sexta-feira, março 16, 2007

Viva a Escravatura!

Pronto. A imagem tão sui generis dos portugueses tristes, fadistas, elas de chinela no pé e farto buço, eles de garrafão de cinco litros e sapato preto com meinha branca, brutos, analfabetos, servis, lambe-botas, e acima de tudo cobardes, foi mais uma vez mostrada ao mundo com os exemplos edificantes da exploração de força de trabalho em Inglaterra e no país basco espanhol. Uma bem esgalhada imagem de marketing de um país que o não é, que não sabe ser, e que não quer saber, em suma um país invertebrado habitado por invertebrados. Um fenómeno zoológico a precisar de investigação urgente.
Uma verruga no processo evolutivo do ser humano. Se Darwin fosse vivo já teria dado um tiro nos cornos ou bebido cicuta.
Estes seres rastejantes devotos de todas as virgens que lhes botam á frente, lambe-cús de padres e patrões, fiéis seguidores dos charlatães que lhes vendem Deus, Pátria e Família como quem vende cartões de crédito em centros comerciais, é o povo eleito para se assumir hoje e sempre como escravo. Se lhes perguntam "Queres ser livre?" logo respondem "Não, quero ser escravo.". Spartacus havia de lhes cuspir em cima, nesta gente que prefere cantar loas a alimárias de Santa Comba Dão e a comedores de bolo-rei de Boliqueime, nesta gente que se orgulha de um passado de merda, que vive na merda no presente e a quem se acena com um futuro de merda, nesta gente que gosta de ser escrava e disso se orgulha. Spartacus escarraria com gosto em cima deste povo, gente assim não merece a liberdade, gente que teve tudo ao alcance da mão, o progresso económico logo ali ao virar da esquina, a justiça para todos em frente ao nariz, a educação a saúde e o bem-estar a entrar pelos olhos adentro, e tudo isso varreu, tudo deitou no cano de esgoto, tudo isso sacrificou por ser cobarde, estúpido, pato-bravo, corrupto, vendido, chico-esperto. E acima de tudo por querer ser um escravo, de si próprio e dos outros, um verme sujo e deprimente sem nenhuma ponta por onde valha a pena pegar.
Custa dizê-lo, mas tudo isto me mete nojo. Esta triste condição de ser português já me enoja.

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