terça-feira, novembro 02, 2004

SECRETO (I)

Foi com profunda reflexão que escolhi este blog para divulgar algumas coisas que sei de fonte absolutamente credível por dois motivos principais. Primeiro porque é um blog onde os assuntos são tratados com seriedade e merecem toda a credibilidade, e segundo, porque é um blog pouco acessível à maioria das pessoas deste país, pois a sua consulta implica não apenas o saber ler mas também o necessário descernimento para entender o que aqui é publicado.
Devo confessar que o que vou passar a divulgar é matéria da mais elevada confidencialidade e de importância que em muito ultrapassa a responsabilidade nacional. Espero assim ,convictamente, que os responsáveis deste blog não atraiçoem a confiança depositada e, mesmo sujeitos às maiores sevícias por parte da PJ ou SIS ou da Central de Informações do Governo, nunca permitam que se chegue ao autor destas declarações, cujo resultado obviamente seria desastroso para a minha vida e de todos os meus familiares até, pelo menos, à quinta geração.
Feitos estes reparos introdutórios, passo ao que importa, sabendo que tornando-se público, a sociedade portuguesa sofrerá um abalo tal que a telesérie do Professor Marcelo ficará reduzida a uma simples e banal história da Carochinha.
Que o país está de rastos, até o mais comum dos nacionais o sabe. Agora que o país nunca mais vai deixar de rastejar, isso já é matéria doutra lavra. De facto, chegou-me ao conhecimento, e devo desde já dizer que tudo o que afirmo pode ser verificado por provas irrefutáveis, que a nivel mundial foi traçado em 1926, Junho, o destino deste país. Passando por diversas entidades coordenadoras desta acção, os documentos em minha posse indicam que, na fase inicial, tal tarefa orientadora e de coordenação foi da inteira responsabilidade do Gabinete de Estudos Estratégicos da UDL (União das Democracias Livres), com sede em Londres e secretarias executivas em Baden Baden (Alemanha Ocidental) e Dortmund (Estados Unidos). O Tratado do Rastejo de Portugal, documento também conhecido como o APPP (Arranjinho Para Papalvos e Pacóvios), hoje comumente designado como A3P, refere na sua introdução que este assunto já vêm de 1711, embora não tivesse ainda sido formalizado até áquela data.
Apenas resumindo o tal documento, que está classificado como muito secreto, aí é dito que Portugal seria o país usado, no âmbito mundial, como o observatório da aplicação das medidas que permitiriam criar exemplo da perpetuação da estupidez como factor de sucesso nos restantes países da esfera católica, denominados do 1º mundo na altura.
Para a prática consequente, foi devidamente instruído um homem neutro de cabeça chamado Oliveira Salazar, com a tarefa de dar forma ao estipulado. Não vale a pena desenvolver o que se passou, pois é matéria demais conhecida para necessitar de explicações.
Com o advento da 2ª guerra mundial e o fracasso do modelo germânico, aliás fundamentado no A3P, a execução da continuidade estratégica passou para o Departamento Orientador da OCDE, com sede em Paris,embora a aplicabilidade táctica ficasse na responsabilidade do Gabinete de Desenvolvimento Para o 4º Mundo, organismo da ONU, com sede em Kuala Lumpur. De acordo com as orientações emanadas, foram injectados 3,5 milhões de dollares nos países africanos para que não permitissem o desenvolvimento nas ex-colónias portuguesas de polos pensantes que pudessem pôr em causa as políticas traçadas, donde o reflexo naquelas sociedades de duas castas, a saber, os pretos que ainda estavam no ante-préhistória, e os brancos que para lá iam e se desenvolviam no estrito conhecimento das naturais características denominadas como esperteza saloia, em terra de pretos quem não o é é fixe, o trabalho é pró preto e quanto mais sacar mais importante sou. Claro que com as imprescindíveis manifestações de apoio das classes continentais, mantendo o bacalhau, a sardinha e o tintol como as magnânimes luxúrias garante do atrazadismo nacional.
Para não maçar os respeitáveis leitores, continuarei no próximo artigo.

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