sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Sem Tempo





Para quem gosta de cinema simples, popular e inteligente:

Estamos num mundo onde o tempo é a única moeda de troca. O crescimento é normal até aos 25 anos, mas uma modificação genética à nascença apenas permite mais um ano de vida, a não ser que se encontrem processos para conseguir mais tempo. Os ricos ganham décadas de vida mantendo a aparência de 25 anos, e tornam-se prácticamente imortais, enquanto os mais pobres têm de lutar por mais horas de vida todos os dias. Tudo se paga com tempo, uma viagem de autocarro, uma noite num hotel, portagens, uma bebida num bar, um dia de  trabalho.
Os bancos em vez de dinheiro guardam dispositivos armazenadores de tempo que pertencem aos mais ricos. A polícia ou os guardiões do tempo protegem os ricos, as mafias do tempo encarregam-se de extorquir  tempo a qualquer um até à morte. Quando o relógio de vida implantado no braço de cada pessoa chega a zeros, esta sofre uma espécie de colapso e morre de imediato.
Nesta sociedade a luta pela sobrevivência é a mais dura e violenta: se não tens tempo, morres.
O casal que protagoniza o filme toma a decisão mais lógica para destruir o sistema: assaltar os bancos do tempo e distribuí-lo gratuitamente por toda a gente. 
O argumentista nem precisou de muito trabalho para inventar uma história destas: bastou olhar a realidade à sua volta e substituir o dinheiro pelo tempo de vida.
Não é um grande filme, nem tem grandes efeitos especiais. Mas é um filme honesto, divertido e inteligente. E com um toque de subversão que cai como um mimo nestes tempos de merda.

Para aguçar o apetite aqui fica o trailer:



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