sexta-feira, maio 20, 2005

Continuando a falar de nódoas

N'O Barnabé de hoje retirei o seguinte post:

Durão Barroso desceu ontem à província e entendeu por bem, quando chegou ao país, dizer umas palavritas sobre o défice português. ?Um número tão elevado em termos de défice público [6 ou 7%] exigirá determinação e um esforço muito significativo?, o que comprova que ?o esforço feito por Portugal não foi tão significativo como o necessário?.
Porque isto é verdadeiramente obsceno talvez valha a pena recapitular um pouco os três últimos anos deste senhor.
Em 2002 faz campanha contra o governo socialista dizendo que este está a esconder um défice de 5% e que a solução para a crise é adoptar um ?choque fiscal? que diminua os impostos. Ganha as eleições. O défice é de 4%, mas, mesmo assim Durão Barroso diz que o estado das contas públicas é muito pior do que alguma poderia ter imaginado e aumenta os impostos. Com o ?discurso da tanga? o pais mergulha na maior crise económica e social dos últimos 20 anos, com mais 150 mil novos desempregados.
Depois de ter passado dois anos a exigir sacrifícios aos portugueses, Durão Barroso foge ao primeiro sinal de promoção pessoal e vai para Bruxelas. Depois de uma humilhante derrota nas eleições europeias, entrega o país a um aventureiro demagogo completamente desqualificado para o cargo.
Como este cartão de visita não parece ser suficiente para o fazer ter vergonha na cara para estar calado sobre tudo o que diga respeito ao país, o homem ainda tem lata para, de quando em quando, vir a Portugal dar lições sobre as suas soluções para a crise.
Como político já sabíamos que era uma miséria, mas como Homem é mesmo uma nódoa.

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