O p?nico alastra na propor??o directa em que o medo, a inseguran?a e a d?vida se instalam na cabe?a das pessoas.
Isto vem a prop?sito, e n?o s?, face ? carnificina que aconteceu agora em Madrid.
At? agora, e j? alguns pensadores o disseram, o p?nico andava um pouco mais arredado destas bandas pois tudo se passava l? longe, onde a dist?ncia funciona como um sedativo que leva o portuga a pensar:"Aquilo ? l? longe, tenho pena mas n?o ? nada comigo!"
Mas quando toca ? nossa porta, e nem sequer na Europa mais distante, mas mesmo no ?nico pa?s com quem temos fronteiras, Espanha, isto j? pia mais fino. Ainda por cima numa cidade visitada por muitos dos nossos compatriotas, ? falta de imagina??o para outros destinos ou condi??es econ?micas que o permitam.
De facto, e esta ? a raz?o porque escrevo estas linhas, o estado desenvolvido do "marketing" pol?tico que tem pautado os tempos actuais leva, sem sombra de d?vida, ao adormecimento das mentes menos avisadas ou despertas para uma consci?ncia universalista do que se passa por esse mundo fora, limitando-lhes o entendimento dos porqu?s e enevoando as raz?es de origem de tal situa??o. E n?o ? por falta de informa??o, embora na maioria dos pasquins e tv?s seja mais como desinforma??o, ou dados sintom?ticos do estado de coisas que o pessoal anda atordoado e tr?pego mentalmente.
? sim no interesse dos senhores do mundo actual que elegeram como b?sico para a legitima??o do seu poder, econ?mico e seus derivados pol?tico e social, o desenvolvimento de refinados canais de propaganda e actua??o baseados na mentira, na aldrabice, na confus?o e, acima de tudo, na produ??o da "verdade", do "bom" e do "correcto", pol?tica e socialmente.
Se ?, sem sombra de d?vida, humanamente certo condenar com todas as for?as poss?veis os actos assassinos dos atentados contra pessoas indefesas e an?nimas em qualquer parte do mundo, seja na Turquia, Israel, Palestina, EUA, ou recentemente em Madrid, tamb?m o ser? perante actos igualmente assassinos perpretados por pa?ses ditos "democr?ticos" sobre outros pa?ses e regi?es, donde os EUA t?m o score mais elevado atrav?s das suas CIA?s e comandos militares, tal como alguns outros de onde os exemplos recentes da Indon?sia e Israel.
? fundamental que, nos tempos modernos em que vivemos, cada um de n?s seja uma tv e um jornal para denunciar, sempre que o seja poss?vel e junto de todos os que nos rodeiam, que os assassinos n?o s?o apenas os que executam os assassinatos, mas tamb?m e muito mais perigosos, os senhores do mundo actual que os alimentam, os treinam ou lhes d?o o motivo para actuarem dessa forma.
E tudo isto para, mais uma vez, chamar a aten??o para o perigo real existente que paira sobre os povos quando a opini?o p?blica ? de imediato bombardeada, no interesse de alguns poderes, com a formula??o de "verdades" f?cilmente vend?veis tais como assistimos agora de Madrid, e logo secundado pelo G.Bush, ao incriminar a ETA. De igual forma como foi incriminado o regime do Iraque face ? exist?ncia de armas terr?veis.
O embuste, por si s?, n?o pode descriminalizar o acto, mas ? motivo suficiente para criar e desenvolver o p?nico de que temos de ser "bonzinhos" e "alinhar com esses poderes" como forma de n?o virmos a ser conotados como "terroristas".
Atente-se apenas a quem serve a cria??o e manuten??o de estados de medo e inseguran?a em popula??es maiorit?riamente menos atentas: os neoliberalismos, os movimentos fascistas, as direitas internacionais!
H? que dizer basta, chamar pelos nomes e condenar os reais respons?veis destes tempos de barb?rie, sejam eles ricalha?os ou pobretanas, denunciando os interesses que servem, a mais das vezes em nome de um humanismo que ? precisamente o seu oposto: do capital pelo capital, do poder pelo poder.
E n?o se esque?am que Hitler existiu apenas ? pouco mais de 50 anos!
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