quarta-feira, maio 12, 2004

Kill Bill, vol. 2

Viram o vol. 1? Não? De que estão à espera?
Não percam este vol. 2. O sr. Tarantino (lunático, sádico, genial) surpreende-nos com esta dupla dose de Kill Bill. Pode não ser o seu melhor filme, mas é sobretudo o mais cinéfilo e divertido, apesar da violência que desponta entre as longas cenas de diálogo. Por aqui passam citações de filmes de kung-fu e western-spaghetti, e não seria surpresa nenhuma ver surgir em qualquer cena o fantasma de Bruce Lee, Charles Bronson a tocar harmónica, ou Clint Eastwood a fumar o seu charuto enquanto despacha meia dúzia de pistoleiros. Relembro cenas de antologia: o encontro com Bill na cena do casamento, o incrível diálogo da protagonista com a assassina sobre o teste de gravidez, a fabulosa cena do caixão, com o écran todo o negro e o som a espalhar o horror da situação pelo espectador. A banda sonora é magnífica, e também por ela vale a pena ver este filme. Mas, e sobretudo, é um crime não ver Uma Thurman naquele que deve ser o papel da sua vida. A actriz domina todo o filme e todas as cenas, e a qualidade dos secundários mais não faz que realçar a sua presença. Deixem-se de merdas, esqueçam preconceitos e cinefilias de trazer por casa e vão já ver este filme inesquecível.

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