sexta-feira, janeiro 28, 2011

Enfi'ó Barreto!


Depois de engolir o batráquio de alcunha Presidente da República, depois de assistir às sucessivas tropelias dos socretinos a raspar o bolso ao pessoal, depois de assistir aos protestos das escolas privadas que ai jesus o estado nos anda a gamar e vamos fechar o clube de hipismo, e o campo de ténis, e as aulas de boas maneiras da Paula Bóbó, e a missa ao domingo, e o terço nos intervalos, e o caralho que os foda, e mais os analistas salpicados de trampa que dissecam as eleições, a economia, as finanças, a educação, a saúde, e mais a sociedade em geral, e a produção, e a preguiça, e o fmi, e a aventesma da merckl, e as agências de rating, e os juros que não param de aumentar, e mais o discurso sacana do cavaco, sim, depois de tudo isto e mais além, ouço e vejo, e até acredito porque da ave que se segue só podia vir tal esguicho de merda, ave essa que dá pelo distinto nome de António Barreto, ex-ps, ex-ministro da agricultura de má memória, e agora opinador de patacoadas a engrossar o longo rol de bestas que escreve e debita nos jornais e tv, " É preciso fazer reformas para evitar uma revolução", Barreto dixit, como quem remata a frase derradeira que há-de acabar com o mundo.
Ora não posso deixar de me espantar com mais esta arrochada:
1º A haver reforma só quando me passarem a certidão de óbito, e mesmo assim com uma talhada de 50% ou mais, e não recebo porque entretanto deixei de pertencer ao mundo dos vivos.
2º Se o Barreto se refere àquelas reformas que os governantes fazem e em que tudo fica na mesma ou pior, sobre essas já está tudo dito.
3º Se o Barreto quer evitar uma revolução aqui neste cantinho, não precisa de reformas por muito boas que elas sejam. Basta analisar o resultado das ultimas eleições para entender que aqui não é preciso fazer nada para as evitar. E se não chegar há sempre um saca-rolhas como arma do crime, um bibi que andou a mentir porque o drogaram, um Goucha e uma Pinheiro a rebolarem-se no imaculado chão da tvi. É preciso mais?
4º Por último, e para fantasiar um bocadinho, imagine-se uma revolução aqui e agora, com greves generalizadas, cortes de estradas, porrada de criar bicho, coisa horrorosa que está a acontecer no Magreb, mas como são árabes e um pouco escuros pode passar na tv que é para a gente apreciar a selvajaria daqueles ímpios, mas o que se vai passando aqui ao lado na Galiza e no País Basco, népia. Perigo de contágio, não é filho?
Mas dizia eu, imaginem uma revolução aqui no quintal, com o governo deposto, os socretinos a fugirem para o Azerbaijão, o cavaco a nadar até à Madeira, o portas e o coelho mais os dejectos-set (esta não é minha mas está bem apanhada!) a sujaram as delicadas gânfias na recolha do lixo ou na apanha do tomate, imaginem então que destino teria o "suciólogo" Barreto neste cenário idílico.

Aguentem-se. Enquanto a imaginação não chegar ao poder é por aqui que se afirma. Ainda que saiba mal e cheire ainda pior. Coisas da vida.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

A POUCO A POUCO SE CONSTRÓI UM GRANDE AMÔR...

O título acima remete para uma famosa canção da Tripulação Maravilha. Veio-me à ideia porque depois de amanhã temos a eleição do presidente de todos os portugueses, claro que mais de uns do que de outros. Até aqui nada de especial, digo eu agora muito diferente do que diria até há 35 anos atrás. Só que a pôrra, desculpem-me se este termo faz parte do novo acordo ortográfico ou se se mantém no vocabulário do burgo, pois a pôrra é que vou apanhar com mais do mesmo, vamos ser obrigados a continuar a ver quase todos os dias nas tvs e jornais o mesmo cara de pau de laranjeira com míldio, vamos ter de mentalmente tomarmos doses cavalares de prosac para não darmos em doidos varridos de vez com as alarvidades que a pôrra deste cara de cú nos vai enfiar pelos ouvidos, cabeça e bolsos dentro pelo menos mais uns cinco anos, e ainda por cima servidas, as alarvidades, em bandeja apresentada por um próximo primeiro de um governo da sua maioria!! Vai fazer história, neste país de maltrapilhas, o bingo que previsivelmente vamos ter: os direitinhas assumidos todos em unísseno e a uma só voz no côro de uma assembleia da república maioritária, com um primeiro deles a dar passos de dança na coelheira e o seu presidente da mesma côr! Salva-me a sanidade mental hoje o ter a leve esperança que o côro, de tão afinado, leve isto para as urtigas à força toda e de vez. Pode ser que então alguma coisa aconteça para mudar à séria, nem que seja à porrada. Fica-me a esperança.
Mas deu-me para defecar aqui umas análises que andei a majicar, precisamente porque depois de amanhã vou às urnas, embora não seja muito do meu agrado andar a caminhar por cemitérios deste tipo, sem flores, sem relva, sem cheiros que não a mortos. E quero partilhá-las convosco, se tiverem a pachôrra de lerem o que se segue.
Pois bem, estas eleições para PR de há muito que são um best-seller nos escaparates das livrarias que não são frequentadas pelos que sabem ao menos ler, com o plagiado título "Crónica de Uma Votação Anunciada". O pôrra do Cavaco lá vai ganhar isto com bué de votos, para usar um dos novos vocábulos pós-acordo, pois basta vermos que nas últimas presidenciais em 2006, este pôrra ganhou à primeira e tinha pesos-pesados na corrida, pois o Soares+Alegre+Louçã tiveram 40,4%. O Alegre+Louçã tiveram 26% e os outros menos Cavaco e aqueles tiveram 9%. Assim, é fácil de entender que a vitória anunciada do Cavaco é uma certeza anunciada à primeira, pois na melhor das hipóteses, agora o Alegre+os outros menos Cavaco vai andar entre os 25% a quarenta e tal, nunca chegando a mais de 50%.
Daí que a remota hipótese de haver uma 2ª volta com Alegre, é coisa de meninos, e mesmo que houvesse, a pôrra ia dar ao mesmo do mesmo. O zé portuga ainda tem de comer muita azeitona e palha até tirar as pálas.
Quanto a votos nulos e brancos, após consultar a constituição e leis afins e confirmar com os resultados oficiais de eleições anteriores, a coisa é assim, para que não restem dúvidas: nas eleições presidenciais, os brancos e nulos não contam para os 100%, tal como a abstenção, logo só contam os votos válidos nos candidatos que tem de perfazer os 100%. Logo, nestas votar branco ou nulo é igual ao litro e apenas pode ser um consolo de alma para os que acham que um sistema democrático é o correcto, mas querem que se lixem os candidatos mais as suas mãezinhas. Já nas eleições legislativas, os votos brancos e nulos entram para os 100% e aqui interferem na % de cada partido, mas pena é que não contem como lugares em vazio no parlamento!
Portanto, nas presidenciais de 2006, os brancos e nulos foram apenas de 1,84% dos votantes, e nas legislativas de 2009 foram 3,08% do total dos votantes. Coisinha pouca, digo eu, na esperança de ver numeros muito maiores nas próximas.

Para ajudar aqueles que ainda andam um pouco à nora sobre o que fazer neste Domingo de urnas, aqui vai uma pequena ajuda à decisão:

Se tem um candidato por quem morre de amores, vote no candidato!
Se nenhum dos candidatos lhe serve, vote nulo!
Se nenhum candidato lhe serve mas mesmo assim quer dar a hipótese de uma 2ª volta, então tem 5 hipóteses à escolha:
1ºnunca voto num direitinha, então voto Nobre ou Lopes!
2ºnunca voto num esquerdinha, então voto Moura ou Coelho!
3ºtanto faz mas nunca voto Cavaco ou Alegre, então voto num qualquer menos nestes!
4ºtanto faz mas nunca voto Cavaco, então voto Alegre ou noutro qualquer menos aquele!
5ºtanto faz mas nunca voto Alegre, então voto noutro qualquer menos naquele e Cavaco!
Se nenhum candidato serve mas quero baixar % no Cavaco e Alegre, não quero dar esperanças ao Nobre para ainda ser tentado a fazer um partido mais tarde e aproveito para meter uma farpa no Jardim: voto Coelho!
Se não concordo com este tipo de democracia, voto nulo!
Se não concordo com qualquer sistema de democracia, então abstenho-me de votar!

Atenção ao voto em branco, pois não devemos esquecer que o pessoal que está na mesa de voto é convidado ou militante de um dos candidatos, e nada nos diz que uma cruzinha no nosso voto pode ser lá posta. Até porque já estão habituados às pequenas trafulhas, pelo memos alguns deles!
O voto nulo pode sempre ser bonito, pois um desenho lindo no local apropriado do boletim poderá fazer corar o elemento da mesa que o vê!

Voltando à canção, um dos hinos da maravilhosa tripulação, só vos digo que a letra acaba em bacanais!
E por aqui me fico, sem antes vos pedir para lerem os textos anteriores. No Cesto da Gávea, os tripulantes estão sempre defecando para todos estes merdólas que se enchem de "sinhores" à custa de todos nós! Boa votação!

Portugal precisa de um bom presidente!!!


Surripiado daqui

Vou estar em reflexão, portanto não chateiem

Confesso que ainda não decidi em quem votar, mas de uma coisa estou certo, não votarei naquela coisa chamada Cavaco, que tem um efeito sobre mim como uma unha a raspar num quadro de ardósia. Alegre teria algumas hipóteses, exactamente por ter sido “desertor” e “traidor à pátria” como o classificam as alimárias de direita, e por ter escrito “Trova do vento que passa”. Fora isso Alegre continua a ser o tal que andou calado no parlamento durante mais de 30 anos, sem a tal coragem para desertar ou ser traidor ao partido em que milita, apesar das inóquas tentativas de marcar diferença. Nobre anda a arrastar o justo prestígio pelas lamas da amargura, mas para além destes erros de campanha ainda teria algumas hipóteses de levar o meu voto. Já Coelho merece toda a minha consideração por ter a coragem de enfrentar sózinho a aberração Jardim, assumir-se comunista mesmo sendo dissidente do partido, e por fazer uma campanha diferente e bem humorada. Tem francas hipóteses de ser o escolhido. Lopes é só para os indefectíveis do PCP, Defensor Moura não sei quem é nem sei se existe.


Outra hipótese é o voto nulo, branco, ou simplesmente mandar as eleições às urtigas. Como o tempo anda manhoso e o frio ameaça voltar, passear no domingo está quase posto de parte, de modo que certamente lá irei cumprir o “dever cívico”, e fazer de conta que vivo em democracia.

De uma coisa estou quase certo: a cavacada vai festejar no domingo a reeleição do seu dono, Alegre recolherá às boxes assumindo a derrota, Nobre irá decidir a criação de um partido, Lopes terá uma “votação extraordinária”, Coelho regressará à Madeira pronto para outras lutas, ou talvez não, Defensor Moura não sei quem é nem sei se existe. A abstenção baterá todos os recordes em eleições presidenciais, e o país continuará na mesma como à lesma, em lento afundar em águas turvas e com os mesmos filhos da puta ao comando e a guardarem os salva-vidas só para eles.

Mesmo sem Cavaco, ou com ele e apesar dele.





Nota: Este texto não foi escrito ao abrigo do acordo ortográfico, e deve conter erros devido à ileteracia militante do autor.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

ATÉ À DESGRAÇA FINAL!

De vitória em vitória, até à desgraça final!
É assim aqui pelo burgo. Ainda ontem, os Sócrates e Teixeiras alarvemente davam gritos de contentes apregoando que a mais recente venda de títulos da dívida soberana tinha sido uma coisa fantástica. Apenas com juros de 6,7%, tinham conseguido obter umas massa valentes na ordem de 1,5 mil milhões de euros.
Fantástico! Lindo! Maravilhoso!
Eu, que destas coisas de empréstimos económicos ou financeiros sempre fugi como o diabo da cruz, pois desde muito cedo apreendi que, se pedir hoje emprestado, vou ter mais tarde de pagar muito mais do que o valor pedido, a bem ou a mal. Ou seja, a necessidade no momento de obter umas massas por qualquer motivo, obrigatóriamente vai implicar uma necessidade muito maior uns tempos mais tarde. Assim, apenas ganho uma coisa: ganho uns dias com o problema adiado, e por esses dias vou ter de pagar o carmo e a trindade.
Por isso, na minha qualidade de portuga, ainda fico espantado com as alarvidades desses senhores. Se conseguisse deixar de ser portuga por um momento que fosse, não ficaria espantado, pois nem outra coisa seria de esperar vindo de quem vem, vindo dos tais senhores que têm dedicado a sua vetusta inteligência a fornicar de qualquer forma a vidinha dos papalvos deste país, que somos todos nós excepto os tais senhores e suas putativas famílias mais chegadas.
Parece-me exercício fácil o imaginar o futuro deste país, e muito mais importante do que o país, as pessoas que tiveram, têm ou venham a ter a infelicidade de aqui viverem. É que a enorme quantidade de dinheiro que já está em dívida, portanto que os portugas já devem a outros, é por demais avultado para fazer com que isto seja não apenas um país adiado por décadas, no mínimo, mas um país que não mais pode ter independência económica e portanto, qualquer outra independência.
Mas o mais giro desta brincadeira é que a dívida de nós todos não é por culpa de todos nós, mas para alimentar o sistema financeiro em que os bancos e donos das finanças nacionais teimam em manter, para seu prazer e engordar os proventos.
E os Sócrates e Teixeiras apregoam vitória!
Mas como não bastando, aí temos os candidatos a PR deste país, Cavacos e Alegres, a vociferarem que querem vitória. Alegre, figura grada do PS, há trinta e cinco anos que anda ligado ao poder político deste país, assistindo impávido e sereno do seu lugar de deputado e dirigente partidário ao desmoronar das promessas e ideias que nasceram com o 25 de Abril, dando cobertura às aprovações legislativas mais abjectas que na AR têm atirado para o lixo o que sobrou do estado social, dando aplausos e concordância às leis mais capitalistas que têm infestado a nossa sociedade. Agora, como candidato a PR, apregoa com corôa de anjinho que, se ganhar, vai fazer isto e aquilo, precisamente o contrário do que tem andado a votar, permitindo que os seus correlegionários desfaçam em três tempos o que nem a direita tinha tido oportunidade de fazer.O Cavaco, pôdre de ter sido PM largos anos e sempre ligado ao poder e estrutura partidária do PSD desde o início da chamada democracia, e sendo ainda PR em fim de mandato, apregôa a torto e direito que, se ganhar, vai fazer o que nunca fez, embora tenha tido mais do que poder e oportunidade para o ter feito. Embora mesmo isso seja, na melhor das hipóteses, igual a zero.
Para mal dos pecados dos portugas, quer um quer outro será a continuidade da desgraça, e o sabido Cavaco por certo será o próximo PR com todo o conjunto de correlegionários PSD´s a serem governo mias dia menos dia. Outra vitória anunciada!
E asim vai o burgo, de vitória em vitória até à desgraça final!
Sem apelo nem agravo, aos portugas apenas lhes cabe continuarem cantando e rindo, embora dentro em pouco de tanto cantarem irão ficar roucos e quanto a rirem, já falta pouco para sentirem na pele que o último a rir é quem ri melhor!

Uma caneta NÃO é mais forte que uma arma!

Por verificar cada vez mais, que esta filosofia é a correcta, tenho escrito muito pouco aqui no Cesta da Gávea mas, de vez em quando, lá vai mais uma cagadela.

Agora está a aparecer muito a "fábula" da rã na panela de água quente que se deixa cozer e o aviso associando-nos á rã.
OK, concordo mas para onde saltamos?
Para os outros países da Europa? Em alguns é melhor mas, segundo parece é uma questão de tempo. Além disso já estão cheios de muçulmanos e, segundo os avisos que me mandam, daqui a 20 anos serão eles que mandam.
Para os Amerdicanos? Parece que, "per capita" devem tanto à China como nós, e o "american way of life" já foi chão que deu uvas.
África? Para más condições de vida e corrupção generalizada fico cá pelo burgo que ao menos já sei com o que conto.
América do Sul? A parte espanhola é parecida com África e o Brasil só tem de bom as mulheres (o que não é pouco).
Médio Oriente = África mais clara, acrescentada de bombas a torto e a direito.
Rússia = África clara e com muito frio.
China fico com os olhos em bico. Parece que será o futuro dono do mundo (e nós alimentamos isso cada vez que trocamos a drogaria da esquina pela loja dos 300) mas a maior parte do país vive na idade média. E não me venham falar da cultura milenar. Não me consigo alimentar desta cultura. Além disso a língua escrita é de morrer.
Austrália - Ingleses, xenófobos e.... inundados.
Ilhas diversas pelos vários oceanos? - vão ser inundadas pela subida do nível dos mares.

Portanto fica o quê.

Se não tivesse família provavelmente tornava-me em terrorista (mas não os cobardolas que só atacam o Zé Povinho) e dedicava-me a malhar nos socrates e quejandos, nos grandes patrões que só chulam (não confundir com os empresários que criam e geram riqueza), nos comentadores e apresentadores de TV que por dizerem 30 min. de baboseiras ganham mais que eu num ano, etc.

Claro que não vou votar em Manuel Alegres (embora goste das suas letras) nem em Cavacos, nem em PC. Talvez no Nobre que é um Homem com H grande, mas ainda não sei. MAS VOU VOTAR (é, por enquanto, a única arma que tenho).

Gostava que todas as mensagens de desespero que enviam trouxessem associadas propostas para o caminho de saída e sem ser o trocar da rosa pelo laranja, azul ou qualquer outra cor.

Licking Assholes...



Detesto aqueles automobilistas que se colam a mim na estrada, ande eu depressa ou devagar. Normalmente tento evitar esses lambe-cús encostando à direita e deixando-os passar quando tal é possível. Mas os lambe-cús da política piam mais fino.


Conheço quem ande a lamber o cú de alguns políticos. Não sei se os anús cheiram bem ou mal, nem isso interessa. Um verdadeiro lambe-cús da política não se preocupa com isso.

Em política, o dono do cú lambido não se encosta à direita para deixar passar. Gosta de sentir alguém a passar a língua pelo traseiro. E isto não tem nada de depravação ou tendência sexual. É um estado de espírito.

Mas os lambe-cús não se resumem apenas à política. Existem em todas as áreas onde lamber um cú possa trazer vantagens.

Por exemplo, certos economistas e advogados passam muito bem a língua no traseiro de reconhecidos detentores de riqueza, vulgo empresários com nomes idiotas e consoantes repetidas no apelido. E fazem-no tanto que o acto já mereceu denominação em inglês técnico, que como se sabe é o idioma falado nessas classes profissionais para além do português arrastado (quem não souber o que é o português arrastado, tente ouvir o António Mexia a falar). Assim o termo licking assholes vai ganhando o seu espaço no meio dos vendings, marketings, tradings, sellings, business, crashings, e fica bem em reuniões de alto nível e cocktails com tostas de maionese e atum.

Mas existem alturas mais propícias aos praticantes de licking asshole. Em propaganda eleitoral estes desportistas enxameiam os candidatos, fazendo fila com a língua de fora especialmente quando as televisões estão no ar. Aí sim, o acto de lamber um cú em público pode tornar-se uma mais valia para o futuro. Mais tarde alguém se há-de lembrar se precisar de um cú bem lambido.

Por isso é que os detentores do poder andam sempre de cú bem lavado, que dá muito jeito quando as coisas começam a cheirar mal. Juiz que se preze nunca condenará um cú asseado, mas um lambe-cús pode ficar em prisão preventiva. O que me parece injusto, visto que usar a língua é muito mais perigoso que dar o cú. E não estou a falar dos que o fazem por prazer, refiro-me aos que se põem a jeito.

Mas isso são outras histórias.

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