quinta-feira, janeiro 13, 2011

Licking Assholes...



Detesto aqueles automobilistas que se colam a mim na estrada, ande eu depressa ou devagar. Normalmente tento evitar esses lambe-cús encostando à direita e deixando-os passar quando tal é possível. Mas os lambe-cús da política piam mais fino.


Conheço quem ande a lamber o cú de alguns políticos. Não sei se os anús cheiram bem ou mal, nem isso interessa. Um verdadeiro lambe-cús da política não se preocupa com isso.

Em política, o dono do cú lambido não se encosta à direita para deixar passar. Gosta de sentir alguém a passar a língua pelo traseiro. E isto não tem nada de depravação ou tendência sexual. É um estado de espírito.

Mas os lambe-cús não se resumem apenas à política. Existem em todas as áreas onde lamber um cú possa trazer vantagens.

Por exemplo, certos economistas e advogados passam muito bem a língua no traseiro de reconhecidos detentores de riqueza, vulgo empresários com nomes idiotas e consoantes repetidas no apelido. E fazem-no tanto que o acto já mereceu denominação em inglês técnico, que como se sabe é o idioma falado nessas classes profissionais para além do português arrastado (quem não souber o que é o português arrastado, tente ouvir o António Mexia a falar). Assim o termo licking assholes vai ganhando o seu espaço no meio dos vendings, marketings, tradings, sellings, business, crashings, e fica bem em reuniões de alto nível e cocktails com tostas de maionese e atum.

Mas existem alturas mais propícias aos praticantes de licking asshole. Em propaganda eleitoral estes desportistas enxameiam os candidatos, fazendo fila com a língua de fora especialmente quando as televisões estão no ar. Aí sim, o acto de lamber um cú em público pode tornar-se uma mais valia para o futuro. Mais tarde alguém se há-de lembrar se precisar de um cú bem lambido.

Por isso é que os detentores do poder andam sempre de cú bem lavado, que dá muito jeito quando as coisas começam a cheirar mal. Juiz que se preze nunca condenará um cú asseado, mas um lambe-cús pode ficar em prisão preventiva. O que me parece injusto, visto que usar a língua é muito mais perigoso que dar o cú. E não estou a falar dos que o fazem por prazer, refiro-me aos que se põem a jeito.

Mas isso são outras histórias.

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