sexta-feira, julho 28, 2006

O Conflito Final

Anda por aí uma discussão entre a direita e a esquerda cá do burgo por causa do conflito israelo-árabe. Sem querer meter-me nesta alhada, pois não sou de esquerda nem de direita nem do centro, sou apenas adepto do meio da praia e da Meia Praia, proponho o seguinte:

- Que o poeta Graça Moura alugue um apartamento no sul do Líbano, em condomínio fechado, e com vista para o mar e para a bazuca israelita mais próxima.
- Que o director do Público vá entrevistar um dos líderes da Hezbolah com a estrela de David ao peito.
- Que aqueles que opinam sobre o direito de Israel a defender-se, que é como quem diz a reduzir a picado centenas de civis libaneses e observadores da ONU, se ofereça como voluntário ao exército israelita. E que não se esqueça do tubo de vaselina.
- E os que dizem que quem defende Israel é de direita, e que quem ataca Israel é de esquerda, vão aprender o Corão numa madrassa algures no Irão, e beijar a mão ao presidente lá do sítio, que é uma pessoa altamente recomendável.
- Também podem ir até Israel aprender a Tora, deixar crescer o cabelo aos rolinhos, pôr uma tigela na cabeça e bater com a dita no Muro das Lamentações até perder a consciência.
- Os que andam a pedir "um debate sério" sobre a situação no Médio Oriente lembrem-se que em alguns países árabes da região os palestinianos não são melhor tratados que em Israel, e que a rivalidade entre algumas organizações radicais islâmicas que defendem o fim do estado de Israel apenas interessa aos vendedores de armamento e a todos aqueles que só têm a ganhar com a agudização do conflito (EUA, China, Rússia).
- Não se esqueçam que toda aquela merda começou com o rapto de soldados israelitas pelo Hezbolah. Se quiserem provocar uma grave crise mundial experimentem raptar o vizinho de cima, esse mesmo que põe a música em altos berros, bate com as portas, e treina sapateado mesmo por cima do vosso quarto a partir da meia-noite.
- Por último, e para lembrar que existem anedotas bem mais ridiculas, os mesmos judeus que sofreram o extermínio nos campos de concentração brincam aos nazis na terra que chamam sua. E lembrem-se que o palhaço que governa o Irão não é muito diferente de um qualquer dirigente nazi.
Matem-se uns aos outros que o mundo ficará de certeza mais limpo.

Só o litro da gasosa é que não desce, pôrra!

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