quarta-feira, março 31, 2004

Eu conto

A concelho de uma alta autoridade gastronómica fui há tempos fazer uma visita a um restaurante açoreano de nomeada. O empregado, simpático e muito diligente sugeriu o menu do dia por ser mais económico e conter uma variedade de ingredientes sugestivos e díficeis de combinar nos tempos mais próximos. Como gosto de experimentar coisas novas resolvi acatar a sugestão e banquetear-me com o COMBINADO AÇOREANO.
Bom. A história poderia acabar aqui sugerindo aos leitores a suposta cozinha afamada deste restaurante. Mas infelizmente as coisas correram mal. Passo a descrever.
O combinado era composto por uma paella valenciana com aspecto apetitoso, um hamburger tipo McDonald´s mas mais pequeno, um bife bem espesso e um cherne grelhado de tamanho médio. Para beber, chá preto e coca-cola à descrição. Estranhei a combinação destes pratos mas por vezes a mistura de sabores e de consistência revela agradáveis surpresas e atirei-me de alma e coração ao repasto.
E então começou o pesadelo. A paella não tinha qualquer sabor, e para cúmulo encontrei no arroz dois pelos que me pareceram ser do bigode do cozinheiro. O hamburger estava em sangue e trazia uma etiqueta de plástico duro que dizia “made in Texas” que só dei por isso quando a trinquei por engano, o que me valeu a perda de metade de um dos dentes da frente. O bife estava cozido sem sal e a consistência era levemente espongiforme. O cherne estava salgado e sabia a fénico, e o molho que o acompanhava sabia a comida chinesa fora de prazo. O chá parecia água de lavar a loiça, e o que me valeu foi regar tudo isto com a coca-cola, que pelo menos era doce.
Paguei a conta e regressei a casa nada satisfeito com uma sensação de azia, tonturas, e uma dor de dentes aguda. É claro que a meio da noite tive de ir a correr para a casa banho, mas cheguei um pouco atrasado e o corredor ficou atulhado de merda liquefeita e um vomitado escuro onde se distinguiam ainda restos de carne em decomposição, arroz moído e peixe podre. Mas não calculam o cheiro que tudo isto deitava. Nem a brigada de desinfecção conseguiu dar conta dele!
Do mal o menos: estou livre do cheiro que ficou para sempre lá em casa. Estou internado na ala mais segura do Hospital Júlio de Matos onde uma dúzia de médicos observam a evolução da doença das vacas loucas num ser humano. E uma coisa aprendi: combinados nunca mais! Prefiro enlouquecer devagar.

terça-feira, março 30, 2004

Futuros ??

Tinha de continuar com calma. Os truques de olhar pelo reflexo das montras ou dos espelhos retrovisores dos carros mais antigos davam-me alguma segurança em relação a ninguém me estar a seguir. Já tinha desligado todos os dispositivos electrónicos e aqueles que não conseguia desligar tinha-me "esquecido" deles no escritório.

Apesar disso, usei várias entradas e saídas de áreas com mais gente, mudei várias vezes de metro e, ao fim de meia-hora, estava bastante mais calmo.

Independentemente do calor do verão, ora sentias suores frios ora ficava encharcado em suor.

Tinha combinado com o meu pai encontrar-me num determinado local. Confirmei com ele de manhã: "Pai, é no sítio onde nos encontrámos da ultima vez. Lembra-se onde?", felizmente interrompi-o antes de ele me responder"..então é mesmo na rua ...." - os meios de comunicação electrónica não são seguros.

Já tinha confirmado com uma semana de antecedência o que queria. Telefonei para um número de uma casa comercial muito inocente e que vem na lista e utilizando as palavras chave referentes a este mês, informei que queria a opção 3 - "Sim minha senhora, eu tenho versões dessa revista em papel e quero vendê-las. Percebeu bem, 3.". Espero que tenham entendido pois esta opção é rara de obter.

às 12h30 vi o meu pai ao longe no local de encontro. Parei e observei em redor dele a ver se existia algum estranho. As câmaras de observação lá estavam (como em todo o lado) mas, se actuássemos naturalmente os programas de IA não seria activados e não chamariam o operador humano.

Aproximei-me e abraçamo-nos. Já não o via fazia 2 semanas mas o velho ainda estava rijo, para os seus 93.
"Filho, esta será a melhor prenda de anos nos últimos 20". - "tábem pai, não fale. Sabe como isto é...".

Entrámos na loja e eu aproximei o meu cartão de assinante ao detector, mas digitei o código alternativo.
Dirigimo-nos para a sala de espera, o meu pai pegou em algumas revistas em papel - numa reparei que fez algum esforço para não lhe virem as lágrimas aos olhos - era uma BD com uma capa muito colorida mas lisa e bastante desbotada.

Finalmente acendeu-se uma sequência de luzes pré-combinada num painel publicitário de brinquedo (fazia parte da decoração apropriada ao local) e nós entrámos por uma porta, com o ar mais natural do mundo, embora o meu estômago estivesse cheio de borboletas e o meu pai fosse aos saltinhos, com um andar quasi de gaiato.

Entrámos, a dona da casa deu-nos as boas-vindas e acompanhou-nos a uma pequena sala com uma pequena mesa de madeira, onde nos sentámos em cadeiras de madeira (mesmo madeira e não plástico a imitar).

Passaram 5 minutos e chegou a opção escolhida.....

Um prato de Bacalhau cozido com batatas, hortaliça, grão e ovo, acompanhado com pão casqueiro e uma garrafa de vinho branco fresquinho. Temperámos com Azeite que cheirava a campo, vinagre de vinho e pimenta preta que me fez espirrar.

Ao meu pai vieram lágrimas aos olhos. Começámos lentamente a comer, a saborear sabores raros, a enrolar a comida na língua para todos os sabores serem bem absorvidos, a deixar o vinho escorrer lentamente pela garganta, a molhar o pão (ainda estava morno!). Meu Deus isto é BOM.

No fim um pudim caseiro extraordinário. Agora também a mim me vieram lágrimas aos olhos.

Para terminar em beleza, um café e um cigarro (só o meu pai é que fumou e não gostou muito do exaustor individual com filtros que lhe colocaram ao pé e que começou a trabalhar no máximo).

Agradecemos e saímos. Claro que não tornaria a ir àquela casa. No mês seguinte (por questões financeiras e de segurança não podia fazer isto mais de uma vez por mês) seria certamente outro local, outras palavras-chave, outros arranjos.

Cá fora o mundo continuava na mesma, escuro, desinteressante, com toda a gente a olhar por cima do ombro para as câmaras de vigilância. Mas para nós o sol brilhava um bocadinho mais e as cores estavam mais vivas.

O meu pai agradeceu-me com uma lágrima ao canto do olho: "Filho, foi a melhor prenda de anos. Não me importo agora de morrer depois de comer tudo o que eles dizem que faz mal nesta refeição. É mentira que faça mal".

Despedimo-nos. Tinha de voltar rapidamente ao emprego porque as 2 horas que eu disse que precisava para acompanhar o meu pai está mesmo nas últimas. Claro que me vão descontar no ordenado, mas valeu a pena.

Desde que em 2005 as leis de direitos de autor se aplicavam a tudo, que era preciso autorização para fazer refeições que não fossem do domínio público. Era frequente ir gente para os campos electrónicos de reeducação porque um vizinho tinha denunciado uma refeição de "Bacalhau à Zé do pipo" (trademark do empresa americana), Esparguete à Bolonhesa (trademark dos italianos), etc.
Depois a UE dos 33 disse que muitos dos nossos produtos regionais e naturais podiam provocar doenças (desde o pão casqueiro, ao vinho do Alentejo, Dão e outros, passando pelos doces, queijo da Serra, etc.).
Finalmente os contínuos governos de direita tinha reduzido a hora de almoço de tal modo que não há tempo para sair da secretária a não ser para ir à casa de banho. E as câmaras de vigilância contabilizam a quantidade do nosso trabalho ao minuto. Os sistemas de IA contabilizam a qualidade.

E assim surgiu mais uma actividade secreta em que donas de casa conhecedoras das receitas tradicionais, preparam refeições para clientes escolhidos

Claro que isto é só para o Zé Povinho.

(Documento enviado pelo meu filho por time-mail, desde 10-6-2041)

sexta-feira, março 26, 2004

Matemáticas

O Kabdsinais desculpa lá mas acho que a tua matemática está errada.

Ou seja "a negativa duma negativa dá uma afirmativa" ou seja:

se Durão está contra o terrorismo, e se todos estiverem contra Durão, então todos estarão a favor do terrorismo.

Creio que esta afirmação é mais apropriada, até porque imediatamente o cherne poderá chamar o seu querido brusho e dizer-lhe: Amigo, tenho cá uma cambada de gajos que não votaram em mim e consequentemente são terroristas. Podes levá-los para Guantanamo que cá não fazem falta nenhuma. Até são capazes de terem para aí escondidas "armas de destruição em massa".

Portanto ou votam no peixe podre ou vão apodrecer nas casas de hóspedes do brusho.

Bocas…

Um tribunal atribuiu a queda da ponte de Entre-os-Rios a “causas naturais”. Diz-se por aí que o mesmo tribunal já ditou a mesma sentença para o atentado de Madrid, mas que está em dúvida sobre os suspeitos acusados do terramoto em Marrocos…

Será que as pontes também caiem de maduras como a fruta cai das árvores?

Durão Barroso anunciou 100 (Cem!) medidas de apoio à família. Serão 100 as famílias que apoiam Durão Barroso?

Uma dessas medidas é que qualquer dos pais pode prescindir de uma parte do seu dia de trabalho para apoiar os filhos. Com redução compatível no ordenado, claro.

Depois de o novo Código de Trabalho prever o aumento de horas de trabalho e a deslocação do trabalhador para for a da sua zona e do seu distrito de residência, estou a ver como um pai ou uma mãe
irão prescindir de meio dia de trabalho para virem a correr de Coimbra a Lisboa para dar apoio à família. E sem metade do ordenado talvez tenham de recorrer a práticas ilícitas de sobrevivência. O que vale é o tal tribunal da sentença de Entre-os Rios…

Durão afirma que a grande prioridade é a luta contra o terrorismo. Certo. Em matemática as coisas funcionam assim: se Durão está contra o terrorismo, e se todos estiverem contra Durão, então todos estarão contra o terrorismo…

quarta-feira, março 24, 2004

A falta de ....

Não sei se é a falta de tempo, de paciência, de inspiração, de tusa, etc. mas NINGUÉM ESTÁ A ESCREVER NESTA MERDA.

Como não sei o que dizer ou melhor, só me apetece dizer asneiras e actualmente, nem essas conseguem exprimir o meu estado de espírito, pois qualquer gajo (e gaja) as utiliza, mesmo as mais obscenas e escatológicas (20 anos atrás até um carroceira corava com as asneiras que agora, uma miúda de 14 anos, tem na ponta da lingua), como ia dizendo, como não sei o que dizer (isto está a ficar esquisito) vou fazer aquilo que no futebol e na política fazem - uma fuga para a frente.

Depois de uma pesquisa aturada e apurada na minha extensa biblioteca (cerca de 50 cm.) encontrei finalmente as palavras capazes de exprimir a minha ira - com mil milhões de macacos, raios e coriscos, espécie de cro-magnon, mameluco, macrocéfalo, rocambole, ectoplasma, filoxera, diplodocus, filibusteiro, megalómano, antropopiteco, colocíntida, sátrapa, bando de emplastros, extracto de pepino de conserva, semente de valdevinos, micróbio da cólera, ostrogodo.

Que alívio, graças ao capitão Hadoque amigo de peito de TinTim, tenho finalmente um conjunto de superlativos absolutamente simples, potentemente artilhados para substituir as caral..das que agora se dizem para aí a torto e a direito. Até o merdas do Rui Unas as diz em directo no Cabaret da Coxa e as poê no genérico do programa.

Estas palavras têm a vantagem de provocarem o espanto, obrigarem o atingido a parar e, muitas das vezes, a ficar com cara de parvo por não saber o que significam (e isto, com o estado actual da educação, será cada vez mais frequente) - o que se pode pedir mais de uma ASNEIRA.

Adeus, súcia de energúmenos

sexta-feira, março 19, 2004

Os chefões F(P)

Antes de começar o prato principal, dois esclarecimentos:

1º - Nas suas considerações, o ukabdsinais faz referência no fim a uma afirmação do Exmo. Sr. 1º Ministro, que se pode resumir a "não faria agora, se soubesse antes". Pois!!!, basta um mínimo de inteligência para se reconhecer isto, ou seja se soubesse que ia ser atropelado não atravessava a estrada; se soubesse que ia explodir tinha avisado a PSP daquele saco abandonado; se soubesse que ia ficar com o car.... todo sujo, não me tinha juntado com o PP, etc.
Uma das coisas que separa a humanidade dos animais é a capacidade de, a partir da experiência adquirida ao longo da vida, dos factos conhecidos e de alguma inteligência, extrapolar (com mais ou menos pontaria) o que poderá acontecer. Conclui-se daqui que o nosso 1º ou não tem experiência da vida, ou não tem conhecimento dos factos ou não tem inteligência; vocês escolham qual querem, mas eu .... aposto em todas.
Já agora outra das caracteristicas que nos diferencia é a capacidade de nos rirmos de nós proprios - é óbvio que os políticos, governantes e afins não têm esta capacidade pelo que, mais uma vez, se pode duvidar e muito, da sua humanidade.

Prato Principal.

Matemáticamente falando, ao analisarmos Função Pública, podemos dizer que Função é geralmente representada por F(), portanto será F(P) o que é também muito usado para representar FILHOS DA PUTA. Como diziam os anarcas no verão quente de 75 "Putas ao poder que os filhos já lá estão" - cada vez mais verdade.

De uma análise aturada e apurada efectuada aos ditos (não é aos tomates mas sim aos chefões) cheguei à conclusão que, a maior parte dos chefões f(p), são técnicamente incompetentes, maus responsáveis e maus organizadores e a única coisa que fazem bem é .... mexerem-se nos corredores do poder.
Rodeiam-se de secretariado conivente (que, quando o não é, é posto na rua ou encostado ao canto) para esconder as merdas que fazem e de chefinhos mais abaixo que não denunciem os erros que cometem (se quiserem ser promovidos). Não transmitem informação de gestão nem desenvolvem em conjunto as acções a executar - mais uma vez, assim é mais dificil perceber os merdas que são. Quando dão ordens ou são muito precisas (e aí não precisam de ter chefinhos abaixo) ou dão indicações tão vagas que, se aparecer algum erro de execução é porque a besta do chefinho abaixo não percebeu o que se pretendia.
Isto porque a maior parte das vezes o chefão não passa dum chefinho que lambeu bem o traseiro e as botas do chefão anterior e na FPM ISSO É QUE CONTA.
Na sub-espécie Chefão F(P), a propagação é assexuada e por lambimento de botas, pelo que não existe nem nunca existirá a possibilidade de evolução, antes pelo contrário, devido à sua propagação por "inbreeding" (fodem-se uns aos outros), existe uma tendência nítida para o aumento dos mentecaptos, parvos e outros desvios mentais. É nítido e óbvio e só uma erradicação total desta sub-espécie é que permitirá a melhoria da AP.

quinta-feira, março 18, 2004

Algumas considerações

Elogio: povo espanhol
Um povo que guarda os resquícios de uma sangrenta Guerra Civil que só os seus avós se devem lembrar, mostrou que não se deve ter medo, e como não se deve ter medo. Depois digam lá que de Espanha nem bom vento nem bom casamento… Só se fôr a união de facto Barroso-Aznar.

Bota-abaixo: aumento do preço dos combustíveis
Atão o nosso ditoso e clerical governo veio propagandear que a liberalização dos preços dos combustíveis só vinha beneficiar o consumidor e não é que agora estes aumentam todos os dias? Não sei se já deram por isso, estávamos todos habituados a dar pelo aumento quando o governo o anunciava e agora o gesto de meter a pistola no buraco é tão banal que já não olhamos para o preço.
É claro que a Galp, que tem duzentas e não sei quantas estações em Espanha, não bota lá o preço de cá, porque será?

Atenção: crónica de Miguel Portas no DN de hoje. As opiniões lúcidas são tão raras que é bom chamar a atenção para elas.

Registo: a Sorefame corre o risco de fechar atirando para o desemprego mais umas centenas de trabalhadores. Segundo os sindicatos haviam encomendas do Estado para as novas carruagens do metro, da CP, etc.. E agora? Será que este Estado vai comprar as carruagens à multinacional que vai fechar a Sorefame? Pergunta: é isto um dos benefícios da iniciativa privada tão apregoada pelos arautos do pêpêdismo-popular?

Para acabar: o 1º ministro disse que se soubesse o que sabe hoje não cometeria os erros que cometeu.
Quais erros? E quando é que os cometeu? E quantos cometeu? E o que é que ele sabe hoje que não sabia antes? E agora, será que ele sabe alguma coisa?

segunda-feira, março 15, 2004

A 2ª é mais difícil... mas ainda lá vai

Mais uma vez, depois de ler o Público das 2ªs, deu-me a diarreia mental.

Já agora, aconselho os tripulantes (e todos os outros blogistas) a deixarem de publicar nos blogs a horas de emprego (não "trabalho"), isto porque com a colagem dos governantes deste país (ia a dizer "nossos governantes", mas se fossem meus mandava-os trabalhar para o Alentejo) aos amérdicas, é muito provavel que a curto prazo comecem a espiar o que fazemos na Internet e a serem investigados e castigados os prevaricadores (esta é boa).
Mas atenção que "não publicado" não implica "não escrito" (nem que seja na cagadeira, numa folha de papel higiénico). Se publicarem durante as horas de serviço, também podem depois ir ao blog (como administradores) e alterar a hora (não sei se fica rasto disto).

Mas voltando ao jornal.
1º - os Amérdicas aprovaram uma lei qualquer em que na rádio e TV já não se podem dizer "caralhadas" (o programa do Howard Stern que costumava dar na SIC Radical, já foi multado - apesar de parvo, de vês em quando tinha alguma piada). A seguir serão os "e-mails" investigados por palavras obscenas, depois os blogs (vou aproveitar agora, antes que se acabe - FODA-SE, CARALHO, PORRA).
Assim, parece que vai ser publicada uma lista dos termos e situações "ofensivas para a moral pública" (como se os amérdicas tivessem moral - já viram na SIC Radical um programa lá para a 1h da manhã em que as miúdas amostram as mamas em público, despem-se, etc - parece que lhe chamam o "Mardi Grass" - eu cá por mim gosto mas depois como é que aqueles hipócritas podem pretender dar exemplos - "faz o que eu digo e não o que eu faço").
Isto tudo porque a Janet Jackson amostrou uma mama (só uma e nada de especial) num transmissão televisiva. A Britney Spears no ultimo teledisco (ou será tele-CD) aparece muitissimo mais "entesadora" que aquela simples mama. São cada vez mais parvos. O problema é que a UE vai atrás dos amérdicas e nós pouco voto temos na matéria.

2º - Mais amérdiquices (indirectas). Apesar de os espanhois não serem o meu povo preferido (têm tomates a mais - sabem que em Espanha os miúdos nunca nascem com mais de 9 meses? nem uma mãe espanhola consegue aguentá-los para além do tempo necessário), dou-lhes o meu apoio completo na atitude que tomaram na votação. Viram que o Aznarento estava a aldrabar quando culpou a ETA (apesar de eu admitir que possam haver gajos deles metidos ao barulho) e se estava a utilizar disso para se "engrandecer" (granda palavra).
Atão os espanjóis pumba. Manifestações e governo abaixo. O que é que os amerdicanos fazem: põem a mão no coração, cantam o hino e beijam o cú ao Bush. Os poucos que levantam dúvidas ou efectuam análises mais lúcidas são quase linchados. Merda para os amerdicanos.

3º - Esta é nossa. Eu sei que as presidenciais vão longe mas, quem é que na sua cabeça consegue pensar que o Santana Flopes poderia ser um Presidente da República minimamente decente? Um gajo que só dá golpes publicitários, sem consistência política (a não ser ter sempre pertencido a um só partido - o que não acontece com o chefe dele), sem obra que se veja (na Figueira da Foz, em Lisboa) - ou seja um gajo que não dá confiança.
Em alternativa ao Cavaco Silva preferia o Freitas do Amaral. (vou levar na cabeça dos outros tripulantes por causa disto, mas apresentem um gajo melhor - do PCP=0, do BE=0, do PS talvez só o baixinho da comunidade, mas ainda é novo).

sábado, março 13, 2004

Estamos tramados...a n?o ser que..

O p?nico alastra na propor??o directa em que o medo, a inseguran?a e a d?vida se instalam na cabe?a das pessoas.
Isto vem a prop?sito, e n?o s?, face ? carnificina que aconteceu agora em Madrid.
At? agora, e j? alguns pensadores o disseram, o p?nico andava um pouco mais arredado destas bandas pois tudo se passava l? longe, onde a dist?ncia funciona como um sedativo que leva o portuga a pensar:"Aquilo ? l? longe, tenho pena mas n?o ? nada comigo!"
Mas quando toca ? nossa porta, e nem sequer na Europa mais distante, mas mesmo no ?nico pa?s com quem temos fronteiras, Espanha, isto j? pia mais fino. Ainda por cima numa cidade visitada por muitos dos nossos compatriotas, ? falta de imagina??o para outros destinos ou condi??es econ?micas que o permitam.
De facto, e esta ? a raz?o porque escrevo estas linhas, o estado desenvolvido do "marketing" pol?tico que tem pautado os tempos actuais leva, sem sombra de d?vida, ao adormecimento das mentes menos avisadas ou despertas para uma consci?ncia universalista do que se passa por esse mundo fora, limitando-lhes o entendimento dos porqu?s e enevoando as raz?es de origem de tal situa??o. E n?o ? por falta de informa??o, embora na maioria dos pasquins e tv?s seja mais como desinforma??o, ou dados sintom?ticos do estado de coisas que o pessoal anda atordoado e tr?pego mentalmente.
? sim no interesse dos senhores do mundo actual que elegeram como b?sico para a legitima??o do seu poder, econ?mico e seus derivados pol?tico e social, o desenvolvimento de refinados canais de propaganda e actua??o baseados na mentira, na aldrabice, na confus?o e, acima de tudo, na produ??o da "verdade", do "bom" e do "correcto", pol?tica e socialmente.
Se ?, sem sombra de d?vida, humanamente certo condenar com todas as for?as poss?veis os actos assassinos dos atentados contra pessoas indefesas e an?nimas em qualquer parte do mundo, seja na Turquia, Israel, Palestina, EUA, ou recentemente em Madrid, tamb?m o ser? perante actos igualmente assassinos perpretados por pa?ses ditos "democr?ticos" sobre outros pa?ses e regi?es, donde os EUA t?m o score mais elevado atrav?s das suas CIA?s e comandos militares, tal como alguns outros de onde os exemplos recentes da Indon?sia e Israel.
? fundamental que, nos tempos modernos em que vivemos, cada um de n?s seja uma tv e um jornal para denunciar, sempre que o seja poss?vel e junto de todos os que nos rodeiam, que os assassinos n?o s?o apenas os que executam os assassinatos, mas tamb?m e muito mais perigosos, os senhores do mundo actual que os alimentam, os treinam ou lhes d?o o motivo para actuarem dessa forma.
E tudo isto para, mais uma vez, chamar a aten??o para o perigo real existente que paira sobre os povos quando a opini?o p?blica ? de imediato bombardeada, no interesse de alguns poderes, com a formula??o de "verdades" f?cilmente vend?veis tais como assistimos agora de Madrid, e logo secundado pelo G.Bush, ao incriminar a ETA. De igual forma como foi incriminado o regime do Iraque face ? exist?ncia de armas terr?veis.
O embuste, por si s?, n?o pode descriminalizar o acto, mas ? motivo suficiente para criar e desenvolver o p?nico de que temos de ser "bonzinhos" e "alinhar com esses poderes" como forma de n?o virmos a ser conotados como "terroristas".
Atente-se apenas a quem serve a cria??o e manuten??o de estados de medo e inseguran?a em popula??es maiorit?riamente menos atentas: os neoliberalismos, os movimentos fascistas, as direitas internacionais!
H? que dizer basta, chamar pelos nomes e condenar os reais respons?veis destes tempos de barb?rie, sejam eles ricalha?os ou pobretanas, denunciando os interesses que servem, a mais das vezes em nome de um humanismo que ? precisamente o seu oposto: do capital pelo capital, do poder pelo poder.
E n?o se esque?am que Hitler existiu apenas ? pouco mais de 50 anos!

quinta-feira, março 11, 2004

Honestidade é uma questão de ponto de vista

Vamos supor:

Temos uma grande empresa à portuguesa - a BQ (Burros Qualificados SARL).
Temos um departamento que é responsavel pelo parque de máquinas (dos mais variados tipos) da empresa.
Essas máquinas precisam de manutenção, formação dos operadores, reposição de consumíveis, etc.
É lógico que se procure minimizar a variedade de fornecedores (mas não reduzir a um único) de modo a rentabilizar os volumes dos consumíveis, a obter descontos de volume, a reduzir as necessidades de diferentes formações, etc.

Vamos supor agora que por cada contrato o adjudicador recebe uma certa percentagem (que até pode ser em géneros) - ATENÇÃO QUE ISTO É SÓ UM "SUPONHAMOS".
Consequentemente, quantos mais contratos e menos uniformidade melhor, podendo-se sempre apresentar como justificação que assim não se fica "nas mãos" de um fornecedor principal (o que, em certa medida é verdade).
Isto leva a que seja mais vantajosa a aquisição de poucas quantidades mas muitas, vezes do que grandes quantidades e poucas vezes, porque assim há descontos de quantidade, mas a comissão é menor. Mas dirão os senhores telespectadores - assim a empresa perde dinheiro !! - mas em portugal quem se preocupa com isso ??

Mas como se resolve o problema de concursos de adjudicação em que o fornecedor principal é o que oferece melhores condições, nomeadamente de preço, integração, manutenção (mas que, como é o maior fornecedor, a comissão já não se justifica).
É FÁCIL - Deixa-se cancelar o concurso e depois repete-se com algumas alterações que (como já conhecemos as propostas) dificultam precisamente o tal fornecedor principal.
Et voilá - assim temos um processo que obedece aos requisitos e podemos arrecadar sempre mais algum de comissões, inclusivé do fornecedor principal (pois assim ele fica sempre "desiquilibrado").

Mas, perguntar-se-ia num país civilizado - a direcção respectiva ou a administração não notam? Pois - aí cada um que imagine razões para tal ! ! !

E prontos mais uma aventura da tripulação por estes mares portugueses. E desta vez não falei na AP !!!! ? De certeza ??

Aos restantes tripulantes lembro que 2ªfeira foi o dia internacional da mulher (ou da mulher internacional ?) e nós não homenageámos as nossas fans gaivotas. Por mim considerem-se homenageadas e osculadas onde quiserem (desde que lavadinho).

quarta-feira, março 10, 2004

A CUSPIDELA

Farto de malhar no governo, na Manela, no Durão, no famigerado Portas, decidi, duma vez por todas, deixar esses infelizes entregues a si próprios e à fatigante tarefa de dar cabo do que resta deste país, e partir, definitivamente para outra. Não era do meu total desagrado malhar nos céguinhos, mesmo, como eu, fosse um céguinho entre muitos a fazê-lo (ai o Saramago quando ler isto!). Mas o assunto já estava a ficar obsoleto tal a rotina diária de atentados à estupidez humana que brota deste governo, dos seus indefectíveis seguidores, dos seus comentadores lambe-botas em jornais diários e semanais, da sua miséria franciscana digna de país terceiro mundista em continente a inventar algures entre a América do Sul e África. E como além de céguinho sou estúpido, nada acrescenta à minha inteligência ou à minha visão esta tendência masoquista de malhar em ferro frio. Vou, pois, e por tempo indeterminado, deixar de lado esses comentários e passar a escrever sobre coisas bem mais interessantes, quiçá para espevitar ou fazer encolher o balão de inteligência dos luso-paspalhos, dos quais, por ironia do destino, tenho o orgulho de fazer parte. E para começar nada melhor do que dissertar sobre A CUSPIDELA.

A cuspidela é um acto comum e vulgar em quase todos os luso-paspalhos. É considerado um acto de afirmação de portugalidade, pois que eu saiba, raros são os povos que o fazem com tanto empenho, prontidão e sabedoria. O cuspo, sendo por definição uma substância segregada pelas glândulas salivares, deve ser manuseado com dignidade. Nada de esconder a cuspidela num escarrador como fazem os chineses, pois isso equivale a um temperamento fechado, picuínhas, e sem qualquer nivel.
A cuspidela deve ser expelida com velocidade e altura, deve encher bem a boca, deve ficar bem marcada no pavimento, de preferência a amarelo ou a verde alface, e por isso mesmo deve mostrar-se bem visível. Reparem na fotogenia de um jogador de futebol quando cospe para a relva em directo na televisão. Este acto é tanto mais nobre e contundente quanto mais real e oportuno fôr. Não tem piada nenhuma uma cuspidela em diferido ou em câmara lenta. É como um insulto ao contrário, e este acto digno de cuspir pode voltar-se contra o próprio cuspidor.
A cuspidela para o chão é, para a maioria dos luso-paspalhos, um acto quase inconsciente, quase uma maneira de ser. Mas a cuspidela para um sítio determinado pode ter vários significados. Por exemplo, cuspir no pirilau pode ser uma forma útil de substituir a vaselina, ou um sinal de desprezo para com o dito membro quando ele se esquece de cumprir as suas obrigações. Cuspir na mão e esfregar pode significar um acto de higiene quando há falta de água e sabão, cuspir no sapato pode ser uma boa alternativa à graxa, cuspir contra o vento pode ser uma forma de narcisismo, pois levar na própria cara com o seu próprio cuspo terá o seu quê de vaidade. Devem ser seguidas algumas regras de boa educação quando se cospe. Nunca, mas mesmo nunca, cuspa na cara de alguém. É preferível, neste caso, expelir um bom escarro. O atingido ficará logo a saber o grau de consideração que lhe é devido pelo sujeito escarrador. Mas mais refinada é a cuspidela no olho. Se quer mesmo ofender alguém e não tem palavrão suficientemente comprido que lhe chegue, então cuspa-lhe para o olho. Até pode cuspir-lhe fininho, que a reacção será a mesma.
E pronto. Jurei há umas linhas atrás que não tornaria a falar do mesmo, a malhar sempre nos mesmos desgraçados e tenciono cumprir a promessa. Não gastarei mais latim com essa gente. Nem que fique com a boca seca de tanto lhes cuspir em cima.

ORA AÍ ESTÁ !!

Antes do mais, expresso os mais efusivos aplausos pelo texto intitulado "Eficiência e profissionalismo (há!há!há!) na AP". De facto, neste texto está bem esparramado o que é a "flora intestinal" da administração pública - intestino grosso - entenda-se! Apenas um senão: Que não se iludam com o que parece estúpido e parvo por parte dos gestores públicos como manda-chuvas dos responsáveis políticos do governo!
É preciso ter imaginação, mesmo que adulterada, e alguma inteligência, mesmo que reduzida, para fazer tanto disparate em proveito próprio sem que tal os belisque nem os incrimine como seria de esperar numa sociedade evoluída. Mas outra coisa também não é de esperar numa sociedade em que a larga maioria encolhe ombros ao que se passa, e não é só de agora. Pode-se mesmo dizer que é uma questão de lusa (in)cultura.
Com o Euro 2004 do chuto na bola quase a iniciar-se, o actual governo e os seus "yes man" já ganharam a batalha de, em tempo recorde, levar este País para o fundo do abismo. Apenas falta desmontar a escada para que daí não se possa sair nos tempos mais próximos. E têm todo o tempo para o fazer!
Quanto ao auto-denominado "Almirante em Chefe" que assina o texto "Modernices", quero deixar claro que aplaudo inteiramente a sua perspicaz análise, principalmente na forma particular de se expressar, nomeadamente quando se refere a "monte de merda", "esta pouca vergonha" e "os próprios que se auto-ejaculam com o lixo que escrevem".
De facto, apenas faltou a indicação de que este "Almirante em Chefe" o é na Austria, onde a marinha tem uma vocação própria para dar musica aos outros e os exercícios navais resumem-se a escorregar de cú pelas montanhas cobertas de neve, levando a uma habituação que é o sonho e desejo de qualquer panasca digno desse nome. Assim, qualquer leitor deste blog ficaria elucidado com tão sábias frases e não estranharia a linguagem utilizada.
E para finalizar, apenas quero deixar a minha satisfação por existir este blog que se tem afirmado na mais pura tradição da TM: Mostrar ao mundo que estamos a cagar de alto!!!

terça-feira, março 09, 2004

AINDA A PROPÓSITO DAS MODERNICES...

Não sei quem é o Almirante da treta que expulsou para aqui toda a sua diarreia mental, mas se é quem eu penso o melhor é tomar Ultra Levure injectada directamente no intestino que tem em lugar do cérebro. Quanto a achar que quem lê esta merda de blog são só os autores dos textos, que se auto-ejaculam e não sei quê, fique sabendo que só QUEM SABE LER é que visita este blog. E mais não digo.

segunda-feira, março 08, 2004

Eficiência e profissionalismo (ha! ha! ha!) na AP

Como todas as 2ª feiras (e só) comprei o Público - essencialmente pelos seus vários suplementos.

Depois de o ler (no comboio porque no emprego tenho muito trabalho ;-), algumas frases (em itálico) provocaram várias diarreias seguidas (ou terá sido uma contínua).

- A "cultura do talento" versus o "politicamente correcto" que nivela tudo pelo baixo nível dos nossos políticos medíocres (no poder e não só).

- As "Leis são tratadas como sugestões" - é isso que nos conduziu à glória de País que agora somos. (não esquecer que entretanto a Glória envelheceu, as mamas estão ao nível da barriga e o resto é só peles).

- "Quase metade do PIB passa pelo Estado" ou seja pela AP.

- No suplemento "carga & Transportes" - diz-se algures em relação aos gestores públicos ". . . uma gestão genericamente incompetente, repousando à sombra de reformas douradas mas sem que lhes tivesse sido conhecido antes, o mais pequeno trabalho profissional na área .....".
".... há que inventariar os custos anuais da administração e dos dirigentes: detectar-se-ão os astronómicos gastos verificados..... recomendando a adopção de administrações reduzidas, em que apenas o dirigente máximo seja de cooptação política devendo os restantes 2 ser profissionais do sector" e eu acrescento "de competência reconhecida" e não putos família acabados de sair da Universidade.

Comprem o Público à 2ª nem que seja por este suplemento - é pena já ter deixado de escrever a Joana Mendes Paulo que eu adorava (dá a impressão que foi arredada por ser politicamente incorrecta demais) - se ela ler isto, gostava de ter todos os seus escritos.

As RAPs (Reforma da Administração Pública e cada governo anuncia uma) só serve para os FPM envolvidos (claro que são lá postos conforme a cor do governo da altura) justificarem o que ganham a mais e perpetuarem a sua existência.

É preciso não esquecer que em Portugal (nos outros não sei) os FPM só servem, na sua maioria para SE AUTO-PERPETUAREM.

Isto porque, as leis que existem não são cumpridas (veja-se mais uma vez o suplemento "Economia" do Público, no artigo "A gestão das pessoas" - gosto também muito do que este gajo (sr.) escreve) porque o seu cumprimento ia colocar em causa precisamente a eficiência, eficácia, competência e profissionalismo dos FPM responsáveis e isso, claro, não interessa.

Continuo a dizer que o problema não está (só e principalmente) nas bases, mas é devido à incompetência das hierarquias, ao seu "paraquedismo político" que leva ao desinteresse ("para quê preocupar-me se o chefe não se preocupa - ele até ganha mais e se eu disser que está mal, ainda sou prejudicado nas promoções") e à sua irresponsabilidade, propagando a falta de rigor de gestão.

É preciso não esquecer que cerca de 80% dos empresários nacionais (ou seja gestores, nem que seja da sua micro-empresa) só tem a 4ª classe - será que isto é diferente na FP? Duvido. A boa gestão não tem origem só na "virtude" dos gestores, mas deriva essencialmente de FORMAÇÃO (claro que a união das duas dá os gestores excepcionais, mas esses não estão na AP). Portanto temos:

"tachistas" e "paraquedistas políticos" + falta de formação em gestão + objectivo "perpetuação dos cargos" + Cumprir unicamente as leis que interessam no momento = uma MERDA de AP.

Se adicionarem uma política de gestão financeira absolutamente idiota (tens estes $$ e se gastares, tudo bem, senão gastares, pró ano recebes menos), temos uma falta de eficiência estrondosa com gastar fundos só para assegurar os do ano seguinte. Compram-se máquinas que ficam encaixotadas até estarem obsoletas (e depois pede-se orçamento para as substituir), ou que são de capacidade excessiva para os objectivos (mas passado 2 ou 3 anos pede-se orçamento para as substituir), não são efectuados estudos para adequar os recursos às necessidades (e, se são efectuados, só são considerados no caso de apontarem para mais orçamento), etc.
Como todas as hierarquias da AP já têm (sofrem) este tipo de raciocínio e nem sequer conseguem pensar doutra maneira (a grande maioria olha-nos com um olhar de - estás maluco ou quê - quando se fala nisto), é impossível aplicar-lhes a "eficiência" dos privados (como se esta, em Portugal, fosse também alguma coisa de especial).

Portanto a RAP nos termos políticos em que está a ser definida DE NADA SERVE. Gastam-se milhões em estudos (claro que efectuados por amiguinhos e bons estudantes (serão?) universitários - filhos família, acompanhados por alguns FPM "Yes man" e da cor) e depois fazem-se umas leis (que serão convenientemente ignoradas quando não interessarem) e assim o Governo até pode dizer que cumpriu a sua promessa política e deu mais um passo para engrandecer Portugal (|!"#$%&/ - lá vou vomitar!).

Por sua vez os serviços ao público (função da AP), quando são rentáveis (ou seja dão $$$) são privatizados porque:
1º - resolve o problema dos tais 3%;
2º - cai bem nos amigos privados assegurando um tacho quando a mama da governação acabar,
3º - permite que esses privados saquem mais dinheiro ao Zé Povinho porque, obviamente, a função do Estado que seria a fiscalização do fornecimento desses serviços em qualidade e a preço justo não é efectuada, senão poria em causa o ponto 2.

Conclusão - O futuro da AP é termos, por um lado, serviços ineficientes porque os FPM se estão tradicionalmente borrifando (pelas mais diversas razões que não só a simples incompetência) e por outro, serviços minimamente eficientes e caros porque dados aos privados e esses, obviamente, querem é ter rendimento.

Não esquecer que FPM = Funcionários Públicos de Merda e Feios Porcos e Maus (os que acham que não se enquadram dentro desta categoria, estão à vontade para sair).

Surpresa, surpresa - então não é que na Bélgica, o caso dos pedófilos também não andou aos trambolhões. E eu que julgava que só os homossexuais (paneleiros porra!) é que tinham força nos Governos e isso só em Portugal!!! - sou mesmo "naif" (Parvo, parvo!).

domingo, março 07, 2004

Eu e os FPM

Tripulantes, a partir das Galés, para onde fui enviado pelo Almirantado por ter feito um escrito resultante de uma feijoada estragada (fornecida pelo Comandante, claro!), informo que eu não tenho qualquer raiva particular aos FPM e até existem algumas excepções, que são LCB (Lindos, Cheirosos e Bons), competentes e honestos.
Como já referido em blogadas anteriores, a minha visão aplica-se principalmente aos chefinhos (até na reforma da AP a nomeação dos chefinhos é uma questão a rever) e pode estar distorcida devido ao local de emprego.
Quanto aos conhecidos, amigos e familiares que têm emprego na AP, é pá acham que estes pesadelos necessitam de consulta psicológica? Faz de conta que isto é o sofá do psicaqqcoisa onde se vomita as coisas sujas que vêm cá para dentro.
Sempre é melhor que vomitar sobre os colegas e aproveitar-se deles para satisfazer a sua má formação e mesquinhez.
E agora desculpem mas tenho de ir para o barril.

terça-feira, março 02, 2004

A FPM (Feios Porcos e Maus, ou será Função Pública de Merda).

Para complementar as várias crónicas sobre a FP, finalmente encontrei o melhor resumo do que considero ser a verdadeira essência da FPM.

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência!

Isto, claro, é de outro poeta popular completamente ignorado pelos nossos mini-estéricos da Cultura e da Educação - António Aleixo.
Foi-me enfiado pelas trombas (e com razão) pelo jumento.blogdrive.com

Comentário de ultima hora pós-escrita disto
Se inverter FPM - MPF = Mocidade Portuguesa Feminina (velhos tempos mas não fodi nada)

VENHAM MAIS 5 !

Não sou mesmo nada dado a datas, mas vocês lembraram-me, e bem, esta data da morte do Zeca Afonso.
E atrás deste lembrete, veio-me a lembrança dos momentos em Coimbra e Lisboa, onde partilhei momentos de vida e esperança num mundo melhor, com o Zeca por perto. Veio-me a lembrança de tempos passados, quando o Zeca tinha um bar a meias com o Samuel ali para os lados da Cruz Quebrada. Veio-me a lembrança de muitos momentos vividos por causa do Zeca....
Mas acima de tudo, veio-me a lembrança de que, tal como a mim e a vocês, o Zeca Afonso foi arauto da esperança num futuro de liberdade, dando-nos força para acreditar que não há utopia quando acreditamos que o homem novo pode acontecer, que temos de ser capazes de chamar aos filhos da puta o que eles são, sem ameias nem amarras...
E por isso, neste blog que chega ao fim do mundo, mesmo sabendo que quase ninguém o vai ler, a palavra do Zeca mais actual do que nunca, tem a força de um grito de guerra aos merdas que poluem estas terras: VENHAM MAIS CINCO!!

Foi há 17 anos

Zeca, estás mais vivo que nunca!
Eles comem tudo e não deixam nada...

Vou-me passar pela prancha

Pois é - cometi (cometemos) uma grande asneira.

ESQUECEMOS O ANIVERSÁRIO DA MORTE FISICA DO ZECA AFONSO (23/2/1987).

Nós que crescemos, primeiro a ouvir às escondidas a sua música e depois, felizmente, a ouvi-las alto e bom som, não nos deviamos esquecer dele.

Principalmente agora que, apesar da "liberdadezinha" teórica, na prática estamos cada vez mais envenenados com "Big Brothers", assassinos de mulheres que fazem aborto sem dinheiro (sim, porque as f(p) que têm dinheiro vão a qualquer outro país civilizado) - e este Portugal besta e estupido ainda vota neles, propagação "ad infinitum" da incompetência, do compadrio e da corrupção em tudo o que é Estado e Governo (a diferença do antigamente é que agora ainda há mais, repartidos pelos partidos). E não julguem que existe liberdade, ou esquecem-se que se falarem demais vão para a prateleira ou agora, com as mais democráticas leis do trabalho, vão para a rua. Ou esquecem-se também das/dos empregadas que não podem ir à casa de banho.

Mas claro que vocês que não lêm isto (pois não são da TM) estão tão abestalhados que julgam que esta merda de país é uma democracia e portanto, como boas bestas amestradas vão votar e automaticamente são democratas e participam nela - CAMBADA DE PARVOS.

Pensem no Poema do Zeca Afonso - Meninos do Bairro Negra

Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar

Se até dá gosto cantar
Se toda a terra sorri
Quem te não há-de amar
Menino a ti

Se não é fúria a razão
Se toda a gente quiser
Um dia hás-de aprender
Haja o que houver

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego

Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção

AGORA PENSEM NA CASA PIA e acham que eles acreditam que não há PAPÃO ?? Claro que não há - agora há é BIBI.

Estupidos, leiam os Poemas do Zeca (Os Vampiros por exemplo) e vejam na realidade o que se alterou.
Vejam para alem do muito mais gente ter carro, várias TVs em casa, DVD, máquina de lavar loiça, etc.

VEJAM SE TÊM MAIS QUALIDADE DE VIDA.

Conseguem ter o mesmo tempo com os vossos filhos que os vossos pais tinham convosco.
Deixam que os vossos filhos vão brincar sozinhos para o jardim como vocês iam, etc. (circula aí na NET um texto que faz bem estas comparações).

Portanto, depois disto tudo, Zé desculpa, esqueci-me que morreste, mas sempre que ouço as tuas canções continuam a vir lágrimas aos olhos. (vão a http://maiorqueopensamento.grupos.com.pt/2004/02/o_dia_z.php)

segunda-feira, março 01, 2004

Sonhos numa noite de pesadelo

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* * * * * * COMUNICADO DO ALMIRANTADO * * * * * *
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O TEXTO A SEGUIR DEVE SER IGNORADO POR NÃO OBEDECER ÀS NORMAS DE
CORRUPÇÃO, INCOMPETÊNCIA E MESQUINHEZ EM VIGOR.
O SEU AUTOR JÁ FOI ENVIADO PARA AS GALÉS E ENFIADO NO BARRIL.

O ALMIRANTE EM CHEFE



Em sei que isto é só lido pela TM, mas por isso mesmo serve para me aliviar a tripa (vomitando e cagando em cima dos Funcionários Públicos - FP).

Adormecimento:
- Imaginem a AP de um pequeno país pleno de corruptos mas em que um 1º ministro diz "...... cá não há corrupção....".
- Imaginem uma AP em que no processo disciplinar aos vários responsáveis por o estado ter sido defraudado em milhões de euros na venda de património, um deles é ilibado. Por acaso (e só por isso) ele é assessor do instrutor do processo.

Sonhar:
1 - Imaginem um Instituto público (que nasceu baseado em profissionais bancários), que com sacrificio dos empregados executa as suas funções com menos de metade das pessoas de Institutos públicos equivalentes (os da A.P "pura e dura").
2 - Imaginem que este Instituto é continuamente gerido por "boys" (qualquer que seja a cor) de competência duvidosa (para ser suave) e dedicação nula (com raras excepções), que lhe delapidam o capital técnico, humano e as oportunidades políticasde fazer coisas úteis - terá sido por acaso?.
3 - Imaginem um outro instituto povoado de funcionários públicos com excesso de pessoas (mas todas muito ocupadas) em que a competência de grande parte é a competência associada à AP (e os Sindicatos da AP que se lixem nas suas aldrabices - A Função Pública está minada de INCOMPETENTES).
4 - Imaginem que, para reduzir Institutos, estes dois são fundidos (não interessa que entretanto tenham surgidos muitos outros e aumentado o seu nº geral - é que assim os boys duma cor são substituidos pelos de outra cor).
5 - Imaginem que o TopCat da fusão resultante já foi TopCat do instituto dos funcionários públicos "#$%/&$%$ (peço desculpa mas ia vomitando) que é a sua "alma mater".
6 - Imaginem que numa das direcções resultantes da fusão, as pessoas (desculpem se ofendi as verdadeiras pessoas) do instituto dos funcionários públicos (vou passar a chamar-lhe FPM-Feios, Porcos e Maus) aproveitam-se da situação e promovem funcionários a chefinhos.
7 - Imaginem que a direcção resultante fica com muitos chefes e chefinhos (por coincidência, os lugares mais relevantes vão para os FPM).
8 - Imaginem que, passado algum tempo, para racionalizar (como se os FPM soubessem o que isto quer dizer na realidade) foi determinado que o nº de chefes e chefinhos era excessivo.

Acordar:
Pode-se imaginar que foi efectuada uma análise da competência e capacidade dos chefes e chefinhos e que foram escolhidos os mais competentes e que os chefinhos FPM que foram promovidos só para terem vantagem de nº, deixariam de o ser (por uma questão de racionalização).

ACORDA PORRA: os competentes e com mais experiência foram para a prateleira e os novatos e promovidos à pressão ficaram na mesma. Entretanto o chefão e o TopCat como não têm coragem nem tomates, justificam-se dizendo que o outro é que é o culpado.

Então gostaram do pesadelo. No meu sonho isto passou-se na Libéria (ou terá sido no Haiti ?). Resumindo, num país de negreiros.