terça-feira, dezembro 30, 2008
terça-feira, dezembro 23, 2008
quarta-feira, dezembro 17, 2008
Apenas uma ligeira indisposição
Ninguém se lembra quando a Micas começou a vomitar de cada vez que viajava de carro. Ao princípio ninguém ligou, era só enfiar-lhe um anti-vómito pela goela abaixo e a moça aguentava-se. Mas depois começou a chamar o gregório cada vez que andava de comboio, de avião, de barco, de bicicleta, de eléctrico, e até de elevador. Levámos a Micas ao médico que lhe receitou mais anti-vómitos e descansou o pessoal saindo-se com “isso não passa de uma ligeira indisposição”. O que é certo é que a nossa Micas à força de vomidrines andou uns tempos bem disposta até que um dia ao ver o primeiro ministro na tv sujou a carpete da sala de uma boa dose de vomitado verde. Julgando nós que tudo não passaria de uma ligeira indisposição não ligámos ao assunto, mas o que é certo é que a Micas passou a vomitar sempre que via além do primeiro ministro na tv, os ministros, os secretários de estados, os acessores, os motoristas, os líderes da oposição, e até o presidente, este brindado com um volumoso vomitado com as cores da bandeira nacional.
Vai daí passámos a forrar o chão, as paredes e os móveis lá de casa com manga de plástico para evitar o estrago e simplificar a limpeza. O material foi tanto que um administrador da Polux chegou a propor-nos sociedade. Tal como o dono da farmácia cá do bairro que ofereceu uma soma jeitosa se consentíssemos em colocar a foto da Micas na embalagem do anti-vómito.
Vai daí passámos a forrar o chão, as paredes e os móveis lá de casa com manga de plástico para evitar o estrago e simplificar a limpeza. O material foi tanto que um administrador da Polux chegou a propor-nos sociedade. Tal como o dono da farmácia cá do bairro que ofereceu uma soma jeitosa se consentíssemos em colocar a foto da Micas na embalagem do anti-vómito.
Ora acontece que as visitas constantes da pequena à farmácia permitiram alguma intimidade com o Ruizinho farmacêutico, sobrinho do patrão. Pois bem, o Ruizinho também tinha um problema grave: sofria de violentos ataques de diarreia quando andava de transportes e sempre que via o primeiro ministro na tv, os ministros, os secretários de estados, os acessores, os motoristas, os líderes da oposição, e até o presidente, brindado com uma boa dose de líquido fecal com as cores da bandeira nacional. O Ruizinho em tempos também tinha ido ao tal médico que diagnosticou “uma ligeira indisposição” e receitou doses industriais de ultra-levure e toneladas de fraldas descartáveis. Soubemos mais tarde que este mesmo médico se reformou novo com uma choruda conta bancária à custa de comissões em vomidrines, ultra-levures e fraldas dodot, e que vive actualmente nas Bahamas rodeado de beldades de calendário.
Esta predisposição para tão ligeiras indisposições acabou por fomentar uma certa aproximação entre a Micas e o Ruizinho, que se traduziu em visitas constantes aos respectivos domicílios. Ambos perderam a pouco e pouco a cor macilenta provocada pelos involuntários dejectos orais e anais, e (milagre!) ambos se curaram das suas maleitas. A boda foi regada a champanhe genuíno e até o presidente foi convidado onde com pompa e circunstância abrilhantou o casório discursando com a boca cheia de bolo-rei. Se melhor prova houvesse para a cura dos dois pombimhos ela estava bem à vista: nem um esgar de enjoo foi detectado.
Esta predisposição para tão ligeiras indisposições acabou por fomentar uma certa aproximação entre a Micas e o Ruizinho, que se traduziu em visitas constantes aos respectivos domicílios. Ambos perderam a pouco e pouco a cor macilenta provocada pelos involuntários dejectos orais e anais, e (milagre!) ambos se curaram das suas maleitas. A boda foi regada a champanhe genuíno e até o presidente foi convidado onde com pompa e circunstância abrilhantou o casório discursando com a boca cheia de bolo-rei. Se melhor prova houvesse para a cura dos dois pombimhos ela estava bem à vista: nem um esgar de enjoo foi detectado.
Só depois dos convidados saírem é que o Elias começou a espirrar. O Elias era agora membro da segurança presidencial além de lambe-botas a recibos verdes. Pois o homem soltava espirros uns atrás dos outros que o impediam de falar, comer ou beber. Quando perguntei o que se passava ele lá conseguiu articular entre meia dúzia de espirros que a culpa era da crise. Pois, o Elias ganhara alergia à crise. Era a crise dos combustíveis, do ensino, da saúde, do emprego, do trabalho, da justiça, dos bancos, da economia, das finanças, das pescas, da agricultura, enfim, um bonito rol de potenciais agentes de doença alérgica. Confesso que já andava bem farto de vómitos e diarreias para agora me surgir um sacana ranhoso a toda a hora. Achei que devia descansá-lo, e à falta do tal médico especialista, dei-lhe uma palmadinha amigável nas costas dizendo “deixa lá ó Elias, não há crise. É apenas uma ligeira indisposição.”
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O almoço não me caiu nada bem
sexta-feira, dezembro 05, 2008
O Natal
O Natal. A minha relação com o Natal é a mesma relação que tenho com o senhor presidente: repulsa. O menino Jesus não tem culpa, coitado, tremelicando de frio no meio das palhinhas que devem deitar um pivete a estrume de vaca e sémen de burro, com os paizinhos em adoração estática sem um movimento sequer de tapar o rebento com alguma sarapulheira, sim porque essa treta de o menino aquecer pelo bafo das bestas que o rodeiam é uma treta das antigas. Os bichos devem exalar um hálito infernal que, dadas as circunstâncias não será de todo aplicável à quadra. Paizinhos destes já teriam um rol de queixas no tribunal e um comunicado da dra Morgado a pedir a criação de um tribunal especializado em meninos jesus abandonados ao frio nas palhinhas por paizinhos estáticos. Mas dizia eu do sr. Presidente. O sr. Presidente é também ele uma figura estática, uma esfinge, tal como ouvi dizer pela boca de, creio, um ex apaniguado. Ora no tempo em que o sr. Presidente não era presidente mas sim primeiro ministro, tinha um séquito de apaniguados que, ao contrário dos reis magos, recebiam em vez de dar. Não que o sr. Presidente fosse ele um mãos largas, um toma lá qu’isto vai chegar pra todos. Não senhor. O sr. Presidente confiava nos amigalhaços. E os amigalhaços era o ver se te avias. Nada como o nosso tão inocente menino Jesus, ao qual os reis magos ofertaram coisas incríveis como ouro, incenso e mirra, coitado do menino que estaria mais precisado de um pacote de fraldas dodot e de um babygrou da chicco. E vai daí os amigalhaços do sr. Presidente criaram negócios escuros e bancos privados como o BPN, mas alguém se lembrou de tirar a tampa e aquilo passou a cheirar pior do que as fraldas de pano do menino Jesus. E tenho repulsa ao sr. Presidente, que espero que não me leve a mal, pois se o sr. Presidente também andasse metido em negócios com estes amigalhaços pronto, era mais um corrupto para o rol e a coisa até passava. Mas não. O sr. Presidente passa cá para fora aquela imagem de impoluto, que sabe tudo, que nunca se engana, que nunca leu Saramago, e que, acima de tudo, continua a confiar nos amigalhaços. Pois é. Aquilo que andaram a vender do progresso quando o sr. Presidente era primeiro-ministro está a ficar demonstrado que não era bem assim. É tal e qual o natal. Afinal as coisas também não foram bem assim, e o pessoal já se está nas tintas para o menino Jesus nas palhinhas e prefere antes oferecer prendinhas de merda aos amigos e familiares, até fazem comboios de oferta de prendas, e atafulham os centros comerciais, e engarrafam as ruas e as estradas, os filhos da puta. E depois há por aí muita gente conhecida a brincar à caridadezinha e à solidariedadezinha, e logo nesta data do natal, que sempre venderam como a festa da união e das famílias e do bacalhau com couves, e guardam-se todos para esta época do ano, todos juntinhos, em festinhas muito bondosas como o Natal dos Hospitais, onde só falta aparecer o Sócrates a distribuir magalhães aos meninos diabéticos. Que me desculpem os católicos e o sr. Presidente mas não me apetece desejar feliz natal a ninguém. É como dizer a alguém olha filho, já que vives na merda porta-te como merdoso e vai gastar já o subsídio em prendinhas antes que o sub-prime e o Teixeira dos Santos te fodam o ordenado. Mas como sou bem educado não vou desejar nada disso. Por respeito ao menino Jesus, às palhinhas, ao burrinho, à vaquinha, à estrelinha e aos camelos dos reis magos. Deve existir alguma mensagem em tudo isto, mas é muita fruta para mim. Caralhos me fodam.
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quero uma kalashnikov no sapatinho
segunda-feira, novembro 24, 2008
Agora também em genéricos
O melhor antibiótico contra os todos magnificos cavaquistas que têm feito deste país o paraíso que ele é. Sem esquecer os socretinos e afins.
Já disponível no YouTube.
quinta-feira, novembro 20, 2008
Todos juntinhos lá vão passando por entre as gotas de chuva
Prossegue a saga professores versus ministra versus avaliação versus sindicatos, Teixeira dos Santos é considerado o pior ministro das finanças da União Europeia (meu deus, o défice, então o défice??), Manuela Ferreira Leite continua o seu lento suicídio político, coisa que aqui para nós me agrada muito, Dias Loureiro não presta declarações no parlamento sobre o caso BPN porque o PS não deixa, Cavaco é cada vez mais igual a si próprio o que não é de admirar dado o rol deslumbrante de conselheiros de estado como Dias Loureiro, Alberto João, Jorge Coelho ou Marcelo, Santana Lopes está disponível para disputar a câmara de Lisboa (horror, o horror...), José Sócrates finge distribuir Magalhães pelas criancinhas e mal desligam as câmaras dá cá essa merda que ainda vai servir para mais meia-dúzia de filmes propaganda, Vitalino Canas, Augusto Santos Silva, José Lello, Vital Moreira e Alberto Martins fazem bem o seu papel de cãezinhos amestrados, Jerónimo de Sousa não consegue despir a samarra de Estaline nem a Coreia enrolada ao pescoço, Louçã perdeu o fulgor e é cada vez mais um fala-barato que interessa ao partido do poder, Paulo Portas passa incólume no meio de submarinos e fotocópias, aliás incólume é a designação correcta de todas as aves de poleiro que têm ocupado esta gaiola, e last but not the least, a selecção de futebol leva uma cabazada do Brasil num jogo a feijões, e mais uma vez o treinador Queirós e o presidente Merdaíl passam incólumes pelo meio da desgraça, que seria de somenos acaso não existissem outros incólumes mais importantes por aí.
Qualquer dia perguntam a um deputado, ou ministro, ou administrador, é pá o que fazes tu? Quem eu? Incólume, pá. Sou incólume.
E é com este desfile de alimárias de poleiro que o país se vai desfiando aos poucos.
Ah, este também deve sair incólume disto tudo. Só pode ter sido engano, pá, a gente vai já aí tratar da tua reforma, é preciso é calma, pá.
Qualquer dia perguntam a um deputado, ou ministro, ou administrador, é pá o que fazes tu? Quem eu? Incólume, pá. Sou incólume.
E é com este desfile de alimárias de poleiro que o país se vai desfiando aos poucos.
Ah, este também deve sair incólume disto tudo. Só pode ter sido engano, pá, a gente vai já aí tratar da tua reforma, é preciso é calma, pá.
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O almoço não me caiu nada bem
sexta-feira, novembro 14, 2008
A gente também suspendeu a avaliação, pá!
Corre por aqui um baixo-assinado contra a avaliação dos tripulantes. A tripulação Maravilha é assim, ainda sem haver avaliação já alguém é contra. O Kumandante, que recentemente assomou por breves instantes no horizonte, já a prever um bombardeamento de ovos por parte dos tripulantes, mandou recolher todos os ovos existentes nos portos onde o navio devia escalar e vai daí toca a fazer uma gigantesca omolete, ao som da célebre canção "Omolete, gentil omolete", que como toda a gente sabe, é só um dos muitos hinos desta tripulação. O Decano emprestou a sua sabedoria ao cozinhado, dado que é um especialista, com a introdução do fundo sonoro de vários filmes de Ingmar Bergman e Jean-Luc Godard, mas este tempero deu origem a uma chocagem ultra-rápida de alguns ovos, com os pintos a partirem a casca e a tentarem esvoaçar dali para fora. Melhor sorte não teve o 2º(e único) remador, também um expert em omoletes, pois a mistela quase pegou fogo durante o batimento, e um simples pingo fez um buraco no chão de mosaico depois de encarquilhar a frigideira.
Salvou a honra o distinto Assador-mor, que com a sua discreta sensibilidade culinária transformou a omoleta num saboroso grelhado, ao qual os tripulantes se atiraram após várias litradas de vinho para ganhar coragem, e com a ameaça do Timoneiro com a roda do leme em punho jurando estragos irrecuperáveis em todas as cabeças.
Com um cenário destes, é justo que a avaliação seja imediatamente suspensa e antes de existir.
E é sempre consolador o Kumandante prometer classificar todos os tripulantes com um "bom" geral. Embora o receio dele seja servir de alvo a qualquer bombardeamento de ovos que algum marinheiro mais alcoolizado tenha por infeliz idéia.
Salvou a honra o distinto Assador-mor, que com a sua discreta sensibilidade culinária transformou a omoleta num saboroso grelhado, ao qual os tripulantes se atiraram após várias litradas de vinho para ganhar coragem, e com a ameaça do Timoneiro com a roda do leme em punho jurando estragos irrecuperáveis em todas as cabeças.
Com um cenário destes, é justo que a avaliação seja imediatamente suspensa e antes de existir.
E é sempre consolador o Kumandante prometer classificar todos os tripulantes com um "bom" geral. Embora o receio dele seja servir de alvo a qualquer bombardeamento de ovos que algum marinheiro mais alcoolizado tenha por infeliz idéia.
quarta-feira, novembro 12, 2008
Este homem é um senhor, carago!
Análise económica com base na perspectiva do analista americano Dr. Marc Faber (adaptado a Portugal):
O Governo fez deduções e devoluções do IRS. Se gastarmos esses montantes na Zara, o dinheiro vai todo para a China.
Se o gastarmos em combustível, ele vai direitinho para os árabes.
Se comprarmos um computador, o dinheirito irá para a Índia, China e Taiwan.
Se comprarmos produtos hortícolas, o dinheiro vai para Espanha, França ou Holanda, pela certa. Se comprarmos um bom carro, o destino do dinheiro será a Alemanha.
Se comprarmos inutilidades, ele vai para a Formosa.
Nenhum desse dinheiro ajudará a economia nacional. A única maneira de manter esse dinheiro dentro de portas é gastá-lo em putas e vinho verde, que são os únicos produtos ainda produzidos em Portugal.
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O BPN também é produto nacional
Um Escândalo!
Ao ver a fotografia do distinto Kumandante da tripulação, forrado de fato e gravata, a dar passagem ao indistinto sr. governador do Banco de Portugal, a minha dúvida perante tal hecatombe foi de tal ordem que julguei estar no meio de um pesadelo, no meio de uma borrasca, em pleno mar dos Sargaços. Por mais que analisasse a fotografia à lupa, não distingui quaisquer indícios que me levassem a suspeitar de manipulação por Photoshop, nem vislumbrei na tal notícia resquícios de qualquer teoria de conspiração congeminada nas secretas latrinas do Belmiro entre o próprio e o director do Público, o enevoado José Manuel Fernandes. Não bastava ao nosso ausente Kumandante estar convertido aos vapores das águas de Vidago e da comida vegan, como agora até faz de porteiro (em forma de cortina) ao desfocado Vitinho.
Mas tomem atenção ao título da notícia: “Constâncio admite colocar equipas de supervisores nos principais bancos”. Uma vergonha! O correcto seria “Kumandante da Tripulação Maravilha indica a Constâncio o caminho para a porta da rua”, ou “Constâncio retrata-se ao Kumandante da TM e sai envergonhado”, ou ainda “Constâncio nomeia a TM como supervisora dos principais bancos depois de reunião com o Kumandante da dita”.
Depois desta tristeza, já estou a imaginar o 2º(e único remador) a servir de andarilho ao Fidel, o Pubic-relations a compor o decote à Lili Caneças, o Timoneiro a servir de cadeira ao Bill Gates, o Decano em fotografia no calendário do Manuel de Oliveira, e este humilde Ukabdsinais a fazer de orfão adoptado pela Anjelina Jolie *.
E para abreviar, os restantes tripulantes vestidos de meninos de coro a abrilhantarem o próximo video-clip do Michael Jackson** !
Eis aqui um triste exemplo da decadência da tripulação e do deboche a que chegou. E o que é mais grave é que a culpa nem sequer é do sub-prime, nem do crédito imobiliário, nem do Bush, nem do Afeganistão nem nada! A culpa é toda da falta de ingestão de alcool em quantidade suficiente motivada pelo controle de sopro no balão!
Onde é que a Tripulação vai parar depois disto?
* Sou eu que escrevo esta merda, por isso tenho todo o direito de reservar a parte melhor para mim!
** Esta é mesmo muito mázinha, pá!
PS: O sr. Governador ameaçou-nos com um processo se a fotografia fosse publicada. Como nos estamos cagando para o sr. Governador, decidimos acatar antes a ameaça do Kumandante de nos por a pão e água no porão até o Público abrir falência.
Mas tomem atenção ao título da notícia: “Constâncio admite colocar equipas de supervisores nos principais bancos”. Uma vergonha! O correcto seria “Kumandante da Tripulação Maravilha indica a Constâncio o caminho para a porta da rua”, ou “Constâncio retrata-se ao Kumandante da TM e sai envergonhado”, ou ainda “Constâncio nomeia a TM como supervisora dos principais bancos depois de reunião com o Kumandante da dita”.
Depois desta tristeza, já estou a imaginar o 2º(e único remador) a servir de andarilho ao Fidel, o Pubic-relations a compor o decote à Lili Caneças, o Timoneiro a servir de cadeira ao Bill Gates, o Decano em fotografia no calendário do Manuel de Oliveira, e este humilde Ukabdsinais a fazer de orfão adoptado pela Anjelina Jolie *.
E para abreviar, os restantes tripulantes vestidos de meninos de coro a abrilhantarem o próximo video-clip do Michael Jackson** !
Eis aqui um triste exemplo da decadência da tripulação e do deboche a que chegou. E o que é mais grave é que a culpa nem sequer é do sub-prime, nem do crédito imobiliário, nem do Bush, nem do Afeganistão nem nada! A culpa é toda da falta de ingestão de alcool em quantidade suficiente motivada pelo controle de sopro no balão!
Onde é que a Tripulação vai parar depois disto?
* Sou eu que escrevo esta merda, por isso tenho todo o direito de reservar a parte melhor para mim!
** Esta é mesmo muito mázinha, pá!
PS: O sr. Governador ameaçou-nos com um processo se a fotografia fosse publicada. Como nos estamos cagando para o sr. Governador, decidimos acatar antes a ameaça do Kumandante de nos por a pão e água no porão até o Público abrir falência.
segunda-feira, novembro 10, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
Chega-te lá mais à frente, pá!
Ferreira Leite saúda Obama
Ana Malhoa cria microfone vermelho personalizado
O que é que estas duas notícias têm em comum? Não sei. Mas apeteceu-me postá-las, pronto!
Ana Malhoa cria microfone vermelho personalizado
O que é que estas duas notícias têm em comum? Não sei. Mas apeteceu-me postá-las, pronto!
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Lili Caneças diz não sei o quê
É tudo uma questão de ponto de vista
O tio Américo, que está na América, telefonou hoje às 4 da manhã audivelmente em estado de choque. A campainha do telefone acordou toda gente cá de casa dado o seu toque estridente, para terem uma idéia, imaginem os carrilhões de Mafra a viverem em comuna no vosso próprio quarto... A avó Urzelina atendeu o telefone , depois de sacudir as vibrações causadas pelo som,. Afinal o tio Américo estava em estado de choque por causa da vitória do Obama, que assim não podia ser, um preto na Casa Branca, onde já se viu, não foi para isto que emigrei para a América depois dos russos e cubanos nos terem surripiado o império, a América, até agora um país respeitável, poderoso, onde toda a gente tem direito a enriquecer menos os pretos, os hispânicos e os asiáticos, a pátria de tão grandes patriotas como o John Wayne, o Charlton Heston, o Buffalo Bill, o Schwarzeneger, o SuperHomem e o Tio Patinhas, a pátria de tão louvadas instituições como a CIA, o Pentágono, o FBI, a Coca-Cola e a Ku-Klux-Klan, a pátria que defendeu o mundo do comunismo na Coreia, no Vietname, no Chile, em Salvador, e que nos está a defender agora da ameaça dos mouros, foi essa mesma América que traiu tudo e todos elegendo um preto e ainda por cima com um passado duvidoso de simpatizante da moirama, não pode ser, disse o tio Américo, vou emigrar para Portugal e é de vez!
A avó Urzelina, a quem eu gabo a paciência de santa, respirou fundo e acendeu um havano enquanto punha aquele ar de só ela sabe de quê. Respondeu que sim, que o tio podia vir, sempre se arranjava um espaço para meter mais um colchão, que tanto eu como a prima Ossétia estávamos em pulgas para o receber de braços abertos
(a avó quando quer também sabe mentir).
Pensei no pobre tio Américo, na perda que sofreu com investimentos recentes na bolsa de Nova Iorque, nas tampas que levou da prima Ossétia, e no seu fetiche por mulheres de óculos, uma das causas da sua adesão ao candidato republicano e à sua vice Sarah Palin.
Se bem que os cinco dólares que o tio Américo nos envia mensalmente nos ajude a reduzir as despesas familiares, todos nós sabemos que os laços familiares devem ser preservados, mas o tio tem um feitio muito especial que refinou depois de tantos anos lá pelas Américas. Além de ter ganho um sotaque texano, ressona que nem um bisonte americano e não me estou a ver partilhar o quarto com ele. Além disso já o partilho com a prima, às escondidas e de vez em quando, e até penso que avó Urzelina já anda desconfiada, pois aquele olhar com que nos brinda quando sopra o fumo do havano pode querer dizer muita coisa, mas só ela o sabe.
Seja como fôr a gente por aqui até simpatiza um pouco com o Obama, e é uma questão de tempo até o tio Américo voltar para lá, se é que vai mesmo sair. O que é pena, pois a prima já não sabe o que há-de fazer a tantos pares de óculos à Sarah Palin que o tio lhe enviou recentemente e que agora talvez lhe venham a fazer falta para amenizar as suas vistas curtas.
A avó Urzelina, a quem eu gabo a paciência de santa, respirou fundo e acendeu um havano enquanto punha aquele ar de só ela sabe de quê. Respondeu que sim, que o tio podia vir, sempre se arranjava um espaço para meter mais um colchão, que tanto eu como a prima Ossétia estávamos em pulgas para o receber de braços abertos
(a avó quando quer também sabe mentir).
Pensei no pobre tio Américo, na perda que sofreu com investimentos recentes na bolsa de Nova Iorque, nas tampas que levou da prima Ossétia, e no seu fetiche por mulheres de óculos, uma das causas da sua adesão ao candidato republicano e à sua vice Sarah Palin.
Se bem que os cinco dólares que o tio Américo nos envia mensalmente nos ajude a reduzir as despesas familiares, todos nós sabemos que os laços familiares devem ser preservados, mas o tio tem um feitio muito especial que refinou depois de tantos anos lá pelas Américas. Além de ter ganho um sotaque texano, ressona que nem um bisonte americano e não me estou a ver partilhar o quarto com ele. Além disso já o partilho com a prima, às escondidas e de vez em quando, e até penso que avó Urzelina já anda desconfiada, pois aquele olhar com que nos brinda quando sopra o fumo do havano pode querer dizer muita coisa, mas só ela o sabe.
Seja como fôr a gente por aqui até simpatiza um pouco com o Obama, e é uma questão de tempo até o tio Américo voltar para lá, se é que vai mesmo sair. O que é pena, pois a prima já não sabe o que há-de fazer a tantos pares de óculos à Sarah Palin que o tio lhe enviou recentemente e que agora talvez lhe venham a fazer falta para amenizar as suas vistas curtas.
terça-feira, novembro 04, 2008
Eh, malta! Fomos premiados!
Paulo Granjo do Antropocoiso, resolveu brindar-nos com o Prémio Dardos, prémio esse que visa reconhecer os valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. de cada blogueiro.
Agradecemos desde já ao Paulo a consideração e o pretexto para comemorar abrindo mais um barril de cerveja. À sua saúde!
Quanto aos valores “éticos, culturais, literários” que promovem o referido prémio, o Cesto admite que os tem, mas estarão algures escondidos no porão.
Cumprindo as regras, ai vão os 15 blogues de referência para este tripulante:
Blogs onde não se aprende nada:
Antropocoiso
Arrastão
A Terceira Noite
Ladrões de Bicicletas
Cinco Dias
Peão
Jugular
Spectrum
Blogs sem piada nenhuma:
Last Breath
Irmão Lúcia
Anarca Constipado
Marretas
A música que a gente detesta:
Jazz e Arredores
Jazz no País do Improviso
Os filmes que a gente odeia:
Duelo ao Sol
E pronto!
Agradecemos desde já ao Paulo a consideração e o pretexto para comemorar abrindo mais um barril de cerveja. À sua saúde!
Quanto aos valores “éticos, culturais, literários” que promovem o referido prémio, o Cesto admite que os tem, mas estarão algures escondidos no porão.
Cumprindo as regras, ai vão os 15 blogues de referência para este tripulante:
Blogs onde não se aprende nada:
Antropocoiso
Arrastão
A Terceira Noite
Ladrões de Bicicletas
Cinco Dias
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Jazz e Arredores
Jazz no País do Improviso
Os filmes que a gente odeia:
Duelo ao Sol
E pronto!
sexta-feira, outubro 31, 2008
COITADINHO DO CROCODILO !
Ele há coisas do camandro!
Mas de entre estas coisas, duas são de se lhe tirar o boné. Refiro-me à "crise global" e às eleições amerdicanas.
Quanto à chamada crise financeira que o mundo está a passar....pois! Primeiro vieram-me com a lenga lenga da CEE, vulgo Comunidade Económica Europeia, transformada uns tempos depois em UE, União Europeia. Os vendelhões do templo dessa altura, diga-se que hoje em dia continuam os mesmos ou os seus entiados, apregoaram então aos sete ventos as maravilhas de uma integração económica dos países europeus sendo essa a fórmula mágica que iria dar a todos os cidadãos dos países mais pobres a oportunidade de, num futuro quase imediato, ficarem ao nível económico do nível de vida dos mais desenvolvidos na europa. De facto, tal aconteceu, só que para apenas alguns desses cidadãos e não para todos, como apregoavam. Passado um tempito, concluimos sem qualquer necessidade de grande esforço que afinal, para além de umas estradas melhores, umas massas que entraram nos bolsos de uns quantos pato-bravos, armadores e agricultores, apenas beneficiaram e continuam a beneficiar em grande os pouquíssimos cidadãos que já eram detentores de grandes fortunas pessoais na altura.
Logo depois, veio a lenga lenga da globalização, aqui já com o cuidado de não serem claros ao apregoar que essa treta tinha apenas o sub-título de financeira, ou seja, global sim, mas alto aí, fundamentalmente a globalização dos mercados financeiros e, como tal, as trocas astronómicas relativas às grandes finanças mundiais.
Neste canto do mundo onde vivemos, país pequeno em todos os aspectos, estas dinâmicas controladas pelos senhores do império teve o seu impacto, e assim andámos anos e anos a saber que as instituições financeiras nacionais, vulgo bancos e afins, apresentavam ano após ano, lucros chorudos chegando a valores da ordem de 300%.
Agora, apenas algumas semanas passadas após os tais donos do mundo darem uma volta ao bilhar e criarem uma "crise" nos tais mercados financeiros, é chegada a altura de os funcionários públicos responsáveis por este país apregoarem que o estado vai dar uma esmola às tais entidades financeiras nacionais para que, coitadinhos, não fiquem de tanga, a chorar a miséria anunciada, a terem de vender as vivendas nos algarves, os pópós, os iates, os aviões particulares, etc, etc, e tudo para manter o sistema do capital e do lucro na mó de cima, ou seja, continuarem a cada vez "ganharem" mais.
Então cadê a entrada para o estado de uma parte dos tais chorudos lucros que apresentaram? Dizem os mais afoitos que tal era automático por via dos impostos. Pois bem, então agora, a ser verdade tal "crise", a ajuda do mesmo estado passaria automáticamente a ser por via dos mesmos impostos que se veriam reduzidos.
Mas não, é com o nosso dinheirinho, que afinal o estado somos nós que o alimentamos, que vamos ajudar os tais senhores ricos comó caraças a continuarem a ser cada vez mais ricos. E o povo que se aguente, que isto é que vai uma crise!
Cá para mim, que desde que me conheço sempre vivi em crise, até já estou habituado, mas nunca deixarei de gritar: puta que os pariu!
Quanto à telenovela das eleições amerdicanas, e aqui quero deixar claro que ao dizer amerdicanas refiro-me apenas ao país chamado Estados Unidos da América para evitar a confusão que o marketing político construiu de chamar América a um país que é apenas muito inferior a um quarto do continente que tem esse nome, dou por mim a rir quando sou obrigado a ver o trabalho desenfriado e louco dos média na promoção e divulgação desta telenovela. Depois de uma série de aventesmas denomidados como presidentes dos EUA terem conseguido criar um império global económico, dos quais é exemplar este ultimo de nome Bush filho, aparecem agora um Barraca Abana e um Masquem na corrida presidencial. Se o Barraca Abana tem a particularidade de ser mais para o preto, o que já é um feito na sociedade atrazada e conservadora daquele país, só por si não justifica que lhe bata palmas, pois quem o alimenta e lhe dá ânimo são precisamente os mesmos que desde o pós segunda guerra mundial são responsáveis pela maior parte da miséria humana que temos neste mundo. Se o MasQuem tem a particularidade de ser muito mais para o branco de cal, aliás macilento e com uma pele que nem os milhões do Michael Jackson conseguiu fabricar, também só por si não justifica algum apreço da minha parte, até porque vem na linha directa da defesa dos mais nefastos interesses dos que actualmente dão vida ao Bush filho.
Claro que há algumas diferenças quanto à forma como irão defender os tais interesses dos tais donos do mundo, mas para mim, preferia antes que para presidente dos amerdicanos fosse o Tio Patinhas, não apenas porque tem muito mais piada, mas até porque esse não enganava ninguém sobre os seus desejos, para além de ser um verdadeiro icón do império global.
Uma coisa é certa, nem os EUA deixarão de continuar a ser os maiores exportadores de armas do mundo, nem os EUA passarão a ser o garante de um mundo mais humano e civilizado, seja quem fôr que venha a ser eleito, dêmo cráticamente claro! Pois que venha o diabo e escolha, embora só para ver o que vai dar, o tal Barraca Abana tenha um pouco mais de interesse.
Mas de entre estas coisas, duas são de se lhe tirar o boné. Refiro-me à "crise global" e às eleições amerdicanas.
Quanto à chamada crise financeira que o mundo está a passar....pois! Primeiro vieram-me com a lenga lenga da CEE, vulgo Comunidade Económica Europeia, transformada uns tempos depois em UE, União Europeia. Os vendelhões do templo dessa altura, diga-se que hoje em dia continuam os mesmos ou os seus entiados, apregoaram então aos sete ventos as maravilhas de uma integração económica dos países europeus sendo essa a fórmula mágica que iria dar a todos os cidadãos dos países mais pobres a oportunidade de, num futuro quase imediato, ficarem ao nível económico do nível de vida dos mais desenvolvidos na europa. De facto, tal aconteceu, só que para apenas alguns desses cidadãos e não para todos, como apregoavam. Passado um tempito, concluimos sem qualquer necessidade de grande esforço que afinal, para além de umas estradas melhores, umas massas que entraram nos bolsos de uns quantos pato-bravos, armadores e agricultores, apenas beneficiaram e continuam a beneficiar em grande os pouquíssimos cidadãos que já eram detentores de grandes fortunas pessoais na altura.
Logo depois, veio a lenga lenga da globalização, aqui já com o cuidado de não serem claros ao apregoar que essa treta tinha apenas o sub-título de financeira, ou seja, global sim, mas alto aí, fundamentalmente a globalização dos mercados financeiros e, como tal, as trocas astronómicas relativas às grandes finanças mundiais.
Neste canto do mundo onde vivemos, país pequeno em todos os aspectos, estas dinâmicas controladas pelos senhores do império teve o seu impacto, e assim andámos anos e anos a saber que as instituições financeiras nacionais, vulgo bancos e afins, apresentavam ano após ano, lucros chorudos chegando a valores da ordem de 300%.
Agora, apenas algumas semanas passadas após os tais donos do mundo darem uma volta ao bilhar e criarem uma "crise" nos tais mercados financeiros, é chegada a altura de os funcionários públicos responsáveis por este país apregoarem que o estado vai dar uma esmola às tais entidades financeiras nacionais para que, coitadinhos, não fiquem de tanga, a chorar a miséria anunciada, a terem de vender as vivendas nos algarves, os pópós, os iates, os aviões particulares, etc, etc, e tudo para manter o sistema do capital e do lucro na mó de cima, ou seja, continuarem a cada vez "ganharem" mais.
Então cadê a entrada para o estado de uma parte dos tais chorudos lucros que apresentaram? Dizem os mais afoitos que tal era automático por via dos impostos. Pois bem, então agora, a ser verdade tal "crise", a ajuda do mesmo estado passaria automáticamente a ser por via dos mesmos impostos que se veriam reduzidos.
Mas não, é com o nosso dinheirinho, que afinal o estado somos nós que o alimentamos, que vamos ajudar os tais senhores ricos comó caraças a continuarem a ser cada vez mais ricos. E o povo que se aguente, que isto é que vai uma crise!
Cá para mim, que desde que me conheço sempre vivi em crise, até já estou habituado, mas nunca deixarei de gritar: puta que os pariu!
Quanto à telenovela das eleições amerdicanas, e aqui quero deixar claro que ao dizer amerdicanas refiro-me apenas ao país chamado Estados Unidos da América para evitar a confusão que o marketing político construiu de chamar América a um país que é apenas muito inferior a um quarto do continente que tem esse nome, dou por mim a rir quando sou obrigado a ver o trabalho desenfriado e louco dos média na promoção e divulgação desta telenovela. Depois de uma série de aventesmas denomidados como presidentes dos EUA terem conseguido criar um império global económico, dos quais é exemplar este ultimo de nome Bush filho, aparecem agora um Barraca Abana e um Masquem na corrida presidencial. Se o Barraca Abana tem a particularidade de ser mais para o preto, o que já é um feito na sociedade atrazada e conservadora daquele país, só por si não justifica que lhe bata palmas, pois quem o alimenta e lhe dá ânimo são precisamente os mesmos que desde o pós segunda guerra mundial são responsáveis pela maior parte da miséria humana que temos neste mundo. Se o MasQuem tem a particularidade de ser muito mais para o branco de cal, aliás macilento e com uma pele que nem os milhões do Michael Jackson conseguiu fabricar, também só por si não justifica algum apreço da minha parte, até porque vem na linha directa da defesa dos mais nefastos interesses dos que actualmente dão vida ao Bush filho.
Claro que há algumas diferenças quanto à forma como irão defender os tais interesses dos tais donos do mundo, mas para mim, preferia antes que para presidente dos amerdicanos fosse o Tio Patinhas, não apenas porque tem muito mais piada, mas até porque esse não enganava ninguém sobre os seus desejos, para além de ser um verdadeiro icón do império global.
Uma coisa é certa, nem os EUA deixarão de continuar a ser os maiores exportadores de armas do mundo, nem os EUA passarão a ser o garante de um mundo mais humano e civilizado, seja quem fôr que venha a ser eleito, dêmo cráticamente claro! Pois que venha o diabo e escolha, embora só para ver o que vai dar, o tal Barraca Abana tenha um pouco mais de interesse.
terça-feira, outubro 28, 2008
Amores Imperfeitos
Confesso não ter uma opinião sólida acerca das eleições americanas. É óbvio que Obama é (pelo menos para mim) uma figura simpática e que pode fazer a diferença depois do descalabro Bush. E é aí que reside o busílis da questão. Se Obama for eleito, será que o vendaval de esperança que corre pelo mundo fora tem razão de ser? A política externa americana sempre foi de agressão independentemente do inquilino da Casa Branca. Não sei quem manda na política externa americana, se o presidente, se o FBI, se a CIA, se o lóbi judeu, se o Rato Mickey. Possívelmente mandam estes todos. Não me interessa por agora. Só espero que Obama, caso ganhe as eleições, não se transforme num traidor aos olhos do mundo, para nosso bem e para bem dos americanos.
Pronto. A minha auréola de bondade já se esfumou no ar. Agora o mal dizer:
Puta que pariu os americanos. Não nos chega aturar o Cavaco internamente e por isso vamos ter que levar com o Obama, o Mcain, a dona Palin, e o inevitável Bush (agora em forma de filme softcore) a toda a hora! Acabem já com a farsa! Elejam já o homem, seja ele quem for, e só voltem a falar dele quando descobrirem armas de destruição massiça no Burkina-Faso!
Pronto. A minha auréola de bondade já se esfumou no ar. Agora o mal dizer:
Puta que pariu os americanos. Não nos chega aturar o Cavaco internamente e por isso vamos ter que levar com o Obama, o Mcain, a dona Palin, e o inevitável Bush (agora em forma de filme softcore) a toda a hora! Acabem já com a farsa! Elejam já o homem, seja ele quem for, e só voltem a falar dele quando descobrirem armas de destruição massiça no Burkina-Faso!
A história repete-se? Pois, triste sina.
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Sarah Paulin vai invadir a Venezuela
quinta-feira, outubro 23, 2008
Heróis do Mar...
“Vai por mim, pá! Isto está por um fio.”
Confidenciava-me o Elias, lambe-botas profissional em part-time, sobre a crise e o modo como os portugas estão a reagir à coisa.
“O povo está farto, pá. Já falta pouco para vir tudo prá rua e dar um pontapé no Sócas e na sua pandilha, pá.”
Enquanto o Elias brinca uma vez mais com o telemóvel, dou por mim a pensar na minha avózinha que vive lá em cima no meio de montes e vales, cercada de pinho e eucaliptos, numa pequena aldeia sem nome, só com três habitantes e uma cabra, cujo único acesso é por uma tábua no cimo de um monte que se deixa escorregar por ele abaixo quando tem passageiros.
E penso na avózinha a largar a sua horta, a sua vizinha Anastácia viúva como ela, e o ti’ António que vive mais abaixo e sofre de artrite, mais a cabra que é propriedade comum, e vir por aí abaixo de enxada em punho destronar o Sócrates.
E penso também no Euclides, coleccionador de filmes do Steven Segal em DVD, leitor diário do Record, doente crónico do Benfica, devorador de telenovelas e do canal erótico, abandonar o filho ao sabor das ondas do Magalhães, mais a mulher que tal como o filho devora fast-food como se o mundo fosse acabar amanhã, mais o pópó que custou os olhos da cara e ainda custa mais a pagar mensalmente, mesmo depois de vender os orgãos da tia Ofélia a um traficante japonês, dizia eu, penso no Euclides a largar tudo e vir para a rua desalmariado com o respeitável propósito de esganar o Sócrates.
E penso também na dra Manuela Ferreira Leite empurrada pelo Pacheco Pereira, no meio da turba ululante, rodeada de muitas avózinhas da lavoura e muito Euclides suburbanos, mantendo mesmo assim um silêncio de arrepiar, só abrindo a boca de espanto perante o séquito apoiante de Santana Lopes à câmara de Lisboa, sem perceber onde se veio meter e porque se veio meter.
E penso que devo largar as minhas fantasias e perceber de uma vez por todas que por muitas crises, impostos, hipotecas, inflações, filas de espera, desemprego, sócrates, manelas, cavacos, santanas, durões e portas que lhe caiam em cima, o portuga ainda é capaz de filosofar a sua mediocridade com mais uma tirada do género “antigamente é que era bom!” e por fim fica em casa a babar-se com o telejornal e a chamar nomes aos políticos enquanto mastiga uma sandes de coiratos.
É claro que o Elias não sabe nada disto. O Elias ainda sonha com hordas de nunos alvares pereira a arrasarem o Terreiro do Paço e turbas de vascos da gama a fecharem a barra do Tejo com porta-aviões. E com o D. Sebastião subindo o cais das colunas no meio da neblina fazendo-se proclamar rei e resgatador da pátria. E com matilhas de políticos empalados à volta da estátua do José I. E com o Benfica campeão...
Que querem que eu diga mais?
Isto está mesmo por um fio...
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vou mazé bazar daqui pra fora
sexta-feira, outubro 17, 2008
A melhor frase do dia...
...vem do Nuno Markl:
"Esta é a minha maneira de ser patriota. Gosto do meu país e acho que ele precisa desesperadamente de uma queca".
Já o povo pode muito bem passar sem o sexo anal de que vem padecendo quase desde sempre.
"Esta é a minha maneira de ser patriota. Gosto do meu país e acho que ele precisa desesperadamente de uma queca".
Já o povo pode muito bem passar sem o sexo anal de que vem padecendo quase desde sempre.
quinta-feira, outubro 16, 2008
quarta-feira, outubro 15, 2008
sexta-feira, outubro 10, 2008
É pá, só morreram 6 milhões de judeus
Papa diz que silêncio sobre Holocausto foi «eficaz»
Segundo Bento XVI, que participou numa missa de aniversário da morte do Papa, não se tratou de medo ou conivência, mas uma escolha que acabou por ser uma melhor ajuda e solidariedade para com os judeus
Pronto. Já entendo a estratégia de Manuela Ferreira Leite. Custou mas foi.
Segundo Bento XVI, que participou numa missa de aniversário da morte do Papa, não se tratou de medo ou conivência, mas uma escolha que acabou por ser uma melhor ajuda e solidariedade para com os judeus
Pronto. Já entendo a estratégia de Manuela Ferreira Leite. Custou mas foi.
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e um pano encharcado nas ventas?
quarta-feira, outubro 08, 2008
No meio da tristeza geral...
quarta-feira, outubro 01, 2008
sexta-feira, setembro 26, 2008
Elegia para Edgar Allan Poe
Apareces na TV com o teu sorrisinho tonto e hipócrita, debitas estereótipos de lugares comuns, pões um ar emproado pretensiosamente inteligente, cospes uma idéia de autoritarismo que te permite a simpatia dos teus colaboradores, e estás sempre onde algum microfone ou câmara de TV te possa acidentalmente encontrar para debitares as tuas futilidades de salão, os teus projectos políticos para coisa nenhuma, enfim, todo o aborrecimento com que contaminas todos os que, tal como eu, te conhecem de ginjeira, eu ainda mais que os outros.
Conheci-te na universidade, eras uma rapariga gira, gostavas de estar sempre rodeada de bétinhos e tótós da linha de Cascais, mas preferiste este radical frustrado simpatizante de uma esquerda frustada, cheio de borbulhas, ideais e dúvidas existênciais. Durante algum tempo ainda guardaste no baú o teu desejo de um estatuto social que te permitisse aceder ao reino dos deuses, coisas de uma educação elitista em colégios privados e muito caros, aliás quanto mais caros melhor, mas depois a pressão do papá embevecido e da inútil mamã que elogiava a filhota em maratonas de chás-canasta fez-te voltar à razão, e não gozando eu das simpatias dos teus progenitores, eu, o puto de barba mal feita, esquerdista frustrado, um bandalho e um agitador, fui encostado à parede com promessas de um bom emprego na empresa do paizinho, desde que abandonasse as idéias de merda e as t-shirts, e abraçasse o politicamente correcto mais o fato e gravata. A coisa era tentadora, até porque (lembras-te?) quando estávamos juntos e sós afundávamo-nos em sexo até partir, valia tudo, mesmo tudo, e o que eu menos queria era separar-me de ti. E aceitei o tacho sem precisar de acabar o curso. E casei contigo. E engoli todos os sapos que a tua família me meteu no prato apenas por gostar de ti. Só por isso.
Mas depois as influências políticas do teu papá empurraram-te para cima, as reuniões com a administração, os jantares de representação, as viagens pagas, e mais as sessões de propaganda do partido, os comícios de verão, as primeiras idas à TV. E eu fiquei para trás, debaixo da minha pilha de papéis de incompetência, sem o teu sexo, sem a tua presença, sem o teu cheiro.
Daí ao divórcio foi um passo. Pressionada pelo cabrão (literalmente) do teu pai alegaste a minha insensibilidade e o meu humor variável para me dares um chuto. Esqueces-te que me traís-te com o teu personal trainer, um badameco com ar gay, a quem eu um dia pedi explicações sem te dizer nada e levei uma sova que me deixou três semanas acamado e a comer por uma palhinha. E depois do personal trainer veio o marido da tua melhor amiga, o palerma que era o 358º tenista no ranking mundial, e quando fodeste com o secretário-geral do partido na altura eu, aí sim, perdi a cabeça e chamei-te puta entre outros adjectivos impróprios.
E aqui fiquei eu, divorciado e só, sem emprego, com o curso incompleto e a tua memória a atormentar-me as noites de insónia. Vi-te quando entraste para o governo, rodeada de pavões bem falantes a debitar lugares comuns sobre progresso e desenvolvimento, vi-te quando te envolveste naquele escândalo do tráfico de sangue, vi-te quando saíste ilibada do tribunal porque, por mero acaso, o juiz era membro do teu partido e privava com o cabrão do teu papá enquanto por trás fodia a tua mamã. Vi-te quando perdeste as eleições e aceitaste aquele cargo na PT, muito bem pago só para mostrares as pernas aos colegas, e privares com algum administrador em algum quarto de hotel durante as viagens de representação. Sim, porque para ti não é difícil, toda a gente sabe da superior qualidade dos teus broches.
Conheci-te na universidade, eras uma rapariga gira, gostavas de estar sempre rodeada de bétinhos e tótós da linha de Cascais, mas preferiste este radical frustrado simpatizante de uma esquerda frustada, cheio de borbulhas, ideais e dúvidas existênciais. Durante algum tempo ainda guardaste no baú o teu desejo de um estatuto social que te permitisse aceder ao reino dos deuses, coisas de uma educação elitista em colégios privados e muito caros, aliás quanto mais caros melhor, mas depois a pressão do papá embevecido e da inútil mamã que elogiava a filhota em maratonas de chás-canasta fez-te voltar à razão, e não gozando eu das simpatias dos teus progenitores, eu, o puto de barba mal feita, esquerdista frustrado, um bandalho e um agitador, fui encostado à parede com promessas de um bom emprego na empresa do paizinho, desde que abandonasse as idéias de merda e as t-shirts, e abraçasse o politicamente correcto mais o fato e gravata. A coisa era tentadora, até porque (lembras-te?) quando estávamos juntos e sós afundávamo-nos em sexo até partir, valia tudo, mesmo tudo, e o que eu menos queria era separar-me de ti. E aceitei o tacho sem precisar de acabar o curso. E casei contigo. E engoli todos os sapos que a tua família me meteu no prato apenas por gostar de ti. Só por isso.
Mas depois as influências políticas do teu papá empurraram-te para cima, as reuniões com a administração, os jantares de representação, as viagens pagas, e mais as sessões de propaganda do partido, os comícios de verão, as primeiras idas à TV. E eu fiquei para trás, debaixo da minha pilha de papéis de incompetência, sem o teu sexo, sem a tua presença, sem o teu cheiro.
Daí ao divórcio foi um passo. Pressionada pelo cabrão (literalmente) do teu pai alegaste a minha insensibilidade e o meu humor variável para me dares um chuto. Esqueces-te que me traís-te com o teu personal trainer, um badameco com ar gay, a quem eu um dia pedi explicações sem te dizer nada e levei uma sova que me deixou três semanas acamado e a comer por uma palhinha. E depois do personal trainer veio o marido da tua melhor amiga, o palerma que era o 358º tenista no ranking mundial, e quando fodeste com o secretário-geral do partido na altura eu, aí sim, perdi a cabeça e chamei-te puta entre outros adjectivos impróprios.
E aqui fiquei eu, divorciado e só, sem emprego, com o curso incompleto e a tua memória a atormentar-me as noites de insónia. Vi-te quando entraste para o governo, rodeada de pavões bem falantes a debitar lugares comuns sobre progresso e desenvolvimento, vi-te quando te envolveste naquele escândalo do tráfico de sangue, vi-te quando saíste ilibada do tribunal porque, por mero acaso, o juiz era membro do teu partido e privava com o cabrão do teu papá enquanto por trás fodia a tua mamã. Vi-te quando perdeste as eleições e aceitaste aquele cargo na PT, muito bem pago só para mostrares as pernas aos colegas, e privares com algum administrador em algum quarto de hotel durante as viagens de representação. Sim, porque para ti não é difícil, toda a gente sabe da superior qualidade dos teus broches.
E é por tudo isto que te vou matar. Salto o muro da tua moradia de luxo na Quinta da Marinha depois de drogar o estupor do teu cão, entro no teu quarto a coberto do escuro da noite, surpreendes-me quando acendes a luz, saco da ponta e mola e preparo o ataque e tu ris, ris mostrando os caninos grandes e pontiagudos , e saltas, não, voas, com a dentuça arreganhada em direcção ao meu pescoço, e eu, apanhado de surpresa, só penso nos teus caninos e na tua pele pálida quase transparente que sempre me intrigou.
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isto é suposto ser uma fábula
segunda-feira, setembro 22, 2008
Oh meu Deus, que mal fiz eu?
Ao folhear o DN Online deparo com esta hilariante crónica de João César das Neves. De facto deve ser horrível ser Deus, omnipotente, omnipresente, ter de aturar as criaturas desprezíveis por ele criadas, desprezíveis porque passam a vidinha a chatear o criador com dúvidas sobre a sua existência, a pôr em causa o acto de criação, como se o simples facto de nós existirmos fosse em si mesmo a prova da existência de um criador. Pobres e mal agradecidos que se servem à borla de tudo o que Deus lhes deu e ainda por cima refilam. Cá para mim, o velhote de barbas brancas que supostamente criou o ser humano e todas as belezas que o rodeiam (com excepção da Teresa Guilherme e do Manuel Pinho), deveria estar com uma valente bebedeira quando o fez. E depois não se admire que o pessoal desate a protestar, a duvidar e a interrogar. Mas como acredito que Deus, caso exista (lá estou eu a duvidar), nunca poderá ser um velho bebedolas ou depravado mas sim um sujeito de ar bondoso e cheio de boas intenções, penso que à partida estaremos todos desculpados por todos os abusos e más criações.
Talvez o mais ridículo seja nós orgulharmos daquilo que Deus fez através de nós. Alguém que não é nada senão aquilo que Deus fez, que depois teve de ser corrigido porque já estragara o que era, e que só conseguiu fazer algo de bom porque Deus lhe segurou a mão, anda todo inchado com essa sua realização! E nós todos dizemos «que grande artista!», «que genial autor!», «que excelente artigo!», sem percebermos que o verdadeiro Artista e Autor é aquele que merece palmas cada vez que passa uma mosca.
Depois deste suculento naco de prosa apetece perguntar que mosca é que lhe mordeu.
Deve ser horrível ser João César das Neves!
Talvez o mais ridículo seja nós orgulharmos daquilo que Deus fez através de nós. Alguém que não é nada senão aquilo que Deus fez, que depois teve de ser corrigido porque já estragara o que era, e que só conseguiu fazer algo de bom porque Deus lhe segurou a mão, anda todo inchado com essa sua realização! E nós todos dizemos «que grande artista!», «que genial autor!», «que excelente artigo!», sem percebermos que o verdadeiro Artista e Autor é aquele que merece palmas cada vez que passa uma mosca.
Depois deste suculento naco de prosa apetece perguntar que mosca é que lhe mordeu.
Deve ser horrível ser João César das Neves!
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vamos lá queimar uns hereges para alegrar
sexta-feira, setembro 12, 2008
Frase do dia
Hugo Chávez: «Vayanse al carajo yankees de mierda, que aquí hay un pueblo digno»
Um dia depois da efeméride do 11 de Setembro de 1973 no Chile, esta frase soa a rosas.
Um dia depois da efeméride do 11 de Setembro de 1973 no Chile, esta frase soa a rosas.
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Sarah Paulin vai invadir a Venezuela
quinta-feira, setembro 11, 2008
O que faz ir ao cinema e ver um filme de merda
Prender a atenção de um público ou de uma audiência tem que se lhe diga. Provocar-lhe emoções de vário tipo (riso, comoção, ansiedade, temor, repulsa) é uma tarefa ainda mais árdua. Pode-se tentar exprimir temor e a plateia desatar às gargalhadas, pode-se tentar comover e gerar repulsa.
Mestre Hitchcock geria como ninguém as emoções do espectador. Aliás o cinema tem sido a arte onde as emoções mais se conjugam para construir um êxito. Criar o suspense até aos limites do suportável para depois conseguir surpreender a plateia com o climax final não é para todos. Spielberg a seu modo também manobra o público com cenas imprevistas de acção ou dramas familiares cheios luz, cor e aventura a milímetros do ridículo sem nele cair. Mestre do fascínio era Sergio Leone, com os seus personagens a espalharem violência entre o Oeste americano e as ruas sujas de Nova Iorque da lei seca, embalados pela música incontornável de Ennio Morricone numa sucessão inesquecível de emoções de fazer eriçar os cabelos da nuca.
Em política, saber cativar o eleitor não é também uma tarefa fácil. Daí os partidos recorrerem a empresas de marketing e de tratamento de imagem. Mas a tentação da promessa fácil é muito forte. Prometer o céu para ganhar votos é chão que já deu uvas.
Então a opção é falar. Falar pelos cotovelos, exprimir opiniões, comentar na TV e nos jornais, falar sobre si próprio, aparecer em público, mas o resultado final só revela que afinal não se tem nada para dizer. O público aborrece-se.
Daí as novas estratégias alternativas, o “falar só quando se tem algo a dizer”, “gerir os silêncios”, “criar tabús”, etc..
Mas como em política não existem Hitchcocks, o resultado é uma leve curiosidade antes do levantar do pano, e no final a sensação que o filme não é mais que uma tela em branco. O que vem provar mais uma vez que a política não se confunde com a Arte.
Quando muito terá algumas semelhanças com o teatro.
De fantoches.
Mestre Hitchcock geria como ninguém as emoções do espectador. Aliás o cinema tem sido a arte onde as emoções mais se conjugam para construir um êxito. Criar o suspense até aos limites do suportável para depois conseguir surpreender a plateia com o climax final não é para todos. Spielberg a seu modo também manobra o público com cenas imprevistas de acção ou dramas familiares cheios luz, cor e aventura a milímetros do ridículo sem nele cair. Mestre do fascínio era Sergio Leone, com os seus personagens a espalharem violência entre o Oeste americano e as ruas sujas de Nova Iorque da lei seca, embalados pela música incontornável de Ennio Morricone numa sucessão inesquecível de emoções de fazer eriçar os cabelos da nuca.
Em política, saber cativar o eleitor não é também uma tarefa fácil. Daí os partidos recorrerem a empresas de marketing e de tratamento de imagem. Mas a tentação da promessa fácil é muito forte. Prometer o céu para ganhar votos é chão que já deu uvas.
Então a opção é falar. Falar pelos cotovelos, exprimir opiniões, comentar na TV e nos jornais, falar sobre si próprio, aparecer em público, mas o resultado final só revela que afinal não se tem nada para dizer. O público aborrece-se.
Daí as novas estratégias alternativas, o “falar só quando se tem algo a dizer”, “gerir os silêncios”, “criar tabús”, etc..
Mas como em política não existem Hitchcocks, o resultado é uma leve curiosidade antes do levantar do pano, e no final a sensação que o filme não é mais que uma tela em branco. O que vem provar mais uma vez que a política não se confunde com a Arte.
Quando muito terá algumas semelhanças com o teatro.
De fantoches.
segunda-feira, setembro 08, 2008
Tarde de risco
Quando, na esplanada sobrelotada, disse em voz alta e para quem me quis ouvir que não tinha ido à Festa do Avante, que me estava marimbando para o discurso da Ferreira Leite, e que não tinha assistido ao Malta-0 Portugal-4, ouve um burburinho e o som de um outro copo a partir-se, mais umas breves tentativas de vómito. Até o polícia de serviço passou a olhar para mim de lado e de mão na coronha do revólver.
Sorte a minha não ter divulgado que normalmente trago o telemovel desligado, não frequento o IKEA, nem tenho máquina Nespresso. Ainda bem que me contive a tempo de engrossar a estatística televisiva de aumento da criminalidade.
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Manuel Ferreira Leite foi ao cabeleireiro
sexta-feira, setembro 05, 2008
O Triunfo dos Porcos??
Pigs in muck
Published: August 31 2008 19:35 Last updated: September 1 2008 09:09
Eight years ago, Pigs really did fly. Their economies soared after joining the eurozone. Interest rates fell to historical lows – and were often negative in real terms. A credit boom followed, just as night follows day. Wages rose, debt levels ballooned, as did house prices and consumption. Now the Pigs are falling back to earth.
Este artigo saiu há dias no prestigiado Finantial Times.
Classificar Portugal, Itália, Grécia e Espanha como P.I.G.S. (iniciais dos respectivos nomes) e ainda por cima como "pigs in muck" (porcos no estrume) é no mínimo ultrajante. Já se conhece a aptidão inglesa para o humor refinado, mas agora ficámos a saber como são classificados os países para onde os higiénicos ingleses mais gostam de vir chafurdar.
Classificar Portugal, Itália, Grécia e Espanha como P.I.G.S. (iniciais dos respectivos nomes) e ainda por cima como "pigs in muck" (porcos no estrume) é no mínimo ultrajante. Já se conhece a aptidão inglesa para o humor refinado, mas agora ficámos a saber como são classificados os países para onde os higiénicos ingleses mais gostam de vir chafurdar.
terça-feira, setembro 02, 2008
Regresso de Férias.
Passei as férias com o coração nas mãos. Depois do assalto ao Millenium, do roubo da carrinha da Prósegur com explosão e tudo, do cerco à Quinta da Fonte, do assalto a não sei quantas ourivesarias e gasolineiras, do carjacking, do roubo do porta-chaves à D. Miquelina, e não sei mais que crimes houve para aí, era normal que estivesse em pulgas para que as malditas férias acabassem para fazer o levantamento dos meus bens gamados pois a barraca ficou sem ninguém durante três semanas e seguro contra roubos, assaltos e atentados terroristas é coisa que não tenho. Nem imaginam o meu alívio quando dei com a casa sem faltar nada nem sequer o penico de porcelana que herdei da avózinha. Mas foi sol de pouca dura, pois ao vasculhar o correio acumulado descobri a cartinha das finanças com o IMI para pagar. Ora toma lá por dizeres que vives no país mais pacífico do mundo! E um crime desta natureza nem sequer passa no telejornal!
Sabem o que vos digo? Isto é culpa dos brasileiros, ciganos, pretos e todos os estrangeiros que andam por aí a gamar o que é nosso! Pagar o IMI... Ao que isto chegou!
Sabem o que vos digo? Isto é culpa dos brasileiros, ciganos, pretos e todos os estrangeiros que andam por aí a gamar o que é nosso! Pagar o IMI... Ao que isto chegou!
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é pá,
isto antigamente é que era bom
segunda-feira, agosto 25, 2008
JOGOS OLÍMPICOS !
Pequim 2008. Passados quatro anos dos últimos, Pequim pavoneou-se para apresentar ao mundo a 2ª edição dos jogos olímpicos do século vinte e um.
Duma forma adequada aos tempos actuais, a China gastou milhões a anunciar o evento, tentando mostar ao mundo que estes iriam ser uma coisa de espanto, um acontecimento como jamais se tinha visto, uns jogos onde os interesses políticos estavam postos de lado, um facto onde o único objectivo era o desporto e a competição que lhe está associada. Nada de permitir, seja quem fosse e a qualquer custo, que se levantasse alguma dúvida ou suspeição sobre os antagónicos conceitos de, por um lado, os jogos olímpicos em Pequim virem a ser imaculados, e por outro, ser a China o garante da honestidade e humanidade que obrigaria a tal desígnio. A China, onde se aniquilam tibetanos e muitos outros apenas porque têm ideias não coincidentes às classes dirigentes. A China, que com o seu negócio de armas e outros interesses financeiros, alimentam os governos de alguns países de África contribuindo directamente para a miséria e morte de milhões de seres humanos. A China, esse dragão do oriente, que sem despudor e à força toda, inventou a fórmula mais recente de transformar a via do socialismo em auto-estrada do capitalismo social.
Mas lá vieram os jogos e as televisões de todo o mundo transmitiram em directo o que as autoridades chinesas quizeram mostrar, e da forma que o quizeram, na cerimónia de abertura dos olímpicos 2008.
Parece-me que as pessoas ficaram pasmadas com as imagens que se iam sucedendo nos pequenos ecrãns. Foram luzes e fogo de artifício por todo lado, foram milhares de chinocas a movimentarem-se harmónicamente no estádio, foram outros a voarem para cá e para lá, foram projecções fantásticas sincronizadas com bailarinos e mudanças de cenários enormes, foram isto e aquilo. Depois, o decorrer dos jogos passando a imagem de uma organização exímia, sem falhas, na hora. No final, foi a cerimónia de encerramento, novamente com fogos e mais fogos, e mais voadores, e mais danças e composições. E a passagem do testemunho a Londres onde irão acontecer os próximos, já com a Inglaterra a mostar o video promocional, aqui já não com fogos e grupos de coreografias de milhares de figurantes, mas com uns balofos "new stile" muito "british", muito "in", de edição de imagens virtuais com reais, onde não poderia faltar uma criancinha chinesa a passar uma bola de futebol a outra criancinha inglesa, passando a ideia que o futebol é o simbolo do desporto. Pois é, razão tem quem disse que o futebol é o ópio do povo.
Mas eu devo confessar que não me pasmei com o que foi apresentado. Acho mesmo que para uma China que vai ser o novo império mundial deste século, após a morte por podridão do ainda actual império amerdicano, ficaram a anos luz de apresentarem uma coisa do outro mundo, sei lá, tipo naves espaciais a distribuirem bonbons por Pequim, ou bombas atómicas a deflagrarem no deserto chinês e a sairem de lá milhões de pombas brancas em livre vôo até poisarem na cabeça de cada um dos espectadores presentes no estádio, ou mesmo até um submarino a emergir em pleno estádio. Isso sim, deixar-me-ia não só pasmado, como daria a verdadeira imagem do futuro novo império do século vinte e um.
Assim, continuo a ter presente não as imagens a cores que vi, mas antes as imagens a preto e branco de 700 milhões de chineses que vivem com menos de dois dolares por dia, e dos quais, 300 milhões sobrevivem com menos de um dolar por dia! Pois é! E não me venham com a cantilena de que um dolar na China vale muito mais do que um dolar noutro lugar da terra. É que quando vou a uma loja chinesa comprar uma coisa qualquer de qualidade muito duvidosa, mesmo sendo muito barato, pouco posso comprar com um dolar. E sei que os trabalhadores que contribuiram para essa coisa, trabalham doze ou mais horas os sete dias da semana!
Duma forma adequada aos tempos actuais, a China gastou milhões a anunciar o evento, tentando mostar ao mundo que estes iriam ser uma coisa de espanto, um acontecimento como jamais se tinha visto, uns jogos onde os interesses políticos estavam postos de lado, um facto onde o único objectivo era o desporto e a competição que lhe está associada. Nada de permitir, seja quem fosse e a qualquer custo, que se levantasse alguma dúvida ou suspeição sobre os antagónicos conceitos de, por um lado, os jogos olímpicos em Pequim virem a ser imaculados, e por outro, ser a China o garante da honestidade e humanidade que obrigaria a tal desígnio. A China, onde se aniquilam tibetanos e muitos outros apenas porque têm ideias não coincidentes às classes dirigentes. A China, que com o seu negócio de armas e outros interesses financeiros, alimentam os governos de alguns países de África contribuindo directamente para a miséria e morte de milhões de seres humanos. A China, esse dragão do oriente, que sem despudor e à força toda, inventou a fórmula mais recente de transformar a via do socialismo em auto-estrada do capitalismo social.
Mas lá vieram os jogos e as televisões de todo o mundo transmitiram em directo o que as autoridades chinesas quizeram mostrar, e da forma que o quizeram, na cerimónia de abertura dos olímpicos 2008.
Parece-me que as pessoas ficaram pasmadas com as imagens que se iam sucedendo nos pequenos ecrãns. Foram luzes e fogo de artifício por todo lado, foram milhares de chinocas a movimentarem-se harmónicamente no estádio, foram outros a voarem para cá e para lá, foram projecções fantásticas sincronizadas com bailarinos e mudanças de cenários enormes, foram isto e aquilo. Depois, o decorrer dos jogos passando a imagem de uma organização exímia, sem falhas, na hora. No final, foi a cerimónia de encerramento, novamente com fogos e mais fogos, e mais voadores, e mais danças e composições. E a passagem do testemunho a Londres onde irão acontecer os próximos, já com a Inglaterra a mostar o video promocional, aqui já não com fogos e grupos de coreografias de milhares de figurantes, mas com uns balofos "new stile" muito "british", muito "in", de edição de imagens virtuais com reais, onde não poderia faltar uma criancinha chinesa a passar uma bola de futebol a outra criancinha inglesa, passando a ideia que o futebol é o simbolo do desporto. Pois é, razão tem quem disse que o futebol é o ópio do povo.
Mas eu devo confessar que não me pasmei com o que foi apresentado. Acho mesmo que para uma China que vai ser o novo império mundial deste século, após a morte por podridão do ainda actual império amerdicano, ficaram a anos luz de apresentarem uma coisa do outro mundo, sei lá, tipo naves espaciais a distribuirem bonbons por Pequim, ou bombas atómicas a deflagrarem no deserto chinês e a sairem de lá milhões de pombas brancas em livre vôo até poisarem na cabeça de cada um dos espectadores presentes no estádio, ou mesmo até um submarino a emergir em pleno estádio. Isso sim, deixar-me-ia não só pasmado, como daria a verdadeira imagem do futuro novo império do século vinte e um.
Assim, continuo a ter presente não as imagens a cores que vi, mas antes as imagens a preto e branco de 700 milhões de chineses que vivem com menos de dois dolares por dia, e dos quais, 300 milhões sobrevivem com menos de um dolar por dia! Pois é! E não me venham com a cantilena de que um dolar na China vale muito mais do que um dolar noutro lugar da terra. É que quando vou a uma loja chinesa comprar uma coisa qualquer de qualidade muito duvidosa, mesmo sendo muito barato, pouco posso comprar com um dolar. E sei que os trabalhadores que contribuiram para essa coisa, trabalham doze ou mais horas os sete dias da semana!
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tá bem tá,
vou ali e já venho
terça-feira, agosto 05, 2008
Ainda e sempre a silly season
Esta parvoíce de se chamar silly season ao verão, em que os políticos, as putas e os palhaços andam todos a banhos pelos Allgarves é uma coisa mesmo parva. Porque não chamar-lhe simplesmente época da parvoíce, estação dos parvos, ou mês dos parvalhões? Está bem, silly season é mais in, é mais tipo “tias de Cascais”, é mais Pinto de Balsemão que Jerónimo de Sousa. Mas pronto, seja então silly season.
Na silly season é que as esposas alcoviteiras dos administradores das empresas públicas lêm aquelas revistas cor-de-rosa em que se discute o diâmetro das mamas da Soraia Chaves e o tamanho do pénis do Júlio Iglésias, qual o porteiro de discoteca que anda a papar a Pimpinha, qual a cor do novo bébé adoptivo da Angelina Jolie, e onde é que a coisinha foi vista a mexer no coisão daquele gajo, o coiso...
Os administradores das empresas públicas, mais os melgas que a eles se apegam durante a silly season, gostam muito de confidenciar os seus segredos dos bastidores da política, aqueles que ninguém sabe mas inventa, riem que nem alarves de alguma piada sem piada nenhuma caso esta tenha sido dita por algum CEO do grupo Sonae, coçam os tomates nos areais da chatice do Ancão e no golfe da Quinta do Lago, metem cunhas uns aos outros para os filhos, sobrinhas, e secretárias com jeito para trabalhos manuais, e depois é vê-los a passear na marina de Vilamoura, misturados com a ralé que lhes inveja os Porches e os iates, mais as filhas boas e adolescentes em grupinhos mistos de cópias perfeitas dos papás e mamãs que os olham embevecidos enquanto estes não debandam para mais uma festa do fellatio.
Por isso é que durante a silly season tudo pode ser dito e feito, por ser apenas isso, ser silly. Pode arder a Serra da Malcata, pode cair um prédio em Lisboa, pode o Benfica perder mais um jogo, pode o Presidente vir discursar à TV por causa daquela treta gravíssima do não sei quê dos Açores, pode, enfim, o João Jardim apanhar mais uma de caixão à cova, que o pessoal continua mais interessado nas mamadas dos gémeos da Angelina.
É pouca coisa? Talvez, mas a silly season já se expandiu para silly year e ameaça perigosamente os tempos futuros.
Coisas de um silly country...
Na silly season é que as esposas alcoviteiras dos administradores das empresas públicas lêm aquelas revistas cor-de-rosa em que se discute o diâmetro das mamas da Soraia Chaves e o tamanho do pénis do Júlio Iglésias, qual o porteiro de discoteca que anda a papar a Pimpinha, qual a cor do novo bébé adoptivo da Angelina Jolie, e onde é que a coisinha foi vista a mexer no coisão daquele gajo, o coiso...
Os administradores das empresas públicas, mais os melgas que a eles se apegam durante a silly season, gostam muito de confidenciar os seus segredos dos bastidores da política, aqueles que ninguém sabe mas inventa, riem que nem alarves de alguma piada sem piada nenhuma caso esta tenha sido dita por algum CEO do grupo Sonae, coçam os tomates nos areais da chatice do Ancão e no golfe da Quinta do Lago, metem cunhas uns aos outros para os filhos, sobrinhas, e secretárias com jeito para trabalhos manuais, e depois é vê-los a passear na marina de Vilamoura, misturados com a ralé que lhes inveja os Porches e os iates, mais as filhas boas e adolescentes em grupinhos mistos de cópias perfeitas dos papás e mamãs que os olham embevecidos enquanto estes não debandam para mais uma festa do fellatio.
Por isso é que durante a silly season tudo pode ser dito e feito, por ser apenas isso, ser silly. Pode arder a Serra da Malcata, pode cair um prédio em Lisboa, pode o Benfica perder mais um jogo, pode o Presidente vir discursar à TV por causa daquela treta gravíssima do não sei quê dos Açores, pode, enfim, o João Jardim apanhar mais uma de caixão à cova, que o pessoal continua mais interessado nas mamadas dos gémeos da Angelina.
É pouca coisa? Talvez, mas a silly season já se expandiu para silly year e ameaça perigosamente os tempos futuros.
Coisas de um silly country...
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vou ali comer uns caracóis e volto já
quinta-feira, julho 31, 2008
BOIAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER - V
Continua a chulisse.
Computadores para os putos - podem ir para a escola meio grogues porque o pequeno almoço foi só um copo de vinho tinto; podem ter de ir a pé uns largos Km porque a escola mais perto foi encerrada (para dar origem a casas de campo dos PSezinhos); podem ter as aulas enregelados ou a suar porque a escola não tem as condições mínimas; podem não ter aulas durante 2 meses porque a pofessora foi de parto (por enquanto ainda podem!!!) e a substituta ainda não chegou porque não há €€€€;podem não saber escrever uma redacção, somar dois números de mais de 2 algarismo, saber um mínimo da história de um país com quase 900 anos (os amerdicanos só têm 300), etc.... MAS VÃO COM UM COMPUTADOR DEBAIXO DO BRAÇO!
IDIOTA DE POVO - adivinhem lá quem são os chulos que vão comer os 30% do 500 milhões?
Empregos de futuro - querem-nos? vão para o partido/governo e quando sairem, a mal ou a bem vão encontrar sempre um grande tacho. Não há um merdas de um jornalista que analise a vida dos membros dos PARTIDOS (sim, de todos os que passaram pelo governo) e publique o que eram antes de estarem no governo e o que são agora. CHULOS.
Não se consegue construir uma empresa em Portugal sem PAGAR directa ou indirectamente para ela arrancar, crescer ou ter bons clientes.
Para onde vão os impostos - Exemplo: departamentos do estado com advogados relativamente bem pagos mas que nada fazem e acumulam por fora. O membro do governo/partido (ir)responsável contrata a muito bom preço empresas externas de Familia/Amigos/Partido para fazer o que os advogados que já estão pagos não querem/podem/deixam fazer. Depois levam o dobro do tempo, só fazem merda porque não conhecem a "casa" e o que fazem não é utilizavel e vai para a gaveta - venha o próximo estudo. O mesmo acontece com outras profissões.
E isto é pago com os nossos impostos. E isto É ASSIM - JÁ ASSISTI. CHULOS.
Administração Pública - Porque não trabalha.
Vem Ministro -> nomeia Secretários de Estado -> Nomeia Gestores das Empresas do Estado e Directores Gerais (todos da Familia/Amigos/Partido e cada um mais incompetente que o outro)
Ministro: Vamos embasbacar o Zé Povinho - quero "qualquer coisa" feita antes das eleições.
Depois de muitos estudos e comissões a "qualquer coisa" é apresentada - levou muito tempo a "desenhar" porque a maior parte do tempo foi gasto na preparação da publicidade necessária para o Zé pensar que aquilo é indispensável e só daquela maneira é que o país avança.
Mas, na realidade é um mamarracho que antes de terminado já não serve para nada.
Vem a ordem por aí abaixo até que chega aos chefinhos quem têm de começar a trabalhar (um mínimo) e aqui começa o baile:
1º - o chefinho já está integrado na engrenagem (ou foi lá colocado por ela) - diz que sim a tudo, não levanta ondas, chuta para baixo e desenrasquem-se procurando sempre fugir às responsabilidades ou arranjar um testa de ferro. (esta é a grande maioria dos chefinhos da AP).
2º - o chefinho já sabe como trabalha a engrenagem mas ainda tenta ser honesto e na medida do possível, faz pequenas correcções para tornar o mamarracho menos... mamaracho. (chefinho a ser despromovido a médio prazo).
3º - chefinho competente - diz que aquilo está mal e que seria mais eficiente, com maior utilidade e futuro se fosse feito da maneira..... e já está na RUA. (portanto eles não existem na AP).
Depois como o mamarracho era mesmo isso e não serve para nada, não se pode construir, etc. é contratada um empresa de consultadoria (dos FAP claro) que faz um estudo que é dada a outras empresas (FAP) que o constroiem gastando 10 vezes mais.
E é assim que são gastos os nossos impostos e se arranjam empregos de futuros para os "bois".
Como dizem os anarcas - Tragam as Putas. Em geral são mais honestas que os filhos.
Adeus e da próxima vez tirem a merda do cravo do cano da G3.
Computadores para os putos - podem ir para a escola meio grogues porque o pequeno almoço foi só um copo de vinho tinto; podem ter de ir a pé uns largos Km porque a escola mais perto foi encerrada (para dar origem a casas de campo dos PSezinhos); podem ter as aulas enregelados ou a suar porque a escola não tem as condições mínimas; podem não ter aulas durante 2 meses porque a pofessora foi de parto (por enquanto ainda podem!!!) e a substituta ainda não chegou porque não há €€€€;podem não saber escrever uma redacção, somar dois números de mais de 2 algarismo, saber um mínimo da história de um país com quase 900 anos (os amerdicanos só têm 300), etc.... MAS VÃO COM UM COMPUTADOR DEBAIXO DO BRAÇO!
IDIOTA DE POVO - adivinhem lá quem são os chulos que vão comer os 30% do 500 milhões?
Empregos de futuro - querem-nos? vão para o partido/governo e quando sairem, a mal ou a bem vão encontrar sempre um grande tacho. Não há um merdas de um jornalista que analise a vida dos membros dos PARTIDOS (sim, de todos os que passaram pelo governo) e publique o que eram antes de estarem no governo e o que são agora. CHULOS.
Não se consegue construir uma empresa em Portugal sem PAGAR directa ou indirectamente para ela arrancar, crescer ou ter bons clientes.
Para onde vão os impostos - Exemplo: departamentos do estado com advogados relativamente bem pagos mas que nada fazem e acumulam por fora. O membro do governo/partido (ir)responsável contrata a muito bom preço empresas externas de Familia/Amigos/Partido para fazer o que os advogados que já estão pagos não querem/podem/deixam fazer. Depois levam o dobro do tempo, só fazem merda porque não conhecem a "casa" e o que fazem não é utilizavel e vai para a gaveta - venha o próximo estudo. O mesmo acontece com outras profissões.
E isto é pago com os nossos impostos. E isto É ASSIM - JÁ ASSISTI. CHULOS.
Administração Pública - Porque não trabalha.
Vem Ministro -> nomeia Secretários de Estado -> Nomeia Gestores das Empresas do Estado e Directores Gerais (todos da Familia/Amigos/Partido e cada um mais incompetente que o outro)
Ministro: Vamos embasbacar o Zé Povinho - quero "qualquer coisa" feita antes das eleições.
Depois de muitos estudos e comissões a "qualquer coisa" é apresentada - levou muito tempo a "desenhar" porque a maior parte do tempo foi gasto na preparação da publicidade necessária para o Zé pensar que aquilo é indispensável e só daquela maneira é que o país avança.
Mas, na realidade é um mamarracho que antes de terminado já não serve para nada.
Vem a ordem por aí abaixo até que chega aos chefinhos quem têm de começar a trabalhar (um mínimo) e aqui começa o baile:
1º - o chefinho já está integrado na engrenagem (ou foi lá colocado por ela) - diz que sim a tudo, não levanta ondas, chuta para baixo e desenrasquem-se procurando sempre fugir às responsabilidades ou arranjar um testa de ferro. (esta é a grande maioria dos chefinhos da AP).
2º - o chefinho já sabe como trabalha a engrenagem mas ainda tenta ser honesto e na medida do possível, faz pequenas correcções para tornar o mamarracho menos... mamaracho. (chefinho a ser despromovido a médio prazo).
3º - chefinho competente - diz que aquilo está mal e que seria mais eficiente, com maior utilidade e futuro se fosse feito da maneira..... e já está na RUA. (portanto eles não existem na AP).
Depois como o mamarracho era mesmo isso e não serve para nada, não se pode construir, etc. é contratada um empresa de consultadoria (dos FAP claro) que faz um estudo que é dada a outras empresas (FAP) que o constroiem gastando 10 vezes mais.
E é assim que são gastos os nossos impostos e se arranjam empregos de futuros para os "bois".
Como dizem os anarcas - Tragam as Putas. Em geral são mais honestas que os filhos.
Adeus e da próxima vez tirem a merda do cravo do cano da G3.
O horror...o horror...
Larguei a mulher às voltas no centro comercial, abandonei os putos no infantário, esqueci o assado no forno, deixei a avózinha no meio da rua. Quando este Presidente anuncia que vai falar toda a gente devia interromper o que está fazer, e ter a melhor faca da cozinha à mão para cortar os pulsos se for caso disso. Quando estamos à beira de invadir as praias com guarda-sóis e caroços de pêssego, quando já temos o “Magalhães”, quando o Jardim acaba com a liberalização dos preços do gasoil na Madeira, só mesmo um discurso surpresa do “first man”. Que ainda por cima interrompeu o churrasco na vivenda Mariani para falar ao país. Preparem-se, portugueses, o país nunca mais será o mesmo!
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vou mazé bazar daqui pra fora
sexta-feira, julho 18, 2008
Porque é que ninguém repara em nós?
Ainda mal refeito da bebedeira da semana passada, acordei com o som que a cabeça do Elias fazia contra a parede exterior do prédio, única forma de chamar algum inquilino dado que a campaínha da porta está avariada desde o terramoto. Por isso é que eu deixo a chave no canteiro de malmequeres à entrada, mas é evidente que o Elias não sabia disso. Embora cambaleante e com a testa ensanguentada, lá subiu os 14 andares do edifício, porque o elevador está avariado desde o 28 de Maio de 1926, e embora a sua vontade fosse enfiar-me a chave da porta no traseiro, chegou tão cansado cá acima que depressa a vontade se lhe esgotou.
Depois de uma sessão de massagens cardíacas e choques eléctricos, o Elias lá recuperou o seu estado normal embora com a testa um pouco mais recuada. A gaguejar e a revirar os olhos lá me informou que o Big Chefe ordenara que todas as investigações em curso fossem abandonadas. Como é possível? O que iria acontecer aos Loureiros? E ao Pinto da Costa? E ao Ferreira Torres? E ao processo Casa Pia? E à Operação Furacão? Quem seria afinal o nosso representante no festival “Gangster Europeu 2008”? O António Vitorino vestido à Al Capone?
E o esforço de toda esta gente, não seria recompensado? Pelo menos que o estado lhes pagasse as despesas com os advogados mais os subornos, para haver alguma justiça na decisão.
Bem tentei sacar mais informação ao Elias, mas o gajo é todo coisinho com o Big Chefe, um lambe-botas do piorio e nem com a tortura das canções do José Cid se abre.
Desconsolado, juntei os dossiers das investigações, as fitas gravadas, e as despesas de representação, e de uma acentada atirei tudo para a lareira. O quarto ficou um pouco mais quente, o que me fez acalmar o suficiente para libertar o Elias que já se babava com as canções do José Cid a tocarem sem parar nos auscultadores que eu, com técnica profissional, tinha colado aos seus ouvidos.
Quase cheguei a ter pena dele, mas foi só o quase que não sou dado a sentimentos.
Vai daí saímos os dois de casa e fomos beber uns copos ao Boca na Botija para esquecer.
A meio caminho o Elias pergunta-me em tom amigável:
“-Achas que o Berlusconi vai ganhar outra vez o Festival?”
Pensando bem até é possível que sim. Os verdadeiros vencedores não escondem a cara, vão até ao fim de peito aberto e sem se escudarem em organizações, associações ou fundações.
É por estas e por outras que ninguém repara em nós e o país não vai para a frente.
Depois de uma sessão de massagens cardíacas e choques eléctricos, o Elias lá recuperou o seu estado normal embora com a testa um pouco mais recuada. A gaguejar e a revirar os olhos lá me informou que o Big Chefe ordenara que todas as investigações em curso fossem abandonadas. Como é possível? O que iria acontecer aos Loureiros? E ao Pinto da Costa? E ao Ferreira Torres? E ao processo Casa Pia? E à Operação Furacão? Quem seria afinal o nosso representante no festival “Gangster Europeu 2008”? O António Vitorino vestido à Al Capone?
E o esforço de toda esta gente, não seria recompensado? Pelo menos que o estado lhes pagasse as despesas com os advogados mais os subornos, para haver alguma justiça na decisão.
Bem tentei sacar mais informação ao Elias, mas o gajo é todo coisinho com o Big Chefe, um lambe-botas do piorio e nem com a tortura das canções do José Cid se abre.
Desconsolado, juntei os dossiers das investigações, as fitas gravadas, e as despesas de representação, e de uma acentada atirei tudo para a lareira. O quarto ficou um pouco mais quente, o que me fez acalmar o suficiente para libertar o Elias que já se babava com as canções do José Cid a tocarem sem parar nos auscultadores que eu, com técnica profissional, tinha colado aos seus ouvidos.
Quase cheguei a ter pena dele, mas foi só o quase que não sou dado a sentimentos.
Vai daí saímos os dois de casa e fomos beber uns copos ao Boca na Botija para esquecer.
A meio caminho o Elias pergunta-me em tom amigável:
“-Achas que o Berlusconi vai ganhar outra vez o Festival?”
Pensando bem até é possível que sim. Os verdadeiros vencedores não escondem a cara, vão até ao fim de peito aberto e sem se escudarem em organizações, associações ou fundações.
É por estas e por outras que ninguém repara em nós e o país não vai para a frente.
terça-feira, julho 08, 2008
BOIAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER - III
P is for PIMP not for PARTIDO
Tábem eu sei que isto é uma granda misturada mas os putos já misturam inglês, pretoguês, e outras coisas que não entendo, portanto...
Quando se fala em PS, PSD, PP (e PCP embora menos) o P não corresponde a Partido mas sim áquele termo americano que quer dizer.... CHULO.
Os partidos são constituídos por uma cambada de chulos.
Senão vejamos. Temos uns putos coiros que na universidade/faculdade mal se desenrascammas logo que entram para uma J qualquer começam a justificar as baldas. Depois com uns favorzinhos aqui e ali o presidente da J ou um membro do partido mete uma cunhazinha ao prof e tá o ano passado.
Bem, depois com o canudo começa-se a trabalhar para o partido e para alguns biscatos que os amigos do partido arranjam. Se for um bocado esperto até arranja um job baita fixe onde pode ganhar uns belos cobres enquanto faz mais uns favores ao partido ... e assim sucessivamente até que se chega a sub-secretário, secretário e ...ministro.
Olhando para os vários ministros deste e de outros desgovernos a maior parte, antes do governo pouco eram na vida. Só depois de fazerem a merda e quando sairam é que foram para gestores e outras merdas que os compadrios políticos, as leis à medida, etc. pagaram.
E isto claro, à custa do Zé Povinho que pagou para eles antes, durante e depois.
Mas a culpa é destes patêgos que se deixam enganar pelos srs. dr. e eng. pois eles é que têm os cursos portanto é que sabem - grandas cavalgaduras.
Os gajos que estão nos governos nem uma mercearia de aldeia sabiam gerir sem ser com cunhas e negociatas. Em casa deve ser a governanta que governa aquilo.
Excepto no caso de advogados (que só servem para enredar a lei com o seu paleio de cona) todas as outras profissões que estão no governo pouco fizeram na vida "civil".
Vão mas é trabalhar.
Adeus e tirem masé o cravo do cano da G3
Tábem eu sei que isto é uma granda misturada mas os putos já misturam inglês, pretoguês, e outras coisas que não entendo, portanto...
Quando se fala em PS, PSD, PP (e PCP embora menos) o P não corresponde a Partido mas sim áquele termo americano que quer dizer.... CHULO.
Os partidos são constituídos por uma cambada de chulos.
Senão vejamos. Temos uns putos coiros que na universidade/faculdade mal se desenrascammas logo que entram para uma J qualquer começam a justificar as baldas. Depois com uns favorzinhos aqui e ali o presidente da J ou um membro do partido mete uma cunhazinha ao prof e tá o ano passado.
Bem, depois com o canudo começa-se a trabalhar para o partido e para alguns biscatos que os amigos do partido arranjam. Se for um bocado esperto até arranja um job baita fixe onde pode ganhar uns belos cobres enquanto faz mais uns favores ao partido ... e assim sucessivamente até que se chega a sub-secretário, secretário e ...ministro.
Olhando para os vários ministros deste e de outros desgovernos a maior parte, antes do governo pouco eram na vida. Só depois de fazerem a merda e quando sairam é que foram para gestores e outras merdas que os compadrios políticos, as leis à medida, etc. pagaram.
E isto claro, à custa do Zé Povinho que pagou para eles antes, durante e depois.
Mas a culpa é destes patêgos que se deixam enganar pelos srs. dr. e eng. pois eles é que têm os cursos portanto é que sabem - grandas cavalgaduras.
Os gajos que estão nos governos nem uma mercearia de aldeia sabiam gerir sem ser com cunhas e negociatas. Em casa deve ser a governanta que governa aquilo.
Excepto no caso de advogados (que só servem para enredar a lei com o seu paleio de cona) todas as outras profissões que estão no governo pouco fizeram na vida "civil".
Vão mas é trabalhar.
Adeus e tirem masé o cravo do cano da G3
quarta-feira, julho 02, 2008
O Atentado
Estava eu tranquilamente a sonhar que era raptado e violado por 15 amazonas ucranianas quando a sirene irritante do meu despertador de emergência se lembrou de tocar, o que só acontece quando alguém sabe o código e actua o interruptor respectivo. Muitos anos de treino fizeram-me saltar de imediato da cama e desembainhar a cimitarra em estado de alerta. Na semi-obscuridade do quarto reconheci o vulto que esperava aos pés da cama, e que eu, no meu despertar violento, quase degolara. Nada mais nada menos que o Elias, lacaio profissional a recibos verdes. O homem estava esbaforido, vermelho que nem um pimentão e assobiava enquanto respirava. Foram precisos dois tabefes para o acalmar.
- Vem depressa, - disse ele - o Filósofo sofreu um atentado!
Notícias destas até despertam um morto. Não é todos os dias que alguém tenta matar o Filósofo e uma oportunidade destas pode dar direito a uma promoção e uma boa reforma com dez anos de serviço. Vai daí vesti o fato cinzento por cima do colete à prova de bala que mais não era que uma chapa quadrada de ferro de três milimetros de espessura sobre o peito, coisa que copiara de um filme com o Clint Eastwood, verifiquei o carregador da Beretta, pus os óculos escuros, atirei um beijo à loira em estado de choque que partilhara os meus lençóis nessa noite, e saí porta fora arrastando o Elias e gingando os ombros à Mickey Spillane.
Quando chegámos à Residência Oficial já o jardim estava repleto de gnr´s de metralhadora a beberem minis, e foi um sarilho para convencer o capitão da guarda que tanto eu como o Elias éramos simples funcionários públicos do Gabinete de Segurança e não sindicalistas comunas e gays. A coisa ia dando para o torto não fora a intervenção do Chefe Silva, amigo pessoal do Filósofo e ministro nas horas vagas.
O Chefe Silva tratou de nos elucidar sobre os pormenores do atentado, coisa grave segundo ele. Passou-se assim: o Filósofo dissertava para uma pequena multidão de autistas sobre as vantagens de secar de vez o rio Tejo entre Abrantes e Vila Velha de Rodão para semear alguns milhares de campos de golfe com hotéis e spa´s, quando duas detonações se fizeram ouvir. De imediato a Protecção Civil interrompeu o jogo de canasta para acudir à cena, enquanto o Ministro da Defesa mandava acelerar a compra dos submarinos e o Lino ameaçava com mais quatro aeroportos. O Filófoso foi metido à força no rápido das 10 direito à Residência Oficial e por aí ficou, a beber chá e a comer bolinhos, coisa que sempre faz antes do jogging matinal.
A guarda deteve os suspeitos do costume, o Jerónimo e o Chico das Loiças, mais o Madaíl que apesar de não ter nada a ver com o assunto sempre era mais um com ar de suspeito. Os interrogatórios não foram conclusivos pelo que esta gente foi mandada em paz e com promessas de não dar entrevistas à Judite de Sousa, não fosse o diabo tecê-las.
De modo que se estava num impasse, e daí a necessidade de um agente especial, mais dado à inteligência, este aqui que vos escreve.
Sem saber bem o que queriam de mim, dado que o Filósofo estava vivo e bem de saúde para mal de muita gente, resolvi justificar o bónus interrogando a Dama Laranja que não respondeu a qualquer pergunta, o Marcelo que fugiu mal avistou o Ministro da Agricultura armado de ponta e mola, o P. Pereira que começou a dissertar sobre a questão essencial, e o Graça Moura que por pouco não era por mim estrangulado quando se pôs a falar contra o acordo ortográfico. Como não queria deixar ninguém de fora perguntei pelo Presidente, pergunta delicada dado o rasto de migalhas de bolo-rei que larga ao deslocar-se. Mas o homem estava em visita oficial ao Burkina-Fasso, acompanhado de mais de uma centena de empresários e respectivas coristas, pelo que não podia ser apelidado de suspeito.
Impaciente, o Chefe Silva começou a fazer aquele beiçinho que toda a gente conhece e pressionou-me para acelerar o comunicado aos media, pois é pela eficácia da justiça que se mede o ópio de um povo.
E foi ao som da música do José Cid em fundo e os habituais jogos de luzes e fumos brancos que o Elias leu o seguinte comunicado à comunicação social:
“Avisam-se os incautos que o Filósofo sofreu esta manhã um atentado com tiros de pólvora seca disparados para o ar com o único intuito de o assassinar. O Filósofo agradece a todos o empenho na investigação e celeridade da justiça, e avisa que vai mesmo assim participar na reunião anual da Fundação Bilderberg, onde serão tomadas novas decisões que comprometerão de vez o vosso futuro.
O principal suspeito é um cidadão de nacionalidade iraniana com ligações à Al-Qaeda que, juramos a pés juntos, nunca será levado para Guantanamo.
Abaixo o Terrorismo! Viva o TGV! Viva Alcochete!”
Com a missão cumprida, voltei ao aconchego do lar e ao quentinho da cama onde a loira ressonava em cima da minha almofada. Ainda tentei adormecer e retomar o sonho das amazonas no exacto momento em que fora interrompido, mas a consciência profissional por vezes deixa sequelas e não consegui evitar de pensar em como a vida é, por vezes, muito complicada.
- Vem depressa, - disse ele - o Filósofo sofreu um atentado!
Notícias destas até despertam um morto. Não é todos os dias que alguém tenta matar o Filósofo e uma oportunidade destas pode dar direito a uma promoção e uma boa reforma com dez anos de serviço. Vai daí vesti o fato cinzento por cima do colete à prova de bala que mais não era que uma chapa quadrada de ferro de três milimetros de espessura sobre o peito, coisa que copiara de um filme com o Clint Eastwood, verifiquei o carregador da Beretta, pus os óculos escuros, atirei um beijo à loira em estado de choque que partilhara os meus lençóis nessa noite, e saí porta fora arrastando o Elias e gingando os ombros à Mickey Spillane.
Quando chegámos à Residência Oficial já o jardim estava repleto de gnr´s de metralhadora a beberem minis, e foi um sarilho para convencer o capitão da guarda que tanto eu como o Elias éramos simples funcionários públicos do Gabinete de Segurança e não sindicalistas comunas e gays. A coisa ia dando para o torto não fora a intervenção do Chefe Silva, amigo pessoal do Filósofo e ministro nas horas vagas.
O Chefe Silva tratou de nos elucidar sobre os pormenores do atentado, coisa grave segundo ele. Passou-se assim: o Filósofo dissertava para uma pequena multidão de autistas sobre as vantagens de secar de vez o rio Tejo entre Abrantes e Vila Velha de Rodão para semear alguns milhares de campos de golfe com hotéis e spa´s, quando duas detonações se fizeram ouvir. De imediato a Protecção Civil interrompeu o jogo de canasta para acudir à cena, enquanto o Ministro da Defesa mandava acelerar a compra dos submarinos e o Lino ameaçava com mais quatro aeroportos. O Filófoso foi metido à força no rápido das 10 direito à Residência Oficial e por aí ficou, a beber chá e a comer bolinhos, coisa que sempre faz antes do jogging matinal.
A guarda deteve os suspeitos do costume, o Jerónimo e o Chico das Loiças, mais o Madaíl que apesar de não ter nada a ver com o assunto sempre era mais um com ar de suspeito. Os interrogatórios não foram conclusivos pelo que esta gente foi mandada em paz e com promessas de não dar entrevistas à Judite de Sousa, não fosse o diabo tecê-las.
De modo que se estava num impasse, e daí a necessidade de um agente especial, mais dado à inteligência, este aqui que vos escreve.
Sem saber bem o que queriam de mim, dado que o Filósofo estava vivo e bem de saúde para mal de muita gente, resolvi justificar o bónus interrogando a Dama Laranja que não respondeu a qualquer pergunta, o Marcelo que fugiu mal avistou o Ministro da Agricultura armado de ponta e mola, o P. Pereira que começou a dissertar sobre a questão essencial, e o Graça Moura que por pouco não era por mim estrangulado quando se pôs a falar contra o acordo ortográfico. Como não queria deixar ninguém de fora perguntei pelo Presidente, pergunta delicada dado o rasto de migalhas de bolo-rei que larga ao deslocar-se. Mas o homem estava em visita oficial ao Burkina-Fasso, acompanhado de mais de uma centena de empresários e respectivas coristas, pelo que não podia ser apelidado de suspeito.
Impaciente, o Chefe Silva começou a fazer aquele beiçinho que toda a gente conhece e pressionou-me para acelerar o comunicado aos media, pois é pela eficácia da justiça que se mede o ópio de um povo.
E foi ao som da música do José Cid em fundo e os habituais jogos de luzes e fumos brancos que o Elias leu o seguinte comunicado à comunicação social:
“Avisam-se os incautos que o Filósofo sofreu esta manhã um atentado com tiros de pólvora seca disparados para o ar com o único intuito de o assassinar. O Filósofo agradece a todos o empenho na investigação e celeridade da justiça, e avisa que vai mesmo assim participar na reunião anual da Fundação Bilderberg, onde serão tomadas novas decisões que comprometerão de vez o vosso futuro.
O principal suspeito é um cidadão de nacionalidade iraniana com ligações à Al-Qaeda que, juramos a pés juntos, nunca será levado para Guantanamo.
Abaixo o Terrorismo! Viva o TGV! Viva Alcochete!”
Com a missão cumprida, voltei ao aconchego do lar e ao quentinho da cama onde a loira ressonava em cima da minha almofada. Ainda tentei adormecer e retomar o sonho das amazonas no exacto momento em que fora interrompido, mas a consciência profissional por vezes deixa sequelas e não consegui evitar de pensar em como a vida é, por vezes, muito complicada.
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Gostava tanto de ser como James Bond...
sexta-feira, junho 27, 2008
BOIAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER - I
APARTESANTES DE COMEÇAR: 1º Isto vai ser escrito em português mais ou menos nacional, vernáculo q.b., sem grandes preocupações de virgulas, acentos, ortografia, semântica ou outras merdas que agora também não são dadas nas escolas e portanto não interessam. 2º A numeração é romana porque assim, como também já ninguém ensina isto na escola (os gajos tão mortos há uma data de tempo), os mais modernos que eventualmente lerem isto não entendem o que é o II ou IV ou IX e assim, como não entendem, julgam que é uma coisa importante e começam a falar bem disto - ainda vão para ministros!!
Tairocas
Grande tema e que me irrita solenemente - atão, quando eu era novo, só andava de tairocas (vem do barulho que fazem a bater no chão - trók, trók,...) ou chinelas as varinas ou outras gentinhas da chamada classe baixa.
Agora é ver as madamas todas finaças com chinela no pé mais ou menos fina, com mais ou menos brilhantes mas sempre a BATEREM no chão com uma MERDA DUM BARULHO QUE ME POE DOIDO.
Depois há aquelas que têm as unhas arranjadas, uns joanetes jeitosos mas, em compensação, aparecem outras que, só de olhar para os pés, dá logo vontade de vomitar.
Em termos estéticos o sapato passou a ter uma importância mínima e o que importa mostrar é o pé.
Ora aqui é que temos a minha 1ª grande esperança - quando é que as mulheres (melhor... as miudas boazonas) estendem este tipo de aproximação a todo o corpo e passam a ir para o emprego como se fossem para a praia: um biquini estilo fio dental e um top mínimo só para elas duas não descaírem muito.
Aí sim, será um prazer andar nos transportes públicos ou ter uma reunião chata com a chefe (que ou é um estafermo inteligente ou é estúpida que nem a porta de chapa ondulada de um estábulo de vacas indianas, mas "good like corn").
Atão até à próxima Boia
Tairocas
Grande tema e que me irrita solenemente - atão, quando eu era novo, só andava de tairocas (vem do barulho que fazem a bater no chão - trók, trók,...) ou chinelas as varinas ou outras gentinhas da chamada classe baixa.
Agora é ver as madamas todas finaças com chinela no pé mais ou menos fina, com mais ou menos brilhantes mas sempre a BATEREM no chão com uma MERDA DUM BARULHO QUE ME POE DOIDO.
Depois há aquelas que têm as unhas arranjadas, uns joanetes jeitosos mas, em compensação, aparecem outras que, só de olhar para os pés, dá logo vontade de vomitar.
Em termos estéticos o sapato passou a ter uma importância mínima e o que importa mostrar é o pé.
Ora aqui é que temos a minha 1ª grande esperança - quando é que as mulheres (melhor... as miudas boazonas) estendem este tipo de aproximação a todo o corpo e passam a ir para o emprego como se fossem para a praia: um biquini estilo fio dental e um top mínimo só para elas duas não descaírem muito.
Aí sim, será um prazer andar nos transportes públicos ou ter uma reunião chata com a chefe (que ou é um estafermo inteligente ou é estúpida que nem a porta de chapa ondulada de um estábulo de vacas indianas, mas "good like corn").
Atão até à próxima Boia
Importo, n/importo, Importo, n/importo, Importo, n/importo, Importo, n/importo, Importo, n/importo
Cambada de marinheiros bebados que me fecharam no porão e não conseguia sair daquela merda e depois ainda me fecharam o acesso ao bulogue e não conseguia cagar o que me apetecia e só me davam água mas eu queria uma cerveja do mundial de 2006 e não sei quem ganhou mas tambem não me interessa porque nada me interessa quando estou bebado e só me interessa ver onde ponho os pés para não bater com os cornos no chão.
Até pareço o Saramago.
Quanto ao desafio... não me importo com desafios, nem com p..tinhas jardim nem com paulas bobocas nem que os meus pseudo amigos não queiram jantar há um COLHÃO de tempo, nem que o Bush fique, vá, caia ou morra, e não sei se já são 6 mas também não me importo.
Já tou a tomar balanço.
Vou iniciar um novo tema nesta merda de bulogue - BOIAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER.
É uma mistura de poias com pérolas a porcos com cantigas daquilo e outras tretas que me apetecerem.
Estarei, como bom tripulante, CAGANDO para os comentários, quqlaquer que seja o modo como me enviam.
As diarreias escritas serão numeradas como 1, 3, 5, 7, .... ou seja só numeros impares porque eu sou um gajo impar e não vai haver par para mim (já não há).
E com esta encerro para emitir o primeiro efluvio.
Até pareço o Saramago.
Quanto ao desafio... não me importo com desafios, nem com p..tinhas jardim nem com paulas bobocas nem que os meus pseudo amigos não queiram jantar há um COLHÃO de tempo, nem que o Bush fique, vá, caia ou morra, e não sei se já são 6 mas também não me importo.
Já tou a tomar balanço.
Vou iniciar um novo tema nesta merda de bulogue - BOIAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER.
É uma mistura de poias com pérolas a porcos com cantigas daquilo e outras tretas que me apetecerem.
Estarei, como bom tripulante, CAGANDO para os comentários, quqlaquer que seja o modo como me enviam.
As diarreias escritas serão numeradas como 1, 3, 5, 7, .... ou seja só numeros impares porque eu sou um gajo impar e não vai haver par para mim (já não há).
E com esta encerro para emitir o primeiro efluvio.
quarta-feira, junho 25, 2008
A estatística é uma coisa tramada
Todos os dias somos inundados de rankings de toda a forma e feitio, desde medidores de pessimismo a utilizadores de camisa de vénus. A coisa é de tal maneira que cada vez que o país está mal classificado (o que é quase sempre) sinto uma vontade inabalável de inventar uma estatística onde pelo menos não estejamos mal classificados. Pôrra, meu, nós somos maus mas se calhar há-de haver alguma coisa ou coisas onde nós sejamos bonzinhos, ou sofríveis, ou, vamos lá, do meio da tabela para cima. Sei que é difícil, mas com um pouco de imaginação pode ser que a coisa vá. Por exemplo, “percentagem de homens que usam bigode”, seria excelente para equilibrar as contas do ranking da violência doméstica, ou então “percentagem de homens com a unha do dedo mindinho grande” onde certamente alcançariamos o primeiro lugar. Outra hipótese seria “percentagem de gajas com telemóveis cor-de-rosa”, estatística importante por revelar um toque de feminilidade em contraponto a homens de bigode, com a unha grande do mindinho, e que dão porrada nas mulheres. A coisa até poderia melhorar caso a estatística investigasse quantos portugueses declaram ao fisco o ordenado mínimo nacional com dois ou três carros topo de gama estacionados à porta da maison na Quinta da Marinha, e do iate atracado na marina de Vilamoura, sem falar do monte no Alentejo. E melhor seria se esta estatística fosse alargada aos tais que usam bigode, têm a unha do mindinho com três centímetros, e que dão porrada nas mulheres que usam telemóveis cor-de-rosa. Claro que neste caso teríamos de separar os que jogam golfe e canasta dos que preferem empatar nos casinos e nas ucranianas, os que usam bigode dos que usam a barba de três dias, dos que usam cabelo à Gilberto Madaíl dos que usam cabelo à Nuno Melo, dos que passeiam com mulheres tipo barbie durante o dia, dos que passeiam mulheres tipo barbie durante a noite, dos que moram na Quinta da Marinha dos que moram em vivendas com repuxos e estátuas de anõezinhos no jardim, e por aí fora. Estou certo que em qualquer destas permissas alcançaríamos o primeiro lugar, o que teria certamente o efeito benéfico de levantar o moral ao pessoal que anda muito por baixo por causa de estatísticas tipo “ordenados mais baixos”, “piores rankings a matemática”, “maior desnível entre ricos e pobres”, por exemplo. E por causa disto é que o país é varrido de norte a sul com uma onda de pessimismo que, como não podia deixar de ser, passou a tema de estatística com os resultados classificativos que já se adivinhavam.
Estão a ver a idéia?
Estão a ver a idéia?
sexta-feira, junho 20, 2008
Forca, Portugal!!
É pá, a culpa é toda do Ricardo e do Scolari, pá, e do Paulo Ferreira, e do Ronaldo que para melhor do mundo e arredores não jogou uma beata, pá, e do Moutinho que só tem 15 cm de altura, e do cabrão do arbitro que não marcou falta ao alemão que empurrou o Paulo Ferreira, e depois os gajos só comem salsichas com joelho de porco e cerveja, e nós é mais sardinhas, bacalhau e vinho tinto, pá, e por isso é que a gente não cresce, somos uns enfezadinhos da treta com jeitinho para jogar à bola assim tipo artista de circo, mas os outros é que marcam os golos, os outros, os gajos que parecem barrotes a jogar à bola, pá, isto anda por aqui muita injustiça, nós éramos os melhores, os maiores, o Ronaldo era o melhor do mundo, e toma lá que já almoçaste! Nada disto é porreiro, pá, andámos nós, os maiores, a escrever grandes tratados que os outros ditavam para vir assim uns irlandeses estragar-nos a festa, pá, pôrra, pá, irlandeses e alemões são uns empata-fodas, gajos assim que se ressacam à custa de cerveja deveriam ser banidos do continente e ir rejeitar tratados para a Micronésia e jogar futebol nas ilhas Fidji. É pá, mais uma vez estragaram a festa ao pessoal, e agora andam para aí a dizer mal do Scolari e do Madaíl e do Sócrates e do Ricardo e do Barroso e do Cavaco e se nós tivéssemos vencido a Alemanha a coisa até seria diferente, aí sim seríamos os melhores do Sistema Solar, ou da Via Láctea, e todos estes gajos seriam agora uma espécie de santos, a ombrear com o Santos Silva e o Espírito Santo. É pá, um pobrezinho quando lhe dão uma sopinha aquilo até lhe sabe a lagosta com caviar e Don Perignon, se nos dessem a taça da Europa, a gente até se esquecia que o Madaíl existia, que o Scolari se vai embora, que o Sócrates ainda vai andar por cá muito tempo mais o Cavaco, é pá, a gente também tem direito, sei lá, já não falo em lagosta com caviar e champanhe mas, direito a que nos deixem em paz e sossegadinhos durante algum tempo, pá, sem chatear, pá, façam de conta que a gente não existe, os portugas não existem, pá, Portugal não existe, é o zero absoluto, o Nada, o Inominável, o buraco negro, é pá, só um bocadinho, façam ainda mais de conta que a gente não existe nem nunca existiu, mas agora a sério, pá, por favor, a sério, não custa nada...
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que mal fiz eu para escrever isto?
sexta-feira, junho 13, 2008
Coisas que não me importo, parte II
Com as mini-férias já a entrarem na fase descendente, este tripulante promete empanturrar-se de penitências e hóstias a granel pela resposta tardia, mas como mais vale tarde que nunca aqui vai a resposta ao solene desafio do Antropocoiso sobre "Dizer 6 coisas que não se importe de fazer ou de ter". Como o comandante se encontra como sempre em parte incerta a tratar dos seus negócios de uma espécie de porno-resort, o Timoneiro está algures a envernizar o leme e a escrever "as mil e uma coisas que não vou fazer durante a reforma", o Decano continua extremamente ocupado a fazer não sei o quê com a Decana, e o resto da Tripulação ainda não se refez do enjoo, tomo a liberdade de passar a responsabilidade para outros blogues dos quais sou leitor assíduo e deixar estes tripulantes da treta de monco caído.
Sendo assim, aqui vai:
1º Não me importo de não ter um milhão um milhão de euros na conta bancária. Se os tivesse garanto que os gastaria muito mal gastos.
2º Não me importo que o Sócrates desça nas sondagens, que BE e o PCP subam ou que o Alegre forme um novo partido. Garanto que o meu boletim voto vai continuar a levar com o mesmo símbolo fálico do costume artisticamente desenhado.
3º Não me importo nada, mesmo nada, que a rádio só passe música anglo-saxónica de má qualidade ou que TV só dê telenovelas. Os meus cd´s de jazz e os meus DVD´s preferidos continuam a ser a melhor opção.
4º Não me importo de abusar de um belo petisco ou saborear umas cervejas ou um bom vinho. Nem que o colesterol suba a pique ao ritmo dos combustíveis.
5º Não me importo de continuar a conviver com os meus amigos mesmo que esses convívios sejam, infelizmente, cada vez mais espaçados.
6º E por fim, não me importo nada, mesmo nada, que o Bush vá dar uma volta. Haverá sempre um Obama que espera por nós no escuro da viela a afiar a faca.
E passo o inquérito ao Dragão, ao Samuel, ao Anarca, ao Animal à Minerva, e ao Kaos.
Sendo assim, aqui vai:
1º Não me importo de não ter um milhão um milhão de euros na conta bancária. Se os tivesse garanto que os gastaria muito mal gastos.
2º Não me importo que o Sócrates desça nas sondagens, que BE e o PCP subam ou que o Alegre forme um novo partido. Garanto que o meu boletim voto vai continuar a levar com o mesmo símbolo fálico do costume artisticamente desenhado.
3º Não me importo nada, mesmo nada, que a rádio só passe música anglo-saxónica de má qualidade ou que TV só dê telenovelas. Os meus cd´s de jazz e os meus DVD´s preferidos continuam a ser a melhor opção.
4º Não me importo de abusar de um belo petisco ou saborear umas cervejas ou um bom vinho. Nem que o colesterol suba a pique ao ritmo dos combustíveis.
5º Não me importo de continuar a conviver com os meus amigos mesmo que esses convívios sejam, infelizmente, cada vez mais espaçados.
6º E por fim, não me importo nada, mesmo nada, que o Bush vá dar uma volta. Haverá sempre um Obama que espera por nós no escuro da viela a afiar a faca.
E passo o inquérito ao Dragão, ao Samuel, ao Anarca, ao Animal à Minerva, e ao Kaos.
quinta-feira, junho 05, 2008
Coisas de que não me importo
Estava eu absorvido nas análises atentas ao desenvolvimento do mais importante acontecimento nacional, eis senão quando dou por mim a ver o "Antropocoiso" e no seu sub-item "É a vida", o meu amigo Paulo Granjo me faz o convite para entrar na corrente do "Não me importo..".
Digo-vos que só o Paulo seria alguém para desviar-me a atenção do fundamental desígnio luso a que todos nós, por certo e como autênticos portugas dos sete costados, estamos obrigados a seguir neste momento crucial em que a lusa pátria está em perigo.
Assim, dei descanso às teclas do comando da tv, desliguei os dois rádios portáteis que berravam em simultâneo e pus de lado os quatro jornais diários que estava lendo, dedicando-me por breves instantes a responder ao desafio que o meu amigo me lançava. Sei que não é de patriota, mas o Scolari e o Ronaldo que me desculpem, pois o euro 2008 fica interrompido por agora. Mas só até acabar estas breves palavras. Juro!
Colocado no leitor de cd´s o album Somethin` Else do Cannonball Adderley, qual musa inspiradora, aqui seguem as 6 coisas de que não me importo. E em boa verdade vos digo que não apenas não me importo, como não me importo mesmo nada.
-Não me importo de dizer o que me vai na cabeça, por muito estranho que possa parecer aos outros ou mesmo contrariando a corrente dominante, ou até podendo ferir susceptibilidades mais afoitas, desde que seja a minha verdade assumida.
-Não me importo com o que os outros podem pensar de mim, desde que não me ofendam ou agridam em formas inaceitáveis e que eu o saiba.
-Não me importo com as alarvices de políticos, comentadores de gaiola e outros que tais, mas não deixo de estar atento.
-Não me importo de passar várias horas em aeroportos apenas para apanhar um vôo de ligação para o destino que quero atingir, desde que o seja planeado.
-Não me importo com deuses, nem anjos, nem arcanjos.
-Não me importo com a bola.
Agora, pois que venham mais 6 e sigam as regras indicadas abaixo: O Ezequiel, o Humberto, o Luis S., a Minela, o Vasco e o Joaquim.
Regras:
- Dizer 6 coisas que não se importe de fazer ou de ter.
- Colocar o link da pessoa que o "mimou".
- Colocar as regras no blog.
- Desafiar 6 pessoas, deixando um comentário nos seus blogs.
Digo-vos que só o Paulo seria alguém para desviar-me a atenção do fundamental desígnio luso a que todos nós, por certo e como autênticos portugas dos sete costados, estamos obrigados a seguir neste momento crucial em que a lusa pátria está em perigo.
Assim, dei descanso às teclas do comando da tv, desliguei os dois rádios portáteis que berravam em simultâneo e pus de lado os quatro jornais diários que estava lendo, dedicando-me por breves instantes a responder ao desafio que o meu amigo me lançava. Sei que não é de patriota, mas o Scolari e o Ronaldo que me desculpem, pois o euro 2008 fica interrompido por agora. Mas só até acabar estas breves palavras. Juro!
Colocado no leitor de cd´s o album Somethin` Else do Cannonball Adderley, qual musa inspiradora, aqui seguem as 6 coisas de que não me importo. E em boa verdade vos digo que não apenas não me importo, como não me importo mesmo nada.
-Não me importo de dizer o que me vai na cabeça, por muito estranho que possa parecer aos outros ou mesmo contrariando a corrente dominante, ou até podendo ferir susceptibilidades mais afoitas, desde que seja a minha verdade assumida.
-Não me importo com o que os outros podem pensar de mim, desde que não me ofendam ou agridam em formas inaceitáveis e que eu o saiba.
-Não me importo com as alarvices de políticos, comentadores de gaiola e outros que tais, mas não deixo de estar atento.
-Não me importo de passar várias horas em aeroportos apenas para apanhar um vôo de ligação para o destino que quero atingir, desde que o seja planeado.
-Não me importo com deuses, nem anjos, nem arcanjos.
-Não me importo com a bola.
Agora, pois que venham mais 6 e sigam as regras indicadas abaixo: O Ezequiel, o Humberto, o Luis S., a Minela, o Vasco e o Joaquim.
Regras:
- Dizer 6 coisas que não se importe de fazer ou de ter.
- Colocar o link da pessoa que o "mimou".
- Colocar as regras no blog.
- Desafiar 6 pessoas, deixando um comentário nos seus blogs.
segunda-feira, junho 02, 2008
Os reformados
Como alguns dos tripulantes desta embarcação à deriva já se encontram na reforma, enquanto outros fazem os impossíveis para lá chegar, achei pertinente manifestar aqui publicamente (se é que existe público leitor desta trampa) o meu total e incondicional estado de espírito sobre esta nova vida que se oferece aos ditos tripulantes: INVEJA!!!
Pois, é assim que eu me sinto, invejoso por ver o Estado a pagar para não fazerem a ponta de um corno, enquanto o mesmo Estado paga a outros muitíssimo melhor para ainda fazerem menos, apesar de oficialmente continuarem no activo. Espero assim que os marinheiros que a partir de agora têm os seus tempos ocupados a não fazerem nada, que se dignem interromper um pouco a sua tão árdua tarefa e postem aqui qualquer coisinha nem que seja para me mandar à merda. É que eu, não sei se sabem, ainda me faltam uns aninhos para a reforma se não correrem comigo antes, e, apesar disso, ainda consigo encontrar paciência para impedir que este blogue se esfume na negritude do esquecimento (esta foi mesmo rebuscada!).
Se esqueceram como se escreve em "bom" português, recordo que recentemente foi aprovado o tal acordo ortográfico que vai fazer com que a língua portuguesa seja ainda mais universal, quer na forma escrita quer na forma de sexo oral.
A todos os tripulantes neo-reformados desejo uma aposentação digna de um bom português, com bandeirinha nacional à janela, concursos de televisão, discos do José Cid e o livro do Cristiano Ronaldo. Ah, e não se esqueçam de votar na Manela Ferreira Leite quando a isso forem chamados, pois a tipa agora é assim toda social e amiga dos pobrezinhos e reformados e coiso...
Pois, é assim que eu me sinto, invejoso por ver o Estado a pagar para não fazerem a ponta de um corno, enquanto o mesmo Estado paga a outros muitíssimo melhor para ainda fazerem menos, apesar de oficialmente continuarem no activo. Espero assim que os marinheiros que a partir de agora têm os seus tempos ocupados a não fazerem nada, que se dignem interromper um pouco a sua tão árdua tarefa e postem aqui qualquer coisinha nem que seja para me mandar à merda. É que eu, não sei se sabem, ainda me faltam uns aninhos para a reforma se não correrem comigo antes, e, apesar disso, ainda consigo encontrar paciência para impedir que este blogue se esfume na negritude do esquecimento (esta foi mesmo rebuscada!).
Se esqueceram como se escreve em "bom" português, recordo que recentemente foi aprovado o tal acordo ortográfico que vai fazer com que a língua portuguesa seja ainda mais universal, quer na forma escrita quer na forma de sexo oral.
A todos os tripulantes neo-reformados desejo uma aposentação digna de um bom português, com bandeirinha nacional à janela, concursos de televisão, discos do José Cid e o livro do Cristiano Ronaldo. Ah, e não se esqueçam de votar na Manela Ferreira Leite quando a isso forem chamados, pois a tipa agora é assim toda social e amiga dos pobrezinhos e reformados e coiso...
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daqui a dez anos a gente conversa
terça-feira, maio 13, 2008
Não esqueçam...
Só quero chamar a atenção que hoje é 13 de Maio...e como alguém muito bem observou Portugal é o país dos quatro éfes: Fado, Futebol, Fátima e Foda-se!
quinta-feira, maio 08, 2008
Implosões
Outro dia discutia-se cá em casa sobre competências e incompetências profissionais, e vai eu com a minha ignorância acumulada de frustações de muitos anos atirei a bisca para o ar que tal coisa não existe, o que existem são apenas bons padrinhos. Os que sobram, competentes ou não, vão engrossar o leque salarial dos 500 € mensais e da mão de obra escrava para todo o serviço a qualquer hora e dia da semana. O que eu fui dizer! A prima da tia da minha cunhada empinou o corpete e arrotou que eu era um reles esquerdista-bloquista-comuna. O tio Aparício passou a gânfia pelo bigode de piassaba e atirou-me muito moderadamente um “se calhar não é bem assim...”. O rameloso do meu primo que é chucha desde que o Soares engavetou o socialismo, esticou o queixinho de puta na minha direcção e apontou o dedo acusador entre os meus olhos balbuciando impiedoso “És um cabrão, Ferdinando, e eu que tinha tanta esperança em ti!”. Ao ver o resultado da minha inocente opinião estar a formar contornos de peixeirada, e ainda por cima com a tia Isméria a rogar pragas e a rezar o terço implorando para que nos calássemos, atiçei ainda mais as hostes com um desenchabido “A vossa sorte é que não há oposição credível senão outro galo cantaria!”.
O tio Américo que ganha a vida a construir urbanizações com dois éles no nome tipo Villa ou Village, para justificar a venda a preços de luxo, cuspiu o havano para a carpete acabadinha de comprar na Moviflor e levantou um punho recheado de cachuchos na minha direcção enquanto vociferava colérico que eu não tinha o direito de ofender o único partido da oposição, PSD de seu nome, o único partido cujos apaniguados deram anos atrás ao país o desenvolvimento em forma de tiras de alcatrão e paletes de betão armado. Vai daí o chucha rameloso, meu primo por simples acaso familiar, puxou os galões da militância e atirou ao tio Américo com a defesa das liberdades democráticas e a adesão de Portugal à claque europeísta, coisa que pêéssedês e quejandos nunca se poderiam gabar. O caldo já estava entornado, e a alcatifa da Moviflor começou a arder no ponto onde o havano do tio aterrara depois da cuspidela. A avó Urzelina, pessoa experiente e sábia destas coisas, vazou a água do jarrão de porcelana que continha a última rosa murcha do dia da mãe do ano passado em cima das chamas, e com esse gesto simples e comedido pareceu pôr alguma água na fervura. Só aparência, porque na realidade O tio Américo inchava a sua vermelhidão sobre o rameloso, a prima-da-tia-da-minha-cunhada jurava a pés juntos que o Salazar haveria de regressar e pôr o país na ordem, o tio Aparício coçava a timidez disfarçada no seu sanitário bigode, a tia Isméria balbuciava histéricas hossanas à Irmã Lúcia, e eu de repente dei de caras com o ar de profundo gozo da prima Ossétia, que, alheia ao espectáculo, enrolou o seu braço do meu e me desviou dali para fora, quiçá para antros mais recolhidos e alheios à crise.
O que sei é que já não terei emprego na Mota-Engil, nem como trolha, e suspeito que alguém redigiu um novo testamento em que o meu nome de beneficiário foi irremediávelmente apagado. Mas resta-me o aconchego da minha querida prima Ossétia, só ela sabe a maneira de me levantar o moral. E bem aproveitada talvez até levantasse o país, quem sabe!
quarta-feira, abril 23, 2008
Prontos para a tosquia
Qualquer rebanho tem tendência em seguir o bode mais velho, o que tem os cornos mais duros. Isto quando o cão de guarda não ferra o dente em algum quadril para se fazer respeitar. O respeitinho tem de facto uma hierarquia, uma linha recta de autoridade.
No rebanho, o cão ladra e morde para impor um determinado sentido, enquanto o bode discute à marrada o direito à supremacia sobre os outros machos pelo domínio das fêmeas. De facto, quem manda é o cão, que tem mais a ver com matilhas do que com rebanhos.
Quando o rebanho se tresmalha, cada macho tende a formar o seu próprio grupo pastoril seduzindo os outros, movendo influências, apelando às élites. Por vezes o bode velho remete-se a um silêncio táctico, deixa os outros avançar e tomar a dianteira, deixa-os levar o rebanho até à beira do precipício. Quando o leite azeda, o bode velho chega-se à frente empurrado pelos outros bodes, pois sabem que mais cedo ou mais tarde a sua vez há-de chegar.
Quanto ao pasto, terá de servir apenas para os mais chegados. Os outros, os cordeirinhos, servirão apenas para empurrar o bode velho até ao comando do rebanho, e depois serão descartados implacávelmente. É que há sempre um lobo mau à espreita na floresta que necessita de ser alimentado. Às vezes veste uma pele de cordeiro, outras confunde-se com um cão de guarda.
Por estas e por outras é que já se confundem rebanhos com varas de porcos cor-de-rosa.
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isto é suposto ser uma fábula,
mas não sei,
não
sexta-feira, abril 18, 2008
O que será de nós?
Sem o Herman, com os "Gato Fedorento" em hibernação, com o Santana caladinho, só restava este rei da comédia para animar. Será que vai e não volta?
Sinceramente, num país com tanta falta de humor deviam conservar quem tem um talento inato para fazer rir.
Há quem se esforçe, mas nunca terá piada.
brown nose
... ou ass-kisser, para designar os famigerados lambe-cús que proliferam um pouco por toda a sociedade.
Isto em inglês até tem mais piada To suck up or be very nice to your boss or teacher to earn special treatment..
No actual PSD adivinha-se uma mão cheia deles para os tempos mais próximos.
Isto em inglês até tem mais piada To suck up or be very nice to your boss or teacher to earn special treatment..
No actual PSD adivinha-se uma mão cheia deles para os tempos mais próximos.
segunda-feira, abril 14, 2008
Consumistas de todo o mundo, uni-vos!
A maior dificuldade em ir ao hipermercado prende-se com a falta de paciência. Atura-se de tudo, e o que é mais grave, ninguém é dono do seu próprio tempo. Mal chego tiro logo uma senha de peixe para amanhar e vou directo para a fila do pão fresco para ganhar tempo, depois passo para a fila do queijo fatiado, em seguida do fiambre da perna, recolho as hortaliças e as frutas e vou para a fila da pesagem, a meio caminho entre os corredores de comida de gato e roupa de saldo dou de caras com o fulano que esteve comigo na associação de não sei quantos, a fazer já não me lembra o quê, e se me esqueci do nome do tipo ao fim de dois ou três anos, o gajo lembra-se do meu perfeitamente e lá vem o rol de cumprimentos, palmadas nas costas, e por fim as queixas da política, do sistema, da sogra, do cão que percebe tudo o que se lhe diz, do filho que tirou 10 a Matemática, da filha que está vai não vai para entrar na Universidade, e que vai alternando entre as caixas do Pingo Doce e as vendas de roupa do Corte Ingles, enfim, um rol de banalidades. Tento despachar o tipo o mais diplomáticamente possível, mas a coisa está difícil. E quando estou quase a enfiar-lhe uma garrafa de cerveja pelo olho esquerdo, eis que lhe toca o telemóvel, é pá, desculpa é a minha mulher, e eu respiro fundo, recolho a cerveja no carrinho, despacho-o com um “gosto em ver-te” e até à próxima, oxalá seja na terra do são nunca à tarde, que nem o cabrão do teu nome eu consigo recordar. Às tantas lembro-me da senha do peixe para amanhar e lá vou eu a acelerar fazendo gincanas arriscadas pelo meio dos carrinhos de compras, carrinhos de bébés, velhas decrépitas, putos à procura dos pais, bétinhas agarradas ao telemóvel. Quando vejo que o número de ordem da peixaria está mais de uma dezena à frente do meu a vontade de partir qualquer coisa ganha cada vez mais força mas em vez disso tiro outra senha e aguardo calmamente a minha segunda vez. Somos um país de brandos costumes, nada de exageros. Ao fim de uma hora de silencioso desespero e já com os chicharros devidamente amanhados a contaminarem de mau cheiro as couves e os alhos franceses, empurro o carrinho em direcção às caixas, e acontece que por coincidência a que tem menos gente na fila é aquela que “vai fechar” como diz a lambisgóia com cara de assobio que está de serviço à caixa. A minha sina é esta, vou para outra fila, a coisa vai andando lentamente com o puto que está com a mãezinha à minha frente a encher-lhe o carrinho com pastilhas elásticas, a mamã a dizer que não “porque ficas sem dentes” o puto insiste, faz birra, reprimo a vontade de lhe abonar a fuça com um tabefe bem dado, mas pôrra!, depois o fodido era eu, e a mamã lá cede, com um encolher de ombros. Mas há sempre mais qualquer coisa a emperrar o sistema, ou é um código de barras que não passa e é preciso chamar alguém para resolver o assunto e ninguém atende o telefone, ou alguém se esqueceu de pesar os bróculos, e quando estou prestes a cortar os pulsos eis que chega a minha vez. Não sei o que faria à menina da caixa se por ironia do destino o multibanco ficasse de repente fora de serviço, creio que um golpe assim na minha insanidade mental levaria a transformar a menina num código de barras.
Como se vê, quem anda às voltas em hipermercados está em permanente suspensão num precipício sem fim, num muito bem afiado fio de navalha. E depois queixam-se que a vida está cara, que a culpa é do governo, que a culpa é da oposição, que a culpa é do raio que nos parta a todos. Se houvessem mais hipermercados mais a clientela se dispersava por todos eles, e assim uma suicida sessão de compras poderia tornar-se num prazer orgástico para toda a família, e num belo exemplo a apresentar pelo sucesso da sociedade de consumo.
Consumistas de todo o mundo, uni-vos!
Como se vê, quem anda às voltas em hipermercados está em permanente suspensão num precipício sem fim, num muito bem afiado fio de navalha. E depois queixam-se que a vida está cara, que a culpa é do governo, que a culpa é da oposição, que a culpa é do raio que nos parta a todos. Se houvessem mais hipermercados mais a clientela se dispersava por todos eles, e assim uma suicida sessão de compras poderia tornar-se num prazer orgástico para toda a família, e num belo exemplo a apresentar pelo sucesso da sociedade de consumo.
Consumistas de todo o mundo, uni-vos!
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