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sexta-feira, janeiro 13, 2012
O Ministro da Economia e os pastéis de nata
O Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, sugeriu a internacionalização das empresas exemplificando com franchisings de pastéis de nata.
Sugiro também franchisings de cozido à portuguesa, favas com chouriço, tripas à moda do Porto, ervilhas com ovos escalfados, francesinhas e feijoada à transmontana.
Vamos exportar o que temos de melhor: o colesterol!!!
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quarta-feira, julho 06, 2011
Carta de um cidadão luso às agências de rating
Espero que esteja bem de saúde que eu por aqui vou andando. Peço desculpa por tirar algum do seu precioso tempo, pois não é essa a minha intenção, mas sim tentar chamar um pouco da vossa atenção antes de amarrotar a carta e atirá-la para o cesto do lixo, se entretanto não tiver papel na casa de banho. Devo dizer que seria uma lisonja e um excelente motivo de orgulho se acaso a digníssima agência limpasse a merda que brota do seu excelso cú a estas minhas humildes palavras, mas caso não o faça e caso tenha a paciência de a ler ficarei desde hoje até todo o sempre orgulhoso e prometo-lhe que botarei uma velinha em sua honra no santuário de fátima. Ou num qualquer balcão do BES, se preferir.
Pois o que pretendo que a sra agência saiba é que o povo português rejubila de orgulho pela sua recente atribuição de “lixo” às nossas tão parcas finanças apesar de nós, a maioria dos que trabalham, que estão no desemprego ou recebem pensão de sobrevivência, não termos mexido uma palha para merecermos tão digna distinção. Eu sei, nós portugueses somos assim, uns madraços, uma corja de ingratos que só querem boa-vida e cuja contribuição para o sucesso não passa de um prato de caracóis como petisco, um cozido à portuguesa, ou até uma mísera feijoada. Comparado com os vossos pratos gourmet e o vosso dom perignon, no fim de contas o que todos nós ansiamos, somos uma cambada de crianças terceiro-mundistas daquelas que correm atrás das galinhas em África como testemunhou o sr. doutor Fernando Nobre. Por isso é que venho aqui agradecer este vosso esforço de bondade e por tudo o que este vosso gesto altruista representa para os governantes deste país, que tanto se têm esforçado (esses sim!) para que esta distinção fosse, finalmente, uma realidade. O apoio dado pelos competentes governos aos desgraçados dos banqueiros e dos grandes empresários, bem como a todos aqueles que desinteressadamente abifaram uma parte dos nossos impostos e proventos do trabalho para compensar a nossa falta de iniciativa foi realmente a cereja no topo do bolo que fez com que V. Exª, minha cara Agência de Rating, promovê-se este nosso país à categoria de “lixo”. Relembro que este lixo pode ainda ser reciclado, o que me faz olhar para o futuro com muita esperança, e almejar um novo patamar para todos nós, tipo “lixo tóxico”, por exemplo.
Prometo que tudo farei para o conseguir. Voltarei a votar nos mesmo governantes, se tal for necessário. Irei assistir a todos os jogos de futebol, telenovelas e pic-nics com o Toni Carreira para evoluir culturamente e votar com ainda maior certeza e consciência. Por si, querida Agência de Rating, farei tudo, e se não o fizer o governo fará por mim, a bem da nação.
Agradeço a atenção dispensada e uma longa vida na companhia dos seus. Aproveito para enviar cumprimentos aos mercados e a todos aqueles que sofrem para que este mundo seja cada vez mais uma lixeira onde apetece viver e conviver.
Bem haja!
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terça-feira, agosto 05, 2008
Ainda e sempre a silly season
Esta parvoíce de se chamar silly season ao verão, em que os políticos, as putas e os palhaços andam todos a banhos pelos Allgarves é uma coisa mesmo parva. Porque não chamar-lhe simplesmente época da parvoíce, estação dos parvos, ou mês dos parvalhões? Está bem, silly season é mais in, é mais tipo “tias de Cascais”, é mais Pinto de Balsemão que Jerónimo de Sousa. Mas pronto, seja então silly season.
Na silly season é que as esposas alcoviteiras dos administradores das empresas públicas lêm aquelas revistas cor-de-rosa em que se discute o diâmetro das mamas da Soraia Chaves e o tamanho do pénis do Júlio Iglésias, qual o porteiro de discoteca que anda a papar a Pimpinha, qual a cor do novo bébé adoptivo da Angelina Jolie, e onde é que a coisinha foi vista a mexer no coisão daquele gajo, o coiso...
Os administradores das empresas públicas, mais os melgas que a eles se apegam durante a silly season, gostam muito de confidenciar os seus segredos dos bastidores da política, aqueles que ninguém sabe mas inventa, riem que nem alarves de alguma piada sem piada nenhuma caso esta tenha sido dita por algum CEO do grupo Sonae, coçam os tomates nos areais da chatice do Ancão e no golfe da Quinta do Lago, metem cunhas uns aos outros para os filhos, sobrinhas, e secretárias com jeito para trabalhos manuais, e depois é vê-los a passear na marina de Vilamoura, misturados com a ralé que lhes inveja os Porches e os iates, mais as filhas boas e adolescentes em grupinhos mistos de cópias perfeitas dos papás e mamãs que os olham embevecidos enquanto estes não debandam para mais uma festa do fellatio.
Por isso é que durante a silly season tudo pode ser dito e feito, por ser apenas isso, ser silly. Pode arder a Serra da Malcata, pode cair um prédio em Lisboa, pode o Benfica perder mais um jogo, pode o Presidente vir discursar à TV por causa daquela treta gravíssima do não sei quê dos Açores, pode, enfim, o João Jardim apanhar mais uma de caixão à cova, que o pessoal continua mais interessado nas mamadas dos gémeos da Angelina.
É pouca coisa? Talvez, mas a silly season já se expandiu para silly year e ameaça perigosamente os tempos futuros.
Coisas de um silly country...
Na silly season é que as esposas alcoviteiras dos administradores das empresas públicas lêm aquelas revistas cor-de-rosa em que se discute o diâmetro das mamas da Soraia Chaves e o tamanho do pénis do Júlio Iglésias, qual o porteiro de discoteca que anda a papar a Pimpinha, qual a cor do novo bébé adoptivo da Angelina Jolie, e onde é que a coisinha foi vista a mexer no coisão daquele gajo, o coiso...
Os administradores das empresas públicas, mais os melgas que a eles se apegam durante a silly season, gostam muito de confidenciar os seus segredos dos bastidores da política, aqueles que ninguém sabe mas inventa, riem que nem alarves de alguma piada sem piada nenhuma caso esta tenha sido dita por algum CEO do grupo Sonae, coçam os tomates nos areais da chatice do Ancão e no golfe da Quinta do Lago, metem cunhas uns aos outros para os filhos, sobrinhas, e secretárias com jeito para trabalhos manuais, e depois é vê-los a passear na marina de Vilamoura, misturados com a ralé que lhes inveja os Porches e os iates, mais as filhas boas e adolescentes em grupinhos mistos de cópias perfeitas dos papás e mamãs que os olham embevecidos enquanto estes não debandam para mais uma festa do fellatio.
Por isso é que durante a silly season tudo pode ser dito e feito, por ser apenas isso, ser silly. Pode arder a Serra da Malcata, pode cair um prédio em Lisboa, pode o Benfica perder mais um jogo, pode o Presidente vir discursar à TV por causa daquela treta gravíssima do não sei quê dos Açores, pode, enfim, o João Jardim apanhar mais uma de caixão à cova, que o pessoal continua mais interessado nas mamadas dos gémeos da Angelina.
É pouca coisa? Talvez, mas a silly season já se expandiu para silly year e ameaça perigosamente os tempos futuros.
Coisas de um silly country...
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