Prender a atenção de um público ou de uma audiência tem que se lhe diga. Provocar-lhe emoções de vário tipo (riso, comoção, ansiedade, temor, repulsa) é uma tarefa ainda mais árdua. Pode-se tentar exprimir temor e a plateia desatar às gargalhadas, pode-se tentar comover e gerar repulsa.
Mestre Hitchcock geria como ninguém as emoções do espectador. Aliás o cinema tem sido a arte onde as emoções mais se conjugam para construir um êxito. Criar o suspense até aos limites do suportável para depois conseguir surpreender a plateia com o climax final não é para todos. Spielberg a seu modo também manobra o público com cenas imprevistas de acção ou dramas familiares cheios luz, cor e aventura a milímetros do ridículo sem nele cair. Mestre do fascínio era Sergio Leone, com os seus personagens a espalharem violência entre o Oeste americano e as ruas sujas de Nova Iorque da lei seca, embalados pela música incontornável de Ennio Morricone numa sucessão inesquecível de emoções de fazer eriçar os cabelos da nuca.
Em política, saber cativar o eleitor não é também uma tarefa fácil. Daí os partidos recorrerem a empresas de marketing e de tratamento de imagem. Mas a tentação da promessa fácil é muito forte. Prometer o céu para ganhar votos é chão que já deu uvas.
Então a opção é falar. Falar pelos cotovelos, exprimir opiniões, comentar na TV e nos jornais, falar sobre si próprio, aparecer em público, mas o resultado final só revela que afinal não se tem nada para dizer. O público aborrece-se.
Daí as novas estratégias alternativas, o “falar só quando se tem algo a dizer”, “gerir os silêncios”, “criar tabús”, etc..
Mas como em política não existem Hitchcocks, o resultado é uma leve curiosidade antes do levantar do pano, e no final a sensação que o filme não é mais que uma tela em branco. O que vem provar mais uma vez que a política não se confunde com a Arte.
Quando muito terá algumas semelhanças com o teatro.
De fantoches.
Mestre Hitchcock geria como ninguém as emoções do espectador. Aliás o cinema tem sido a arte onde as emoções mais se conjugam para construir um êxito. Criar o suspense até aos limites do suportável para depois conseguir surpreender a plateia com o climax final não é para todos. Spielberg a seu modo também manobra o público com cenas imprevistas de acção ou dramas familiares cheios luz, cor e aventura a milímetros do ridículo sem nele cair. Mestre do fascínio era Sergio Leone, com os seus personagens a espalharem violência entre o Oeste americano e as ruas sujas de Nova Iorque da lei seca, embalados pela música incontornável de Ennio Morricone numa sucessão inesquecível de emoções de fazer eriçar os cabelos da nuca.
Em política, saber cativar o eleitor não é também uma tarefa fácil. Daí os partidos recorrerem a empresas de marketing e de tratamento de imagem. Mas a tentação da promessa fácil é muito forte. Prometer o céu para ganhar votos é chão que já deu uvas.
Então a opção é falar. Falar pelos cotovelos, exprimir opiniões, comentar na TV e nos jornais, falar sobre si próprio, aparecer em público, mas o resultado final só revela que afinal não se tem nada para dizer. O público aborrece-se.
Daí as novas estratégias alternativas, o “falar só quando se tem algo a dizer”, “gerir os silêncios”, “criar tabús”, etc..
Mas como em política não existem Hitchcocks, o resultado é uma leve curiosidade antes do levantar do pano, e no final a sensação que o filme não é mais que uma tela em branco. O que vem provar mais uma vez que a política não se confunde com a Arte.
Quando muito terá algumas semelhanças com o teatro.
De fantoches.
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