Às vezes acontece que nos passa pelos olhos uma escrita que diz tal e qual o que queremos dizer, só que duma forma mais simples e objectiva. Por isso não resisti a colocar aqui uma "carta ao director" publicada no "Público" de hoje:
"Quando Santana Castilho, entre muitos outros professores, na sua costumada missionária e militante diatribe contra este Governo e, principalmente, contra esta ministra da Educação (ou melhor ainda, contra tudo o que "cheire" a Governo - "Hay Gobierno, soy contra!"-, oh, Deus, também eu, durante tantos anos, tive lugar cativo e permanente na 1ª fila dessa tribo anarca!), faz, uma vez mais, referência ao infindável e desgraçado rol de tudo aquilo que já todos sabemos e de que todos temos opinião formada e segura - a corrupção, as negociatas, a impunidade das criaturas que nos têm governado, sem competência nem talento, as medidas disparatadas elaboradas por autênticos mentecaptos, a falta de profissionalismo, de inteligência e de lucidez de todas as equipas ministriais portuguesas (ainda que a actual pareça ser a mais terrível e mais demencial do mundo!), etc., etc. -, esquece-se uma vez mais de que toda essa miserável incompetência, todos esses desgraçados que nos têm governado, todas essas aventesmas que são todos "os outros" e que poluem o espaço à nossa volta, foram alunos das nossas escolas, foram alunos dos nossos professores, foram nossos alunos!(...)
Além do apontado e sempre o mesmo eternizado "cansativo discurso de décadas", temos agora o cansativo discurso de dois anos (tão cansativo como o outro!) de que tudo o que está aí em movimento é mentira, não tem pés nem cabeça e vai para pior. Tudo o que se tem feito só traz o mal absoluto e tudo é só para nos afundar ainda mais face à Europa! É a desgraça completa!
Fechemos a porta, passemos o cobertor pela cabeça e apaguemos a luz!...Não se espere nunca que, de entre toda a vacuidade sandia que rodeia estes comentadores, surja alguma vez e em alguma época alguma solução. Claro, excluindo a deles próprios, já me esquecia!
Ah, mas antes do cobertor e de, inúteis desiludidos e absolutamente descrentes, nos entregarmos a Caronte para a passagem, façamos um telefonema: "Alô! É da Al-Qaeda? Olhem, seria possível fazerem o favor de vir até cá pôr uns petardozitos em Belém, em São Bento (no quarteirão todo, em baixo e em cima!), no Terreiro do Paço e na 5 de Outubro? E já agora, uma vez cá, talvez não fosse má ideia arrasar todas as escolas deste país que formaram toda esta gentalha menor, incapaz e palerma, que nos tem governado! Mas, atenção, não toquem na "nossa" escola, que nos fez tão diferentes!"
Não fosse a ultima frase do sr. Ruben Marks aqui trancrito, e por mim levava a bicicleta inteirinha. Pois quem conheceu a tal "nossa" escola sabe que essa era não apenas o laboratório da continuidade mendecapta, embora alguns raros exemplos fossem excepção, mas acima de tudo foi a responsável pela "formação" dos progenitores dos actuais.
Até me apetece dizer que a escola actual apenas se "modernizou" com a introdução do nova disciplina da educação sexual onde se aprende que:
EDUCAÇÃO SEXUAL É DIZER OBRIGADO NO FIM!!!
E como bem educados que somos, viramos o cúzinho aos governantes e pedimos docemente: "Façam o favor de entrar".
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