Pronto. Rendo-me. Deponho as armas aos pés da sacrossanta selecção de futebol, e renego tudo o que disse anteriormente sobre tão nobre instituição. Somos os maiores! Os campeões da porrada e do gel e fitinha no cabelo! Demos cabo dos holandeses e vamos dar cabo dos cabrões dos ingleses nem que seja à facada!
Bem diz o guarda-redes Ricardo que a selecção personifica a alma lusa, os feitos dos valorosos marinheiros do passado que andaram para aí a descobrir coisas e a conquistar não sei o quê. Esta selecção de valorosos portugueses mais o Deco incha de tanto espirito de conquista. E também incham os adversários quando provam a sarrafada lusa. É preciso ganhar sempre e a qualquer custo. Não interessa se somos os mais indisciplinados do Mundial, até é uma honra, aquela merda não é coisa para mariquinhas nem pés de salsa. Que o diga a selecção do euro 2002. O ET do Abel Xavier meteu meteu a mão à bola quando a gente estava a dar um baile aos franceses e o arbrito marcou penalty contra Portugal. Não se faz, não se desrespeita assim uma selecção tão valorosa. E depois a gente vingou-se no mundial da Coreia e o João Pinto qual Nuno Alvares Pereira pregou um sopapo no arbritro que este até viu estrelas durante o dia. Não ganhámos nada mas foi bem feito, não se brinca com os bravos lusitanos. Se o adversário joga melhor do que nós então lá vai rasteira, pontapé na rótula, cotovelo no focinho! Assim é que é, podem vencer em golos mas não nos vencem na porrada!
Foi este o espirito que o seleccionador, o Grande Xamã Scolari conseguiu aprefeiçoar nos jogadores lusos. O instinto já lá estava, só faltava organizá-lo, treiná-lo e pô-lo em prática de forma mais subtil e eficaz. Total e definitivamente. Ou não fosse Scolari um fiel e confesso admirador do ditador Pinochet. Com a imagem da Virgem para disfarçar, claro!
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