Pronto. Rendo-me. Deponho as armas aos pés da sacrossanta selecção de futebol, e renego tudo o que disse anteriormente sobre tão nobre instituição. Somos os maiores! Os campeões da porrada e do gel e fitinha no cabelo! Demos cabo dos holandeses e vamos dar cabo dos cabrões dos ingleses nem que seja à facada!
Bem diz o guarda-redes Ricardo que a selecção personifica a alma lusa, os feitos dos valorosos marinheiros do passado que andaram para aí a descobrir coisas e a conquistar não sei o quê. Esta selecção de valorosos portugueses mais o Deco incha de tanto espirito de conquista. E também incham os adversários quando provam a sarrafada lusa. É preciso ganhar sempre e a qualquer custo. Não interessa se somos os mais indisciplinados do Mundial, até é uma honra, aquela merda não é coisa para mariquinhas nem pés de salsa. Que o diga a selecção do euro 2002. O ET do Abel Xavier meteu meteu a mão à bola quando a gente estava a dar um baile aos franceses e o arbrito marcou penalty contra Portugal. Não se faz, não se desrespeita assim uma selecção tão valorosa. E depois a gente vingou-se no mundial da Coreia e o João Pinto qual Nuno Alvares Pereira pregou um sopapo no arbritro que este até viu estrelas durante o dia. Não ganhámos nada mas foi bem feito, não se brinca com os bravos lusitanos. Se o adversário joga melhor do que nós então lá vai rasteira, pontapé na rótula, cotovelo no focinho! Assim é que é, podem vencer em golos mas não nos vencem na porrada!
Foi este o espirito que o seleccionador, o Grande Xamã Scolari conseguiu aprefeiçoar nos jogadores lusos. O instinto já lá estava, só faltava organizá-lo, treiná-lo e pô-lo em prática de forma mais subtil e eficaz. Total e definitivamente. Ou não fosse Scolari um fiel e confesso admirador do ditador Pinochet. Com a imagem da Virgem para disfarçar, claro!
quarta-feira, junho 28, 2006
terça-feira, junho 20, 2006
Solidariedade
Dos jornais:
"Os trabalhadores da fábrica de Saragoça (Espanha) da General Motors (GM) decidiram tomar uma posição junto da empresa, afirmando que não querem receber a produção do modelo Combo na indústria espanhola, se isso implicar o encerramento da unidade portuguesa da Azambuja. Segundo o porta-voz da Comissão de Trabalhadores (CT) da fábrica de Azambuja da GM, esta posição foi aprovada na semana passada, ao mesmo tempo que os funcionários da fábrica espanhola decidiam realizar, hoje, uma greve de duas horas por turno, em solidariedade com os operários portugueses do grupo."
Por este exemplo se vê porque é que os nuestros hermanos já nos levam uns bons quilómetros de avanço.
Resta saber o que faríamos nós se a coisa fosse ao contrário.
"Os trabalhadores da fábrica de Saragoça (Espanha) da General Motors (GM) decidiram tomar uma posição junto da empresa, afirmando que não querem receber a produção do modelo Combo na indústria espanhola, se isso implicar o encerramento da unidade portuguesa da Azambuja. Segundo o porta-voz da Comissão de Trabalhadores (CT) da fábrica de Azambuja da GM, esta posição foi aprovada na semana passada, ao mesmo tempo que os funcionários da fábrica espanhola decidiam realizar, hoje, uma greve de duas horas por turno, em solidariedade com os operários portugueses do grupo."
Por este exemplo se vê porque é que os nuestros hermanos já nos levam uns bons quilómetros de avanço.
Resta saber o que faríamos nós se a coisa fosse ao contrário.
segunda-feira, junho 19, 2006
Frase do dia
Antes um bom socialista de direita que um mau social-democrata de esquerda.
Luís Delgado, jornalista (DN, 2006-06-19).
Se alguém conseguir decifrar a ambiguidade que se esconde nesta simples frase, então que se acuse.
Socialistas de direita só conheço os nacionais-socialistas; sociais-democratas de esquerda só devem existir na cabeça deste senhor; quanto ao conceito de bom e mau já a minha avózinha dizia para me afastar das más companhias e juntar-me às boas. Sempre me esforçei para seguir estes conselhos, embora confunda sempre as boas com as más. Mas em relação ao bom e mau jornalismo não tenho quaisquer dúvidas.
Luís Delgado, jornalista (DN, 2006-06-19).
Se alguém conseguir decifrar a ambiguidade que se esconde nesta simples frase, então que se acuse.
Socialistas de direita só conheço os nacionais-socialistas; sociais-democratas de esquerda só devem existir na cabeça deste senhor; quanto ao conceito de bom e mau já a minha avózinha dizia para me afastar das más companhias e juntar-me às boas. Sempre me esforçei para seguir estes conselhos, embora confunda sempre as boas com as más. Mas em relação ao bom e mau jornalismo não tenho quaisquer dúvidas.
segunda-feira, junho 12, 2006
Viva a Selecção !
Viva a selecção de bestas que embarcam nesta palhaçada dos futebóis, pois se não fosse tal selecção selecionada de pessoal o que seria de tantos craques e traques que vivem à conta desta brejeirice que, ao longo dos tempos e de acordo com as leis supremas da globalização, transformou um desporto que até poderia ter continuado apenas como desporto, num festival de alarvice e má educação. Mas é mesmo por isso, por englobar o de mais sujo e porco que uma sociedade mal formada e deseducada tem, que o tal futebol profissional cativa os que sonham ser na vida real uns profissionais do pontapé, que não podendo ser na bola, pois isso é só para alguns priviligiados, passa a ser no vizinho do lado, no colega de trabalho, na família ou até, em casos extremos, neles próprios.
De facto, o futebol é para a corja de adeptos incondicionais uma instituição educacional, tipo universidade da falcatrua, pois o basear-se na finta como forma de enganar o próximo, e a fita de fingir-se muito magoado para obter dividendos do árbrito ou o treino em fazer faltas sem que ele as tope, são ensinamentos fundamentais para descansar o moral atormentado dos pontapés nos outros, no jogo do dia a dia da vida.
Viva a selecção destas bestas, em que a bandeira no pópó, à janela, na t-shirt, à volta do pescoço ou a fazer de cueca ou fralda, mais não é do que a afirmação exterior da desgraça de país em que vivemos, onde o importante da vida é trocado pelo fácil do pontapé.
Viva a selecção deste pessoal que assim mantém a que foi sempre a sua imagem de marca ao mundo, mostrando-se em bandeiras nacionais que são e querem ser: orgulhosamente pequeninos, pobres e sem respeito próprio.
Ainda tenho esperança de ver o fado e fátima ressuscitados, para que então possamos dizer desta selecção: Futebol, Fado, Fátima, Foda-se!!
De facto, o futebol é para a corja de adeptos incondicionais uma instituição educacional, tipo universidade da falcatrua, pois o basear-se na finta como forma de enganar o próximo, e a fita de fingir-se muito magoado para obter dividendos do árbrito ou o treino em fazer faltas sem que ele as tope, são ensinamentos fundamentais para descansar o moral atormentado dos pontapés nos outros, no jogo do dia a dia da vida.
Viva a selecção destas bestas, em que a bandeira no pópó, à janela, na t-shirt, à volta do pescoço ou a fazer de cueca ou fralda, mais não é do que a afirmação exterior da desgraça de país em que vivemos, onde o importante da vida é trocado pelo fácil do pontapé.
Viva a selecção deste pessoal que assim mantém a que foi sempre a sua imagem de marca ao mundo, mostrando-se em bandeiras nacionais que são e querem ser: orgulhosamente pequeninos, pobres e sem respeito próprio.
Ainda tenho esperança de ver o fado e fátima ressuscitados, para que então possamos dizer desta selecção: Futebol, Fado, Fátima, Foda-se!!
sexta-feira, junho 09, 2006
Viva a Selecção!
A gritaria à volta do Mundial da Alemanha teve o condão de me despertar desta suave letargia. Por pouco tempo, espero. Esta inundação de propaganda a puxar ao nacionalismo pimba está-me a dar cabo dos nervos, o cabelo começou-me a cair, sofro de distúrbios intestinais, urticária e fibromialgias sempre que a propanganda à volta da puta da selecção me empranha os ouvidos.
Quando vejo algum lobotomizado de bandeirinha na antena do pópó, ou pendurada na janela do apartamento, sou invadido por suores frios e enjoos matinais, quando o Scolari bota o discurso de merda que engendrou para este bananal até fico com vontade de ouvir o DVD do papa João Paulo II, mais os extras e making-offs. Qualquer imagem do Madaíl que me apareça à frente provoca-me conjuntivites e febre dos fenos. As tácticas, os comentários, as coscuvilhices à volta da selecção são pior que H5N1, HIV e malária todos contraídos ao mesmo tempo. Os jogadores estão na mesma linha dos apoiantes de bandeirinha à janela: uma cambada de atrasados, lobotomizados e retardados. A única diferença é que os jogadores ainda ganham alguma coisa com esta merda, ainda papam umas gajas das passerelles que os ajudam a estoirar o dinheiro em carros de desporto, vivendas no Algarve, tatuagens e penteados exóticos. E eu para aqui a tentar passar despercebido no meio de tudo isto, a tentar fugir a esta praga de insectos acéfalos, a fazer um esforço enorme para não comprar uma bandeirinha e enfiá-la no suporte do papel higiénico, ...fónix, pá!, apesar daquele trapo não servir para outra coisa há que ter algum respeitinho pelos valores da pátria, eu cá dou muito valor a essas coisas, pá, juro que lavarei sempre a bandeira depois de a usar até ela ficar desbotada com tanta esfrega, até o vermelho ficar cor-de-rosa pêésse, e o verde perder a esperança toda...
Não quero ser desmancha prazeres nem mais papista que o Bento, eu sei que vou engolir o Mundial como um contentor de sapos vivos, vou vibrar com os falhanços do Pauleta, os frangos do Ricardo e as cotoveladas do Cristiano Ronaldo. Melhor, vou rir que nem um perdido, vou rebolar-me de riso até estoirar!
Vou pôr a bandeira de Angola à janela, a do Irão na varanda e a do México na antena do carro!
Quero que a selecção, o Scolari, o Madaíl, e mais toda a corja que se alimenta deste aviário, mais os carneiros dos amantes da bandeirinha e dos cromos da bola se fodam!
Domingo vou torcer pelo Mantorras!
Quando vejo algum lobotomizado de bandeirinha na antena do pópó, ou pendurada na janela do apartamento, sou invadido por suores frios e enjoos matinais, quando o Scolari bota o discurso de merda que engendrou para este bananal até fico com vontade de ouvir o DVD do papa João Paulo II, mais os extras e making-offs. Qualquer imagem do Madaíl que me apareça à frente provoca-me conjuntivites e febre dos fenos. As tácticas, os comentários, as coscuvilhices à volta da selecção são pior que H5N1, HIV e malária todos contraídos ao mesmo tempo. Os jogadores estão na mesma linha dos apoiantes de bandeirinha à janela: uma cambada de atrasados, lobotomizados e retardados. A única diferença é que os jogadores ainda ganham alguma coisa com esta merda, ainda papam umas gajas das passerelles que os ajudam a estoirar o dinheiro em carros de desporto, vivendas no Algarve, tatuagens e penteados exóticos. E eu para aqui a tentar passar despercebido no meio de tudo isto, a tentar fugir a esta praga de insectos acéfalos, a fazer um esforço enorme para não comprar uma bandeirinha e enfiá-la no suporte do papel higiénico, ...fónix, pá!, apesar daquele trapo não servir para outra coisa há que ter algum respeitinho pelos valores da pátria, eu cá dou muito valor a essas coisas, pá, juro que lavarei sempre a bandeira depois de a usar até ela ficar desbotada com tanta esfrega, até o vermelho ficar cor-de-rosa pêésse, e o verde perder a esperança toda...
Não quero ser desmancha prazeres nem mais papista que o Bento, eu sei que vou engolir o Mundial como um contentor de sapos vivos, vou vibrar com os falhanços do Pauleta, os frangos do Ricardo e as cotoveladas do Cristiano Ronaldo. Melhor, vou rir que nem um perdido, vou rebolar-me de riso até estoirar!
Vou pôr a bandeira de Angola à janela, a do Irão na varanda e a do México na antena do carro!
Quero que a selecção, o Scolari, o Madaíl, e mais toda a corja que se alimenta deste aviário, mais os carneiros dos amantes da bandeirinha e dos cromos da bola se fodam!
Domingo vou torcer pelo Mantorras!
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