terça-feira, dezembro 22, 2009

O Jazz em Portugal ficou mais pobre

Ardeu o prédio onde funcionava o Hot Clube de Portugal

A crise chegou ao Natal




O natal tem a particularidade de despertar em mim instintos assassinos. Não se assustem. Não vou andar por aí a retalhar o pessoal, embora alguns merecessem ser transformados em hamburger e enfiados no cú de certos banqueiros e politiqueiros de serviço. Metafóricamente falando, a minha vontade seria um churrasco com a vaquinha, um belo guisado com o burrinho, e um suculento ensopado com as ovelhinhas. Quanto ao menino, entregava-o à misericórdia, o José iria para as Novas Oportunidades, e a Virgem bem podia ir apoiar os sem abrigo, voluntáriamente é claro. Já os reis magos seriam convidados a sair por imigração ilegal, mas deixavam cá o ouro o incenso e a mirra para combater o défice. O meu défice, entendamo-nos. E convidava todos os frequentadores do centro comercial próximo da minha casa a ouvirem o “Jingle Bells” enquanto eram enrabados por um bando de pais natal adeptos de musica transe. Isto por estacionarem o pópó na minha rua obrigando os desgraçados moradores a ter que procurar lugar noutra freguesia. E queixam-se da crise, que este natal não há prendas para ninguém, e depois entopem as ruas e os multibancos.


Está na hora de enviar o pai natal para um lar, ou abandoná-lo na cama de um hospital até esticar o pernil, e gozar um natal quentinho nas Caraíbas para fazer jus ao espírito natalício cá do burgo.

Não se escandalizem com o meu desabafo. A realidade é muito pior do que isso.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Tão querido que ele é!



"Não acredito nesse anúncio de greve para a véspera de Natal e que os sindicatos sejam duplamente irresponsáveis: criar desconforto a milhões de portugueses por um pequeno ataque de baixa qualidade. Segundo -e seria muito mais grave -ousem formar algum movimento e não deixar trabalhar quem quer."

Belmiro de Azevedo

Traduzindo: seus comunas de merda, vocês querem fazer greve em vésperas de natal e o fodido sou eu que não vou facturar.

O resto é pura rectórica, ou como por aqui se diz "baba de safio".

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Gente fina é outra coisa



O número de circo entre a Sra Dra Maria José Nogueira Pinto do PSD e o Sr. deputado Ricardo Gonçalves do PS foi digno de figurar num qualquer manual de boas maneiras da direita (ou extrema-direita) portuguesa. A elevada estatura moral da Sra Dra que salta de partido sempre que lhe convém só tem paralelo na também elevada estatura moral do seu companheiro de matrimónio, o Sr Dr Jaime Nogueira Pinto, saudoso colonialista e fascista empedernido, para além de, segundo dizem, historiador.
Longe de mim estar aqui a defender um deputado do PS, ou seja de que partido for. São crescidinhos que se entendam. Mas quem mais defende a moral, os bons costumes, os salamaleques, as élites. a society, a missa aos domingos e o raio que os parta é o primeiro a desrespeitar o próximo. Mas nada disto é novidade. O casalinho sempre se deu bem em ambientes coloniais, como aqui descreve o nosso companheiro Antropocoiso , testemunha do acto e de pena sempre bem afiada.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

POR MARES NUNCA DANTES NAVEGADOS!





Não estava para aqui virado, mas a leitura de "Onde se fala de um tripulante que...enfim..." defecado há uns dias pelo mui valoroso Ukabdsinais obriga-me a publicar o que vai de seguida. Para que não fiquem supeitas no ar nem mal entendidos.
Acontece que este simples marujo, após ter sido encartado com a denominação de Patrão de Alto Mar, decidiu experimentar e sentir o mar na sua plenitude, muito para além das navegações teóricas e de rumos traçados à secretária.
Embora a talhe de foiçe, estaria tentado a falar dos restantes Tripulantes deste Cesto da Gávea que, para além de navegarem até ao Barreiro na mira de uma caldeirada, apenas navegam na banheira quando o tinto da véspera os deixa almariados e as respectivas patrôas largam aquele vociferar: "Pfuuu..que cheiro a vinho!". Mas não. Fico-me por aqui.
Por isso aceitei o convite de um navegador experiente que, na sua embarcação de pequeno porte, anda de há muito a deambular por esses mares fora em viagens solitárias. O veleiro é de construção de 1962 e o Phil, americano com alguns anitos, deu-lhe os retoques necessários para o pôr a seu jeito e em condições de aguentar o oceano, pelo que já cruzou o Atlântico várias vezes.
Aceite o convite para ir até Porto Santo, arquipélago da Madeira, num pequeno veleiro de 9 metros, fiz-me ao mar no dia 6 de Outubro, tendo chegado a bom porto no dia 12 com mais de mil quilometros navegados no meio do Atlântico.
O veleiro mais parecia uma casca de nóz, tal eram os safanões constantes a que as ondas e o vento a bater nas velas o sujeitavam. As condições a bordo não se podem assemelhar ao que normalmente se associa quando se fala de um veleiro. Nada de luxos ou sequer de aposentos dignos desse nome, passando pelo wc práticamente inexistente digno desse nome, ou mesmo de alguma cama para descansar, pois o mais semelhante poderá ser uma tarimba. Sem frigorifico a bordo, e associado ao mínimo de despesas, o Phil tinha uma quantidade suficiente de alimentos por ele tratados em doses individuais liofilizadas e em vácuo, desde que terá saído da sua terra nos states já ia para mais de nove meses, para além de várias latas de comida enlatada cujo aspecto exterior, completamente oxidadas, me obrigaram a evitar, não fosse alguma coisa correr mal.
Assim, e para meu descanso, passei quase toda a viagem a bolachas de água e sal e shotcakes acompanhadas de água de bordo que tinha sido obtida da rede geral da marina donde saímos.
Também a falta de equipamentos de ajuda à navegação, tal como radar, computador para obter informações meteorológicas ou telefone por satélite, eram coisas para "finos" que custam "money" e o Phil é homem poupado e sem os recursos que os normais donos de veleiros têm.
Portanto a viagem fez-se de experiência adquirida e com a ajuda do GPS. E correu bem.
Foi uma experiência com um pouco de aventura, mas que me deu a satisfação de ganhar saber e pôr-me à prova de sobreviver em condições que, duvido, os restantes Tripulantes deste Cesto da Gávea alguma vez aceitariam.
Toma!!

quarta-feira, novembro 25, 2009

Homenagem aos vencedores do 25 de Novembro de 1975

Comemora-se hoje o 25 de Novembro. A quem o fez, inventou ou consolidou entendo agradecer o seguinte:

- o fim da manipulação esquerdista das forças armadas, passando estas a ser exclusivamente manipuladas pela direita, aliás como deve ser.

- A expulsão dos comunistas da esfera de influência social bem substituidos pelos sociais democratas, liberais, neo-liberais, demo-cristãos, conservadores, fascistas, proto-fascistas e esquerdelhos arrependidos, e muito bem já que esses são os verdadeiros democratas.

- O fim da denominada Reforma Agrária que devolveu terras aos seus legítimos proprietários, terras essas abusivamente cultivadas pelos ocupantes e não deixadas ao abandono, aliás como devia ser.

- A privatização de tudo o que devia ser privatizado, incluindo pedras da calçada, que foi e está a ser levada a cabo pelos génios patrióticos que fizeram o 25 de Novembro bem como pelos seus descendentes. Aliás, como deve ser.

- A submissão do país aos interesses do imperialismo norte-americano e europeu que tudo têm feito pelo bem estar dos portugueses como está à vista de toda a gente.

- A supressão de direitos de quem trabalha em exclusivo benefício dos patrões que assim podem acumular chorosos lucros sem mexer uma palha. O que é justo.

- O abrir de portas a tão reputados doutores e defensores do povo como Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Armando Vara, António Preto, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras e outros que só nos enchem de orgulho.

- O surgimento de figuras de opereta tão distintas como Alberto João Jardim, Santana Lopes, Paulo Portas, Vítor Constâncio, Pacheco Pereira, Durão Barroso, Rebelo de Sousa, José Lello, Santos Silva e outros para nosso gáudio e distracção.

- A promoção de grandes estadistas do calibre de Sócrates e Cavaco para nosso prestígio.

E finalmente, para podermos homenagear em completa e responsável liberdade esse grande herói que foi Jaime Neves, tanto em África como no 25 de Novembro.
Homenagem que devo estender a todos os filhos da puta que se prezam.

Onde se fala de um tripulante que...enfim...



O 2º (e único) remador depois de algumas dezenas de anos a ponderar, resolveu aproveitar o tempo livre para se doutorar em patronato de alto mar, qualquer coisa como Belmiro de Azevedo dos Oceanos, e tornar-se assim no único verdadeiro marinheiro desta desgraçada tripulação que, mesmo sem barco, já passou por melhores dias.
E este 2º (e único) remador resolveu pôr em prática a teoria aprendida fazendo-se ao oceano em duvidosa companhia. Sobre a viagem nada há a dizer. Ou por não haver mesmo nada a dizer, ou por haver muito a esconder. O que é certo que este marinheiro subiu no patamar hierárquico da tripulação para um cargo honorífico do qual esqueci o nome. Mas, para sermos bondosos, digamos que estará ao nível de um Fernão Mendes Pinto antes de chegar a Melides, ou de um Vasco da Gama antes de atracar na Trafaria. A grande diferença, se é que ela existe, entre este remador e os navegantes atrás citados, é que não existem registos de navegadores solitários do Tio Sam na época dos descobrimentos. Ou porque a América ainda não tinha sido encontrada, ou porque os americanos da altura se estavam cagando para os europeus (os de hoje também, mas os antigos cagavam de maneira diferente).
É assim que nas páginas deste blogue que (Graças a Deus!) ninguém lê ou consegue ler, que se debita a devida homenagem a este valoroso português, para que este seu feito não caia no esquecimento.

PS1: Eu não queria divulgá-lo, mas andar perdido e à deriva entre Sines e Porto Santo só com 2 minis para matar a sede é de um gajo se esquecer de ir ao cagatório durante seis dias!
PS2: O americano (como já devem ter entendido) que se fez acompanhar por este famigerado tripulante nesta atribulada viagem já deve estar recolhido em algum hospício a receber tratamentos de duches frios e choques electricos. Convém saber que não deve ter sido nada fácil para ele…

terça-feira, novembro 17, 2009

Nesta história de merda a única que se safa é a Scarlett, coitada



Estava eu a sonhar com uma orgia com a Scarlett Johansson quando a puta da campaínha da porta se lembrou de começar a tocar, o que me fez saltar da cama abruptamente sem saber se estava a dormir ou acordado. Vi logo que era o Elias, pois o estúpido só larga o botão quando lhe abrem a porta. O Elias era agora chefe das escutas, cargo a que chegou depois de frequentar as Novas Oportunidades e de pedir uma cunha ao padrinho que milita no partido e que só por acaso é juíz no Ministério Público.
- Que queres? Sabes o que perdi por tua causa? – perguntei eu entre o irritado e o ensonado.
- Tem de vir já, o chefe diz que é urgente. Parece que andaram a escutar o Filósofo sem ele dar autorização.
- Mas tu não és o responsável pelas escutas? – perguntei.
- Sou, quer dizer, não sou… sabe bem que só faço o que o chefe ordena, mas está bem, ele diz que o responsável agora sou eu.
Pouco inteligente, o Elias, mas enfim, com a falta de especialistas para o cargo só mesmo ele. O ultimo responsável das escutas apenas sabia falar tetum e era surdo que nem uma porta.

Passei o cabedal pelo duche frio, lambi uma torrada, dei leitinho ao tareco, liguei à mamã a dar-lhe os bons dias, e saí de casa mais o Elias atrelado a mim como um cão. Chegados à sede e depois das revistas da praxe, lá nos enfiámos como pudemos no gabinete do chefe, os três mais o hipopótamo, a mascote da agência, que se entretinha a roer um molho de cenouras enquanto dava uma vista de olhos pelos jornais do dia.

- Temos crise da grossa! – disse o chefe. – Alguém vai ter de descalçar esta bota. – e olhou de soslaio para o Elias, e de frente para mim.
- Ferdinando, o que sabes tu de escutas? – perguntou.
- Bem, chefe – respondi – para lhe ser franco sei tanto de escutas como de algebra linear.
O homem arqueou uma sobrancelha.
- O Filósofo pede resolução imediata do problema. Já sabem que se a coisa estourar são os vossos empregos que estão em perigo. Eu já tenho um lugar prometido numa empresa pública.

Não foi preciso dizer mais nada. Arrastei o Elias dali para fora que já começara com as lamentações e a arrepelar os cabelos, preguei-lhe dois tabefes para acalmar e fomos discutir o assunto para o Boca na Botija.

Ao fim de meia dúzia de imperiais já o homem parecia mais alegre, apesar do hipopótamo que nos seguira desde o gabinete do chefe e que se sentara duas mesas mais atrás procurando passar despercebido.

Enquanto o Elias me contava as desventuras da irmã que fora recentemente internada num hospício após ouvir o último disco do José Cid, eu traçava mentalmente um plano para resolver a situação.

Duas semanas mais tarde, estava eu a banhos numa ilha perdida do Pacífico, quando o Elias telefonou.
- Sabe, parece que substituiram as gravações das escutas por um concerto do Paulo Gonzo ao vivo. Já pode regressar a casa, o Filósofo está safo.

Não sei se voltarei. Depois de ter enviado pelos ares o edifício da Telecom e enterrado a barragem de Castelo de Bode não creio que a minha popularidade esteja em alta. E pelo menos aqui posso sonhar à vontade com a Scarlett Johansson sem ter o Elias, o chefe ou o Filósofo a chatear.

Só não me consegui livrar ainda do hipopótamo. O cabrão tem-me seguido por todo o mundo e às vezes mesmo que não o veja, sinto os seus olhos maldosos cravados na minha nuca. Se a besta tivesse tentáculos diria que o polvo já se expandira irremediávelmente por toda a parte.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Economistas...

Quando ouço o Medina Carreira sinto vontade de me atirar a um poço. Ainda não descobri porquê.

Também não sei porque é que sempre que ouço e vejo o Miguel Frasquilho tenho vontade de lhe atirar com um penico cheio à cabeça.

Há também um tal Costa Pinto que sempre que abre a boca termina abruptamente com a minha insónia.

Quando ouço alguém dizer que fulano de tal é um grande economista vou logo esconder o meu porquinho de porcelana.

terça-feira, novembro 03, 2009

ponto e vírgula

só me apetece escrever assim sem pontuações e sem maíusculas como o saramago depois daquela polémica por causa do livro caim isto até me faz lembrar um cão a ganir caim caim mas a coisa acabou aos beijinhos e abraços e com o nobel a facturar mais uma vez à custa dos talibans da ic isto é igreja católica para quem não sabe
mas agora parece que já temos governo e podemos dormir descansados porque não se vai passar nada até o aumento do desemprego deixou de ser noticia e os neoliberais mais os neoneo liberais mais os neo neoneoliberais discutem a baixa dos ordenados do pessoal porque só assim é que o país evolui e o caralho que os foda não sei onde onde é que foram desencantar estes cromos os medina carreira antonio borges zeller não sei quantos ferraz da puta que o pariu e o que interessa é o caim do saramago mais a biblia e o benfica e a coabitação pacífica sócraste-cavaco nem a operação face oculta vai animar as hostes que já estão fartas de casa pia maddie furacão freeport apito dourado bpn bem pode o vara e o sucateiro e capangas rebolar-se de riso que a justiça vai mesmo funcionar mesmo mesmo
e não sei como é que o saramago consegue escrever tantos livros sem pontuação eu já estou a ficar tonto com a falta de virgulas e pontos finais deve ser para poupar espaço e tempo a escrever e a ler pois  assim a gente nem sequer tem tempo para respirar entre cada virgula nem para ir dar banho ao cão quanto aparece o ponto final
aproveito agora o parágrafo sem ponto para bazar que já chega uff
ps vem aí o são martinho e o vinho ainda não apanhou frio isso sim é que é um problema do catano

quinta-feira, outubro 15, 2009

Maitê Proença ao Parlamento, já!

Se algum mérito houve no video da Maité foi pôr os portugueses a dizer mal abertamente dos brasileiros, com a mesma terminologia rasca que a sra usou. E como em Portugal só um punhado de brasileiros é que merece respeito para os portugueses, entre eles alguns futebolistas que se dignam vestir a camisola da selecção, proponho que a D. Maité seja contratada para a equipa de deputados da Assembleia da República em substituição do deputado João de Deus Pinheiro que nem chegou a aquecer o lugar. Ganhava-se com a troca pois o dito deputado nem para pousar nú serve. E era uma forma da Maité ter de facto uma boa razão para dizer mal dos portugueses.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Sinto que a coisa não vai ficar por aqui...

...o tipo ainda vai andar por aí a esbracejar, a fazer rábulas de menino guerreiro, título que cai muito bem nas preces da minha tia Adozinda, devota incondicional de S. Jorge não sei se por causa da espada se por causa do dragão, já que a doença crónica de que padece tem muito a ver com o Benfica. Isto de dragão trespassado pela espada de S. Jorge também tem muito a ver com a pose, o discurso e a atitude do derrotado menino guerreiro, que não sei é ingénuo, irresponsável ou simplesmente dado a bobices dignas dos palhaços do Circo Cardinalli. Mas a tia Adozinda comove-se com o beicinho do menino na hora da derrota, deixa escapar um suspiro e disserta sobre os garbosos apoiantes mais conhecidos por santanetes, quais cavaleiros da Távola Redonda em pose serviçal ao mítico Rei Artur. É uma sentimental, a pobre da tia. Até dos cromos que querem aparecer no boneco ela tem pena. E gaba o ar de galã do Pedrinho, a sua postura educada, o seu verbo estruturado, a sua elegância discursiva, o seu penteado abrilhantado. António Costa? Não tem elegância nem charme, é gordo e além do mais é preto.


Sei que vou ter de aturar mais uma depressão à minha tia. Que só passará quando o outro Pedro, o Coelho, se candidatar e vencer as eleições no PSD. É que para a tia a política resume-se às piruetas do Errol Flynn e ao heroísmo do Gary Cooper: bom aspecto e pouco miolo.

Enfim, guerreiros de papel em romances de cordel…

sexta-feira, outubro 09, 2009

Volta não volta a gente cá volta...

Não havendo qualquer justificação para um interregno tão prolongado, pois na lusa pátria nada de relevante se passou, a não ser umas eleições em que…não interessa, ou um e-mail que circulou por aí supostamente vindo de…não interessa, e que motivou uma comunicação ao país do presid…não interessa, por causa de uma asfixi…não interessa, e com outras eleições para as autarquias em que alguns corrupt…não interessa, repito, não havendo qualquer justificação para um silêncio tão prolongado deste blog, que não foi manipulado, asfixiado, pirateado ou escutado, apesar de ser visitado por cerca de 2 pessoas por mês e às vezes menos, venho por este meio comunicar sem mais delongas o renascer do Cesto da Gávea, espectacularmente renovado com o mesmo mau aspecto e o mesmo propósito de mal dizer, mal escrever, e por vezes desdizer, fruto de alcool a mais e navegação sem barco completamente à deriva.


Resta-nos o orgulho de contar nas nossas fileiras o mui distinto 2ª(e único) remador, e ao que parece também único marinheiro a sério desta atribulada tripulação, e que se encontra neste preciso momento em acto baptismal de alto-mar numa casquinha de noz algures entre Sines e Porto Santo, onde chegará a 11 ou 12 deste mês se os santos ajudarem e a cerveja não esgotar.

Este distinto (e único) marinheiro conseguiu a carta de patrão de alto-mar à custa de muito trabalho, muito estudo, muitas noites sem dormir, e muita paciência do examinador que resolveu ver-se livre dele nuns escassos minutos em que ficou sóbrio.

Vamos lá então recomeçar…

segunda-feira, junho 22, 2009

terça-feira, junho 09, 2009

as telenovelas da tvi é que salvam isto

E depois vieram o paulinho e o nuninho cantar vitória, eles que foram os únicos a ganhar apesar de manterem os mesmos deputados, e depois foi o arraial do paulinho rangel e da manelinha, aquilo sim, parecia a claque do benfica, e depois veio o chiquinho fazer o seu comício, este sim é que mereceu cantar vitória, e depois o jerónimo lá chegou e também cantou vitória embora tenha um chiquinho entalado na garganta, e por fim lá chegaram o zézito e o vitalinho muito cabisbaixos mas muito responsáveis pela derrota, e afinal parece que tudo vai continuar como antes, o governo vai continuar a fazer aquela coisa que chama de governar, o paulinho rangel mais a avó manelinha vão exigir o seu direito a um lugar na desbunda, o nuninho e o paulinho continuarão a arrotar postas de pescada, o chiquinho continuará a deslumbrar-nos com umas deputadas boazonas e o jerónimo continuará a convencer os seus militantes que a vitória é e será sempre deles.
E depois isto está a causar uma sonolência por estas bandas, pá, e pronto até um dia destes que vou ali já venho e vou ver se tenho algum sonho com a marisa matias...

quarta-feira, maio 27, 2009

Sou um especialista

A minha vizinha do rés-do-chão tem a casa alagada por causa de um cano que rebentou. Aflita, chamou-me para ver se eu conseguia remediar o assunto, já que a minha fama cá no bairro é que eu tenho algum jeitinho para resolver encrencas. É assim, dou um jeitinho, mas não percebo nada de nada, sou apenas especialista em coisa nenhuma. Por mais que diga à vizinhança que sou como sou, não me largam a porta a pedir ajuda para desentupir a sanita, arranjar a porta da rua que empenou, trocar a lâmpada da cozinha, montar o móvel cheio de estilo comprado no IKEA, programar o comando da televisão, mudar o óleo ao carro, e até passear o Bobby porque o dono está engripado. Sou assim como todos os portugueses, sei fazer um pouco de tudo sem ser especialista em coisa alguma. Há até gente famosa que assina projectos com um diploma de engenharia comprado na feira da ladra, quem brinque aos banqueiros como quem joga monopólio com os amigos, quem treine equipas de futebol sem ter passado no exame final do jogo do berlinde. Deveria existir um doutoramento em coisa nenhuma, pois só assim os portugueses subiriam no ranking dos povos com mais doutores e engenheiros a sério, mesmo que não saibam fazer nada e deêm um jeitinho em praticamente tudo.
Assim, quando alguém me viesse pedir ajuda para consertar seja o que for, pregava-lhe com diploma do doutoramento nas fuças e cobraria honorários a raiar o escândalo.
É certo que a minha vizinha do rés-do-chão de vez em quando tem um cano entupido ou a máquina de lavar aos saltos pela cozinha, e quando me pede ajuda trás sempre aquela provocante camisinha de noite, e eu, enfim, lá faço o jeitinho.
Afinal estamos cá uns para os outros, e não preciso de um diploma nem de um banco tipo BPP ou BPN, para que toda a gente fique feliz.

sábado, maio 23, 2009

O Encontro

Enquanto te esperava no sítio combinado à hora marcada, e tu não aparecias, dei por mim a contar os carros amarelos que passavam, depois os vermelhos, depois os verdes, depois os carros oficiais com matrícula do estado,depois os autocarros da carreira 28, e mais os carros da polícia, e depois vieram os gajos com rastas, os chineses,os de emblema do benfica na lapela, e tu não aparecias, e depois contei as gajas gordas, as gajas de mini-saia, as gajas gordas e de mini-saia,
as gajas parecidas com a manuela ferreira leite, os gajos parecidos com o manuel pinho, e tu não aparecias, e depois passei a contar as gajas com mamas grandes, as gajas com mamas descomunais, as gajas com uma borboleta tatuada na ombro direito, e tu sem apareceres, minha grande puta, e ainda encontrei paciência para contar os turistas japoneses, os gajos a falar alto ao telemóvel, os gajos a falar alto sem telemóvel com aquela merda enfiada na orelha, as gajas a falar ao telemóvel com piercing no nariz e sabe-se lá mais onde, e tu, minha grande vaca, sem dares sinais de vida nem um sms a dar uma satisfação, e só quando dei por mim a contar as gajas que se pareciam contigo, sim, minha puta, tu que não te pareces com nada, é que me convenci que mais uma vez me tinhas dado a banhada, abandonando-me na calçada a contar segundos, depois minutos, depois horas, até que o cabrão do polícia me perguntou o que estava eu ali a fazer com um ramo de rosas já murchas na mão, a fazer a maior figura de parvo que um parvo como eu pode fazer.
Quando já me ia embora soou o tac-tac dos teus sapatos de salto alto ferindo a calçada, e eu em vez de te receber zangado e pronto a ouvir as desculpas esfarrapadas do costume, preguei-te um balázio nos cornos com a minha beretta de estimação que, vá-se lá saber porquê, estava naquele dia enfiada no cinto das calças.
Há premonições que se confundem com o destino.
E foi com esta tirada filosófica que fui sózinho até ao hiper-mega-centro comercial mais próximo levar com um banho de verdadeira humanidade.
Qual foi o teu gozo, puta de merda?

quinta-feira, maio 14, 2009

´Bora lá todos ao Centro, pá!


Confesso a minha perplexidade sobre o maior centro comercial da Europa, o denominado Dolce Vita, ali para os lados de Loures. De facto, o que todos nós, portugueses, mais necessitávamos nesta fase do campeonato era de mais um centro comercial, de preferência o maior da Europa. Que Deus e o Santo Padre iluminem para sempre as cabecinhas inteligentes que se lembraram desta coisa. Que as iluminem e as aqueçam, de preferência na fogueira.
O maior centro comercial da Europa vai ser a solução de todos os nossos males. Estás desempregado? Vai passear para o centro. Estás com ameaços de gripe suína? O centro espera por ti. O país está em crise? Toma lá mais um centro comercial. Não sabes como ocupar os fins de semana? O centro é o sítio ideal para passear. Queres engatar uma gaja boa? No centro não devem faltar. Está a chover? Que belo dia para ir ao centro. Está a fazer sol? Bora lá ao centro. E dizem as estatísticas que nos primeiros dias após a abertura o centro teve a visita de perto de 500.000 pessoas, ou seja, 1 em cada 20 portugueses. Quase tantos como o número de desempregados, e um pouco mais que os sócios do Benfica. E inchamos de orgulho com o maior centro comercial da Europa. Mesmo que seja mentira, mas eu acredito que até é verdade. Mais um motivo de orgulho a juntar a outros tantos como a maior árvore de natal, a maior feijoada do mundo e o melhor futebolista. E se quisermos ser rigorosos temos o melhor presidente da CE em exercício do mundo,o melhor primeiro ministro português em exercício do mundo, o melhor presidente da República português em exercício do mundo, o melhor ministro português da Economia em exercício de, pelo menos, da rua onde vive. Ou seja, na merda ninguém nos consegue bater.

segunda-feira, maio 11, 2009

Vim à superficie - mas por pouco tempo

Ó-Ói tripulantes

Depois da reunião em casa do ukabdsinais e de um mail enviado pelo 2º remador resolvi, por breves momentos, imergir das aguas profundas do oceano e vir respirar o ar com cheiro de merda, bafiento e corrompido disto a que chamam nação (ou talvez "Não são" - honestos, competentes, integros e outros adjectivos desconhecidos dos políticos e governantes).

O mail tem a ver com uma reportagem na TVI24 sobre a negociata da Cova da Beira em que, mais uma vez o nosso 1º chulo está envolvido. Mas isso já é o pão nosso de cada dia.
Para quem a for ver (em: http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=27&pagina_actual=1&mul_id=13133091&tipo_conteudo=1&tipo=2&referer=1 ) as questões que se colocam são:

1º Porque não há mais SENHORAS jornalistas (e tb chefes de redacção que não cortem) que façam reportagens destas? Sim, porque gajas (e gajos) jornalistas há muitas.

2º Será que os magistrados do mini estérico publico que encanaram a perna à rã não terão tido uma promoção "ligeiramente" mais rápida que os outros? Ou serão familiares de alguem do governo? Ou terão o cartão do partido?

3º Quando é que esta MERDA DE POVO deixa de estar acocorado (ou de cú para o ar)?

O outro ponto tem a ver com a Cristina Branco a cantar Zeca.
Porra que até me arripiei e vieram gotas de cerveja aos olhos. Em vez de procurar MP3 dela na net, vou mesmo comprar o CD para ela receber algum.
Façam isso pelos artistas que merecem mesmo que as editoras fiquem com a parte de leão.

Pronto e agora já não consigo resistir mais. Vou voltar a mergulhar bem fundo no oceano.

Até à próxima tripulantes

E TIREM A MERDA DO CRAVO DO CANO DA G3

segunda-feira, abril 27, 2009

Era Um Redondo Vocábulo





De vez em quando a marinhagem passa-se dos carretos e resolve dar uma à séria.
35 anos e uns dias depois do 25 de Abril deixo aqui uma das mais belas composições do Zeca, cantada pela Cristina Branco, bela, sensual, a dar o merecido cunho dramático a um dos mais belos poemas sobre a solidão e o desespero. Viva o 25 de Abril!

segunda-feira, abril 13, 2009

Contra factos...

Portugal espalha pelo mundo a sua bestialidade:

um cherne na Europa e um cão na Casa Branca.

Para onde irá o Cristiano Ronaldo?

sexta-feira, abril 03, 2009

Redundâncias...


Pedimos desculpa por este insulto. O cesto da gávea vai voltar a ser ocupado por um verdadeiro marinheiro.

sexta-feira, março 20, 2009

Soberbo!

Congo Square

Nós por cá todos bem

Já não era sem tempo. O núcleo duro da tripulação regressa de um longo hiato motivado por profundas necessidades de reflexão, meditação transcendental, espiritualismo nirvânico (seja lá o que isso for). Enquanto alguns tripulantes dispersaram a sua tentacular experiência por terras do Extremo Oriente, outros se ficaram pelo continente (não o hiper, mas este aqui) entregues a congeminações filosóficas sobre o actual estado da nação (mais nacinha, parafrasendo mais altos entes do éter) e sem qualquer vontade ou erecção suficiente para ejacular atoardas e dejectos nauseabundos neste blog, já que o mau cheiro geral é superior a estes repuxos diarreicos. Fica assim aberto o espaço aos distintos marujos do além-mar que assim poderão contar aqui as suas mais recentes impressões e, quiçá, inventar quando for preciso.

Embora pareça não ter nada a ver com o que foi escrito, termino expressando o meu total apoio ao papa Bento pelas suas tão inteligentes considerações sobre o uso do preservativo em África, e do seu importante papel na difusão da SIDA, principalmente se os preservativos forem em segunda mão, ou em segundo pénis para ser mais exacto. É que os marujos em questão perderam mais este episódio sui-generis enquanto andavam entretidos em massagens tailandesas e arroz cantonês. Azar...

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Crónicas da República da Desbunda

Quando o Cabeça de Gel aceitou candidatar-se ao lugar de Supremo Sacador-mor do povoado de Aobsil, a Múmia teve um súbito ataque de mau humor o que assustou alguns aracnídeos residentes entre as suas ligaduras. A sua imagem de impoluta competência tremelicou na opinião pública face a tal decisão, mas não abalou os alicerces da idéia generalizada: a Múmia estava já muito carcomida e tinha o sarcófago muito mal cuidado pelo que o melhor seria esperar por melhores dias, ou seja, o suicídio do Filósofo, que ocupava a Suprema Cadeira de Marioneta Sugadoura, cargo apetecível devido aos cafés à borla e citação vitalícia na História da Desbunda. Mas apesar de todas as contrariedades, o Filósofo permanecia de pedra e cal sentado na mesma cadeira que outrora pertencera ao Cavernoso Vampiro do Reino, trespassado acidentalmente por uma perna da mesma cadeira quando bebia o seu copito de sangue diário.
O Inchado Barbudo Pensante, amante platónico incondicional da Múmia, bem bombardeava o buraco do Filósofo com granadas e bostas de burro fabricadas em Alcochete, bem atiçava os escribas e delatores a afixarem em todas árvores os desmandos do arrogante Filósofo, bem escrevinhava loas de desagravo à Múmia e cuspidelas de nojo ao dito, mas nada resultava. E agora, para estragar ainda mais a festa, o Cabeça de Gel saía da toca e propunha dar conta do arranjinho, dado que era fidagal inimigo do Inchado Barbudo Pensante, que o considerava inferior em volume cerebral devido a analfabetite crónica contraída em alguns bordéis afamados do Reino.
Quando a Confraria dos Pés de Meia rebentou pelas costuras devido a uma bactéria contraída nas Bahamas que infectou o interior do calçado dos depositantes e aderentes provocando comichão e buracos na sola dos pés, o Filósofo, qual bom samaritano, logo ali disponibilizou palmilhas e chinelos de quarto, bem como algumas botas texanas para os menos necessitados não fosse o demo tecê-las. É evidente que tanto a Múmia como os outros pretendentes à cadeira Sugadoura logo aproveitaram a ocasião para dispararem os seus dejectos em direcção ao prepotente Filósofo, que se entricheirou no seu castelo defendido pela sua guarda pessoal de Lambe-botas no activo. O homem conseguia resistir até às investidas do Queixo-Rabeca, o mais alto funcionário da Desbunda, que assim fazia os possíveis para atropelar os seus poderes meramente decorativos de Bibelot Delirante da República.
A Ralé ia assistindo preguiçosamente ao evoluir dos acontecimentos, sem esconder o seu natural aborrecimento, só quebrado quando o torneio das Cavalgaduras da Bola no Pé atingia o rubro com alguma sentença judicial favorável ao adversário do momento. Entre um bocejo e uma piscadela de olho às notícias das Cavalgaduras, a Ralé lá ia debitando alguns elogios alternados com insultos ao Cabeça de Gel, à Múmia, ao Filósofo, à Confraria dos Pés de Meia, ao Queixo-Rabeca, e a todos os outros de que só sabia o nome por alegadas ligações a escândalos ou a telenovelas do momento.

A Ralé já não saía desta rastejante normalidade por muito que lhe doessem os esfíncteres. Já estava malhadiça, a filha da puta.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Passem a palavra


Esta imagem foi abusivamente retirada do jornal online Passa Palavra que pretende ser um projecto anti-capitalista e de contra-informação com colaboradores portugueses e brasileiros.
Visitem-no porque para já vale a pena.

Vão lá sacrificar-se mais um bocadinho ca gente já tem os bofes de fora, pá...

Pois é, entraram em desespero e não sabem o que fazer. Mas quando a coisa corria de feição, inchavam de arrogância e exigiam leis laborais mais flexíveis, mais horas de trabalho, menos salário, tudo o que pudesse contribuir para a engorda dos tais do costume.
Agora já falam em solidariedade e consenso, deixando de lado as diferenças partidárias, e apelando ao esforço de todos.
Há que manter os níveis de acumulação de lucros por cima, nem que para isso tenham que engolir alguns sapos, dizem eles.
E se puderem trocar os sapos por lagosta melhor ainda. Afinal os mesmos do costume que vão pagar a crise já andam a deglutir batráquios há uma série de anos. E muitos já estão fora de prazo.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

ELES TÊM NOME!

Ora aí está mais uma cá do burgo que, paulatinamente, vai enchendo o saco da miséria deste país, demo-crático e onde os papalvos continuam a votar nas aventesmas em vez de, democráticamente, os mandarem para as urtigas. Imaginem como seria se 90% dos votos fossem nulos!!
Eles tiveram uma "i"ducação esmerada, tios e padrinhos do "melhor" que este país tem.
Eles estudaram para doutores e engenheiros, nas "melhores" universidades deste país.
Eles aprenderam a ciência da putice, da fraude, do roubo.
Eles só não conseguiram garantir o que os seus papás, tios e padrinhos tão orgulhosamente conseguiram: tapar os olhos, ouvidos e boca a todos os que não são da "família"! À custa do salazarento Salazar e seguidores, bem entendido.

Pois eles têm nomes, e com um pouco de atenção, poderemos até elaborar uma lista enormíssima.
Aqui está um espécime pertencente a essa lista: Paulo Teixeira Pinto
Apetece-me perguntar: e não se podem exterminar?

quarta-feira, janeiro 28, 2009

COITADINHOS DOS BANQUEIROS !

Cada vez me doem mais as mãos de bater tantas palmas, a beiça de tanto assobio e até os olhos de tanto rir.
Agora estou a ver em directo na muito isenta SIC, mesmo sabendo nós que o sácrossanto Balsemão é o seu dono, uma entrevista no programa Negócios da Semana, ou tempo de antena à borla direi eu, ao pobre coitado do banqueiro português Horácio Roque, nem mais do que o dono do BANIF, para além de muitos outros bens espalhados pelo mundo fora e que nem sonhamos que têm a mãozinha deste senhor empresário.

Pois a crise e tal, é assim porque é assim, nós os banqueiros somos uns coitados que estamos sempre a fazer das tripas coração para ajudar as pessoas, e os empresários, e o país. Se não somos nós, como é que as pessoas, e os empresários, e o país teriam o dinheiro de que precisam. Por isso nós, os bancos, estamos sempre preocupadíssimos em termos uma boa quantidade de massa para oferecer pão a quem pede. E claro que como não temos essa massa toda ali dentro, então temos de pedir empréstimos a outros bancos maiores lá fora, que nos fazem o excelso favor de emprestar, e claro que por isso temos de pagar e por isso as pessoas que nos pedem, pois que têm de pagar-nos esse custo, donde é natural que agora, como estamos em crise, ainda é mais difícil conseguirmos que nos emprestem, e por isso é naturalíssimo que as pessoas paguem um pouco mais, pois claro e coisa e tal...

É assim que estou a dar cabo das minhas mãozinhas, beiçolas e olhinhos. Mas prefiro estragar um pouco estas partes corporais do que deixar-me agredir no cérebro, na cabecinha, por dentro.

Já agora sugiro que vejam quanto sofre o coitadinho deste Senhor Comendador para ajudar tantas pessoas, empresários, o país, e até, outros países. Claro que dirão que isto é de há 3 anos, donde hoje deve ter muitíssimo menos, o coitadinho deste banqueiro.

"..Entre os empresários, Horácio Roque, accionista maioritário do Banco Internacional do Funchal, é o líder do ranking, com uma fortuna avaliada em 435 milhões de euros. O património do banqueiro madeirense - apenas foi contabilizada a participação no Banif - mais do que duplicou no último ano, devido à forte valorização registada pelas acções do banco, que foram impulsionadas pela especulação sobre a possível venda do Banif a um grupo financeiro internacional. Assim, o valor da posição bolsista de Roque supera a avaliação dos activos bolsistas do outro empresário madeirense com assento neste ranking. José Berardo, investidor de referência da Teixeira Duarte, Cimpor e BCP, dispõe de activos bolsistas avaliados em pouco menos de 400 milhões de euros, à frente de João Pereira Coutinho(377 milhões). Diário de Notícias 17/01/06)"

terça-feira, janeiro 13, 2009

ESTOU FODIDO!

Ainda a crise não chegou em força e já me sinto totalmente na merda!
Já não bastava a miséria a que os funcionários públicos denominados como "políticos" nos obrigam, já não bastava a "crise" global que os senhores financeiros do mundo tão bem desenvolveram, já não bastava as tretas que os "opinion makers" andam a vociferar, ainda temos estes xuxialistas de meia tigela a mandar cá para fora a cada dia que passa mais e mais medidas que nos afundam, como cidadãos, como pessoas, como humanos.
Porque já não têm imaginação para nos obrigarem a ficarmos mais miseráveis no dia a dia, eis que já avançam para o nosso futuro, desenvolvendo desta forma a perpetuação da miséria da maioria para manter o fausto de uma minoria.
Agora são as reformas, mudando a belo prazer as regras estabelecidas definidas.
Sinto-me não apenas ultrajado, mas acima de tudo vilipendiado por uma corja de malfeitores engravatados que, tendo usurpado os valores que originaram a época actual deste país e lhes deu a oportunidade de chegarem onde chegaram, fazem leis e regulamentos que na idade média seria o suficiente para os mandar para a forca. E era na idade média!
Sinto-me f-o-d-i-d-o! Farto desta corja de ladrões e assassinos da humanidade.
Por isso aqui lanço o meu grito de indignação: Puta que os paríu!
Por isso aqui lanço o meu apelo: Que rápidamente se formem muitos Hamas, muitas Brigadas Vermelhas, muitos IRAs, muitos....movimentos terroristas à séria com um único objectivo: acabar violentamente com estes políticos e seus peões de brega!
Por isso aqui lanço um pedido:
Há por aí alguém que me possa dar a dica para onde devo partir e viver em paz?
Desde já agradeço.