sexta-feira, junho 27, 2008

BOIAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER - I

APARTESANTES DE COMEÇAR: 1º Isto vai ser escrito em português mais ou menos nacional, vernáculo q.b., sem grandes preocupações de virgulas, acentos, ortografia, semântica ou outras merdas que agora também não são dadas nas escolas e portanto não interessam. 2º A numeração é romana porque assim, como também já ninguém ensina isto na escola (os gajos tão mortos há uma data de tempo), os mais modernos que eventualmente lerem isto não entendem o que é o II ou IV ou IX e assim, como não entendem, julgam que é uma coisa importante e começam a falar bem disto - ainda vão para ministros!!


Tairocas

Grande tema e que me irrita solenemente - atão, quando eu era novo, só andava de tairocas (vem do barulho que fazem a bater no chão - trók, trók,...) ou chinelas as varinas ou outras gentinhas da chamada classe baixa.
Agora é ver as madamas todas finaças com chinela no pé mais ou menos fina, com mais ou menos brilhantes mas sempre a BATEREM no chão com uma MERDA DUM BARULHO QUE ME POE DOIDO.
Depois há aquelas que têm as unhas arranjadas, uns joanetes jeitosos mas, em compensação, aparecem outras que, só de olhar para os pés, dá logo vontade de vomitar.
Em termos estéticos o sapato passou a ter uma importância mínima e o que importa mostrar é o pé.

Ora aqui é que temos a minha 1ª grande esperança - quando é que as mulheres (melhor... as miudas boazonas) estendem este tipo de aproximação a todo o corpo e passam a ir para o emprego como se fossem para a praia: um biquini estilo fio dental e um top mínimo só para elas duas não descaírem muito.

Aí sim, será um prazer andar nos transportes públicos ou ter uma reunião chata com a chefe (que ou é um estafermo inteligente ou é estúpida que nem a porta de chapa ondulada de um estábulo de vacas indianas, mas "good like corn").

Atão até à próxima Boia

Importo, n/importo, Importo, n/importo, Importo, n/importo, Importo, n/importo, Importo, n/importo

Cambada de marinheiros bebados que me fecharam no porão e não conseguia sair daquela merda e depois ainda me fecharam o acesso ao bulogue e não conseguia cagar o que me apetecia e só me davam água mas eu queria uma cerveja do mundial de 2006 e não sei quem ganhou mas tambem não me interessa porque nada me interessa quando estou bebado e só me interessa ver onde ponho os pés para não bater com os cornos no chão.

Até pareço o Saramago.

Quanto ao desafio... não me importo com desafios, nem com p..tinhas jardim nem com paulas bobocas nem que os meus pseudo amigos não queiram jantar há um COLHÃO de tempo, nem que o Bush fique, vá, caia ou morra, e não sei se já são 6 mas também não me importo.

Já tou a tomar balanço.

Vou iniciar um novo tema nesta merda de bulogue - BOIAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER.
É uma mistura de poias com pérolas a porcos com cantigas daquilo e outras tretas que me apetecerem.
Estarei, como bom tripulante, CAGANDO para os comentários, quqlaquer que seja o modo como me enviam.
As diarreias escritas serão numeradas como 1, 3, 5, 7, .... ou seja só numeros impares porque eu sou um gajo impar e não vai haver par para mim (já não há).

E com esta encerro para emitir o primeiro efluvio.

quarta-feira, junho 25, 2008

A estatística é uma coisa tramada

Todos os dias somos inundados de rankings de toda a forma e feitio, desde medidores de pessimismo a utilizadores de camisa de vénus. A coisa é de tal maneira que cada vez que o país está mal classificado (o que é quase sempre) sinto uma vontade inabalável de inventar uma estatística onde pelo menos não estejamos mal classificados. Pôrra, meu, nós somos maus mas se calhar há-de haver alguma coisa ou coisas onde nós sejamos bonzinhos, ou sofríveis, ou, vamos lá, do meio da tabela para cima. Sei que é difícil, mas com um pouco de imaginação pode ser que a coisa vá. Por exemplo, “percentagem de homens que usam bigode”, seria excelente para equilibrar as contas do ranking da violência doméstica, ou então “percentagem de homens com a unha do dedo mindinho grande” onde certamente alcançariamos o primeiro lugar. Outra hipótese seria “percentagem de gajas com telemóveis cor-de-rosa”, estatística importante por revelar um toque de feminilidade em contraponto a homens de bigode, com a unha grande do mindinho, e que dão porrada nas mulheres. A coisa até poderia melhorar caso a estatística investigasse quantos portugueses declaram ao fisco o ordenado mínimo nacional com dois ou três carros topo de gama estacionados à porta da maison na Quinta da Marinha, e do iate atracado na marina de Vilamoura, sem falar do monte no Alentejo. E melhor seria se esta estatística fosse alargada aos tais que usam bigode, têm a unha do mindinho com três centímetros, e que dão porrada nas mulheres que usam telemóveis cor-de-rosa. Claro que neste caso teríamos de separar os que jogam golfe e canasta dos que preferem empatar nos casinos e nas ucranianas, os que usam bigode dos que usam a barba de três dias, dos que usam cabelo à Gilberto Madaíl dos que usam cabelo à Nuno Melo, dos que passeiam com mulheres tipo barbie durante o dia, dos que passeiam mulheres tipo barbie durante a noite, dos que moram na Quinta da Marinha dos que moram em vivendas com repuxos e estátuas de anõezinhos no jardim, e por aí fora. Estou certo que em qualquer destas permissas alcançaríamos o primeiro lugar, o que teria certamente o efeito benéfico de levantar o moral ao pessoal que anda muito por baixo por causa de estatísticas tipo “ordenados mais baixos”, “piores rankings a matemática”, “maior desnível entre ricos e pobres”, por exemplo. E por causa disto é que o país é varrido de norte a sul com uma onda de pessimismo que, como não podia deixar de ser, passou a tema de estatística com os resultados classificativos que já se adivinhavam.
Estão a ver a idéia?

sexta-feira, junho 20, 2008

Forca, Portugal!!


É pá, a culpa é toda do Ricardo e do Scolari, pá, e do Paulo Ferreira, e do Ronaldo que para melhor do mundo e arredores não jogou uma beata, pá, e do Moutinho que só tem 15 cm de altura, e do cabrão do arbitro que não marcou falta ao alemão que empurrou o Paulo Ferreira, e depois os gajos só comem salsichas com joelho de porco e cerveja, e nós é mais sardinhas, bacalhau e vinho tinto, pá, e por isso é que a gente não cresce, somos uns enfezadinhos da treta com jeitinho para jogar à bola assim tipo artista de circo, mas os outros é que marcam os golos, os outros, os gajos que parecem barrotes a jogar à bola, pá, isto anda por aqui muita injustiça, nós éramos os melhores, os maiores, o Ronaldo era o melhor do mundo, e toma lá que já almoçaste! Nada disto é porreiro, pá, andámos nós, os maiores, a escrever grandes tratados que os outros ditavam para vir assim uns irlandeses estragar-nos a festa, pá, pôrra, pá, irlandeses e alemões são uns empata-fodas, gajos assim que se ressacam à custa de cerveja deveriam ser banidos do continente e ir rejeitar tratados para a Micronésia e jogar futebol nas ilhas Fidji. É pá, mais uma vez estragaram a festa ao pessoal, e agora andam para aí a dizer mal do Scolari e do Madaíl e do Sócrates e do Ricardo e do Barroso e do Cavaco e se nós tivéssemos vencido a Alemanha a coisa até seria diferente, aí sim seríamos os melhores do Sistema Solar, ou da Via Láctea, e todos estes gajos seriam agora uma espécie de santos, a ombrear com o Santos Silva e o Espírito Santo. É pá, um pobrezinho quando lhe dão uma sopinha aquilo até lhe sabe a lagosta com caviar e Don Perignon, se nos dessem a taça da Europa, a gente até se esquecia que o Madaíl existia, que o Scolari se vai embora, que o Sócrates ainda vai andar por cá muito tempo mais o Cavaco, é pá, a gente também tem direito, sei lá, já não falo em lagosta com caviar e champanhe mas, direito a que nos deixem em paz e sossegadinhos durante algum tempo, pá, sem chatear, pá, façam de conta que a gente não existe, os portugas não existem, pá, Portugal não existe, é o zero absoluto, o Nada, o Inominável, o buraco negro, é pá, só um bocadinho, façam ainda mais de conta que a gente não existe nem nunca existiu, mas agora a sério, pá, por favor, a sério, não custa nada...

sexta-feira, junho 13, 2008

Coisas que não me importo, parte II

Com as mini-férias já a entrarem na fase descendente, este tripulante promete empanturrar-se de penitências e hóstias a granel pela resposta tardia, mas como mais vale tarde que nunca aqui vai a resposta ao solene desafio do Antropocoiso sobre "Dizer 6 coisas que não se importe de fazer ou de ter". Como o comandante se encontra como sempre em parte incerta a tratar dos seus negócios de uma espécie de porno-resort, o Timoneiro está algures a envernizar o leme e a escrever "as mil e uma coisas que não vou fazer durante a reforma", o Decano continua extremamente ocupado a fazer não sei o quê com a Decana, e o resto da Tripulação ainda não se refez do enjoo, tomo a liberdade de passar a responsabilidade para outros blogues dos quais sou leitor assíduo e deixar estes tripulantes da treta de monco caído.
Sendo assim, aqui vai:

1º Não me importo de não ter um milhão um milhão de euros na conta bancária. Se os tivesse garanto que os gastaria muito mal gastos.
2º Não me importo que o Sócrates desça nas sondagens, que BE e o PCP subam ou que o Alegre forme um novo partido. Garanto que o meu boletim voto vai continuar a levar com o mesmo símbolo fálico do costume artisticamente desenhado.
3º Não me importo nada, mesmo nada, que a rádio só passe música anglo-saxónica de má qualidade ou que TV só dê telenovelas. Os meus cd´s de jazz e os meus DVD´s preferidos continuam a ser a melhor opção.
4º Não me importo de abusar de um belo petisco ou saborear umas cervejas ou um bom vinho. Nem que o colesterol suba a pique ao ritmo dos combustíveis.
5º Não me importo de continuar a conviver com os meus amigos mesmo que esses convívios sejam, infelizmente, cada vez mais espaçados.
6º E por fim, não me importo nada, mesmo nada, que o Bush vá dar uma volta. Haverá sempre um Obama que espera por nós no escuro da viela a afiar a faca.

E passo o inquérito ao Dragão, ao Samuel, ao Anarca, ao Animal à Minerva, e ao Kaos.

quinta-feira, junho 05, 2008

Coisas de que não me importo

Estava eu absorvido nas análises atentas ao desenvolvimento do mais importante acontecimento nacional, eis senão quando dou por mim a ver o "Antropocoiso" e no seu sub-item "É a vida", o meu amigo Paulo Granjo me faz o convite para entrar na corrente do "Não me importo..".
Digo-vos que só o Paulo seria alguém para desviar-me a atenção do fundamental desígnio luso a que todos nós, por certo e como autênticos portugas dos sete costados, estamos obrigados a seguir neste momento crucial em que a lusa pátria está em perigo.
Assim, dei descanso às teclas do comando da tv, desliguei os dois rádios portáteis que berravam em simultâneo e pus de lado os quatro jornais diários que estava lendo, dedicando-me por breves instantes a responder ao desafio que o meu amigo me lançava. Sei que não é de patriota, mas o Scolari e o Ronaldo que me desculpem, pois o euro 2008 fica interrompido por agora. Mas só até acabar estas breves palavras. Juro!
Colocado no leitor de cd´s o album Somethin` Else do Cannonball Adderley, qual musa inspiradora, aqui seguem as 6 coisas de que não me importo. E em boa verdade vos digo que não apenas não me importo, como não me importo mesmo nada.

-Não me importo de dizer o que me vai na cabeça, por muito estranho que possa parecer aos outros ou mesmo contrariando a corrente dominante, ou até podendo ferir susceptibilidades mais afoitas, desde que seja a minha verdade assumida.
-Não me importo com o que os outros podem pensar de mim, desde que não me ofendam ou agridam em formas inaceitáveis e que eu o saiba.
-Não me importo com as alarvices de políticos, comentadores de gaiola e outros que tais, mas não deixo de estar atento.
-Não me importo de passar várias horas em aeroportos apenas para apanhar um vôo de ligação para o destino que quero atingir, desde que o seja planeado.
-Não me importo com deuses, nem anjos, nem arcanjos.
-Não me importo com a bola.

Agora, pois que venham mais 6 e sigam as regras indicadas abaixo: O Ezequiel, o Humberto, o Luis S., a Minela, o Vasco e o Joaquim.

Regras:
- Dizer 6 coisas que não se importe de fazer ou de ter.
- Colocar o link da pessoa que o "mimou".
- Colocar as regras no blog.
- Desafiar 6 pessoas, deixando um comentário nos seus blogs.

segunda-feira, junho 02, 2008

Os reformados

Como alguns dos tripulantes desta embarcação à deriva já se encontram na reforma, enquanto outros fazem os impossíveis para lá chegar, achei pertinente manifestar aqui publicamente (se é que existe público leitor desta trampa) o meu total e incondicional estado de espírito sobre esta nova vida que se oferece aos ditos tripulantes: INVEJA!!!
Pois, é assim que eu me sinto, invejoso por ver o Estado a pagar para não fazerem a ponta de um corno, enquanto o mesmo Estado paga a outros muitíssimo melhor para ainda fazerem menos, apesar de oficialmente continuarem no activo. Espero assim que os marinheiros que a partir de agora têm os seus tempos ocupados a não fazerem nada, que se dignem interromper um pouco a sua tão árdua tarefa e postem aqui qualquer coisinha nem que seja para me mandar à merda. É que eu, não sei se sabem, ainda me faltam uns aninhos para a reforma se não correrem comigo antes, e, apesar disso, ainda consigo encontrar paciência para impedir que este blogue se esfume na negritude do esquecimento (esta foi mesmo rebuscada!).
Se esqueceram como se escreve em "bom" português, recordo que recentemente foi aprovado o tal acordo ortográfico que vai fazer com que a língua portuguesa seja ainda mais universal, quer na forma escrita quer na forma de sexo oral.
A todos os tripulantes neo-reformados desejo uma aposentação digna de um bom português, com bandeirinha nacional à janela, concursos de televisão, discos do José Cid e o livro do Cristiano Ronaldo. Ah, e não se esqueçam de votar na Manela Ferreira Leite quando a isso forem chamados, pois a tipa agora é assim toda social e amiga dos pobrezinhos e reformados e coiso...