Portugal está endividado e tem que ter austeridade para voltar aos mercados. Portugal tem de ter a confiança dos mercados. Não se podem fazer muitas ondas porque senão os mercados…blablabla.
Ora como o único mercado que conheço e frequento é o de Algés, mais precisamente a banca da D. Amélia que tem sempre bom peixe fresco para bons clientes, pergunto: mas que raio de merda são e para que servem esses tais mercados que não convém chatear? Serão assim uma espécie de Sopranos?
Existe um Toni Mercado como existe um Toni Soprano? Os mercados são da Mafia, Camorra, Cosa Nostra, Goldman&Sachs ou da Quinta da Coelha? Se estamos mal é porque pedimos dinheiro emprestado aos mercados, e porque não conseguimos pagar os mercados vão-nos partir as pernas com uma marreta, ou, pior ainda, calçar-nos uns sapatos de cimento armado e dar-nos um banho no Tejo?
Esclareçam-me, por favor, se António Borges está no FMI por ser cumplíce da aldrabice das contas gregas para entrar no euro quando pertencia à Goldman&Sachs. Se o Moedas, secretário de estado adjunto do Coelho, está nesse lugar por ter pertencido aos quadros da (oh, coincidência!) Golman&Sachs. Se a dita Goldman&Sachs é ou não uma espécie de casa de putas onde os mercados coabitam, chafurdam, ruminam, regurgitam e escarram todas as formas sofisticadas de foder quem tem o azar de lhes sair ao caminho.
Esclareçam-me, por favor, se devo desconfiar do peixe que a D. Amélia da praça de Algés me vende.
É que nos últimos tempos paira no ar um cheiro a peixe podre sempre que me aproximo do mercado.
De qualquer mercado, o que não me deixa lá muito satisfeito.
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