sexta-feira, abril 28, 2006

Regresso ao futuro...

Agora, sim! Temos o futuro garantido! A Segurança Social e as nossas reformas estão garantidas!
Já posso trabalhar à vontade até aos oitenta em vez de andar por aí a jogar às cartas nos bancos de jardim ou a definhar em algum lar de 3ª idade. Que alívio, que descanso. E em vez de ser um empecilho para a família sou mais uma fonte de rendimento até o Alzheimer me bater à porta. Finalmente passados 32 anos sobre a esperança renascida, uma alma inchada de inteligência e boa fé produziu aquilo que toda a gente ansiava. É claro que os doutos inventores desta medida teriam que ser bem pagos e compensados para parirem o desejado. Salvaguardaram bem o seu pecúlio antes da coisa estoirar cá para fora. Mas garanto que o merecem, olá se merecem! Se eu quiser já posso fazer filmes depois dos noventa como o senhor de Oliveira, mesmo que a fralda saia para fora da cintura das calças. Mas como não sei fazer filmes sempre posso, sei lá, varrer os arruamentos da Quinta da Beloura, tratar do jardim do sr. Balsemão, carregar os tacos de golfe do engº Belmiro (mesmo que ele não seja golfista), ou, quiçá, aparar a barba ao major Valentim. Qualquer destes trabalhos seria um privilégio.
Mas o melhor seria mesmo continuar a descontar depois de morto. Morreste? Então pensavas que escapavas, ein? Então agora pagas a dobrar, e como não o podes fazer os teus descendentes cá estarão para isso. Garanto que assim o sistema sobreviveria para lá de 2050, digamos, até 2053 ou 2054.
E porque não fazer a coisa funcionar ao contrário? Um tipo nascia, reformava-se até aos 4 anos, pois uma cria até esta idade não gastará mais que uma ninharia em fraldas, bledines e yogurtes por mês. A partir daí era só contribuir para o estado até dar o peido mestre. Dos cinco aos catorze anos poderia estagiar a carregar tijolo ou sacas de cimento a troco de um ordenado mínimo totalmente sugado pelo estado, e depois toma lá o mercado de trabalho a sério até cair à cova. E o decréscimo da natalidade deixaria de ser um problema para ser parte da solução: menos nascidos, menos reformados. Excelente! Perfeito! A reforma para os recém-nascidos, já!

quinta-feira, abril 27, 2006

É um gajo do norte, carago!

Valentim sai ilibado e quer ser indemnizado pelo estado. Ou seja, por todos nós. O major Batata enche o peito e dispara o usual chorrilho palavroso de bosta de cão. Quem elege gajos destes merece pagar-lhe a indemnização. De que estão à espera os gondomarenses?

segunda-feira, abril 24, 2006

TORAH

Jeová achou que era altura de pôr as coisas no seu devido lugar. Lá de cima acenou a Moisés.

Moisés foi logo, tropeçando por vezes nas lajes e evitando o mais possível a sarça ardente.

Quando chegou ao cimo, tiveram os dois uma conferência, cimeira, claro. A primeira, se não estou em erro.

No dia seguinte Moisés desceu. Trazia umas tábuas debaixo do braço. Eram a Lei.

Olhou em volta, viu o seu povo aglomerado, atento, e disse para todos os que estavam à espera:

- Está aqui tudo escrito. Tudo. É assim mesmo e não há qualquer dúvida. Quem não quiser, que se vá embora. Já.

Alguns foram.

Então começou o serviço militar obrigatório e fez-se o primeiro discurso patriótico.

Depois disso, é o que se vê.



de Mário Henrique Leiria , Contos do Gin-tónico


sexta-feira, abril 21, 2006

Choque Tecnológico?

Não sei se isto se deve ao choque tecnológico, se é mais um episódio do circo das celebridades, se é um sketch do Gato Fedorento...palavra que não sei o que pensar.


A propósito, se vai haver mais gajas ao menos que sejam alguma coisa de jeito... a Joana e a Aninhas do Bloco até não eram más de todo...
Aquelas bétinhas meio descascadas que aparecem a dizer babuseiras nas revistas de donas de casa é que são fixes. Até podiam fazer uns strips na tribuna...
Garanto que haveria sempre quorum e deputados acordados.

segunda-feira, abril 17, 2006

O Infiltrado (The Inside Man) de Spike Lee

Inteligente e divertido. Sem os habituais truques, efeitos digitais e fogos de artifício que fazem da maioria das produções hollywoodescas uma autêntica bosta.
A América pós 11 de Setembro, a discriminação racial, a violência escondida, o sonho americano ... por causa de um assalto (perfeito) a um banco.
A América resumida nas palavras de um dos personagens: “onde houver sangue derramado há sempre oportunidades de enriquecimento”.
Imperdível.

quinta-feira, abril 13, 2006

Sou um pecador, senhor...


Não leiam nada com excepção da Bíblia.
Não naveguem na Net.
Não vejam TV.
Ouvi dizer que tudo isso é pecado.
Sigam os santos conselhos do distinto taliban norte-amerdicano Cardeal James Francis Stafford, Penitenciário-Mor, ao presidir ao Rito da Reconciliação no Vaticano, celebração que era tradicional em Roma até ao Renascimento.

Uma boa Páscoa para todos...

quarta-feira, abril 12, 2006

19 de Abril de 1506

Anda por aí uma polémica sobre o dia 19 de Abril, que, para quem não sabe, evoca os 500 anos do massacre de milhares de judeus em Lisboa a mando da sacrossanta Inquisição. Pedem os organizadores que à laia de pedido de desculpas às vitimas e seus descendentes se acenda uma velinha no Rossio no dia em questão.
Uma velinha, só?? Pôrra, eu carrego às costas todas as culpas deste massacre, perco o sono sempre que me lembro do meu antepassado que retalhou um judeu a golpes de cutelo, e só me dão uma velinha para acender? Tão a gozar?
E os mouros que o D.Afonso Henriques fez em picado? De cada vez que me lembro disso até fico com borbulhas pelo corpo todo! E os escravos de África, os guaranis do Brasil, as vítimas da guerra colonial? Se eu fosse um individuo susceptível há muito que teria bebido um copo de cianeto! Oh meu Deus, a minha culpa é tamanha que nem pegando fogo ao Rossio inteiro eu terei uma noite de descanso! Culpa, minha culpa, minha tão grande culpa, Aaaaaaghrrrrr!!!

terça-feira, abril 11, 2006

Quem tem cú...

Enquanto lá pelas franças o monsieur Villepin mete o rabinho entre as pernas, por cá o hábito de dar ao rabinho generaliza-se, começando em alguns políticos e continuando pelas emigrantes brasileiras, quer dançem ou não o samba. Mas o hábito bem português de "dar baile", especialmente quando não se sabe dançar, está bem patente na mente mentecapta de muitos políticos, comentadores, jornalistas, enfim, dos suspeitos do costume. A moda dos lambe-cús, ou se quiserem dos beija-rabinhos, está alapada há muitos séculos na lusa terra e segundo parece está aí para durar. Os osculados no traseiro sabem bem quando devem dançar, e enquanto abanam o rabiosque lá vão subindo mais uns degraus na desbunda social e política levando atrás de si o seu séquito de beijoqueiros, que sabem vender bem a sua música de baile desafinada. E quanto pior é a música, mais os dançarinos se esforçam.
Enfim, o monsieur Villepin mais não fez do que recolher o traseiro antes que o enrabassem, hábito que também existe cá no burgo mas ao contrário. Ou seja, se o Villepin tivesse o azar de ter nascido neste quintal, não seria concerteza sodomizado pela urbe em turbilhão, mas não teria muito trabalho a enrabar tanto rabo luso disponível e solicito.
É que na lusa terra as palavras de ordem seriam do género “- Tome lá o meu cú, sr. Villepin! Enrabe-me por favor, não faça cerimónia!”.
E enquanto uns abanam o rabinho, uns tocam música desafinada, e outros beijam traseiros, a maioria leva na peida e o mais grave é que até gostam!
Aumenta o desemprego? Penetre-me sr. ministro, penetre-me que eu mereço!
Aumenta o custo de vida? Meta-o todo, todo até ao fim!
Cada vez há mais pobres em Portugal? Tomem lá o meu traseiro, disponham como quiserem.

Por alguma razão já nos chamam o cú da Europa...

sexta-feira, abril 07, 2006

Instinto Fatal...

Pois é... agora com a taxa alcoolémia, o tabaco fora dos recintos fechados, o estado a meter-se naquilo que só ao cidadão diz respeito...pôrra, pá, se pago impostos é para o estado me largar a braguilha.
E agora tomem lá esta, pois se as mulheres políticas fossem todas assim eu até seria adepto das cotas, pá, e votava nelas todas, garanto que não falhava uma eleição... nem que a Sharon fosse do CDS, já que quer ser um partido sexy...
Este país precisa é de um Instinto Fatal, pá, deixem-se de lamúrias...

quarta-feira, abril 05, 2006


A Brigada de Trânsito da GNR dá a sua opinião sobre a redução da taxa de alcoolémia proposta pelo Governo.

Sobre a pirataria na net...

Sigam esta ligação .
Parece estarmos diante de mais uma manobra para enganar papalvos.