quarta-feira, setembro 17, 2003

O Palavrão

Devido a algumas acusações vindas não se sabe de onde, sobre o vocabulário vernáculo e descabelado contido na maioria destes textos, tenho o dever de, sem querer entrar em polémicas estéreis sobre o assunto, esclarecer o seguinte:
O Palavrão é o assumir da tendência normal do linguajar, isto é, o esforço combinado das cordas vocais, laringe, pulmões, língua, gengivas e dentes na sua forma mais económica e menos dispendiosa de energia, tão necessária para outras partes e funções do corpo humano, quiçá muito mais importantes.
Quer isto dizer que quando se diz um palavrão ele resume de uma forma sintética, económica e perceptível aquilo que se pretende dizer. Por exemplo, não faz sentido mandar alguém para o orgão sexual masculino ou levar na extremidade inferior do intestino grosso, ou ir para a meretriz que o gerou ou ainda comer matéria expulsa pelo anus se esse alguém perder tempo a pensar no que lhe estão a dizer. O Palavrão dispensa tanta retórica, é directo, conciso e eficaz.
É também por estes motivos que se utiliza o Palavrão escrito. A economia de meios, quer sejam tintas ou teclados é fundamental. Menos palavras significam menos folhas escritas, menos tinta de impressão, menos desgaste de teclas, menos calos e lesões nas falangetas. É por isso que o Palavrão é mais ecológico, e muito mais saudável.
No entanto, há quem prefira escrever o palavrão por meias palavras ou por subentendidos. Por exemplo, quando alguém escreve vai para o c? ou vai-te f? está a tentar camuflar os seus sentimentos e a não assumir de forma directa o que pensa no momento do seu interlocutor ou sujeito. Ninguém verbalmente diz para outra ?vai levar no cê-reticências? ou pragueja ?efe-reticências?. O Palavrão tem de ser sempre a expressão directa e eficaz de um sentimento de ofensa ou um escape, sem quaisquer floreados. É o tipo de linguagem que está mais perto do povo, que o povo fala e entende.
Por isso é que os políticos quando falam ninguém os entende. A maioria deles insulta o povo de forma camuflada e rebuscada de tal forma que o insulto não é perceptível de imediato. Por exemplo, quando um ministro da Saúde diz que vai melhorar o sistema o insulto só é perceptível daí a algum tempo quando as listas de espera aumentarem em vez de diminuírem, ou quando um inquérito a uma ponte que cai conclui que só se daria conta do estado dela quando esta caísse, ou seja, um paciente vai ao médico, queixa-se, pergunta o que tem, e o médico responde: ?só saberei a doença que tem quando for autopsiado?.
Mas há insultos que valem só pela imagem. Uma imagem em si não é um insulto, a não ser que seja feita pelos dedos da mão, que é a forma mais simples e directa de insultar ou de dizer um Palavrão. Mas a imagem de um Bush, de um Blair, de um Paulo Portas, de um Bagão Félix, ou um Barroso são além de insultos graves a expressão grave da obscenidade absoluta. E quando estes personagens abrem a boca e a obscenidade se torna calamitosa, o Palavrão puro e duro mais não é que uma ave-maria rezada por um escuteirinho de 8 anos.
Sejamos sinceros e autênticos. O Palavrão não é um fim mas um meio de. Não é uma ofensa mas uma forma de ofender. Só se ofende com um nome feio quem está disposto a ser ofendido.
E além do mais que diferença há entre o Palavrão escrito ou proferido por um homem ou uma mulher? Será que o homem é mais macho por dizer palavrões? E a mulher, será mais feminina ou será lésbica?
Não há razão para mais dramatismos sobre este assunto. O Palavrão deve existir e ser dito e escrito como deve ser. Tenho ou não tenho razão, caralho? (orgão sexual masculino, c?, etc.)

sexta-feira, setembro 12, 2003

Os amérdicas

Já não basta terem a mania que são os melhores do mundo, meia-duzia deles terem dinheiro que dava para engordar Africa inteira, escolherem para presidente actores, tarados sexuais e atrasados mentais, finalmente, numa pequena notícia, demonstram bem a MERDA de gente que são.
Então não é que uns putos (14 e 16 anos) foram para a beira da auto-estrada com uma espingarda e começaram a disparar sobre os carros - depois de mantarem um gajo e ferirem outros, quando foram apanhados pela polícia disseram que estavam CHATEADOS e resolveram imitar um jogo de computador (GTA - Great Theft Auto).
Q'us gajos têm muito espaço vazio no cesto da gávea já nós sabemos mas o melhor está na reacção dos pais - vão processar a empresa que faz o jogo !!!.
As bestinhas não são culpados de darem uma educação de merda aos filhos nem de lhes darem armas para a mão - quem são os culpados são os gajos que fazem uns jogos que só atrasados mentais é que não distinguem da realidade e que em mais nenhuma parte do mundo provocam estas reacções estúpidas.
E estamos nós a importar as ideas (quais?), ideais (e têm?), e maneira de viver destes IDIOTAS.
Porreiro, assim já tenho justificação para pegar numa arma e começar aos tiros aos nossos políticos de merda (1º é o PP, mas antes enfio-lhe o cano pelo cú acima - se calhar ainda pede antes uma bazuca) e depois justifico-me com um jogo qualquer.

Agora outra coisa. Tá em discussão e só por uma grande reacção é que não foram aprovadas na CE, no início de Setembro, as leis referentes à propriedade intelectual de programas, em que, se bem percebi, a partir de agora se tiveres uma ideia qualquer podes patentear essa ideia (para já isto é uma possível fonte de rendimentos para a TM).

Aproveitando isto, quando nas nossas andanças turísticas se apresentar um cámone a perguntar onde é qualquer dos nossos espantalhos turísticos, deveremos passar a responder sempre que não podemos dizer porque um qualquer amérdicano já patenteou a explicação do caminho para lá e portanto estavamos a infringir a lei (e nós NÃO fazemos isso!!!).
Atenção também que o "AMERICANS GO HOME" é capaz de também já ter sido patenteado.