domingo, julho 31, 2005

Os Condóminos


É um drama ser um país periférico! Durante quase 50 anos a bosta salazarista transformou este país no melhor dos paraísos, fechado ao mundo, inventando a anedota do "jardim à beira mar plantado", e agora, 30 anos depois da já esquecida revolução dos cravos, continuamos a querer viver no melhor dos paraísos, no melhor e mais bonito país do mundo e arredores, uma reserva de bimbos e pato-bravos cercados de oceano e castelhanos de onde, segundo se diz, não vem "nem bom vento nem bom casamento".
Vem isto a propósito daquela aldeia nos arredores de Felgueiras cujos duzentos e tal habitantes se associaram para jogar no euromilhões, facto não criticável não fora o destino a dar ao dinheirinho do prémio, caso a sorte lhes batesse à porta. Nada mais nada menos que transformar a dita aldeia em quê? Pasme-se: num CONDOMÍNIO FECHADO!!!
Decerto que estes pacatos aldeões estão convencidos que a sua pacata aldeia é um perfeito paraíso, tão perfeito de deve ser fechado ao mundo e arredores, para não ser conspurcado pela barbárie promotora da insegurança, que não lhes permite ver a telenovela a tempo e horas, o folhetim da Fátima tão querida que se abotoou com alguns milhões do alheio e se pirou para os brasis em gozo de férias prolongadas, ou, quem sabe, para prevenir qualquer arrastão de gambusinos em excursão de fim de semana.
Será que esta atitude é um sintoma do nosso atraso cultural? Depois de muitos cabelos arrancados à força de tentar perceber estes aldeões, cheguei à triste conclusão que também o excesso de kultura que abunda nos doutores e engenheiros que têm desgovernado este quintal e as espectaculares empresas por onde foram vegetando, cobrando chorudos ordenados e invejáveis reformas, também pretendem viver em condomínios fechados, isolados dos problemas da plebe e do mundo cão tão longe da sua porta.
Tirando alguns muito poucos cidadãos que têm o privilégio de pensar pela sua própria cabeça, e nas suas visitas à estranja verificarem as abissais diferenças que nos separam dos comparsas europeus, todos os outros que amealham uns cobres para vegetarem nas praias de Cancun, Punta Cana ou Phuket, protegidos da barbárie autóctone por seguranças armados de metralhadora, fazem por lá o mesmo que fariam por cá se passassem férias na Caparica ou no esterco de Albufeira, embora com água mais quentinha e transparente. E depois voltam muito bronzeados, muito tropicais e muito alarves, e dizem que ricas férias, mas já tinham muitas saudades do querido Portugal, ainda que o Portugal para eles não passe da quinta no Alentejo, da marina de Vilamoura, ou no condomínio Casas da Villa, Morro do Infante ou da puta que os pariu.
Não estivesse a lusa terra situada na ponta do esfíncter da Europa, e estes índigenas já teriam aprendido alguma coisa com franceses, suíços, holandeses, alemães, dinamarqueses ou qualquer outro povo bárbaro, e porque não, com os nuestros hermanos.
Se a canalha que vive à conta do canudo não passa de uma massa amorfa em permanente adoração do próprio umbigo, o que é que se pode esperar dos duzentos e tal habitantes da aldeia nos arredores de Felgueiras que, na sua maioria, só vê Braga por um canudo? Uma revolução cultural?
O país que se acha o melhor do mundo por possuir mais telemóveis que habitantes, só merece viver isolado num condomínio fechado, não para se proteger, mas para proteger os que estão de fora de algum possível contágio. E nos raros momentos de visitas guiadas permitir o bombardeamento dos condóminos por toda a espécie de fruta podre.


sábado, julho 30, 2005

Mais do mesmo

Pois é!
Mudaram esta merda, pintaram o cesto da gavea de novo e puseram-lhe uns gadgets. Ou seja, em tecnoguês, melhoraram o user-interface tornando-o mais user friendly!!.

Mas continuam a ser os mesmos idiotas a escrever o mesmo tipo de baboseiras.
Prontos - já descarreguei.

Li no outro dia no jornal Destak um artigo no espaço "Doutoramento em Tachos e Panelas" escrito por uma senhora (e trato-a por "senhora" para a ofender) Brites de ALmeida.
Dizia ela que, numa universidade foi pedido um trabalho sobre o tema "Motivações" e que todos os trabalhos apresentados só falavam em duas: SEXO e $$$$$$.
Depois começa a fazer elocubrações sobre grandes amores e eteceteras.

Ora tenho a dizer que:
- se esses filhos dos papás só pensam em sexo e $$ então devem estar a tirar um curso de putas, chulos ou paneleiros, pois são os que juntam estes dois temas.
- também podem estar na política pois esses, por $$$, fodem-nos a torto e a direito.

Conclusão - a universidade só podia ser a de DIREITO.

Quanto aos "grandes amores" a senhora concerteza confundiu-os com a foda que dá com os gajos com 25 cm ou mais dele.

quinta-feira, julho 21, 2005

PÔRRA !

Quando uma pessoa já estava habituada a este blog, com aquelas cores de mar que lhe traziam o sabor dos oceanos, com uma apresentação digna de uma Tripulação Maravilha que se preza, com um aspecto gráfico que era imagem de marca do bom gosto e reflexo de muitas horas perdidas por quem lhe deu forma....pimba, vai de atirar tudo para o lixo e desenhar novas cores! E para que não haja dúvidas, aí está o ímpeto feroz do mau gosto a pontuar este belo blog: cores de cú europeu em fundo de baba de safio!
Com tantas cores que existem, pois logo haviam de escolher as cores da merda, precisamente aquelas que foram adoptadas pelos escolhos da sociedade para enfeitarem os seus autos de fé partidários.
Mas porquê? Só para ser diferente do que existia? Apenas para dar uma mensagem de que também somos democratas da treta?
Não me resigno à alteração e desde já aviso: se puserem as minhas letrinhas numa dessa cores de merda, telefono para a alkeda e mando vir uns quantos democratas bombistas para espatifarem este blog!!
Mas pronto, mais vale um blog assim que um blog assado! Ao menos ponham de novo o nº de palermas que visitam esta coisa. Sempre dá um nice. E os meus parabéns ao Timoneiro pelas noites de sono perdidas para que a TM tenha um blog e um site, mesmo que a luz da vela não seja a mais indicada para escolher as cores do blog.

E se a ventania da mudança arraza com tudo, pois também arrazou com o pobre do ex-ministro do estado e das finanças, Luis Campos e Cunha. Passados 130 dias de ter chegado, eis que se partiu. Chega um homem com a verga empolgada por doses de viagra forte especial para economistas, avança com o aumento de tudo para todos, ou quase, alinha no circo das mentiras para papalvo enfiar, vulgo portugas, até troca a pacatez dos livros e alunos pelo lugar ingrato de ministro desta coisa, é exposto à praça pública que lhe espiolha as entranhas e publica os parcos ganhos a que tem direito, reforma de miséria obtida com o suor oficial da legalidade que o pariu, e pimba.....quando implora aos que o aliciaram para lhe darem mais molas para o nariz, pois o fedôr a merda é tal que se torna insuportável, vê a recusa fria e dura! E é este homem que se vê reduzido a duas alternativas: ou se atira para debaixo de um combóio, o que é impossível apenas porque não sabe onde andam os combóios, ou então bate com a porta e volta à pacatez dos doutores e súbditos alunos, pois que os portugas que ele ajudou a tramar ainda mais estão bem marimbando para o tipo, nunca mais se lembrando que o fulano foi ministro para subir impostos, reduzir ou anular regalias económicas e sociais, ajudando de boa fé a que esta coisa cada vez mais seja bom apenas para uns quantos, os tais que lhe deram alpista durante 100 dias para cantar e depois puseram-lhe o TGV e a Ota para assinar de cruz!
Por mero acaso, até me parece que o L.C.e C. até talvez seja um pouco diferente da restante corja, e é por isso mesmo que correram com ele, em 130 dias, depois de desempenhar o papel de mau da fita..
Mas já aí está, fresquinho que nem uma alface saloia regada com a água dos riachos que recebem os detritos dos saloios, o novo ministro Teixeira Santos, rapaz que deve ser jeitoso.....
Pôrra!!!!

Acabei de ver as últimas de hoje: os bifes estão de novo à rasca com umas bombitas lá pelo burgo. Sobre este assunto, um dia destes aqui irei despejar a tripa.

quarta-feira, julho 20, 2005

Pronto!
Consegui desbungar esta merda. Como cagatório de cabeçalho laranja não está mal. Ao fim de 2 horas de diarreia mental consegui acertar nisto. Podem cagar à vontade no laranja, depois teremos o rosa. Quanto ao azul é a cor do meu clube, portanto, nada de fazer merda para cima dele. Se alguém tiver sugestões que o diga agora ou se cale para sempre.
A propósito, o detergente usado para limpar a sanita foi o CIF creme com lixivia aromática. Não recebi a ponta de um chavelho pela publicidade.
Os links virão a seguir, agora estou cheio de sono.

sexta-feira, julho 15, 2005

Alguém consegue explicar isto?

É pá, expliquem-me cá uma coisa, pá. Então os gajos que andam a espatifar autocarros e comboios com ingleses dentro lá para Londres, gajos que apesar de escurinhos nasceram como bifes, embora de 2ª, então o que é esses gajos aprenderam com a democracia? O que é que os faz vestirem-se de dinamite último modelo e fazerem um
belo fogo artíficio de ossinhos e carne fresca para hamburger? Eu cá não vejo razão nenhuma para isso, pá, nem pelos cerca de 30.000 iraquianos passados prós anjinhos desde a invasão, mais os estropianços nos sobreviventes, muitos deles gajas e crias que só sabem estar onde não deviam estar. Os democratas do sol-posto, esses gajos dizem cagente tem de se defender desses gajos, os terroristas, que desde o 9/11 já limparam o sebo a mais de 5.000 civilizados em todo o mundo, assassinos é o que eles são.
Imaginem que a minha prima Ossétia, que é boa como o milho, vai numa excursão a Fátima rezar pelos pastorinhos e pelo regresso do Miguel ao Benfica, e que um gajo desses que reza de cu pró ar resolve ir para o paraíso mais cedo e solta a borrasca entre Aveiras e Santarém, e deixa a A1 com o trânsito cortado nos dois sentidos durante 6 horas seguidas, com os gajos do INEM a aspirarem o que resta dos desgraçados dos peregrinos, mais os bocados da prima Ossétia misturados com aquela merda toda, coitadinha, o que é que um gajo com uma prima assim faria nestas circunstâncias? Cá por mim, se pudesse, fazia como aqueles gajos faziam na Guiné, pá, entrava numa aldeia de pretos e varria tudo à fogachada até aquilo ficar lisinho, ou então ia para o Iraque reduzir a puré todos os que me aparecessem à frente, camelos inclusivé. É que nós somos os democratas, pá, somos gente civilizada, pá, usamos gravata, cagamos sentados em sanitas, vamos ao futebol no domingo, vemos a telenovela todos os dias, ouvimos os discursos do Luís Filipe Vieira. Gajos que se vestem com reposteiros, que enfiam mosquiteiros pelo pito da mulher acima, que lêm o Coirão ou o raio que os parta não podem ser civilizados. E é por causa desses badamecos que sempre que encho o depósito do carrito a famelga fica a pão e água durante 15 dias, pá, isto não pode ser.
E depois lá tenho eu que dar dois tabefes à mulher de cada vez que ela pede comida para ela e para os putos, pôrra, não gastassem o dinheiro todo em telemóveis, e é assim que esses cabrões dos terroristas põem em causa a democracia ocidental e o equilíbrio familiar, estão a ver?
Se esses cabrões alguma vez vierem para aqui meter bombas ou tocarem na prima Ossétia com a ponta do rastilho aceso, terão de se haver comigo e com os portugas, sim que nós não somos como os panilas dos ingleses e os azeiteiros dos espanhóis que levam bordoada nos cornos e ficam-se com homenagens da treta e minutos de silêncio. Só espero que algum dia o façam aqui para mostrarmos ao mundo como somos democratas e civilizados, e irmos todos até lá partir aquela merda toda, como as claques de futebol, e não deixar um grão de areia intacto.
Se esses gajos vivessem lá na terra deles e viessem para cá, digamos, trabalhar nas obras, e por vingança estourassem umas bombinhas, sei lá, no estádio da Luz ou no estádio do Dragão em dia de lotação esgotada, ainda vá que não vá, os gajos viviam lá nos buracos da terra deles , no meio das pedras, e isto aqui fazia uma confusão do camandro nas suas pobres cabecinhas. Agora, se os artistas nascem cá, vivem cá, comem cá, trabalham cá, só têm de aprender as coisas boas da nossa democracia e a comportar-se como homenzinhos, mesmo que depois a gente corra com eles daqui para fora se por acaso andarem atrás das nossas gajas e da minha prima Ossétia.
Alguém consegue explicar isto?

quinta-feira, julho 14, 2005

Não interessa. Repetir e odiar até à exaustão os desmandos literários dos putativos comentadores políticos da nossa praça é um trabalho desnecessário e inútil. Sujeitinhos como Pacheco Pereira, Luís Delgado, César das Neves, Ribeiro Ferreira, Pulido Valente, António Barreto, Vasco Graça Moura e outros que vegetam por aí, só tem interesse no campo da psiquiatria. Todos estes mentecaptos da escriba lusa têm traumas de infância. O cú de alguns foi apalpado por todos os colegas da primária, de certeza. Alguns outros foram acompanhados à escola pela mamã zelosa e castradora que lhes enfiava sobretudos e bonés com extensões tapa-orelhas em pleno verão. A frustação não deu lugar à rebeldia mas sim a um profundo azedume bem aproveitado pelos políticos do establishment, quer façam ou pareçam não fazer favores ao poder político do momento. Analizam, dissecam, fazem autópsias de circunstância e ao sabor das pregorrativas propagandisticas do momento, e esquecem-se das contradições que emergem nas entrelinhas da sua escrita. Não que seja um pecado entrar em contradição, mas dizer exactamente o contrário do que se disse antes fazendo parecer que isso é o desenrolar lógico de todo um pensamento é uma pura vigarice intelectual. Não é assim Professor Marcelo?
Camões bem se esforçou para fazer da pátria língua uma obra de arte, para virem agora as luminárias da incompetência oral e escrita servirem-se do vocábulo para ilustrar comentários em jeito de anúncio de detergente manhoso em horário nobre na TV.
Não interessa. Gente desta inunda os editoriais dos jornais, os artigos de opinião e as mesas redondas da TV. E sabem todos de tudo, anunciando a catástrofe para daqui a três meses e o paraíso para daqui a um ano. E eis que novas alimárias se aproximam, qual praga invasora percussora da Guerra dos Mundos. Quem é Miguel Frasquinho, douto especialista laranja em batefundos económico-financeiros, a actual cara fuínha do condomínio pêpêdista? E o João Pereira Coutinho, filho-família, cujos escritos parecem urros do Sylvester Stallone a fazer de Rambo? E todos os outros, os mercenários defensores da impopularidade das medidas governamentais de hoje e de sempre, que começam já a saltar do esgoto onde fermentam e a engrossar as fileiras do refeitório da pocilga?
Perderam o seu rico tempo, Camões, Damião de Góis, Gil vicente, mais valia terem gasto o prazer da escrita no prazer das putas, como o fez tão bem Bocage que ainda lhe sobrou talento. Mais valia que Eça, Garrett, Herculano, Pessoa se tivessem tornado aventureiros sem escrúpulos como lhes competia, e partissem à descoberta da fortuna fácil, como fez Fernão Mendes Pinto, o rei dos lusos chico-espertos.
Não foi para isto que gastaram a paixão, a saúde e a inteligência.

Verborreia e gonorreia são palavras semelhantes. Rimam no fim, e propagam-se como a peste.
Não vale a pena discordar e debater.
Só o riso alarve e iconoclasta serve de escudo contra isto.

quarta-feira, julho 13, 2005

Não resisto a copiar para aqui este post do já citado Dragoscópio.


As revoluções, mesmo quando antecedidas do prefixo "pseudo" (quase todas, portanto), fazem-se invariavelmente acompanhar dum cardápio de ideias peregrinas. Todas elas urgentes, todas elas magníficas, todas elas prioritárias. Uma dessas, aquando da primavera Abrileira cá do burgo, era: "temos que educar o povo!"
Uma série de romeiros iluminados, regressados dos exílios dourados na estranja ou dos piqueniques selvagens nas colónias, acolitados por chusmas de marxistas-leninistas instantâneos, em patrocínio da Farinha Amparo, tomaram-se de brios e entusiasmos, e propuseram-se ir educar o povo, a massa ígnara, bruta e analfabeta.
Como sempre, nestas aventuras, tomaram por princípios e axiomas meros preconceitos. A saber, 1. Que o povo era educável; 2. Que o povo queria ser educado; 3. Que eles reuniam e congregavam sob o substracto córneo das suas sapientes trunfas o know-how bastante para educar o povo.
Havia também um eufemismo muito usual por altura destas balbúrdias: confundia-se "educação" com "lavagem ao cérebro". Ou melhor, dizia-se "educar", mas, no fundo, queria dizer-se "lavar". Eles, abençoados pela História, tinham que desencardir o povo, que escorria merda e surro de quase cinquenta anos.
Ora, sempre que uma caterva de luminárias se decide a educar quem quer que seja, e sobretudo o "povo", a primeira coisa que faz é arranjar um modelo (de preferência de importação, são sempre os melhores). Em se tratando daquela região europeia situada a oeste de Espanha, pior um pouco. A discussão, de séculos, nunca é "quem somos ou quem devemos ser", mas sim "quem copiamos ou quem devemos copiar". Se na aparência poderão passar por homens ao observador menos atento, na essência não enganam: são verdadeiros macacos de imitação. Encontrareis excepções a esta regra, mas, certamente, não nas elites ?políticas, culturais, sociais, industriais ?, lá do sítio. Aí, a macaquice, jurada e jactante, é condição de acesso. Vivem à coca da casa do vizinho e do que o vizinho lá mete. O país inteiro, por osmose, como os seus átomos constituintes, espia o resto do bairro/mundo e roi-se de inveja das Franças, das Escandinávias, das Inglaterras ou das Américas. Que povos educados, a transbordar civismo e boas maneiras! Que maravilha de pessoas! Que inteligências amestradas, atestadas de higiene e sentido do dever fiscal! Que trabalhadores ordeiros e laboriosos!
A unanimidade quanto à superioridade do que é estrangeiro não podia ser maior. As divergências, essas, animadoras de polémicas virulentas e vociferações descabeladas, germinam desse dogma básico e encarniçam-se à volta da tal questão fulcral e de importância transcendente, ou seja: Sendo certo que só existimos se copiarmos, quem vamos então imitar. Isto predetermina tudo. Por alturas da grande convulsão primaveril, a diferença é que o leque de escolha era ainda maior do que é hoje. Não só os belos povos ocidentais podiam servir de paradigma, como também uma série de outros, da Albânia à Cochinchina, despertavam a cobiça e os ímpetos emuladores dos fogosos endoutrinadores da plebe. O difícil era a escolha. Quase todos os povos eram melhores que o nosso, mais limpos e imaculados. Bastava ir ao Atlas geográfico. Ao nosso, repito, emporcalhava-o, inquinava-o até aos ossos ? e à medula dentro dos ossos ? a longa noite fascista. Era fascista como podia ser outra coisa qualquer. A palavra caíu-lhes no goto; dignificava e canonizava a sedição, beatificava o tumulto, justificava toda a parafrenália de medidas drásticas e emergências médicas.
Também o povo, há que reconhecê-lo, era pólvora seca, anelante, à espera de faísca. Aliás, essa, é sempre a sua postura predilecta: barril a clamar rastilho. Ainda para mais, xenómano a ressacar desde há mais de quarenta anos sem o chuto de estrangeirina no dígníssimo cu, agradeceu, merejado em êxtase, mal experimentou o valente coice dos novos mestres. Foi vê-lo a levantar voo, retropropulsionado, como se foguetões o catapultassem. Foi à lua e veio. De caminho deu uma espreitadela à União Soviética e descuidou-se todo pelas calças abaixo. Ainda hoje tresanda ao susto, ainda hoje expia o trauma.
A ideia de copiar a União Soviética, claro está, era a mais peregrina de todas. Por isso mesmo, à época, triunfou no concurso e surgiu, resplandecente, meteórica, como a mais fascinante e sublime. O povo soviético, na perspectiva de então, emergia nimbado de fulgores e virtudes, açambarcava medalhas olímpicas e exportava bailarinos. Era, pois, de todo conveniente imitá-lo o quanto antes.O que sucedeu depois já todos sabem. Para vermos até que ponto era brilhante essa tese, basta dar, hoje, uma volta pelo paraíso de trolhas em que se tornou a nação: os ex-virtuosos e fulgurantes licenciados soviéticos, suprassumo da educação, cartam agora baldes de massa e formiguejam pelos andaimes acima e, de quando em vez, dos andaimes abaixo. Triste fim para um império tão luminoso.
Mas uma ideia peregrina nunca anda só. Abortada a fotocópia soviética, enveredou-se pela imitação da gleba europeia e, ultimamente, lançam-se olhares de maravilha e cobiça à gleba americana.
Entretanto, as funções elementares da escola ?coisas como ensinar a ler, a escrever e a contar-, desvaneceram-se sob uma catadupa de novas pedagogias, avançadas psicofolias e mirabolantes reestruturações ou paixonetas, cada qual mais mentecapta e mentecaptizante que a anterior. Os níveis de analfabetismo da pátria não esmoreceram por aí além ? continuamos os menos alfabetizados de todos. Em contrapartida, os de analfabrutismo dispararam, em todas as direcções, e colocam o país, senão no comando destacado do Primeiro Mundo, certamente muito próximo disso. Uma miríade de especialistas debruçam-se sobre coisa nenhuma e montam comissões de volta de cada palha. O resultado? É manifesto: Aos poucos, em fornadas anuais e sucessivas, os licenciados da pátria, cobaias de sucessivas Sextas Divisões de dinamização cultural, vão fazer companhia aos ex-soviéticos, a cartar massa pelos andaimes acima e, ocasionalmente, em voo picado, dos andaimes abaixo.
Não se trata duma injustiça: é, de facto, o nível da sua licenciatura, o alcance da sua educação. Num país que passa o tempo, numa compulsão obsessiva, a alcatroar terras, a erigir caixotes de betão e a terraplenar tudo o resto, outro destino não seria de esperar. Depois, é preciso não esquecer que desde que trolhas atávicos, por via do sortilégio de licenciatura à pressão, em patrocínio, repito, da farinha Amparo, tiveram acesso às cadeiras docentes e, nos últimos trinta anos, se refastelaram nelas a seu bel-prazer, produzir algo mais que trolhas, suas réplicas e decalque, seria impensável. A não ser por obra e graça do divino Espírito Santo.
Moral da história: Os políticos não educaram o povo, porque o povo não se auto-educa. E o Espírito Santo, de facto, obra, mas cobra juros.

terça-feira, julho 12, 2005

Estudos da TM: Os urinois

Não sei o que deu aos nossos construtores civis, mas cada vez mais os mijatórios nas casas de banho das empresas, estão a ficar a uma altura média superior ao desejavel.
Será porque os portugueses estão a crescer ? ou será porque a maior parte dos construtores civis são espanhóis e fazem isto para mijarmos para os sapatos ?

O problema é que os gajos mais minorcas (tipo Marques Mendes) vêm-se aflitos para exercer esta função que dá um alívio tão grande (quase igual a uma boa f...).

Levantam-se assim várias hipóteses de trabalho:


  • A) Mijar só tirando a cabecinha e apontar para cima, procurando acertar na sitio correcto. Mas isto levanta vários problemas:


    • 1º - temos que nos afastar e isso permite ao parceiro do lado comparar e:


      • a) sorrir ao comparar o tamanho;

      • b) ficar com um olhar esgazeado ao comparar o tamanho (meu caso!);

      • c) se for arco-iris, pensar que é um convite para o pote do tesouro.


    • 2º - Se o instrumento é pequeno vamos ficar com os dedos mijados e provavelmente também com as calças.

    • 3º - Se não puxamos bem para trás a cobertura (excepto se és judeu) o mais certo é o esguicho acertar:


      • a) no parceiro do lado;

      • b) nos sapatos;

      • c) se tiveres passado por uma gaja boa, pode ir parar à camisa.




  • B) Tiras o instrumento todo e:

    • 1º - fazes como no caso anterior;

    • 2º - apoias parcialmente no urinol para melhor dirigir o jacto, mas:


      • a) podes apanhar alguma gonorreia ou doenças afins;

      • b) ficar com a cabeça suja de cinza de cigarros, escarretas ou outras coias não identificadas.



  • C) Tiras o equipamento acompanhado dos tomates e estes permitem um melhor suporte, o que dá para:


    • 1º - Conforme o tamanho do dito cujo, assim fazer alarde de habilidades, mais ou menos afastado do urinol;

    • 2º - Apoiar os tomates no urinol e mijar sem mãos (neste caso existem os perigos referenciados em B-2).




Penso que este estudo é relevante e deverá ser objecto de investigações mais alargadas, aceitando-se sugestões com vista a uma melhor qualidade de vida dos elementos masculinos da população cuja altura esteja abaixo da média.

É urgente a criação de uma associação dos menores de 1,60 m., com direito a "numerus clausus" na A.R., quotas mínimas nos vários tachos do governo e um forte lobby que defenda os nossos interesses.

segunda-feira, julho 11, 2005

Arrastões até mais não

Como o arrastão é um tipo de barco logo, automaticamente, falar sobre ele entra no âmbito das atribuições comentaristas da TM (como se nós nos limitássemos a isto).

Primeiro, afinal parece que não foi um arrastão mas uma simples ?bote? ou ainda melhor, uma ?chata? (e isto não se refere à vossa sogra) que a comunicação social e os pasquimlistas portugueses, como não têm capacidades de investigação (nem de redacção, escrita, etc.) resolveram empolar, aumentar, multiplicar, etc. para tentar subir na carreira e/ou vender mais pasquins.
Finalmente está a vir ao de cima, trazida por jornalistas mais sérios (infelizmente são tão poucos!!!) alguma verdade. Mesmo o ?barquinho de papel? da Quarteira foi um ajuntamento de pessoal que passou a noite numa ?rave? e depois foi curtir uma de sol e sono para a praia até à hora de vir para cima.
Segundo, têm aparecido montes de comentários mais ou menos racistas em relação à cor, à nacionalidade, ao Portuguesismo, etc. Ora somos todos de cor (uns mais escuros que outros), quanto à nacionalidade voltamos aos portugueses de 1ª (que eram os do continente) e os de 2ª (que eram os das colónias ? mesmo se fossem de cor clara) ?. Quanto ao Portugal bem podem cagar nele quando sobrevivemos à custa dos subsídios da CE e estes mesmo assim vão só para alguns.
Já dei formação técnica em Angola e tive alunos pretos que trazia de caras para cá e trocava imediatamente por colegas brancos, tal era a diferença de inteligência, formação e comportamento.
Prefiro um preto, amarelo, vermelho ou qualquer outra cor, desde que seja inteligente a um branco besta com a mania da superioridade associada à cor mas mais estúpido que a porta de um estábulo de vacas indianas.
Prefiro um chefe de qualquer cor mas honesto e profissional do que um chefe branco incompetente, com mau carácter e que só foi a chefe por lamber botas, ser do partido ou da família do director ou do administrador.

Se existe, Portugal só lá vai se for invadido pelos espanhóis e estes nos ensinarem a trabalhar bem, com qualidade e orgulho (que eles têm até de mais).

Pequeno exemplo: meu pai foi a enterrar à 5 anos (fins de Junho); em Maio, numa das idas ao cemitério, perguntei o que era preciso fazer para a exumação ? disseram-me que era necessário lá ir no mês do enterro preencher uma impresso e avançar com o processo. Nos feriados de Junho tive férias e fui lá ? não podia porque só depois da data do enterro é que podia tratar das coisas (um dia perdido). Para não faltar ao emprego, agora em Julho, durante as férias, foi lá o meu irmão ? também não podia ,porque só quem assinou os papeis do emprego (eu) é que podia tratar do assunto e se não tivesse um papel qualquer do cemitério então só 1 mês após o enterro é que se poderia entregar a papelada (outro dia perdido).
Conclusão ? por uma merda de nada é preciso perder 3 dias (1 meu, 1 do meu irmão e outro de novo eu ? e se não forem precisos mais) isto por causa de funcionários incompetentes que têm prazer em mostrar a sua ?importância? criando dificuldades a quem precisa dos seus serviços de um chamado funcionário PUBLICO. Não seria mais fácil, no mínimo, ter um impresso explicando o que é necessário e entregá-lo a quem vai pedir informações?
É deste Portugal que querem que eu fique orgulhoso? Vão-se FODER!

Nesta merda de blog não percebo porque passou a deixar o 1º acran em branco.

quinta-feira, julho 07, 2005

Retirado do Dragoscópio

O que é preocupante, mesmo preocupante, na cultura deste país -sendo que desta deriva tudo, das artes às políticas, passando pelas ciências-, não são os analfabetos numerosíssimos, nem os semi-analfabetos ainda mais pululantes. Esses, todos esses, regra geral, lá se desenrascam, fazem das tripas coração, transcendem-se conforme podem. São conhecidos até casos meritórios, quase miraculosos. Não, a minoria sabichona, doutora, vanguarda da classe analfabeta, essa, em números galopantes, é que impressiona, alucina. Estudaram, aprenderam as letras, meia dúzia de números; infestaram, em regime de manada, universidades, faculdades e politécnicos. Mestraram-se e doutoraram-se, alguns, os piores (regra geral os pajens sabujos, as cortesãs, os acólitos). De aprendizes do servilismo, da papagaeira, da mimese ao pior nível da tropa macaca, tornaram-se mestres, campeões. A praxe virou escola e, por fim, a toque de rasgos inteligentes dignos de sargentada marteleira, de açougueiros alfarrabistas, a escola virou academia, antro, seita exotérica. E o problema -do país, da cultura, deles próprios-, foi precisamente esse. Mais valia que tivessem porfiado pela via honesta, agarrados à enxada ou à herança; fazendo algo de útil à comunidade ou pagando honestamente pelos próprios vícios, pelas putas. Sempre ginasticavam o corpo, a musculatura, o esqueleto, ou a gaita. Sempre poupavam o ralo da História e os cofres do Estado. Exercitavam o que tinham, desenvolviam as faculdades intrínsecas que os preenchem. E não, ao invés, de través e revés, aquilo que não têm, nem querem ter e só lhes serve de móbil para cultivar a raiva a quem tem; e o despeito, a inveja, o temor de ser descoberto, desmascarado, apeado do trono usurpado. Valia mais, mil vezes mais, serem dignos analfabetos do que infames analfabrutos. Gentalha que se serviu dum privilégio, do suor e (quantas vezes!) do sacrifício de pais e avós, do investimento público e nacional, enfim, não para burilar virtudes ou qualidades, mas apenas para aguçar egos, refinar vilezas, aprimorar defeitos ou destilar vaidades bacocas. Antes pobres de instrução, que indigentes de espírito! Assim, nem eles se cultivaram nem as batatas e os campos, que era o que lhes convinha cultivar, pois é a cultura máxima que alcançam e a pátria deles requeria. Pior: agora, é a cultura do país que lhes está entregue a eles (e elas), como o país está entregue à erva daninha, ao mato agreste e aos silvados. Resultado: grassa uma dupla desertificação: a do interior do país e a do interior das cabeças de quem era suposto dirigi-lo. Quer dizer: o deserto de ideias propagou-se aos campos do país. E aos mares. E aos céus. É o vazio em toda a parte. Nem sonhos, nem esperanças, nem vergonha, nem tino, nem ponta por onde se pegue.
Não contente de tocar rabecão, o sapateiro cismou de ser o maestro; não satisfeito com a missa, o merceeiro subornou o padre e trepou ao altar; e o marialva, não lhe bastando ir às putas quis também ir à nação: capacitou-se que se metia a gaita também podia meter a cabeça. Ou seja, meteu na cabeça a gaita, com todas as suas infinitas pintelhices, para gáudio e recreio das suas atávicas e cristalizadas faculdades - a bicefalia invertida e congénita, nem mais-: fornicar com a de cima e raciocinar com a de baixo. Entretanto, a labreguice, que distribuída pelos campos chega a ser pitoresca, amontoada nas cidades, atravancando e emporcalhando academias, salas de espectáculo e ministérios, redunda em mera poluição humana. Coalho pastoso, superficial, flutuante e nauseabundo. Faz as vezes da nata, pois faz. Mas uma nata negra, espessa, mortífera, como a dos grandes derrames. A ocidental praia, convertida em sepulcro de pescadores e marinheiros, está coberta por um manto fúnebre desses.
O badameco veio ser doutor, o borra-botas agora caga-postas. A macaquear os cavaleiros de outrora, também transita por aí armado, empertigado e fátuo. Não com a espada, mas com o grandessíssimo pingarelho. E onde quer que meta o pensamento, com a tramela no encalce, não demora o eco da caverna retumbante que lhe faz oca a rocha craniana. Na ausência de ideias próprias, vale-se do bedelho que mete por toda a parte.
E é esta a tropa fandanga que está aos comandos do regimento... Depois, venham-me cá dizer que o que faz falta é formação, ainda por cima unversitária... Quando o que existe é um sistema instalado de deformação, de torção, de selecção de moluscos e imbecis! Quando a puta da máquina está sabotada, transviada, invertida: não produz homens -quanto mais sábios, pioneiros, espécimes elevados-, só vomita chouriços. Cadáveres adiados que já mal procriam. Porque primeiro há que tratar da carreira, do ego, do cabrão do coiro e respectivas manias -essa novel agremiação de moléculas, joint-venture de células prometida aos vermes, e que os vermes vão já devastando por antecipação! Isso e, mal brotam da cloaca doutorante, porem-se logo a fungar a brisa, a escutar o murmúrio, à cata do prostíbulo onde melhor se possam vender.
Formação? Este país, a nível de mentalidades, está a precisar é dum valente clister!
Essa sim, essa é que é uma prioridade absoluta. Ou, no mínimo, uma dose maciça de anti-helmínticos.
...
PS: E, caso não tenham percebido, não é uma questão de berço nem escola. A massa é igual em toda a parte. Só a embalagem é que muda. O espírito não se adquire nem se herda. Nasce-se com ele, como se nasce com braços e pernas, cabeça e testículos (ou ovários). Ou nasce-se sem ele. Mistérios de Deus e da Natureza. Ide perguntar-lhes porquê. Interrogar é já um claro sintoma de inteligência; tal qual debitar ininterruptamente opiniões e anedotas alarvajadas o é da ausência dela. Sobretudo, quando se mascaram as anedotas de leis, discursos, pareceres técnicos ou tratados eruditos.
Não é nenhum drama não possuir inteligência. Drama mesmo, tragédia absoluta, é promover esse vácuo a espírito. Não é por se multiplicar múltiplas vezes o zero que se alcançam números formidáveis. A incontinência ainda não é uma forma de génio. Por muito que a vendam a peso de ouro.

terça-feira, julho 05, 2005

Ajudar a economia do país

Tripulantes e restante povo que ainda lê esta merda

Apesar de nunca termos sido condecorados no 10 Junho (não somos atrizes falhadas, putas de alta sociedade, gays nem outros merdas desta sociedade podre) vamos mais uma vez deixar uma ideia cujo alcance, embora seja dificil de entender pelos políticos do governo (deste ou de qualquer outro) ou da oposição (qualquer que seja a sua cor inclusivé o Sr. Dr. Louçã das Caldas) poderá dar uma ajuda substancial à economia portuguesa.

A ideia é simples: as penas por roubo passam a ser inversamente proporcionais ao montante do roubo (aqui não estão incluídos os roubos feitos na Bolsa e nas taxas de juro, nas vendas de casas, etc.).

Assim, se roubares um Fiat Uno levas 5 anos, mas se roubares um Bentley (do Herman Gay) ou um Ferrari levas 3 meses.
Se assaltares um apartamento de 3 assoalhadas levas 4 anos mas se assaltares uma vivenda de 10 assoalhadas com piscina, solário e 2 garagens, levas 2 meses, etc.

Vantagens:
1º - Redistribui a riqueza ou seja quem roubou para ter estas coisas (porque em Portugal é impossível obtê-las com trabalho honesto - se isto ainda existe) é por sua vez roubado e equilibram-se as coisas.
É impossível estes gajos irem para fora do país porque só cá é que conseguem fazer de ricos e aldabrar a torto e a direito, e como tal têm de investir de novo e construir nova vivenda e comprar outro carrinho, logo espevitam o comércio.

2º - A polícia ao investigar estes roubos e assaltos terá de pedir os comprovativos de compra e entregar uma cópia ao IRS que assim poderá verificar que um senhor que só declara o rendimento mínimo tem 1 Ferrari de 24.000 contos e uma vivenda de 100.000 e cobrar depois os impostos devidos.
Se não quiserem entregar os comprovativos de compra então... comem e calam porque não podem provar que foram roubados.

3º - Para o caso dos gatunos assaltarem os baronetes locais da droga e quejandos, deve ser-lhes fornecida protecção adequada através da SECURITAS ou outras empresas do género, aumentando mais uma vez o comércio (serão precisos muitos mais seguranças).

4º - As prisões vêm a sua população reduzida devido às menores penas aplicadas.

Estão a ver que afinal não é muito dificil contribuir para a melhoria da economia do país, nem sequer é necessário ser condecorado pelo Sr. Presidente da Merdpública para ter ideias relevantes.

segunda-feira, julho 04, 2005

Não era tão bom?

Retirei isto do "Dito Cujo".

Vamos aqui fazer um mini exercício de 'E se?', ok?
E se o Cristóvão Colombo tivesse tido a ideia de navegar para sul ou para norte?
E se ele tivesse voltado para Espanha de mãos vazias?
E se não houvesse nenhum barco com "pioneiros" ingleses que não percebiam puto de agricultura, subsistência? E se eles não fossem uma cambada de puritanos descontentes com a sociedade inglesa da época?
E se a América do Norte nunca tivesse sido povoada por europeus?
E se na América do Norte ainda houvesse milhões de pessoas de tribos indígenas?
E se ainda houvessem milhões e milhões de bisontes nas pradarias daquele continente?
Não sei se o presente iria ser melhor - é apenas uma esperança.
Hoje, no dia em que se comemora a independência dos EUA de 1776, aquele país continua a representar o melhor e o pior da humanidade. E é com esta ambivalência que o resto do mundo, colonizado económica, social, política e culturalmente por este gigante, tem de se haver para assegurar a sua própria sobrevivência.
Parabéns EUA. Ao resto do mundo, os meus sinceros pêsames.
Já expressei o meu sentimento no post anterior relativamente a estes iluminados que escrevem nos jornais. Mas não resisto a deixar aqui esta pérola surrealista do omnisciente Luís Delgado na crónica do DN de hoje, acerca do debate de hoje na AR:

"Francisco Louçã capitaliza em tudo o que é debate, e não será neste que se deixará bater ou abater. É brilhante, exagerado, metafórico, mas agrada, no seu estilo, e empolga, com a sua ousadia, qualquer discussão. Fosse de direita - um dia, talvez... - e seria um primeiro-ministro."

Ou seja: na cabecinha deste senhor só pode ser 1º ministro quem for de direita.
E Delgado ainda tem esperanças de que Louçã vire a casaca.
Mas eu até percebo a idéia do homenzinho: há 30 anos que este país só vê parir 1ºs ministros de direita, embora alguns disfarçem muito bem o assunto...

Se têm estomago para ler a crónica toda liguem-se aqui.