segunda-feira, julho 11, 2005

Arrastões até mais não

Como o arrastão é um tipo de barco logo, automaticamente, falar sobre ele entra no âmbito das atribuições comentaristas da TM (como se nós nos limitássemos a isto).

Primeiro, afinal parece que não foi um arrastão mas uma simples ?bote? ou ainda melhor, uma ?chata? (e isto não se refere à vossa sogra) que a comunicação social e os pasquimlistas portugueses, como não têm capacidades de investigação (nem de redacção, escrita, etc.) resolveram empolar, aumentar, multiplicar, etc. para tentar subir na carreira e/ou vender mais pasquins.
Finalmente está a vir ao de cima, trazida por jornalistas mais sérios (infelizmente são tão poucos!!!) alguma verdade. Mesmo o ?barquinho de papel? da Quarteira foi um ajuntamento de pessoal que passou a noite numa ?rave? e depois foi curtir uma de sol e sono para a praia até à hora de vir para cima.
Segundo, têm aparecido montes de comentários mais ou menos racistas em relação à cor, à nacionalidade, ao Portuguesismo, etc. Ora somos todos de cor (uns mais escuros que outros), quanto à nacionalidade voltamos aos portugueses de 1ª (que eram os do continente) e os de 2ª (que eram os das colónias ? mesmo se fossem de cor clara) ?. Quanto ao Portugal bem podem cagar nele quando sobrevivemos à custa dos subsídios da CE e estes mesmo assim vão só para alguns.
Já dei formação técnica em Angola e tive alunos pretos que trazia de caras para cá e trocava imediatamente por colegas brancos, tal era a diferença de inteligência, formação e comportamento.
Prefiro um preto, amarelo, vermelho ou qualquer outra cor, desde que seja inteligente a um branco besta com a mania da superioridade associada à cor mas mais estúpido que a porta de um estábulo de vacas indianas.
Prefiro um chefe de qualquer cor mas honesto e profissional do que um chefe branco incompetente, com mau carácter e que só foi a chefe por lamber botas, ser do partido ou da família do director ou do administrador.

Se existe, Portugal só lá vai se for invadido pelos espanhóis e estes nos ensinarem a trabalhar bem, com qualidade e orgulho (que eles têm até de mais).

Pequeno exemplo: meu pai foi a enterrar à 5 anos (fins de Junho); em Maio, numa das idas ao cemitério, perguntei o que era preciso fazer para a exumação ? disseram-me que era necessário lá ir no mês do enterro preencher uma impresso e avançar com o processo. Nos feriados de Junho tive férias e fui lá ? não podia porque só depois da data do enterro é que podia tratar das coisas (um dia perdido). Para não faltar ao emprego, agora em Julho, durante as férias, foi lá o meu irmão ? também não podia ,porque só quem assinou os papeis do emprego (eu) é que podia tratar do assunto e se não tivesse um papel qualquer do cemitério então só 1 mês após o enterro é que se poderia entregar a papelada (outro dia perdido).
Conclusão ? por uma merda de nada é preciso perder 3 dias (1 meu, 1 do meu irmão e outro de novo eu ? e se não forem precisos mais) isto por causa de funcionários incompetentes que têm prazer em mostrar a sua ?importância? criando dificuldades a quem precisa dos seus serviços de um chamado funcionário PUBLICO. Não seria mais fácil, no mínimo, ter um impresso explicando o que é necessário e entregá-lo a quem vai pedir informações?
É deste Portugal que querem que eu fique orgulhoso? Vão-se FODER!

Nesta merda de blog não percebo porque passou a deixar o 1º acran em branco.

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