horas para mudar um penso no cotovelo então é porque a minha auto-estima já anda pelos píncaros e já me confundo com o George Michael ou o Elton John!
Não venham para aqui com essas merdas que vêm lá de fora que nós sabemos tomar conta da gente. Para isso temos cá muito pessoal de respeito, fadistas, toureiros, carapaus de corrida, peixeiras, dirigentes de futebol e donas de casa!
10 horas de espera na urgência? Por este andar corremos o risco de lá chegar!

segunda-feira, outubro 02, 2006

Herman Leonard








Herman Leonard foi durante dezenas de anos autor das mais célebres fotografias de músicos e de todo o ambiente que rodeia o jazz. Residente em New Orleans, a sua casa também sofreu a devastação provocada pelo furacão Katrina.

O canal de franco-alemão ARTE passou ontem à noite um documentário sobre a vida e a obra deste fotógrafo. Aqui vai uma pequena amostra.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Com Promíscuo Portugal...










Os tipos que tiveram o desplante de se baptizarem de Compromisso Portugal são a triste imagem dos empresários lusos: não passam de merceeiros de esquina com argumentação de patos bravos com a 4ª classe.
O que é triste é que algumas destas inteligências irão daqui a poucos anos fazer parte de algum governo eleito.
Que mal fiz eu para merecer isto?

terça-feira, setembro 26, 2006

Günter Grass


Pede-me o Decano (e sabem como um pedido seu tem a força de um artigo constitucional) uma opinião sobre a revelação que o escritor alemão Günter Grass fez publicamente sobre o seu passado nazi. Ora passados há muitos, infelizmente passados nazis também, e o escritor que foi durante muitos anos referência de uma certa esquerda alemã não fugiu à regra. Do senhor apenas conheço a versão cinematográfica do seu romance O Tambor, o que é uma vergonhosa e intolerável ignorância. Rebuscando por entre os entrefolhos da net descobri algumas coisas das quais destaco as que considero mais relevantes:

- O senhor Grass nasceu em Danzig, na Polónia.
- Que aos 15 anos (em 1942) se ofereceu como voluntário para os submarinos alemães.
- Aos 17 alistou-se nas Waffen-SS, a élite das élites do senhor Heinrich Himmler.
- Combateu na 10ª Divisão SS Panzer de Frundsberg entre Fevereiro e Abril de 1945, até os americanos lhe deitarem a mão e o enfiarem num campo de prisioneiros.
- Na prisão travou conhecimento com o insígne Josep Ratzinger, nazi convicto, católico extremista, futuro Papa Bento XVI.
- Mais tarde aderiu ao SPD (Partido Social Democrata) onde apoiou a ascensão de Willy Brandt.
- Aquando da queda do muro de Berlim, Grass manifestou-se contra a unificação das duas Alemanhas por recear a formação de um novo estado militarmente poderoso.

É este mesmo Günter Grass que opina desta forma sobre os americanos e sobre George Bush, e começo a entender porque é que a direita, principalmente a direita da lusa pátria não lhe perdoa o passado nazi. Se o passado do famigerado Papa é sobejamente conhecido mas sistemáticamente ignorado, já o passado de um escritor famoso, galardoado com o prémio Nobel e conotado com a esquerda serve para o desancar e desacreditar. Não que seja isento de culpas. Um puto de 15 anos que se alista nos submarinos nazis é culpado de quê? Mas quando se alista nas SS aos 17 aí o caso pia mais fino. Mesmo que ele não soubesse o que representavam na altura as SS poderia ter feito a sua penitência em devido tempo, mas se acaso o tivesse feito teria sido o mesmo Günter Grass a referência da última geração de políticos europeus com alguma réstia de ética?
É verdade que depois desta revelação o seu último livro se vendeu mais que cerveja no Verão, que isto talvez tenha sido uma rasteira jogada de marketing. Mas custa-me ver o senhor Grass ser atirado desta forma às feras. A direita rejubila, a esquerda critica.
E agora? Que moral tem Günter Grass para desancar nos filhos de puta que enxameam a Casa Branca? Basta-lhe levantar o dedo mindinho para lhe caírem todos em cima (esquerda, direita e afins) e todos sabemos como as vozes críticas ao estado a que chegou esta latrina são cada vez menos. E é por isso que eu não perdoo a Günter Grass o seu passado.

Sobre este assunto aconselho que leiam isto e mais isto

Algumas notas biográficas sobre Günter Grass encontram-se aqui.

quinta-feira, setembro 21, 2006

quarta-feira, setembro 20, 2006

Ainda a propósito dos filhos de (e da) puta

Quem foi o primeiro a chamar filho de puta ao primeiro filho de puta? Lembram-se dos símios de 2001-Odisseia no Espaço à porrada por causa de uma poça de água? Terá surgido nessa altura a noção de filho de puta, logo que a tribo vencida é condenada a morrer à sede. Se a tribo de filhos de puta que tomou conta do poço tivesse partilhado a água, possívelmente não haveriam hoje tantos filhos de puta a enxamear a humanidade. A filha de putice é qualquer coisa de genético, está alapada ao ADN como uma pastilha elástica à sola do sapato. E é aqui que reside a grande diferença entre filhos DE puta e filhos DA puta. Os segundos mais não são que acidentes de nascimento, produtos genuínos do prazer sem verrugas no ADN. Portanto os verdadeiros filhos de puta são os filhos DE puta, e quanto aos outros puta que os pariu.
A influência dos filhos de puta na história da humanidade não tem paralelo: é a própria história da humanidade. Filhos de puta mataram-se uns aos outros ao longo dos séculos por causa de parcelas de terreno, arrastando consigo resmas de não filhos de puta e alguns filhos da puta. Massacraram-se por causa de um filho de puta de um deus, imolaram-se por causa de filhos de puta de reis, imperadores, presidentes, santos milagreiros e jogadores de futebol. Filhos de puta contra filhos de puta em disputa pelo controlo do mundo e das mentes dos não filhos de puta e de alguns filhos da puta. Cristo foi atraiçoado por filhos de puta e crucificado por outros filhos de puta. Na sua igreja pontificaram filhos de puta que torturaram, queimaram e extreminaram outros que nem sequer sabiam o significado de ser filhos de ou da puta. Os filhos de puta dos ingleses, mais os filhos de puta dos espanhóis e portugueses encarregaram-se de espalhar a moléstia por toda a parte, convertendo inocentes filhos da puta em filhos de puta através de gerações.
Os filhos de puta de hoje não são mais nem menos que os de outrora. Os meios para porem em práctica a sua filha de putice é que são cada vez mais sofisticados. Vejam só: uns filhos de puta atiram com uns aviões contra umas torres no país de outros filhos de puta, matam perto de 3000 pessoas, perdão!, alguns seriam filhos de puta pelo que o saldo final andará pelas 2387 pessoas, os filhos puta atingidos respondem invadindo países onde os filhos de puta supostamente se escondem, e o resultado é o aumento desordenado de filhos de puta, cujo ódio recíproco só tende a criar cada vez mais filhos de puta. E porquê? Porque o filho de puta alimenta-se de poder, e está-se nas tintas para as consequências do exercício desse poder desmesurado. O filho de puta é, pois, um predador louco, um lobo que extremina todo o rebanho sem pensar na escassez que vai haver no próximo inverno. O filho de puta nem sequer sabe o que é lutar pela sobrevivência: alimenta-se da sua própria sobrevivência.
Se algum dia uns filhos de puta de extraterrestres invadirem esta merda e fizerem o favor de extreminar todos os filhos de puta, filhos da puta, e filhos legítimos, não podem ser acusados de massacre. Será um acto de misericórdia.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Não queria acreditar. O meu amigo e fiel conselheiro Josep Ratzinger, mais conhecido pela alcunha de Bento XVI, veio a público mostrar as partes intimas sem o devido consentimento da Imaculada Confraria dos Beatos do Vaticano e, mais grave ainda, sem a opinião pertinente deste vosso escriba. Voei que nem um tiro para o Vaticano e à sombra da 3ª coluna a contar da esquerda desanquei no Josep toda a minha discordância pelo seu acto irrefletido. O tipo ouviu, cabisbaixou, engoliu em seco e jurou pela alminha de Nossa Senhora e do III Reich que haveria de reparar o mal cometido. Deixei que uma lágrima deslizasse do olho até ao queixo, dei-lhe uma palmadinha nas costas para o reconfortar e fomos juntos acender uma velinha pela vitória do Benfica, mais umas imperiais e tremoços na messe da Capela Sistina.
No dia seguinte o Josep retratou-se pela TV, disse que sim senhor, o Maomé não sei quê, e não sei que mais, que era tudo a fingir, ele só queria brincar um bocadinho pois a vida de Papa não é nada fácil, e aquilo que ele diz não é aquilo que ele pensa e foi de tal maneira convincente que às tantas pensei estar a ouvir o meu amigo Mahmoud Ahmadinejad a desancar nos ocidentais e a apelar à guerra santa, e depois a dizer que não senhor que foi tudo um equívoco.
Regressei nessa mesma madrugada e ainda a tempo de assistir ao último discurso do meu amigo George Bush, que, não sei se conhecem, é um mestre na arte de representar. Se algum dia o George for eleito Papa, irei propôr à Imaculada Confraria dos Beatos a transformação do Vaticano em teatro de fantoches. Tanto talento desperdiçado, meu Deus!

terça-feira, agosto 29, 2006

BREVE MANUAL DO FILHO DA PUTA

Antes do mais, as minhas desculpas a todas as mulheres que ganham o pãozinho de cada dia a darem o corpo ao manifesto, a este e ao outro, pois só dos filhos aqui se trata, e mesmo assim apenas de alguns, muito poucos, mas que fazem merda que vários biliões de seres não conseguem. A grande diferença entre a própria e o tal filho da puta, é que aquela ganha uns trocos à custa só do seu corpinho que sofre que se farta, enquanto os tais filhos ganham multibiliões apenas à custa dos corpinhos de todos os outros, fazendo-os sofrer a amargura de terem nascido.
Bateu-me esta ao ler ontem as declarações dum fulano, por acaso portuga, e que passo a transcrever:
"O empresário Américo Amorim está a desenvolver contactos para que a russa Gazprom venha a ser um dos fornecedores de gás natural à Galp. A contrapartida para o negócio poderá ser a entrada de uma das maiores produtoras mundiais de gás natural no capital da Amorim Energia, empresa controlada pelo empresário português, que em breve será o segundo maior accionista da petrolífera nacional, admitiu ao DN Américo Amorim. "Estou a tentar que a Gazprom venha a ser uma das fornecedoras de gás natural à Galp, o que seria excelente para Portugal", afirmou. Confrontado com a possibilidade de a contrapartida para o negócio poder ser a entrada da gigante russa no capital da Amorim Energia, o empresário adiantou: ..."Tenho muitos anos de relações coma Rússia e se puder ajudar a uma aproximação entre estas duas empresas, o que pode trazer grandes benefícios para a Galp, fá-lo-ei", acrescentou.
Ora aqui está a mais simples, directa e claríssima expressão da forma como todos, mas mesmo todos sem excepção, os filhos da puta deste mundo actuam. Descaradamente, sem grandes rodeios, à vista de todos. Só variam a lingua em que o fazem e a região do mundo onde actuam.
Atente-se não no caso em si, mas apenas na forma como se desenrola a putice.
Um filho da puta encartado, legalíssimo, com ou sem estudos nas melhores universidades da tanga do bordel, apresenta-se como um benemérito, um benfeitor, apenas com o desejo infinito de ajudar uma boa causa, sempre económica mas boa. E não é apenas o altruismo da ajuda que leva o filho da puta a ficar desassossegado, mas acima de tudo a elevada consideração social que o impele à nobre tarefa de encontar o mais excelente para um país, para muitos milhões de pessoas, para uma região ou, quiçá, o mundo todo!
Português, chinês, boliviano, indiano, inglês, saudita, americano ou de outra qualquer nacionalidade, o filho da puta apresenta-se sempre da mesma forma. Sempre numa ajuda não apenas imprescindível mas de excelência para a nação, a área ou o continente. Nunca para única e sómente seu próprio proveito. Nem nada disso, que seria uma coisa baixa, de pouca relevância e sem qualquer interesse. O filho da puta é-o precisamente porque não é egoista, nem canalha, nem mafioso, nem oportunista. Isso é para a sua mãe!
Troquem-se apenas algumas palavras no texto anterior e veja-se o resultado:
"Estou a tentar que a Univexis venha a ser a principal fornecedora de armas à IsraeliSystems, o que seria excelente para todo o médio-oriente", afirmou Ernest Simple ao NewYork Today, que apresenta na sua primeira página de ontem o resultado do bombardeamento a 43 aldeias pobres do Líbano onde morreram 724 civis. " Tenho muitos anos de relações com Israel e Arábia Saudita, e se puder ajudar a uma aproximação entre estas duas empresas, o que vai trazer grandes benefícios para a economia dos EUA, pois fá-lo-ei", acrescentou.
"Podem contar com o meu esforço para que a EnergicMaker seja a única fornecedora de urânio enriquecido à CoreanBum, que é a empresa nacional da Coreia do Sul responsável pelos silos atómicos, o que seria excelente para a região", afirmou Sir Thomas Bluff ao Japan News.
"Estou a tentar que a TransgeneticCanadá seja a maior fornecedora de milho transgénico às ONG´s de África, através de acordos de milho por diamantes e madeiras raras com os meus amigos dos governos africanos", afirmou Plesan Francis, o maior accionista da SheetFood com capitais na Trasgenetic, ao diário canadiense Sunrise. Questionado sobre o recente estudo das mortes por fome no continente africano, Plesan adiantou que "será excelente para estes países meus amigos que me deixem ajudar, pois de há mais de vinte anos que tenho muito boas relações com a exploração diamantina e de madeiras."
Na Rússia, França, Espanha, Afganistão ou outro qualquer, existem os filhos da puta que, sempre e apenas por ajuda, têm a solução excelente para a região, o país ou o mundo.
E enquanto as putas ppd (própriamente ditas) se encontram nas casas de alterne e de prostituição, os filhos reunem-se em Madrid, na Wall Street, no London College, em Hong Kong ou em qualquer lado, particularmente nas salas da União Europeia, no Capitóleo em Washington ou nas anuais órgias do G8.
Como exercício de casa, sugiro que escrevam pelo menos 1.567 frases idênticas que podem ser afirmações de qualquer filho da puta. Verão que após as primeiras 52 já até acham normal, correcto e que, afinal, não custa nada ser um filho da puta, desde que tenham uns biliões à disposição num banco qulquer que pertence, invariavelmente, a um desses filhos da puta que já o são!

sexta-feira, agosto 25, 2006

ENTÃO E AS GAJAS,PÁ?!


Anda um tipo um ano inteiro a dar ao stick, a trabalhar que nem um urso para melhorar o índice de produtividade do país, a aturar os chefes e sub-chefes e mais a corja de imbecis por aí à solta, e eis que chegam as férias. Um mês à grandex (isto é o que se chama estar no simplex), na boa, sem ter que se levantar cedo para enfiar os cornos numa fila qualquer de trânsito, quase trinta dias de ripanso, perfumado com o cheirinho das sardinhas assadas. Um mês para um tipo dar largas à vida que esteve adiada desde as ultimas férias. E praia com ele, que se lixe o Israel e a mãe dele e a prima, e às ortigas com o Irão e a mãe dele e a prima, e mais os Brush e Blaires e essa canalhagem toda...praia e é para já que se faz tarde!
É pá, aquilo é que é. Alqueires delas ali, ao sol, todas envernizadas a luzir que é uma beleza! E os raios solares a aquecerem as entranhas...uuh...assim tá bem!
Mas isso é o que a gente pensa antes de partir. Quando chegamos à praia temos o verdadeiro contacto com a realidade nacional: raios a aquecerem as entranhas, só os raios que as partam! Umas são mais gordas que as mentiras do Sócrates, outras mais feias do que o Alberto Jardim, e está tudo cheio de tias..."pecébe?".." naaaão diga, fofa, a Fifi foi liftada?"..."ó tio, pode passar-me o vixi de caramelo?"....Não há pachorra!
Mas um tipo rápidamente deduz que afinal enganou-se na praia e zás, arranca para outra. Óh não!!! Eles são os putos cheios de mães balofas, são as miúdas de quinze armadas em moranguitos, são as gordas, são as outras..!
Tudo menos gajas, pá! Gajas à séria como se vê nas fotos das revistas turísticas de praias tropicais. Gagedo à lá carte como um amigo meu me contou que havia por aí..! Mas onde, pá? Mas onde raio estão as gajas, pá?!
Já decidi: no próximo ano fico a trabalhar nas férias, um mês inteirinho, fins de semana e tudo. Olá se não fico. Pelo menos tapo a boca a alguns que andam para aí a dizer que o pessoal não trabalha, e quando trabalha é como se estivesse de férias, e tal e coisa...
Que se lixe. Para o ano não vou mais na tanga de que há gajas, pá! Se as houver, pois que vão lá ao meu trabalho que eu dou-lhes os raios...

sexta-feira, agosto 11, 2006


Atentados terroristas?
Bombardeamentos no Líbano e em Gaza?
Massacres?
Incêndios?
Discursos merdosos do Brush?
Sócrates e a pandilha do costume?
Puta que os pariu.
Vou de férias.

quarta-feira, agosto 09, 2006

O que falta ainda?

Via AspirinaB.weblog.com.pt :

A ler, no «Público» de hoje, o artigo de João Teixeira Lopes, sociólogo, «Um massacre é um massacre é um massacre é um massacre». Aqui vai um excerto.
«Eu que detesto os teocratas iranianos e a sua idolatria; eu que abomino o caudilhismo de Chávez e a cleptocracia angolana; eu que em nada defendo a presunçosa e secular ditadura Síria; eu que afirmo, como a esquerda a que pertenço, que não há nenhuma sociedade modelo ou "farol da humanidade" - nem o falecido "comunismo real", nem o autoritarismo dinástico cubano, nem a horrenda monarquia norte-coreana, nem o capitalismo selvagem da China; eu que nunca defendi ou apoiei ou armei taliban e Saddam Hussein no massacre a curdos, xiitas e comunistas, como fizeram sucessivas administrações americanas e o Governo português no tempo de Cavaco primeiro-ministro com Durão Barroso à frente dos Negócios Estrangeiros; eu que denunciei, como milhões de cidadãos e cidadãs no mundo e do mundo, a guerra contra o Iraque e a intervenção no Afeganistão, e que vejo, agora, a guerra civil, o ódio disseminado, o caos flagrante, as chacinas diárias; eu que escrevo contra essa nova vanguarda de extrema-direita, a tribo neoconservadora, detentora da luz que iluminará o mundo, os novos cruzados do império americano e da ideia pura de democracia e do seu proselitismo, os acólitos da ideia de guerra de civilizações, os tementes do relativismo e da democracia avançada (a tal que, felizmente, tudo questiona, porque não há nada que não deva ser questionado, apesar do medo que isso lhes causa), os que defendem Washington como se defendessem Roma contra os bárbaros, desculpando, é claro, e omitindo, sempre que possível, os desmandos do império, como as grosseiras e constantes violações dos direitos humanos (vejam o Iraque, o Afeganistão, o Paquistão - laboratórios inteiros em que, à custa da morte de centenas de milhares, tais peregrinas ideias se desfizeram em destroços - o que querem mais para além da prova, mais que científica, mais que experimental destes cenários de horror, o que falhou, que guerras são ainda precisas, digam-nos Helena Matos, digam-nos, José Pacheco Pereira, digam-nos, José Manuel Fernandes, digam-nos, João Carlos Espada, mas digam-nos de uma vez por todas, o que falta ainda?»

terça-feira, agosto 08, 2006

Mudam-se os séculos, mudam-se as vontades...

É preciso criar a Pátria Portuguesa do séc. XX
O Povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem Portugueses, só vos faltam as qualidades.

Almada Negreiros, "Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do séc. XX"

quinta-feira, agosto 03, 2006

Sensibilidades


O israelita apontou-me a bazuca de fabrico americano e riu-se na minha cara.
Respondi-lhe, olhe que não, não sou nem árabe, nem palestino, nem muçulmano, chiita, sunita, ou o raio que me parta, tenho, isso sim, 4 filhos lá em casa a quem tenho de dar de comer, sendo um deles adoptado, outro do qual não sou o pai, e os outros dois sofrem de alergia e febre dos fenos. O israelita pareceu hesitar em premir o gatilho, eu suspendi por um milésimo de segundo a respiração, e nesse milésimo, naturalmente, fiquei sem respirar. Do outro lado da fronteira alguns palestinianos libaneses ameaçaram bater em retirada mas os tipos do Hezbolah não deixaram. O israelita da bazuca pareceu compreender a minha posição e deixou-me ir. E eu fui, atravessei a fronteira e logo um soldado com a farda do Hezbolah apontou-me a bazuca de fabrico russo à cabeça e riu-se na minha cara. Têm sentido de humor, os nativos deste sítio.
Mostrei-lhe a fotografia dos meus filhos, adoptivo incluso, mais a da minha esposa em trajes menores, o cartão de eleitor e o de descontos no Minipreço, e jurei-lhe a pés juntos que não era nem judeu, nem inglês, nem pró-americano, era, e isso era a pura da verdade, funcionário público em Fornos de Algodres, com uma dívida ao banco pela casinha que comprara, o carrinho que era a luz dos meus olhos, a amante ucraniana que dançava na discoteca "El Andaluz", enfim, um mártir das circunstâncias. Ainda não tinha acabado e já o tipo deixava escorrer uma lágrima tímida pela bochecha, fungou, voltou as costas, atravessou a fronteira e foi entregar-se ao israelita da bazuca americana que de imediato o fuzilou com uma bazucada certeira no umbigo.
Depois, foi um chuver de bombas sobre os civis libaneses que nem tiveram tempo de bater em retirada.
Há povos muito sensíveis em algumas partes do mundo.

sexta-feira, julho 28, 2006

O Conflito Final

Anda por aí uma discussão entre a direita e a esquerda cá do burgo por causa do conflito israelo-árabe. Sem querer meter-me nesta alhada, pois não sou de esquerda nem de direita nem do centro, sou apenas adepto do meio da praia e da Meia Praia, proponho o seguinte:

- Que o poeta Graça Moura alugue um apartamento no sul do Líbano, em condomínio fechado, e com vista para o mar e para a bazuca israelita mais próxima.
- Que o director do Público vá entrevistar um dos líderes da Hezbolah com a estrela de David ao peito.
- Que aqueles que opinam sobre o direito de Israel a defender-se, que é como quem diz a reduzir a picado centenas de civis libaneses e observadores da ONU, se ofereça como voluntário ao exército israelita. E que não se esqueça do tubo de vaselina.
- E os que dizem que quem defende Israel é de direita, e que quem ataca Israel é de esquerda, vão aprender o Corão numa madrassa algures no Irão, e beijar a mão ao presidente lá do sítio, que é uma pessoa altamente recomendável.
- Também podem ir até Israel aprender a Tora, deixar crescer o cabelo aos rolinhos, pôr uma tigela na cabeça e bater com a dita no Muro das Lamentações até perder a consciência.
- Os que andam a pedir "um debate sério" sobre a situação no Médio Oriente lembrem-se que em alguns países árabes da região os palestinianos não são melhor tratados que em Israel, e que a rivalidade entre algumas organizações radicais islâmicas que defendem o fim do estado de Israel apenas interessa aos vendedores de armamento e a todos aqueles que só têm a ganhar com a agudização do conflito (EUA, China, Rússia).
- Não se esqueçam que toda aquela merda começou com o rapto de soldados israelitas pelo Hezbolah. Se quiserem provocar uma grave crise mundial experimentem raptar o vizinho de cima, esse mesmo que põe a música em altos berros, bate com as portas, e treina sapateado mesmo por cima do vosso quarto a partir da meia-noite.
- Por último, e para lembrar que existem anedotas bem mais ridiculas, os mesmos judeus que sofreram o extermínio nos campos de concentração brincam aos nazis na terra que chamam sua. E lembrem-se que o palhaço que governa o Irão não é muito diferente de um qualquer dirigente nazi.
Matem-se uns aos outros que o mundo ficará de certeza mais limpo.

Só o litro da gasosa é que não desce, pôrra!

quinta-feira, julho 06, 2006

I'm back... mas pouco!

Acabou o futebol. Ponto e prontos!
Os que gostam de futebol deixaram de roer as unhas e os outros deixaram de ter em quem malhar porque um dos F ... foi-se.

Eu, entretanto tenho andado entretido noutras coisas com um colega de estimação (ver ifadapiu.blogspot.com) a bater no meu ódio de estimação - o Funcionalismo Público.

Mas, como já disse (ou dissemos) e repito - é só sobre os f(p) burrocratas que nos fodem a vida com as suas pequeno-prepotências de falhados/as.

Em relação à campanha que esta ministra da educação (sim - ministra com letra muito pequena) só tenho a dizer que num país de qualidade os professores seriam dos mais bem tratados, pois são eles que preparam as gerações futuras. Péra aí - isto faz-me lembrar o gajo que caiu da cadeira - se dermos má formação aos que não têm €€€€ para pagar colégios particulares, mais fácil será enganar a manada!!!

Para apoiar os professores, não os integrando OBVIAMENTE na categoria de f(p), junto um texto duma pessoa amiga do coração (é pá desculpa não ter pedido autorização - se quiseres retiro o texto!).


Não têm o direito de nos tratar assim

“Sinto-me insultada, humilhada. " - ouvi colegas dizerem repetidamente nos últimos tempos. E em nome dos muitos docentes que partilham esta mágoa e no meu próprio que quero expressar a minha opinião.
Costumo dizer que, de tanta pancada, me sinto dolorida.
"Eles", leia-se Ministra e o Governo que a apoia, NÃO TÊM O DIREITO DE NOS TRATAR ASSIM. Sempre me senti orgulhosa e honrada por, através da minha profissão, colaborar com as Famílias na formação dos seus filhos e meus alunos e contribuir para que eles se tomassem cidadãos responsáveis e participativos nas comunidades em que se viessem a integrar.
Agora apontam-me o dedo acusatório e fazem-me sentir culpada do falhanço cultural de um país?
Senhora Ministra, V. Exa. que é professora, quantos anos exerceu funções docentes?
Que Portugal percorreu, com malas e filhos às costas até conseguir instalar a sua vida num local definitivo e finalmente poder proporcionar alguma estabilidade à sua família? Durante quantos anos o seu local de trabalho foi em locais remotos, com buracos no chão e no tecto, com o frio a tolher-lhe os movimentos? Quantas vezes teve alunos a necessitar, muito mais do que aprender a ler, de uma refeição quente, ou de um colo onde encontrar o afecto que lhe faltava em casa? Não sei a sua resposta, mas se o seu percurso profissional não se revê no que eu acabo de descrever, então Sra. Ministra, desculpe, mas não admito que decida o que quer que seja, em meu nome e sem me ouvir.

Tenho 34 anos de serviço e apesar de me ter quase sem pre sentido desconsiderada pelos sucessivos governos do meu país, nunca desisti dos meus alunos e fui professora, enfermeira, mãe, psicóloga, assistente social e colmatei to das as situações em que as obrigações dos governos iam falhando.
Obviamente, tendo iniciado funções docentes em 1972, assisti a inúmeras tentativas falhadas dos gover nos de introduzir medidas reformadoras no ensino, sem nunca pararem para fazer uma avaliação credível e sem pre ao sabor da orientação dos Ministros que se foram sucedendo, quase sempre fingindo que ouviam os professores. E agora hábil e ma quiavelicamente a Ministra faz, num total desrespeito pelos docentes deste país, passar a mensagem de que a culpa do insucesso governativo na área da educação é dos professores.
Assisto ao ataque mais violento que desde o regime fascista foi feito à minha condi ção de Docente e de Mulher, com as medidas que a Minis tra propõe no novo ECD. Po deria exemplificar com inúmeras histórias de mulheres professoras que conheço mas vou falar do meu caso que representa uma faixa etária de quem, pensando até há pouco tempo estar em fim de carreira, se assombra e ainda não acredita no injusto e violento abanão que o país pela voz da Ministra lhe está a infligir:
- Com o meu tempo de serviço passarei a Professor Titulardestacando-me dos meus colegas que serão APENAS Professores ou ainda menos, candidatos a professores e assim poderão ficar indefinidamente porque o sistema de avaliação é tão repressivo que muito dificilmente poderá progredir mesmo que tenha um desempenho exemplar, porque as cotas fixarão o número de professores bons que uma escola pode ter;
- Sendo Coordenadora de Departamento terei de avaliar os meus colegas com todos os problemas pessoaisque daí podem surgir e serei avaliada pelos pais dos alunos com todo o tipo de pressões e conflitos que inevitavelmente ocorrerão.
- Terei de assistir à repressão prevista para se abater sobre as minhas colegas, Mulheres em idade fértil, que tiverem a péssima ideia de quererem realizar-se como Mães porque nesse ano não serão avaliadas e nos anos seguintes se precisarem de faltar mais de cinco dias, serão castigadas com a avaliação de Insuficiente, correndo o risco de serem afastadas da carreira!!!!!Inacreditável! Uma mulher que pretende penalizar outras mulheres por estes motivos não andou na Faculdade de Letras em Lisboa nos anos 70-74, a ser perseguida e a levar bastonadas da policia de choque Marcelista que nos espancava, mesmo em estado de gravidez adiantada até, nos fazer abortar.

O meu discurso parece exageradamente dramático? Não é!!! ,
O que é DRAMATICO é a maneira injusta e cruel como a opinião pública está a julgar e crucificar em praça pública os professores deste país, deixando-se influenciar pelos habilidosos discursos de quem sabe que o elo mais fraco do sistema educativo são os docentes, sendo estes portanto o alvo ideal para o povo descarregar a sua frustração e raiva pelo rumo que o país está a tomar, em viagem vertiginosa para outra ditadura.

quarta-feira, junho 28, 2006

Viva a Selecção! - III

Pronto. Rendo-me. Deponho as armas aos pés da sacrossanta selecção de futebol, e renego tudo o que disse anteriormente sobre tão nobre instituição. Somos os maiores! Os campeões da porrada e do gel e fitinha no cabelo! Demos cabo dos holandeses e vamos dar cabo dos cabrões dos ingleses nem que seja à facada!
Bem diz o guarda-redes Ricardo que a selecção personifica a alma lusa, os feitos dos valorosos marinheiros do passado que andaram para aí a descobrir coisas e a conquistar não sei o quê. Esta selecção de valorosos portugueses mais o Deco incha de tanto espirito de conquista. E também incham os adversários quando provam a sarrafada lusa. É preciso ganhar sempre e a qualquer custo. Não interessa se somos os mais indisciplinados do Mundial, até é uma honra, aquela merda não é coisa para mariquinhas nem pés de salsa. Que o diga a selecção do euro 2002. O ET do Abel Xavier meteu meteu a mão à bola quando a gente estava a dar um baile aos franceses e o arbrito marcou penalty contra Portugal. Não se faz, não se desrespeita assim uma selecção tão valorosa. E depois a gente vingou-se no mundial da Coreia e o João Pinto qual Nuno Alvares Pereira pregou um sopapo no arbritro que este até viu estrelas durante o dia. Não ganhámos nada mas foi bem feito, não se brinca com os bravos lusitanos. Se o adversário joga melhor do que nós então lá vai rasteira, pontapé na rótula, cotovelo no focinho! Assim é que é, podem vencer em golos mas não nos vencem na porrada!
Foi este o espirito que o seleccionador, o Grande Xamã Scolari conseguiu aprefeiçoar nos jogadores lusos. O instinto já lá estava, só faltava organizá-lo, treiná-lo e pô-lo em prática de forma mais subtil e eficaz. Total e definitivamente. Ou não fosse Scolari um fiel e confesso admirador do ditador Pinochet. Com a imagem da Virgem para disfarçar, claro!

terça-feira, junho 20, 2006

Solidariedade

Dos jornais:

"Os trabalhadores da fábrica de Saragoça (Espanha) da General Motors (GM) decidiram tomar uma posição junto da empresa, afirmando que não querem receber a produção do modelo Combo na indústria espanhola, se isso implicar o encerramento da unidade portuguesa da Azambuja. Segundo o porta-voz da Comissão de Trabalhadores (CT) da fábrica de Azambuja da GM, esta posição foi aprovada na semana passada, ao mesmo tempo que os funcionários da fábrica espanhola decidiam realizar, hoje, uma greve de duas horas por turno, em solidariedade com os operários portugueses do grupo."

Por este exemplo se vê porque é que os nuestros hermanos já nos levam uns bons quilómetros de avanço.
Resta saber o que faríamos nós se a coisa fosse ao contrário.

segunda-feira, junho 19, 2006

Frase do dia

Antes um bom socialista de direita que um mau social-democrata de esquerda.

Luís Delgado, jornalista (DN, 2006-06-19).

Se alguém conseguir decifrar a ambiguidade que se esconde nesta simples frase, então que se acuse.
Socialistas de direita só conheço os nacionais-socialistas; sociais-democratas de esquerda só devem existir na cabeça deste senhor; quanto ao conceito de bom e mau já a minha avózinha dizia para me afastar das más companhias e juntar-me às boas. Sempre me esforçei para seguir estes conselhos, embora confunda sempre as boas com as más. Mas em relação ao bom e mau jornalismo não tenho quaisquer dúvidas.

segunda-feira, junho 12, 2006

Viva a Selecção !

Viva a selecção de bestas que embarcam nesta palhaçada dos futebóis, pois se não fosse tal selecção selecionada de pessoal o que seria de tantos craques e traques que vivem à conta desta brejeirice que, ao longo dos tempos e de acordo com as leis supremas da globalização, transformou um desporto que até poderia ter continuado apenas como desporto, num festival de alarvice e má educação. Mas é mesmo por isso, por englobar o de mais sujo e porco que uma sociedade mal formada e deseducada tem, que o tal futebol profissional cativa os que sonham ser na vida real uns profissionais do pontapé, que não podendo ser na bola, pois isso é só para alguns priviligiados, passa a ser no vizinho do lado, no colega de trabalho, na família ou até, em casos extremos, neles próprios.
De facto, o futebol é para a corja de adeptos incondicionais uma instituição educacional, tipo universidade da falcatrua, pois o basear-se na finta como forma de enganar o próximo, e a fita de fingir-se muito magoado para obter dividendos do árbrito ou o treino em fazer faltas sem que ele as tope, são ensinamentos fundamentais para descansar o moral atormentado dos pontapés nos outros, no jogo do dia a dia da vida.
Viva a selecção destas bestas, em que a bandeira no pópó, à janela, na t-shirt, à volta do pescoço ou a fazer de cueca ou fralda, mais não é do que a afirmação exterior da desgraça de país em que vivemos, onde o importante da vida é trocado pelo fácil do pontapé.
Viva a selecção deste pessoal que assim mantém a que foi sempre a sua imagem de marca ao mundo, mostrando-se em bandeiras nacionais que são e querem ser: orgulhosamente pequeninos, pobres e sem respeito próprio.
Ainda tenho esperança de ver o fado e fátima ressuscitados, para que então possamos dizer desta selecção: Futebol, Fado, Fátima, Foda-se!!

sexta-feira, junho 09, 2006

Viva a Selecção!

A gritaria à volta do Mundial da Alemanha teve o condão de me despertar desta suave letargia. Por pouco tempo, espero. Esta inundação de propaganda a puxar ao nacionalismo pimba está-me a dar cabo dos nervos, o cabelo começou-me a cair, sofro de distúrbios intestinais, urticária e fibromialgias sempre que a propanganda à volta da puta da selecção me empranha os ouvidos.
Quando vejo algum lobotomizado de bandeirinha na antena do pópó, ou pendurada na janela do apartamento, sou invadido por suores frios e enjoos matinais, quando o Scolari bota o discurso de merda que engendrou para este bananal até fico com vontade de ouvir o DVD do papa João Paulo II, mais os extras e making-offs. Qualquer imagem do Madaíl que me apareça à frente provoca-me conjuntivites e febre dos fenos. As tácticas, os comentários, as coscuvilhices à volta da selecção são pior que H5N1, HIV e malária todos contraídos ao mesmo tempo. Os jogadores estão na mesma linha dos apoiantes de bandeirinha à janela: uma cambada de atrasados, lobotomizados e retardados. A única diferença é que os jogadores ainda ganham alguma coisa com esta merda, ainda papam umas gajas das passerelles que os ajudam a estoirar o dinheiro em carros de desporto, vivendas no Algarve, tatuagens e penteados exóticos. E eu para aqui a tentar passar despercebido no meio de tudo isto, a tentar fugir a esta praga de insectos acéfalos, a fazer um esforço enorme para não comprar uma bandeirinha e enfiá-la no suporte do papel higiénico, ...fónix, pá!, apesar daquele trapo não servir para outra coisa há que ter algum respeitinho pelos valores da pátria, eu cá dou muito valor a essas coisas, pá, juro que lavarei sempre a bandeira depois de a usar até ela ficar desbotada com tanta esfrega, até o vermelho ficar cor-de-rosa pêésse, e o verde perder a esperança toda...
Não quero ser desmancha prazeres nem mais papista que o Bento, eu sei que vou engolir o Mundial como um contentor de sapos vivos, vou vibrar com os falhanços do Pauleta, os frangos do Ricardo e as cotoveladas do Cristiano Ronaldo. Melhor, vou rir que nem um perdido, vou rebolar-me de riso até estoirar!
Vou pôr a bandeira de Angola à janela, a do Irão na varanda e a do México na antena do carro!
Quero que a selecção, o Scolari, o Madaíl, e mais toda a corja que se alimenta deste aviário, mais os carneiros dos amantes da bandeirinha e dos cromos da bola se fodam!
Domingo vou torcer pelo Mantorras!

sexta-feira, maio 19, 2006

Em hibernação

Depois de um período mais ou menos longo de hibernação propositada resolvi sair um pouco da caverna e apanhar um pouco de ar. Tempo perdido. O berloque continua na mesma sem coisinhas novas, nem para mandarem à merda este triste escrevinhador. Já pensei em ocupar este maldito tempo em coisas mais úteis, como aprender alguma coisa de cultura geral, por exemplo seguir o empolgante romance entre o Cristiano Ronaldo e a Merche Romero, ou entrar para o clube de fans do Toni Carreira, mas eu sou teimoso, e de quando em vez lá dou uma perninha por aqui, pelo menos para não deixar isto ir à falência. Eu sei o que estou a perder lá por fora, os comentários do Paulo Portas, os escritos do J. Pacheco Pereira, o livro do Carrilho, os discursos do ministro da Economia, as previsões do Vitinho, mas pôrra, um gajo também se farta de tanto rir, né? Vou mas é voltar para o aconchego da minha gruta e bater mais uma sorna de alguns dias. Pode ser que o carteiro bata à porta um dia destes.

sexta-feira, abril 28, 2006

Regresso ao futuro...

Agora, sim! Temos o futuro garantido! A Segurança Social e as nossas reformas estão garantidas!
Já posso trabalhar à vontade até aos oitenta em vez de andar por aí a jogar às cartas nos bancos de jardim ou a definhar em algum lar de 3ª idade. Que alívio, que descanso. E em vez de ser um empecilho para a família sou mais uma fonte de rendimento até o Alzheimer me bater à porta. Finalmente passados 32 anos sobre a esperança renascida, uma alma inchada de inteligência e boa fé produziu aquilo que toda a gente ansiava. É claro que os doutos inventores desta medida teriam que ser bem pagos e compensados para parirem o desejado. Salvaguardaram bem o seu pecúlio antes da coisa estoirar cá para fora. Mas garanto que o merecem, olá se merecem! Se eu quiser já posso fazer filmes depois dos noventa como o senhor de Oliveira, mesmo que a fralda saia para fora da cintura das calças. Mas como não sei fazer filmes sempre posso, sei lá, varrer os arruamentos da Quinta da Beloura, tratar do jardim do sr. Balsemão, carregar os tacos de golfe do engº Belmiro (mesmo que ele não seja golfista), ou, quiçá, aparar a barba ao major Valentim. Qualquer destes trabalhos seria um privilégio.
Mas o melhor seria mesmo continuar a descontar depois de morto. Morreste? Então pensavas que escapavas, ein? Então agora pagas a dobrar, e como não o podes fazer os teus descendentes cá estarão para isso. Garanto que assim o sistema sobreviveria para lá de 2050, digamos, até 2053 ou 2054.
E porque não fazer a coisa funcionar ao contrário? Um tipo nascia, reformava-se até aos 4 anos, pois uma cria até esta idade não gastará mais que uma ninharia em fraldas, bledines e yogurtes por mês. A partir daí era só contribuir para o estado até dar o peido mestre. Dos cinco aos catorze anos poderia estagiar a carregar tijolo ou sacas de cimento a troco de um ordenado mínimo totalmente sugado pelo estado, e depois toma lá o mercado de trabalho a sério até cair à cova. E o decréscimo da natalidade deixaria de ser um problema para ser parte da solução: menos nascidos, menos reformados. Excelente! Perfeito! A reforma para os recém-nascidos, já!

quinta-feira, abril 27, 2006

É um gajo do norte, carago!

Valentim sai ilibado e quer ser indemnizado pelo estado. Ou seja, por todos nós. O major Batata enche o peito e dispara o usual chorrilho palavroso de bosta de cão. Quem elege gajos destes merece pagar-lhe a indemnização. De que estão à espera os gondomarenses?

segunda-feira, abril 24, 2006

TORAH

Jeová achou que era altura de pôr as coisas no seu devido lugar. Lá de cima acenou a Moisés.

Moisés foi logo, tropeçando por vezes nas lajes e evitando o mais possível a sarça ardente.

Quando chegou ao cimo, tiveram os dois uma conferência, cimeira, claro. A primeira, se não estou em erro.

No dia seguinte Moisés desceu. Trazia umas tábuas debaixo do braço. Eram a Lei.

Olhou em volta, viu o seu povo aglomerado, atento, e disse para todos os que estavam à espera:

- Está aqui tudo escrito. Tudo. É assim mesmo e não há qualquer dúvida. Quem não quiser, que se vá embora. Já.

Alguns foram.

Então começou o serviço militar obrigatório e fez-se o primeiro discurso patriótico.

Depois disso, é o que se vê.



de Mário Henrique Leiria , Contos do Gin-tónico


sexta-feira, abril 21, 2006

Choque Tecnológico?

Não sei se isto se deve ao choque tecnológico, se é mais um episódio do circo das celebridades, se é um sketch do Gato Fedorento...palavra que não sei o que pensar.


A propósito, se vai haver mais gajas ao menos que sejam alguma coisa de jeito... a Joana e a Aninhas do Bloco até não eram más de todo...
Aquelas bétinhas meio descascadas que aparecem a dizer babuseiras nas revistas de donas de casa é que são fixes. Até podiam fazer uns strips na tribuna...
Garanto que haveria sempre quorum e deputados acordados.

segunda-feira, abril 17, 2006

O Infiltrado (The Inside Man) de Spike Lee

Inteligente e divertido. Sem os habituais truques, efeitos digitais e fogos de artifício que fazem da maioria das produções hollywoodescas uma autêntica bosta.
A América pós 11 de Setembro, a discriminação racial, a violência escondida, o sonho americano ... por causa de um assalto (perfeito) a um banco.
A América resumida nas palavras de um dos personagens: “onde houver sangue derramado há sempre oportunidades de enriquecimento”.
Imperdível.

quinta-feira, abril 13, 2006

Sou um pecador, senhor...


Não leiam nada com excepção da Bíblia.
Não naveguem na Net.
Não vejam TV.
Ouvi dizer que tudo isso é pecado.
Sigam os santos conselhos do distinto taliban norte-amerdicano Cardeal James Francis Stafford, Penitenciário-Mor, ao presidir ao Rito da Reconciliação no Vaticano, celebração que era tradicional em Roma até ao Renascimento.

Uma boa Páscoa para todos...

quarta-feira, abril 12, 2006

19 de Abril de 1506

Anda por aí uma polémica sobre o dia 19 de Abril, que, para quem não sabe, evoca os 500 anos do massacre de milhares de judeus em Lisboa a mando da sacrossanta Inquisição. Pedem os organizadores que à laia de pedido de desculpas às vitimas e seus descendentes se acenda uma velinha no Rossio no dia em questão.
Uma velinha, só?? Pôrra, eu carrego às costas todas as culpas deste massacre, perco o sono sempre que me lembro do meu antepassado que retalhou um judeu a golpes de cutelo, e só me dão uma velinha para acender? Tão a gozar?
E os mouros que o D.Afonso Henriques fez em picado? De cada vez que me lembro disso até fico com borbulhas pelo corpo todo! E os escravos de África, os guaranis do Brasil, as vítimas da guerra colonial? Se eu fosse um individuo susceptível há muito que teria bebido um copo de cianeto! Oh meu Deus, a minha culpa é tamanha que nem pegando fogo ao Rossio inteiro eu terei uma noite de descanso! Culpa, minha culpa, minha tão grande culpa, Aaaaaaghrrrrr!!!

terça-feira, abril 11, 2006

Quem tem cú...

Enquanto lá pelas franças o monsieur Villepin mete o rabinho entre as pernas, por cá o hábito de dar ao rabinho generaliza-se, começando em alguns políticos e continuando pelas emigrantes brasileiras, quer dançem ou não o samba. Mas o hábito bem português de "dar baile", especialmente quando não se sabe dançar, está bem patente na mente mentecapta de muitos políticos, comentadores, jornalistas, enfim, dos suspeitos do costume. A moda dos lambe-cús, ou se quiserem dos beija-rabinhos, está alapada há muitos séculos na lusa terra e segundo parece está aí para durar. Os osculados no traseiro sabem bem quando devem dançar, e enquanto abanam o rabiosque lá vão subindo mais uns degraus na desbunda social e política levando atrás de si o seu séquito de beijoqueiros, que sabem vender bem a sua música de baile desafinada. E quanto pior é a música, mais os dançarinos se esforçam.
Enfim, o monsieur Villepin mais não fez do que recolher o traseiro antes que o enrabassem, hábito que também existe cá no burgo mas ao contrário. Ou seja, se o Villepin tivesse o azar de ter nascido neste quintal, não seria concerteza sodomizado pela urbe em turbilhão, mas não teria muito trabalho a enrabar tanto rabo luso disponível e solicito.
É que na lusa terra as palavras de ordem seriam do género “- Tome lá o meu cú, sr. Villepin! Enrabe-me por favor, não faça cerimónia!”.
E enquanto uns abanam o rabinho, uns tocam música desafinada, e outros beijam traseiros, a maioria leva na peida e o mais grave é que até gostam!
Aumenta o desemprego? Penetre-me sr. ministro, penetre-me que eu mereço!
Aumenta o custo de vida? Meta-o todo, todo até ao fim!
Cada vez há mais pobres em Portugal? Tomem lá o meu traseiro, disponham como quiserem.

Por alguma razão já nos chamam o cú da Europa...

sexta-feira, abril 07, 2006

Instinto Fatal...

Pois é... agora com a taxa alcoolémia, o tabaco fora dos recintos fechados, o estado a meter-se naquilo que só ao cidadão diz respeito...pôrra, pá, se pago impostos é para o estado me largar a braguilha.
E agora tomem lá esta, pois se as mulheres políticas fossem todas assim eu até seria adepto das cotas, pá, e votava nelas todas, garanto que não falhava uma eleição... nem que a Sharon fosse do CDS, já que quer ser um partido sexy...
Este país precisa é de um Instinto Fatal, pá, deixem-se de lamúrias...

quarta-feira, abril 05, 2006


A Brigada de Trânsito da GNR dá a sua opinião sobre a redução da taxa de alcoolémia proposta pelo Governo.

Sobre a pirataria na net...

Sigam esta ligação .
Parece estarmos diante de mais uma manobra para enganar papalvos.

sexta-feira, março 31, 2006

Marketing puro

Anda por aí uma polémica por causa de livro chamado "Couves e Alforrecas – os Segredos da Escrita de Margarida Rebelo Pinto" que põe em causa a honestidade intelectual da escritora Margarida Rebelo Pinto, que, segundo o autor, a senhora faz auto plágio dos seus próprios livros, copiando parágrafos inteiros de livro para livro ou coisa assim. Devo declarar que li o romance da MRP "Não Há Coincidências", um best-seller que vendeu mais que coirates em dia de futebol, e fiquei irremediávelmente vacinado contra a escrita da senhora. Mas isso é um problema meu e da minha sanidade mental, com a qual a MRP não tem nada a ver. Há quem defenda que esta escrita tipo "donas de casa" tem o mérito de pôr o pessoal a ler mais livros, principalmente a quem os livros servem de decoração à estante da salinha comprada no IKEA a suaves prestações, mas cá para mim é tudo uma questão de marketing. Vamos por partes: a escritora é gira, escreve sem pretenções sobre fulanas solteiras ou divorciadas que gostam de mandar umas quecas com engenheiros de olhos verdes, papam-lhes uns jantarecos e fins de semana em hóteis de luxo, enfim, são umas putéfias com nível. Nada que uma dona de casa enfastiada por enrolar as peúgas do marido, e embrutecida pelas novelas da TVI e as mexeriquices da Caras não desejasse. MRP vai assim directa ao imaginário desta clientela frustrada e tem direito ao seu êxito, com ou sem truques fáceis como copiar os textos do livro anterior. Só os lê quem quer.
Lembro-me da esperteza saloia do senhor Dan Brown ao escrever o Código Da Vinci, sabendo de antemão que a polémica estalaria e que à conta disso o pilim iria engrossar a sua conta bancária. Marketing puro.
E o que faz então o autor das "Couves e Alforrecas", o distinto senhor João Pedro George? Lê todos os livros da senhora, e para isso deve ter um estomago muito forte, e certamente até os leu mais que uma vez para chegar à conclusão que existem parágrafos e páginas iguais em quase todos os livros. Este homem merece um prémio, porque é um sofredor. Mais, é um mártir da escrita. E merece vender tantos ou mais livros que a MRP.
Mas como reage a distinta escritora? Mete uma providência cautelar para impedir que o livro seja publicado com o subtítulo "Segredos da Escrita de Margarida Rebelo Pinto". Mas o que é isto, afinal? Marketing puro.
O rapazinho vai vender o livro como quem vende pipocas no cinema ao fim de semana, a fulaninha vai ver o seu nome nas primeiras páginas das revistas de casa de banho por causa desta polémica da treta, e com mais ou menos processo judicial ou providências cautelares os seus livros vão subir nas vendas até o pessoal esgotar as estantes do IKEA.
Marketing puro.
E é assim que com mais ou menos plágio, mais ou menos quecas com engenheiros de olhos verdes, mais ou menos polémica, se vai desenvolvendo a indústria livreira nacional, que até se pode dar ao luxo de editar aqueles livros que ninguém lê a não ser o autor e os amiguinhos mais próximos, como as "Memórias de Cavaco Silva" ou os poemas de Vasco Graça Moura.
Sabem que mais? Vender a alma é o que está a dar.

quarta-feira, março 29, 2006

VERGONHA

Óh ímpios deste país!
Óh lusitanos duma figa!
Óh maltrapilhas do faz de conta!
Óh proxenetas deste bordel!

"É pá, os gajos são mesmo do piorio, pá! Lá porque querem fazer uma lei a dizer que os putos, no primeiro emprego, não têm direito a nada, e é o que se vê pá, são greves, são manifestações, anda um país às bolandas só por causa disso, pá! E ainda por cima é só um projecto de lei, uma intenção do governo deles, pá. Se eu mandasse naquilo pá, todos os gajos até aos trinta eram obrigados a pagar ao estado para terem um emprego. Lá porque são jovens e não sei mais o quê já se julgam com direitos! É pá, a França é do piorio pá!"
Pois é. Aqui no nosso burgo não há dessas alarvidades.
Os políticos podem fazer muito bem o que lhes dá na real bolha que ninguém, ou quase, se importa com isso. Os bancos e afins têm lucros fabulosos por transferência directa dos bolsos dos pagaantes para os cofres dos ditos, e ninguem, ou quase, se importa com isso. Os donos económicos deste país são quem manda e ninguem, ou quase, se importa com isso, se pagam o que devem ao erário público ou se mafiosamente alimentam a corrupção e os lobies que criam lugares políticos a seu belo prazer. A crise é um estado da nação desde tempos imemoriais, mas ninguem, ou quase, se importa com isso, pois cada mês que passa mais crise impõe menos qualidade de vida a todos os que são obrigados a comê-la e calar. As leis, os projectos das ditas e a sua aplicação não interessa a ninguem, ou quase, pois a culpa do mal é sempre dos outros. Cá dentro do burgo priviligia-se o aldrabão, o vende palavras, o esperto à portuguesa, o quem tem um olho é rei, e ninguem, ou quase, se importa com isso. O presente deste país está de rastos e o futuro já só existe para os que ainda nem pensam nascer, mas ninguem, ou quase, se importa com isso. A cultura e a educação apenas marcam pontos em comparação com a Serra Leoa ou países que nem sabem que existem, mas isso não importa a ninguem, ou quase.
O importante mesmo é a gente não pensar muito nisso. O resto que se lixe, ou quase!

E nem os que estão no quase são capazes de fazer umas cócegas aos poderosos instituidos!
"Pois é, pá. Tens razão pá! Mas olha lá, afinal o benfica vai jogar com quem?"

terça-feira, março 28, 2006

França

Mais uma vez a França está na vanguarda da história e mostra o caminho a seguir. Os defensores das teorias neo-liberais protagonizadas (como sempre) pelos anglo-merdas e seus descendentes bem podem invocar as suas teorias da treta da insustentabilidade do modelo social europeu à luz da globalização económica. Precisam-se mais e mais franceses na rua, mais europeus de todas as raças e origens a mostrar a força da sua razão.
O retorno à escravatura é hoje uma realidade, e quando a maioria se aperceber disso talvez já seja tarde demais.
Povo que não reage só tem o que merece.

sexta-feira, março 24, 2006

Sinais...

No seguimento do post do Timoneiro, chamo a atenção para este do Dragoscópio.
Meus amigos, na vida nada acontece por acaso...

quinta-feira, março 23, 2006

Com a verdade me enganas? Ainda!!!

Peço desculpa (e homenageio o blog "ditocujo" donde tirei o texto seguinte, porque acho que deve ser dado a conhecer ad-infinitum.

Naturalmente, as pessoas não querem a guerra mas no final das contas são os líderes do país quem define a política e trata-se de uma questão muito simples a de arrastar as pessoas quer se trate de uma democracia, uma ditadura fascista, um parlamento ou uma ditadura comunista. Com ou sem voz, as pessoas podem sempre ser convencidas para seguir a vontade dos seus líderes. Isso é fácil. Tudo o que é necessário é dizer-lhes que estão a ser atacadas, denunciar os pacifistas por falta de patriotismo e por expôr o país ao perigo. Funciona da mesma forma em qualquer país.


Quem terá dito isto? O Bush? O Hussein? Um Ai!a Tola? O Cavaco? O Barroso? NÃO!


Foi Hermann Göering, Chefe da Aviação Alemã do 3ºReich de Hitler durante os tribunais de Nuremberga após a 2ª Guerra Mundial.

E da bosta se fez merda...

Jaime "Bosta" Ramos, insular de nascença, admirador confesso de artistas de circo, vulgo palhaços, e chupa-escrotos em part-time, discursou na assembleia regional propondo a retirada do dia 25 de Abril do calendário. O padre Anísio, penitente da Calheta e pedófilo em segredo, concordou sem restrições. Os restantes membros da associação republicana "O Ninho das Flores do Meu Jardim" também concordaram apesar de estarem na hora da sesta. A oposição calou-se, como lhe competia.
Ficou assim acordado que a seguir ao dia 24 de Abril viria o dia 26 de Abril, e que qualquer referência, mesmo que murmurada, ao dia eliminado seria severamente punida com 12 chicotadas no traseiro e em público.
Assim, e de uma assentada, Jaime "Bosta" Ramos, deu mais um pontapé nos defensores da teoria do "défice democrático", projectando-os até meio do Atlântico sem bóia de salvação.
Alberto "El Cerdo" Garden, presidente vitalício da Ilha do Pau, e profissional de orgias romanas, condecorou Jaime "Bosta" com a Cruz da Imaculada Pocilga pelos preciosos serviços prestados à Causa e pelos beijos ardentes no seu traseiro.
Consta que os defensores do truculento "El Cerdo" Garden no continente, Manecas Dias a Dias Loureiro e Zézinho P. Pereira, os quais defendem a teoria do "tomáramos nós que toda a Lusa Terra fosse como a Ilha do Pau", passam agora a vida rasgar folhas de calendário, mais especificamente a do dia 25 de Abril, só para (dizem eles) pouparem no papel higiénico em favor do défice.
O governo central, remetido ao habitual silêncio, e também muito preocupado com o défice, prevê já uma próxima revisão do calendário, pois sussurra-se nos corredores do poder que as folhas da Constituição da República estão quase a acabar nos cagatórios ministeriais, e que até em alguns deles já se limpa o cú a declarações de IRS de alguns banqueiros famosos.
Como dizia o outro "é a vida..."

Compromisso Portugal...rewind...

Com respeito ao post anterior, parece que o personagem de Carrapatoso afinal já tinha pago, protestou o que tinha pago, deram-lhe razão, e ainda não recebeu a cobrança indevida.
No meio de tudo isto alguém está a mentir. O DN ou o Carrapatoso? Ou os dois?
E porque é que o fisco não diz nada?
Já agora, onde está a tão propagandeada lista de devedores e respectivas dívidas?

É pá, eu não quero o meu nome no meio dessa merda, profissionais liberais, empresários de sucesso, pato-bravos, presidentes dos futebóis, banqueiros, ... vejam lá se dão um jeitinho nisso, pá, a gente depois conversa..., me entiendes?