quinta-feira, setembro 08, 2005

Querem mais?

Deixemo-nos de ilusões. Esta merda nunca deu o que tinha a dar. Somos periféricos e continuaremos a sê-lo até reduzirem o Palácio de S. Bento a cinzas. Quem já viajou de carro entre Barcelona e Lisboa num só dia sabe do que falo. Atravessar a pôrra da península de uma ponta à outra é pior que atravessar o deserto de Gobi em pleno verão e a fazer o pino. Não me venham com merdas. Isto aqui nunca deu nada, só andaram a fingir que um dia fomos grandes. E venham lá esses conas de sabão dos teóricos da verborreia defender a pátria lusa, a bandeira, a selecção de futebol, a Catarina Furtado e o Tiago Monteiro. Mesmo os que conseguiram sair da mediocridade periférica para visões globais acabaram por sucumbir ou ser eliminados pelos pensadores da incompetência masturbativa. Esta merda não existe nem devia ter existido. É um erro de casting geográfico. Um tumor no anús da civilização.
Um país aonde? Na ponta mais ocidental da Europa, no esfincter da Península Ibérica?
Devem andar com o nariz cheio de coca, esses intelectuais da economia de subterfúgio que defendem este mal estar geográfico como uma ponte entre a Europa eos States.
Por isso a única coisa que se produz nesta coisa chamada país são massas esponjosas amorfas e cheias de ácaros que se implantam a preço de saldo nas cabecinhas de Lilis Caneças e Paulas Bobones, Durões Barrosos e Santanas Lopes, Cavacos e Soares, Marques Mendes e Josés Sócrates, Belmiros e Amorins. Bardamerdas que um dia sonharam que teriam o poder na mão e um país a beijar-lhes os pés.
Nem país, nem poder, nem beijinhos. Apenas bosta. 99.000 km2 de bosta grossa, mal cheirosa e purulenta, onde até as moscas sofrem de arterosclerose.
Querem mais?

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