quarta-feira, março 16, 2005

OLHÓ PASSARINHO !

Acabadinho de tomar posse, o governo da nação, ainda com os fatos e gravatas a cheirarem a naftalina, e já um dos seus investidores principais, ou melhor, o respeitável figurante dos tipos da massa, vem de recados cheio apregoar, sem que os democratas zés o tivessem investido para tal, que a economia precisa de sacar mais patacas eurísticas aos ditos zés, principalmente porque são a maioria, os zés ninguém.
Em tempos de que ainda me recordo, tal figurança era respeitado pelas posições que se alinhavam com a demonstração da podridão do regime do estado novo, sendo motivo para esgotar num ápice as edições das poucas revistas que, a custo, teimavam em denunciar veladamente o que todos sabiamos, dando então o alimento indescutível para, dum ponto de vista económico, mais afundar o tal regime.
Chama-se, e os bois também têm nome, sem ofensa para os ditos animais, de Vitor Constâncio.
E é ele que, qual profeta da verdade do momento, qual máquina de estrumar o campo da chafurdice, vem já e agora, com pompa e circunstância em jornais e nas tv´s, apregoar que as estradas deste país têm de se alimentar dos tais zés ninguém com mais impostos sobre tudo o que tem umas rodas para andar, a não ser que o pessoal queira pagar mais portagens.
Então, óh profeta do presente, óh magnânime inteligência, óh eminente fecundador, será que o menino não sabe que as instituições bancárias e seus derivados, são os maiores enche papos desta frágil economia? E é ele o presidente do banco de Portugal.
Então óh estrela cadente do conhecimento, óh sápia mente do obscuro, óh reluzente candeia, será que o menino não sabe que a fuga ao fisco e as mafias que de tal se servem estão aí, impunes, de lei feita e assinada, enchendo a cada minuto da vida deste país mais chorudas contas nas tais instituições bancárias cá dentro e lá fora? E é ele o presidente do banco de Portugal.
Então óh sábio da virtude, óh robin dos bosques da família socialista, óh encartado do dever com assinatura reconhecida, será que o menino não sabe que a nossa economia caseira passa pelos mesmos que, ad seculorum, perpetuam a queda permanente em velocidade constante duma economia nefasta e de merceeiro de tabanca? E é ele o presidente do banco de Portugal.
Então óh eloquente orador da verdade, óh mestre dos mestres, óh sapiência suprema, o menino não sabe que este grupelho de zés ninguém acabam por ser pouco mais do que dois milhões e meio de almas penadas que, por infortúnio ou pouca sorte ou estúpida necessidade, são de todos os poderes conhecidos e refúgio das chicotadas económicas com que se deliciam os tais outros meninos, nesta amálgama sado-masoquista de que quanto mais me bates mais desejo te morder mas não consigo? E é ele o presidente do banco de Portugal.
E ainda bem, digo eu, que a história de merda desta coisa à beira da falência por mais de oito séculos se mantém perpetuada e com os dignatários dessa memória sempre "bué de fixes"!
Quem o viu e ouviu, quem o ouve e o vê agora!
A mim tal não me espanta. Antes ficaria espantado se de outra forma se comportasse, o tal menino. E os tais meninos deste governo acabadinho de se instalar. Deste de agora, dos outros que lhe antecederam, e pior que tudo, daí a minha permanente indignação, de todos os que, para mal das minha poucas virtudes, ainda vou ser obrigado a aturar enquanto por aqui andar vagueando.
Por isso digo, em absoluto português que na primária me obrigaram a conhecer: PUTA QUE OS PARÍU ! A todos. Ponto no passarinho!

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