sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Estamos Fo....rnicados

Hoje, no meio de transporte que utilizo, fui lendo os jornais gratuítos (já não tenho $$$ para mais), e resolvi comentar uma data de merdas.

Primeiro, em relação ao à questão das escolas a encerrar e do liceu D.João de Castro mandei para o Blog do DESTAK o seguinte:

Continua o ataque aos que não se podem defender. E diz-se este governo socialista.
A tendência para obter resultados de tesouraria imediatos leva à perca da perspectiva do bem a médio/longo prazo do País que é a educação e formação do povo. Mas assim é melhor - quanto mais estúpidos menos podem refilar com a incompetência, compadrios e corrupção dos governos centrais e locais.
Veja-se o caso do antigo Liceu D.João de Castro em que os alunos irão para a escola Fonseca Benevides com uma qualidade de condições muito menor.
Para quem conhece os dois (andei numa e o meu irmão na outra) é óbvio os interesses imobiliários por trás do local do liceu.
Quem será o "senhor" do ministério que está a receber as luvas respectivas?


A seguir, quanto ao comentário no METRO sobre pagarmos os levantamentos no Multibanco, como não posso mandar para nenhum outro Blog, digo aqui:

FILHOS DA PUTA - primeiro criaram a habituação, dizendo que o atendimento ao balcão era muito caro, os cheques eram muito caros, o tratamento dos cheques era muito caro, a resposta seria mais rápida, etc. Resultado - a grande maioria do Zé Povinho utiliza o multibanco, os bancos reduziram o pessoal nos balcões e dependências e enchem-se de $$$$.
Apesar disso dão aumentos de MERDA, enchem-se de lucros, pagam menos impostos e ainda se queixam de crédito mal parado, quando são eles próprios que incentivam o pedido de empréstimos não exigindo praticamente nenhumas garantias.

O orgão que devia zelar por isto (Ministério das Finanças e Banco de Portugal estão-se cagando e, como é provado, o "governador" do Banco de Portugal ganha mais que o Sr. Alan Greenspan, referência "financeira" mundial (boa ou má segundo o ponto de vista).


Finalmente e mais uma vez o meu ponto fraco - os F(P).

Como sabem, infelizmente e para grande vergonha minha, há já algum tempo que sou funcionário público (aparte: em Inglaterra chama-se-lhes "public servants" ou seja "servidores do público" e não "funcionários").
Admito que exista funcionalismo público competente e que a minha visão esteja limitada. Mais, conheço funcionários públicos e chefias públicas competentes e esforçados. MAS SÃO MUITO POUCOS.

Na função pública campeia a incompetência a todo o nível e principalmente ao nível das chefias. Os chefes são INCOMPETENTES, vivem do COMPADRIO e, quanto mais "elevados" mais entram em esquemas de CORRUPÇÃO.

Diz-se que o gajo do Ministério das Finanças (que veio da banca) ganha demais. Pois é, mas (também para mal dos nossos pecados) tem-se vindo a verificar uma muito melhor eficiência na identificação dos que fogem ao fisco (outro aparte: nos países "civilizados" a fuga ao fisco é um crime e inclusivé nos USA, quem foge ao fisco é "olhado de lado". Em Portugal é homenageado e torna-se num herói).
Pode-se dizer que os nossos impostos são mal utilizados - concordo - mas ao menos que TODOS paguem os impostos e não só o Zé Povinho que não tem $$$ para pagar a advogados, contabilistas ou comprar funcionários públicos.

O que quero dizer com isto é que seria preferivel tirar 100 chefinhos de merda a ganhar 500 contos e porem 30 chefes competentes a ganhar 1500 contos. Obtinha-se maior eficiência e ainda se poupava dinheiro.

Agora existe uma ferramenta para compensar ou castigar o funcionário público (o chamado SIADAP), ou seja já existe o doce e o pai para bater no soldado. Mas como os chefes actuais só subiram a chefe por lamberem botas (ou outras coisas), eles só vão "premiar" os soldados que lambem botas e não os competentes.
Minha conclusão - avaliem primeiro os chefes (A TODOS OS NÍVEIS) e retirem:
» os incompetentes,
» os lambe botas,
» os corruptos,
» os nomeados políticamente,
» os nomeados por serem da família A, B ou C,
» os nomeados por serem da "Opus Dei", "Maçons", etc.
e só depois é que se pode pensar em reorganizar a Função Pública.

Claro que, só aqui, a redução provavel seria superior a 70% (e estou a ser simpático) mas sem isto nada feito.
RESSALVA: o funcionário público que aqui falo é o burocrata e não incluo os profissionais do Ensino, da Saúde e das Forças Militares e Militarizadas.
Já agora, nestas últimas, porque é que se gasta dinheiro a dar instrução militar a gajos que depois estão na tropa a fazer trabalho de secretaria? Porque não poêm lá funcionários públicos? (Tropa, GNR, PSP, etc.).

Hoje escrevi pr'a caralhos e aliviei os intestinos (é para isso que serve o Cesto da Gávea seus tripulantes de merda que nunca aqui escrevem).

1 comentário:

  1. Estou 100% de acordo contigo, também sou funcionária pública, mas daquelas que são profissionais e esforçadas, enfim, das que trabalham!

    ResponderEliminar