Não interessa. Repetir e odiar até à exaustão os desmandos literários dos putativos comentadores políticos da nossa praça é um trabalho desnecessário e inútil. Sujeitinhos como Pacheco Pereira, Luís Delgado, César das Neves, Ribeiro Ferreira, Pulido Valente, António Barreto, Vasco Graça Moura e outros que vegetam por aí, só tem interesse no campo da psiquiatria. Todos estes mentecaptos da escriba lusa têm traumas de infância. O cú de alguns foi apalpado por todos os colegas da primária, de certeza. Alguns outros foram acompanhados à escola pela mamã zelosa e castradora que lhes enfiava sobretudos e bonés com extensões tapa-orelhas em pleno verão. A frustação não deu lugar à rebeldia mas sim a um profundo azedume bem aproveitado pelos políticos do establishment, quer façam ou pareçam não fazer favores ao poder político do momento. Analizam, dissecam, fazem autópsias de circunstância e ao sabor das pregorrativas propagandisticas do momento, e esquecem-se das contradições que emergem nas entrelinhas da sua escrita. Não que seja um pecado entrar em contradição, mas dizer exactamente o contrário do que se disse antes fazendo parecer que isso é o desenrolar lógico de todo um pensamento é uma pura vigarice intelectual. Não é assim Professor Marcelo?
Camões bem se esforçou para fazer da pátria língua uma obra de arte, para virem agora as luminárias da incompetência oral e escrita servirem-se do vocábulo para ilustrar comentários em jeito de anúncio de detergente manhoso em horário nobre na TV.
Não interessa. Gente desta inunda os editoriais dos jornais, os artigos de opinião e as mesas redondas da TV. E sabem todos de tudo, anunciando a catástrofe para daqui a três meses e o paraíso para daqui a um ano. E eis que novas alimárias se aproximam, qual praga invasora percussora da Guerra dos Mundos. Quem é Miguel Frasquinho, douto especialista laranja em batefundos económico-financeiros, a actual cara fuínha do condomínio pêpêdista? E o João Pereira Coutinho, filho-família, cujos escritos parecem urros do Sylvester Stallone a fazer de Rambo? E todos os outros, os mercenários defensores da impopularidade das medidas governamentais de hoje e de sempre, que começam já a saltar do esgoto onde fermentam e a engrossar as fileiras do refeitório da pocilga?
Perderam o seu rico tempo, Camões, Damião de Góis, Gil vicente, mais valia terem gasto o prazer da escrita no prazer das putas, como o fez tão bem Bocage que ainda lhe sobrou talento. Mais valia que Eça, Garrett, Herculano, Pessoa se tivessem tornado aventureiros sem escrúpulos como lhes competia, e partissem à descoberta da fortuna fácil, como fez Fernão Mendes Pinto, o rei dos lusos chico-espertos.
Não foi para isto que gastaram a paixão, a saúde e a inteligência.
Verborreia e gonorreia são palavras semelhantes. Rimam no fim, e propagam-se como a peste.
Não vale a pena discordar e debater.
Só o riso alarve e iconoclasta serve de escudo contra isto.
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