É pá, expliquem-me cá uma coisa, pá. Então os gajos que andam a espatifar autocarros e comboios com ingleses dentro lá para Londres, gajos que apesar de escurinhos nasceram como bifes, embora de 2ª, então o que é esses gajos aprenderam com a democracia? O que é que os faz vestirem-se de dinamite último modelo e fazerem um
belo fogo artíficio de ossinhos e carne fresca para hamburger? Eu cá não vejo razão nenhuma para isso, pá, nem pelos cerca de 30.000 iraquianos passados prós anjinhos desde a invasão, mais os estropianços nos sobreviventes, muitos deles gajas e crias que só sabem estar onde não deviam estar. Os democratas do sol-posto, esses gajos dizem cagente tem de se defender desses gajos, os terroristas, que desde o 9/11 já limparam o sebo a mais de 5.000 civilizados em todo o mundo, assassinos é o que eles são.
Imaginem que a minha prima Ossétia, que é boa como o milho, vai numa excursão a Fátima rezar pelos pastorinhos e pelo regresso do Miguel ao Benfica, e que um gajo desses que reza de cu pró ar resolve ir para o paraíso mais cedo e solta a borrasca entre Aveiras e Santarém, e deixa a A1 com o trânsito cortado nos dois sentidos durante 6 horas seguidas, com os gajos do INEM a aspirarem o que resta dos desgraçados dos peregrinos, mais os bocados da prima Ossétia misturados com aquela merda toda, coitadinha, o que é que um gajo com uma prima assim faria nestas circunstâncias? Cá por mim, se pudesse, fazia como aqueles gajos faziam na Guiné, pá, entrava numa aldeia de pretos e varria tudo à fogachada até aquilo ficar lisinho, ou então ia para o Iraque reduzir a puré todos os que me aparecessem à frente, camelos inclusivé. É que nós somos os democratas, pá, somos gente civilizada, pá, usamos gravata, cagamos sentados em sanitas, vamos ao futebol no domingo, vemos a telenovela todos os dias, ouvimos os discursos do Luís Filipe Vieira. Gajos que se vestem com reposteiros, que enfiam mosquiteiros pelo pito da mulher acima, que lêm o Coirão ou o raio que os parta não podem ser civilizados. E é por causa desses badamecos que sempre que encho o depósito do carrito a famelga fica a pão e água durante 15 dias, pá, isto não pode ser.
E depois lá tenho eu que dar dois tabefes à mulher de cada vez que ela pede comida para ela e para os putos, pôrra, não gastassem o dinheiro todo em telemóveis, e é assim que esses cabrões dos terroristas põem em causa a democracia ocidental e o equilíbrio familiar, estão a ver?
Se esses cabrões alguma vez vierem para aqui meter bombas ou tocarem na prima Ossétia com a ponta do rastilho aceso, terão de se haver comigo e com os portugas, sim que nós não somos como os panilas dos ingleses e os azeiteiros dos espanhóis que levam bordoada nos cornos e ficam-se com homenagens da treta e minutos de silêncio. Só espero que algum dia o façam aqui para mostrarmos ao mundo como somos democratas e civilizados, e irmos todos até lá partir aquela merda toda, como as claques de futebol, e não deixar um grão de areia intacto.
Se esses gajos vivessem lá na terra deles e viessem para cá, digamos, trabalhar nas obras, e por vingança estourassem umas bombinhas, sei lá, no estádio da Luz ou no estádio do Dragão em dia de lotação esgotada, ainda vá que não vá, os gajos viviam lá nos buracos da terra deles , no meio das pedras, e isto aqui fazia uma confusão do camandro nas suas pobres cabecinhas. Agora, se os artistas nascem cá, vivem cá, comem cá, trabalham cá, só têm de aprender as coisas boas da nossa democracia e a comportar-se como homenzinhos, mesmo que depois a gente corra com eles daqui para fora se por acaso andarem atrás das nossas gajas e da minha prima Ossétia.
Alguém consegue explicar isto?
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